quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Membros da administração do Centro de Saúde foram condenadas pelo Tribunal

O Tribunal de Contas condenou a presidente e uma vogal do conselho de administração do Centro de Saúde de Santa Cruz das Flores por "negligência consciente de infracção financeira".

As duas gestoras pertenciam ao conselho de administração [do Centro de Saúde de Santa Cruz das Flores] que, em 2006, autorizou despesas que não tinham cobertura orçamental. Foram cerca de 280 mil euros relativos a produtos farmacêuticos, material de consumo clínico e hoteleiro, produtos vendidos por farmácias, internamentos e transporte de doentes.

As responsáveis argumentaram que as despesas feitas foram necessárias para o normal funcionamento da unidade de saúde porque o orçamento atribuído pelo Governo [Regional] ao Centro de Saúde nesse ano ficou aquém do pedido.

Emiliana Dias, presidente do Conselho de Administração [do Centro de Saúde de Santa Cruz das Flores], foi condenada a pagar três mil euros, enquanto a vogal, Fátima Avelar, terá de pagar mil e quinhentos euros.

Notícia: RTP/Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

16 comentários:

Anónimo disse...

Isso é mais "puxão de orelhas" simbólico do que outra coisa.
3000.00 e 1500.00?deve ser para rir.

Fórum ilha das Flores disse...

"TAL VERGONHA, por causa de profisssionais de saude terem olhado pelo bem estar dos seus utentes ainda são multados, que Região é esta????
Devemos moorrer á mingua é espera duma cabimentação?dum mero papel!!!!

Será que o sr Carlos Cesar cabimentou as despesas quando foi passear com os seus amigos no para os EUA, no dia de Portugal???

Mas com certeza passear é mais importente que salvar a vida a uma pessoa!!!!

Mas as pessoas votam neles, PORTANTO deve estar tudo bem:

Até á próxima "

Comentário de um nosso leitor.

Marlene disse...

a verdade,a saber, é se a administação podia fazer o que fez ou não?
Pelos vistos não.Tão simples quanto isso.Agora, concordo com o anónimo das 09h40,isso foi mais um puxao de orelhas do que outra coisa.
já agora,não foi relativamente a este processo que o enfermeiro Alberto pagou uma boa quantia para não se chatear?

JAB disse...

sim marlene, ele pagou a multa voluntáriamente para nao ter que ir a tribunal e se chatear mais com esse processo, mas a quantia que ele pagou não foi nada que se parecesse a "uma boa quantia"... ele pagou 1350€ de multa.
A unica coisa que acho piada, é que a divida criada foi de 280 mil euros, mas no entanto, se juntar-mos as 3 multas pagas, dá apenas um total de 5850€... para 280 mil, ainda vai um valor bom.. quem é que paga esse resto? nos contribuintes que andamos a descontar todos os meses?!?

FDM (boneco virtual e que atribui mais importância à substância do que à forma) disse...

Em Portugal e nos Açores deu-se sempre mais importância à forma do que à substância.

Já tive conhecimento de serviços que tinham "cabimento orçamental" para efectuarem a despesa X, mas como tinham necessidade de adquirir o produto Y, pediam ao fornecedor que fizesse a factura de acordo com a nomenclatura prevista no tal cabimento.

Quantos serviços, organismos e titulares de cargos politicos e/públicos gastam à tripa forra e que nada lhes acontece?

Anualmente o TC, nos seus relatórios, deixam censuras pesadissímas e recomendações técnicas aos diversos orgãos e seus titulares, e nada de substancial acontece.

Foi preciso arranjar um bode expiatório, e para tal, nada melhor arranjar pessoas que não têm poder politico ou poder económico para arranjarem um bom advogado.

(Neste ano multi- eleitoral, quantas despesas sem cabimento, sem justificação em termos de gestão do interesse público ou que diluiram-se nas gigantescas rubricas de despesas muito gerais e abrangentes, se fizeram por este país, região e ilha?
Nos Açores, toda a gente viu uma inabitual transumância de idosos duma ilha para a outra (até transportaram as carrinhas das casas do povo, juntas de freguesia e outras colectividades!); rapaziada a serem transportados a 1 euro para incremento de cagaçais musicais e fomento de comas alcoólicos; distribuição de computadores, plasmas e até ligações à internet,etc.

Claro.Tudo isto é legal.Tudo isto é bom para levantar o astral da palonçada. Tudo isto, a somar ao rendimento minímo garantido, constitui uma boa base de apoio para o voto minímo obrigatório).

Exceder nas despesas para assegurar os cuidados de saúde dalgum cidadão é crime e é censurável administrativamente.

Tudo pela forma e pelo formalisno.

É como aqueles "crentes" que vão há missa só para constar que são muito "católicos"...

Leis farisaicas e tabeliões zelotas!

FDM (boneco virtual e que já está com o US Passport no bolso do tal blaser)... disse...

O Sr.JAB não está bem a ver coisa.

1º- As pessoas visadas não contraíram dívida ou não gastaram em proveito próprio.
Penso que gastaram sem a providencial autorização da tutela (cabimento orçamental, segundo a forma) e penso que essa despesa deve estar apoiada em documentos comprovativos por natureza;

2º - O Sr.JAB fica muito escandalizado com a situação e com uma tirada saloia, evidenciadora da sua ignorância, pergunta: "quem é que paga esse resto?nós contribuintes que andamos a descontar todos os meses?!?»:

3º- Como sabem, o FDM muito tem criticado os organismos, as empresas públicas e os titulares de cargos politicos que ao longo destas últimas décadas têm torrado literalmente o dinheiro dos contribuintes, o dinheiro das privatizações e os fundos oriundos da CEE (actual UE);

4º -No caso em apreço, gostava de saber se esse "excesso" de despesa (não orçamentada/não cabimentada) era ou não indispensável, uma vez que as despesas do Centro de Saúde têm a ver com os cuidados de saúde da população?

Se sim, a tutela devia responsabilizar-se pela situação, uma vez que o bom funcionamento do Serviço Regional de Saúde é da sua competência.
Quanto muito a tutela devia processar disciplinarmente os funcionários arguidos, no caso não terem tomado as medidas cautelares junto da hierarquia.

Se a despesa tivesse sido para despesas supérfluas; viagens de recreio, despesas de representação, bens de equipamento, etc, obviamente que haveria razões para processar os responsáveis.

Fazendo fé na notícia deste blogue, a despesa não orçamentada refere-se a aquisição de prudutos farmacêuticos e apoio ao transporte de doentes.
Sendo assim, perguntamos: as despesas eram ou não eram necessária?
Os doentes deslocados foram ao exterior tratar da saúde ou foram fazer compras de Natal? Os médicos receitaram os medicamentos para os doentes usarem ou foram para pôr na prateleira?;

5º- É muito sintomático notar a hipócrita posição do Sr. JAB, quando este tem muito por onde pegar e criticar;

6º -A conclusão que tiro de tudo isto que ora acontece,é que podemos gastar tudo e mais alguma desde que esteja lá o papelinho, o carimbo, o visto,etc.

Basta olhar para a tragédia que tem sido a operação dos "barcos encalhados" para atestarmos que o que interessa é gastar no desperdício e no acessório, enquanto noutros sectores de incontestável serviço público, a sub-orçamentação é crónica.

E já não falo das despesas públicas que são "desorçamentadas" através de empresas públicas, entidades públicas empresariais, institutos, associações,etc.

São milhões e milhões de dívidas que estão penduradas nestes sectores, incluindo as tão desnecessárias empresas municipais, e curiosamente os cronistas avençados pelo regime na comunicação pública e "privada", não falam, pois eles também, dependem da "toiça" das suas avenças ou indirectamente (familiares) dependem da teta pública.

Conclusão: é tudo gente séria.
É como na Casa Pia rosa: no fim, o Bibi e o Sr.Juiz é que vão ser condenados, se já não estiverem.

(Siga a dança, pois o povo gosta deste fellatio politico-partidário-formal-cerimonial.
O que interessa é que dentro dalguns dias o Dr.Engº FDM vai de abalada para os EUA.
Se fico aqui mais tempo sem ir respirar civilização e liberdade, o FDM dá em doido!)

Boa Noite.

Anónimo disse...

FDM,continua a pregar que ninguem te liga.É cada "arroto" que mete medo.Informa-te primeiro de como as coisas se processaram e epois comenta.

Anónimo disse...

muito bem dito. eu poderia comentar mas estou calado porque não sei como as coisas se passaram.

FDM (boneco virtual e que solicita esclarecimento a um anónimo alegadamente bem informado)... disse...

Oh Sr. Anónimo das 00h11 DE 22OUT09:

Uma vez que V.Exª demonstrou saber o que se passou, estou à espera que nos faça a fineza de explicar ao auditório as circunstâncias e os factos relativos a este processo, para que eu possa eventualmente pedir desculpas aos nossos leitores.

Os prevaricadores gastaram o dinheiro eu seu proveito?

O dinheiro foi gasto para forrobodó?

Porque é que a tutela não orçamentou/financiou o CS atempadamente?

Estamos em presença do não cumprimento de determinadas formalidades burocrático-financeiras ou estamos perante uma fraude e vigarice?

Aguardo.

FDM (boneco virtual e que se congratula com a escolha duma "florentina" para o Governo da República Portuguesa).. disse...

No elenco do novo Governo da República, surge uma açoriana, Gabriela Canavilhas, com extensas raízes familiares na freguesia de Ponta Delgada.

A nossa ilha está de parabéns.

Anónimo disse...

É esta politica da saúde que por um lado rapa nas despesas de certas ilhas e por outro distribui pílulas da felicidade gratuitamente á rapaziada mais tímida lá para as bandas de S. Miguel... será? será só por lá? só falta é a parte financeira...
Como foi possivel?

João Manuel Cordeiro

Anónimo disse...

FDM,pelos vistos terá de aguardar pelo desenrolar dos processos em sede própria,tal como eu.
Agora lhe digo,acho giro vxa fazer comentários abonatários a quem gasta o que não está orçamentado.
Não sabem apresentar dados ,e pedir financiamento a quem de direito ,para que o centro de saude melhor a sua qualidade de serviço?é fazer o que lhes dá na real gana?
Pois,e não duvido,quem pagou foi você,eu e quem desconta para o Estado.

Anónimo disse...

quando é que este intelectual do fdm responde á pergunta que foi feita algumas semanas atrás, onde fica o nascente de agua que abastece santa cruz e onde fica o nascente de agua que abastece as lajes qualquer florentino sabe .

Anónimo disse...

Cuidado. Diz-se pelos meios micaelenses que essa verba tinha sido autorizada pelo senhor secretario, que ao que parece depois fez orelhas moucas e ficou mesmo assim.

Farto de prosápia disse...

isso hoje em dia não pode existir o diz que diz.ou existe documentação por escrito a autorizar ou nada.nao sei como se cai numa patetice dessas nos dias que correm.
eu já caí nessa armadilhas e paguei bem caro.
estive a pagar da minha algibeira durante anos a fio.não é nada "saboroso".

Anónimo disse...

Toda a gente sabe que estes conselhos de administração não têm capacidade nenhuma ou conhecimentos para estarem à frente de tão grande barco - estão porque interessa a alguém !!!!