Santa Casa da Misericórdia das Lajes (alegadamente) mergulhada em dívidas
Hélio Silva, ex-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lajes das Flores é acusado de não apresentar as contas da instituição e de ocultar informação à nova Direcção, eleita por apenas um voto de diferença.
Os pormenores sobre as alegadas irregularidades vêm descritos num extenso relatório elaborado pelo Conselho Fiscal da Santa Casa lajense, aprovado na passada semana em Assembleia Geral.
Segundo o documento, disponível na internet, no sítio da Santa Casa lajense, a instituição está mergulhada em dívidas.
Só à Castanheira & Soares, empresa que construiu o Lar de idosos, a Santa Casa das Lajes das Flores deve mais de 460 mil euros, dos quais 320 mil se referem a trabalhos a mais que, alegadamente, nunca terão sido comunicados à tutela.
O ex-provedor terá também utilizado dinheiro da instituição, estando registada uma transferência bancária, feita em Dezembro de 2008, de 8 mil euros, da conta [bancária] da Santa Casa para a conta pessoal de Hélio Silva. Este dinheiro só há 15 dias foi devolvido, depois de denunciado o caso.
Uma situação que se terá repetido em Agosto do ano passado, com 10 mil euros que saíram da conta [bancária] da Santa Casa para uma conta de uma terceira pessoa. O dinheiro foi devolvido em Dezembro, directamente pelo ex-provedor.
Hélio Silva terá também utilizado dinheiro dos utentes do Lar de idosos através da abertura de uma conta conjunta, na qual eram feitas transações e pagamentos que suscitaram muitas dúvidas à nova Direcção. Através dessa conta [bancária] terão sido realizados pagamentos a particulares, cujo destino continua por esclarecer, mas também foram pagas despesas diversas, como por exemplo: trabalhar a terra, 10 dúzias de ovos, refeições, peixe fresco e até erva do calhau, alga muito utilizada para a confecção de tortas.
O ex-provedor era também sócio, em conjunto com a mulher, de uma empresa que prestava serviços à Santa Casa lajense, à qual cobrou mais de 6.700 euros.
A nova Direcção da Santa Casa da Misericórdia das Lajes não decidiu ainda que destino vai dar ao relatório agora elaborado. O novo provedor da instituição diz que vai entregar o documento ao Governo [Regional], mas diz também que não fala do assunto à comunicação social. Quanto ao anterior provedor, Hélio Silva, diz estar de consciência tranquila.
Notícia: RDP/Antena 1 Açores e «Diário dos Açores».
Saudações florentinas!!
13 comentários:
ai ai ai... o que para ai vai!
Ratos...
é engraçado os comentarios de cima fala numa subida do desemprego. quero lembrar que no tempo do salazar havia miuta falta de emprego e de dinheiro mas todos se viravam para semear milho batatas doces e brancas feijão que até semeava-se ao pé do milho para poupar terra para outras coisas iase para o calhau juntar saragaço e acartalo pela rocha fora todo o dia. se puserem~-se ao trabalho ninguem passa fome.
Niguém comenta...
Hei moços das Laizes vocês estao bem calados HIHhiHIhIHi
É,se fosse àcerca da de Santa Cruz gostava de ver ! ...
Caros
Quem disponibiliza a página da Santa Casa das Lajes, para podermos ler o Relatório?
Obrigado.
os cobardolas da outra banda agora estão calados que nem ratos, bem tudo gente séria para o vosso lado!!!!!!!!
Alguém pregunta"ninguém comenta"?
Eu pregunto, será que os que mais comentavam, agora estão calados porque tambem comiam da panela?
Espero que sejam apurados e punidos os responsáveis de mais este triste e lamentável acontecimento. Estes e outros iguais ponham a mão na consciência, porque já chega de roubar. Sejam solidários, e humildes. Há nas Flores meia dúzia de ratos que prejudicam social e financeiramente a comunidade.
Não acham que chega?! BASTA! Sejam HOMENS de uma vez por todas. BASTA de "roubar" com aqueles que honestamente e humildemente fazem por ganhar o pão de cada dia.
Obrigado.
O anónimo das 15:57 tem razão, mas infelizmente o dinheiro é o santo do mundo. Felizmente, hoje em dia o povo tem vóz e sabe procurar os seus direitos. É um dizer antigo"o que se faz denoite aparece e dia."
Adenda sobre este assunto, através de extracto [texto abaixo] do artigo de opinião quinzenal de Renato Moura, no jornal «A União»: "Numa IPSS: imoral irresponsabilidade"...
Recentemente a ilha das Flores ficou abalada com o Relatório e Parecer do Conselho Fiscal da Santa Casa da Misericórdia de Lajes das Flores, sobre as contas da Instituição relativas ao ano de 2010.
Comprovou-se que o então Provedor [Hélio Silva] manteve na sua conta bancária pessoal 8 mil euros que haviam sido transferidos duma conta da Santa Casa há quase 2 anos e meio, que só devolveu em plena operação de fiscalização. Também duma conta da Santa Casa foram “emprestados” a uma trabalhadora 10 mil euros, em Agosto de 2010, que o Provedor [Hélio Silva] só reembolsou em fim de Dezembro, 3 dias depois de ter perdido a reeleição. E tudo isto enquanto a Santa Casa devia centenas de milhar de euros!
A Santa Casa pagava, por débito directo em conta, uma ligação à internet desde Janeiro de 2006, anexada ao telefone duma empresa cujos sócios eram o Provedor [Hélio Silva] e a sua esposa. Esta mesma empresa vendia material de escritório à Santa Casa e prestava serviços, através da sócia, que em 2010 atingiram milhares de euros.
Verificou-se haver uma conta bancária com dinheiro de utentes, supostamente apoiada em contas correntes mas deficientemente elaboradas, que era também utilizada para pagar despesas que não parecem justificáveis.
Na construção do novo Lar realizaram-se obras a mais num valor superior a 300 mil euros (+21%), sendo que para mais de 200 mil nem se pediu autorização ao Governo [Regional] que subsidiava a obra. Do dinheiro transferido pelo Governo [Regional] para pagar a obra, haverá mais de 360 mil euros que continuam em dívida à Castanheira & Soares.
Os órgãos não funcionavam, havia uma forte desorganização administrativa, a ponto de se ter perdido em reembolsos de IVA mais de 68 mil euros!
O Conselho Fiscal terminou o seu Relatório e Parecer chamando a atenção para as competências da Assembleia Geral, concretamente as de “definir as linhas fundamentais de actuação da Irmandade” ou de “autorizar a Irmandade a demandar os membros dos Corpos Gerentes por factos praticados no exercício das suas funções”, os quais de acordo com a lei e os estatutos podem cair na alçada civil ou criminal. A actual Mesa Administrativa, que herdou a situação, nada propôs e a Assembleia Geral absteve-se!
Ao Conselho Fiscal, que considera ter feito “luz”, argumentando não poder estar-se perante uma omissão “insuprível e muito menos irremediável”, restou enviar o Relatório e Parecer ao que justificou serem as duas tutelas da Santa Casa, ou seja ao Bispo da Diocese e ao Governo Regional (...)
Coitado do Senhor Hélio. Era só para prejudicar a sua imagem,mas porque devolveu 8 mil euros que andavam na sua conta ha dois anos e mais os 10 mil que tinha "emprestado" á afilhada?!!!
Engraçado!
Vejam só como as pessoas das Lajes são desagradecidas daquilo que lhes fazem , pois Alberto João Jardim da Madeira arranjou um buraco muito maior e nem por isso deixou de ganhar novamente as eleições, então isto só vem provar que o povo daquele arquipélago é bem mais agradecido que o do concelho das Lajes das Flores.
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