terça-feira, 17 de novembro de 2015

Atlas das aves marinhas de Portugal

Um livro e uma plataforma digital dão a conhecer 65 espécies de aves marinhas e costeiras portuguesas. O projeto da SPEA foi apresentado ontem no Oceanário de Lisboa, celebrando o Dia nacional do Mar.

Garajau-rosado, painho-de-monteiro, cagarra, gaivota-real, torda-mergulheira, rola-do-mar ou maçarico-das-rochas são algumas das 65 espécies de aves marinhas e costeiras que constam do novo «Atlas das Aves Marinhas de Portugal», ontem lançado pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), que contou com a colaboração da BirdLife internacional.

No livro ou na plataforma online, os amantes da avifauna podem encontrar informação detalhada sobre a abundância, ecologia, habitat, distribuição e ameaças à conservação destas espécies, que constituem o grupo mais ameaçado de aves do mundo. “Este trabalho reúne pela primeira vez a mais detalhada informação de 65 espécies de aves pelágicas e costeiras para todo o espaço marinho português”, afirma Joana Andrade, coordenadora do departamento de conservação marinha da SPEA, que considera o resultado “um marco na história da ornitologia em Portugal”.

A obra resulta de oito anos de trabalho de registo e análise de censos marinhos em toda a ZEE nacional, em pontos estratégicos da costa continental (pontos RAM) e de um censo de aves costeiras invernantes nos estuários portugueses (projeto Arenaria), e contou com a colaboração de 150 observadores.

“Este Atlas está destinado a ser um exemplo a seguir no mundo da ornitologia marinha. Não só pela quantidade e qualidade dos dados, mas também porque é o primeiro que combina uma publicação tradicional e uma plataforma interativa que permitirá conhecer e divulgar mundialmente a distribuição de todas as espécies, algumas das quais extremamente raras de ver no mar”, sublinha Iván Ramirez, coordenador do grupo de conservação na Europa e Ásia central da BirdLife e co-autor do livro.


Notícia: semanário «Expresso».
Saudações florentinas!!

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