quarta-feira, 17 de julho de 2013

Zonas balneares deviam ter bandeira distinta a indicar presença de águas-vivas

Objectivo seria alertar todos aqueles que estão a banhos para a presença de águas-vivas, em especial quem desconhece o perigo destes organismos.

Informação sobre a existência de águas-vivas nas zonas balneares devia estar indicada de uma forma perceptível para todos, em especial os turistas que muitas vezes desconhecem o perigo do contacto com estes organismos.

Na opinião de Ana Cristina Costa, da Universidade dos Açores, a Região deveria reflectir sobre a utilização de sinalização que alertasse para a existência de águas-vivas, como por exemplo a criação de uma bandeira nova, à semelhança do que já acontece noutros países como a Austrália: “Poderia pensar-se numa nova bandeira que se hasteasse em conjunto com as outras, talvez com alguma indicação gráfica da presença de águas vivas”, sugere a investigadora.

O objectivo é impedir que turistas, que desconhecem o mar dos Açores e os potenciais perigos destes organismos, se firam com o contacto com as águas-vivas. Outra sugestão é que as placas informativas existentes nas zonas balneares deveriam ter informação sobre os perigos das águas-vivas e os primeiros socorros em caso de contacto.

As águas-vivas costumam aparecer nas zonas balneares quando a temperatura da água do mar começa a subir e o vento está de sul, no entanto este ano tem-se verificado que mesmo sem estarem reunidas estas condições estes organismos têm surgido na costa. As águas-vivas são perigosas para os banhistas porque estes organismos possuem uma neurotoxina nos tentáculos - que podem ter seis a sete vezes o tamanho do organismo e nem sempre se veem muito bem porque são muito longos e praticamente invisíveis - que em contacto com a pele causam uma dermatite.

Por vezes surgem também junto à costa caravelas portuguesas que são organismos considerados ainda mais perigosos dada a maior toxicidade da neurotoxina que produzem e o facto de os seus tentáculos serem significativamente maiores. Assim mesmo quando a parte aérea da caravela está afastada, os tentáculos alastram-se por vários metros.

Em caso de contacto com águas-vivas deve-se lavar a zona abundantemente com água salgada e em seguida usar um anti-histamínico. Em zonas balneares vigiadas os nadadores–salvadores possuem kits de emergência para ajudar os banhistas nestas situações. As pessoas mais sensíveis devem deslocar-se ao hospital para tratamento médico. Um outro conselho a ter em conta é que nunca se deve tocar directamente na pele de uma pessoa que tenha acabado de tocar numa água-viva ou caravela porque por vezes parte do tentáculo ou do veneno ainda está presente podendo haver transferência. Do mesmo modo que mesmo mortos estes organismos continuam a possuir a neurotoxina, daí que não se deva tocar neles.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

2 comentários:

Anónimo disse...

A bandeira vermelha significa interdição de entrar na água por causas diversas. Mar perigoso, águas sujas e animais perigosos.
Mais bandeiras para quê?
Interessa ao banhista saber se é ou não seguro ir para a água. As causas, em circunstancias adversas, pouco interessam.

Anónimo disse...

Uma cor seriam correntes, outra cor ondulação, outra cor águas sujas, outra cor tubarões, outra cor ouriços do mar, outra cor águas vivas.
As cores do arco-íris não davam.