quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Promoção do artesanato regional

O Centro Regional de Apoio ao Artesanato criou o projecto de promoção "Azores in a box - Artesanato/Artcraft", com peças executadas pelos artesãos regionais.

A iniciativa, com o objectivo de aumentar a visibilidade das actividades artesanais açorianas, traduz-se em “kits” promocionais de produtos das diferentes actividades artesanais realizadas nos Açores, subordinados a temáticas variadas, como religião, cerâmica, bonecos, tecelagem e doçaria, entre outros.

O Centro Regional de Apoio ao Artesanato pretende também dar seguimento à sua intenção de alcançar novos e diferentes públicos, no âmbito de uma perspectiva de renovação, dinamização e afirmação da imagem do artesanato açoriano como um produto certificado e genuíno.

É competência do Centro Regional de Apoio ao Artesanato a promoção e divulgação das actividades e produtos artesanais realizados nos Açores, apoiando a sua comercialização e a organização de feiras, workshops e concursos.

O Centro Regional de Apoio ao Artesanato tem também desenvolvido uma acção promocional dos produtos de tradição açoriana através de publicações técnicas e comerciais, procurando garantir e promover a imagem da sua qualidade e a introdução de conceitos actuais aplicados à produção artesanal.


Notícia: «Açoriano Oriental», «Jornal Diário» e o inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Sensibilizar para a biodiversidade

Criado para promover a educação ambiental, o Kit da Biodiversidade dos Açores está a ser distribuído pelos estabelecimentos de ensino público do 1º ciclo do ensino básico da Região, numa iniciativa que visa sensibilizar as crianças para a preservação e conservação da natureza.

Em São Miguel, a distribuição deste recurso pedagógico está a ser feita através da Ecoteca do Parque Natural de Ilha, abrangendo 71 escolas e 6.758 alunos.

Um filme sobre a natureza das ilhas, um conto infantil, um saco com sementes de espécies endémicas, posters de ecossistemas dos Açores, puzzles de espécies protegidas e um avental de histórias, constituem alguns dos componentes do Kit da Biodiversidade dos Açores que são acompanhados por propostas lectivas.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e o inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Viajar pelo ‘interior’ da ilha das Flores

Com canyoning, passeios pedestres, passeios de jipe e expedição à ilha do Corvo, a WestCanyon Turismo Aventura dá a conhecer aos amantes da natureza as maravilhas da ilha das Flores, permitindo-lhes conhecer mais um pouco dos seus "recheios" e passar momentos divertidos.

Criada em 2009 com o intuito de colmatar a carência de actividades terrestres, a empresa gerida por Marco Melo, técnico de animação desportiva licenciado em Desporto, é especializada em produtos de turismo de aventura, desenvolvendo programas em diferentes subprodutos.

Com disponibilidade para oferecer serviços personalizados e adaptados a qualquer nicho de mercado que procure desenvolver actividades de turismo na natureza, desde a sua componente de soft-adventure até hard-adventure, a WestCanyon aposta forte no canyoning, nos passeios pedestres, nos passeios de jipe e na expedição à ilha do Corvo.

O canyoning é uma actividade com diferentes níveis de dificuldade, a enquadrar de acordo com a experiência dos clientes. Numa ilha com cerca de 142 km2 e com mais de trinta ribeiras, esta é uma actividade que permite contactar com ambientes diferentes do quotidiano. Marco Melo garante todo o equipamento e uma experiência inesquecível. Os serviços podem ir desde o baptismo de canyoning a descidas extremas com grandes verticais e saídas para o mar.

Os passeios pedestres são um produto realizado por entre trilhos e caminhos na natureza virgem e pura, que retrata bem o que outrora eram os principais elos de ligação entre as diferentes freguesias da ilha. Deste modo, pode-se vivenciar um pouco da história da ilha e ainda se maravilhar com a bela fauna e flora características dos Açores. A ilha das Flores apresenta uma beleza e variedade de percursos ímpar, sendo que a WestCanyon disponibiliza serviços adaptados a qualquer tipo de clientes e expectativas, desde percursos interpretativos aos percursos onde impera a aventura.

Os passeios de jipe (Jeep Tour) podem ser de um dia ou meio dia, neste serviço pretende-se que os turistas, num curto espaço de tempo, consigam fruir das melhores paisagens da ilha, acompanhados por um guia conhecedor dos melhores recantos desta ilha de paisagens inesquecíveis.

No serviço de expedição à ilha do Corvo (Corvo Discovery), os turistas têm a oportunidade de conhecer o que de melhor tem a ilha vizinha, mas igualmente terem a oportunidade de fruir da magnífica costa nordeste das Flores, nomeadamente desfrutando das magníficas Grutas do Galo e a Catedral. Uma vez na ilha do Corvo, o Caldeirão, uma cratera com cerca de 3 km de perímetro e 300 metros de profundidade, convidam a uma pequena caminhada rumo a um piquenique no meio de uma paisagem onde reina a calma e a tranquilidade.

Dependendo da condição física de cada pessoa, as actividades da WestCanyon podem ser realizadas por preços desde os 25 euros e a partir dos 13 anos de idade. Com seguros, transferes e piqueniques, dependendo de cada opção, as actividades podem realizar-se com um mínimo de duas pessoas.

Desde o início da actividade, os turistas portugueses têm sido os que mais têm procurado a WestCanyon, mas 2011 viu mais estrangeiros a procurar este tipo de "aventura". A divulgação, de acordo com Marco Melo, tem passado pelas redes sociais, sítio online e informação postada localmente.

Quanto à população local, e embora seja uma empresa recente, no decorrer deste ano [2011] a presença nas actividades realizadas já se começou a notar mais. Desportos para todas as faixas etárias que têm merecido críticas muito positivas de todos os participantes, quer sejam principiantes ou já tenham tido alguma experiência anterior.

Marco Melo descreve ao jornal «Diário dos Açores» alguns dos troços e sensações que os interessados podem usufruir, relatando, por exemplo, no canyoning um troço simples, "mas muito bonito, que permite a quem pratica deparar-se com o ‘interior’ da terra... é uma experiência totalmente diferente", revela. Nos passeios de jipe, mostrar a ilha e passar por estradas totalmente diferentes do comum, com imagens e perspectivas totalmente diferentes do dia-a-dia, pode tornar uma viagem no mínimo satisfatória.

Satisfatório é, até ver, o balanço que o criador e responsável pela WestCanyon, fascinado por poder mostrar "as magníficas belezas da sua ilha" aos visitantes e interessados: poder mostrar "a natureza virgem e intacta" é algo que motiva Marco Melo que, no entanto, critica os preços dos bilhetes aéreos para a ilha das Flores, um entrave e feedback negativo para a maioria dos clientes que passam pelo ponto mais ocidental da Europa. Ainda assim, e para o jovem empresário, a WestCanyon continua apostada em mostrar aquela que dizem ser "a mais bonita ilha dos Açores".


Notícia: «Diário dos Açores» [edição do dia 12 de Outubro de 2011]
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Quinta edição da Geração Depositrão

Os Açores participam na 5ª edição da Geração Depositrão com 32 escolas e mais de 15 mil alunos da Região, uma acção que pretende introduzir o tema da gestão de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE) e de pilhas e acumuladores, junto dos mais novos e da comunidade local.

Tendo as escolas como agentes importantes na divulgação e introdução de boas práticas ambientais, a Geração Depositrão envolve, no decorrer deste ano lectivo, mais de 625 escolas e mais de 340 mil alunos de norte a sul do país.

"Com esta campanha, a ERP Portugal pretende sensibilizar crianças, jovens e famílias para a importância da recolha de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos e pilhas em fim de vida e promover uma maior consciencialização das populações para a reciclagem deste tipo de aparelhos", afirma Filipa Moita, responsável de comunicação da ERP Portugal.

Inserida no programa Eco-Escolas, a Geração Depositrão é uma campanha realizada anualmente que inclui actividades desenvolvidas entre alunos e professores. Esta iniciativa, que arrancou no ano lectivo 2008/2009 com apenas 133 escolas a participar, é actualmente a única campanha de recolha de REEE a decorrer nas escolas nacionais, englobando todos os níveis de escolaridade.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

domingo, 27 de janeiro de 2013

O investigador João A. Gomes Vieira

É uma casa mas parece um barco museu, encalhado entre as quedas de água doce da Ponta da Fajã Grande e a água salgada do mar da ilha das Flores. A casa do investigador marítimo e escritor João Gomes Vieira é um monumento a uma vida dedicada à inventariação, investigação e recolha das coisas dos mares dos Açores.

João Gomes Vieira vem a descer a rua que desce da Igreja da Ponta da Fajã Grande em direção a sua casa, envolto num cenário verdejante onde pontuam quedas de água que se despenham das alturas. «Venha meu amigo, vamos conversar», diz João Gomes Vieira, à medida que nos vamos aproximando da casa que mantém na Ponta da Fajã Grande e onde tudo ali remete para o mar, os navios, as memórias de naufrágios, da baleação.

Filho e neto de baleeiros, escritor, investigador, fundador do Museu das Flores, um homem profundamente ligado ao mar, vive ali numa zona palco de baleação, naufrágios e tragédias marítimas. Membro da Academia da Marinha, consultor do Museu da Baleia de New Bedford, João António Gomes Vieira recebeu no passado dia 10 de Junho, a insígnia de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.

Entro numa sala pejada de memórias marítimas. Do tecto em madeira desprendem-se alinhadas umas às outras dezenas de canecas. «Esta casa», explica João Gomes Vieira, «é feita com madeira de salvados de navios. Estas portas aqui são do navio RMS Slavonia».

O RMS Slavonia, um enorme navio transatlântico pertencente à britânica Cunard Line viajava entre Nova Iorque e Trieste (na Itália) quando, em Junho de 1909, alguns passageiros terão pedido ao comandante para ver as ilhas. Envolto em nevoeiro, o navio acabaria por naufragar perto da costa da ilha das Flores entre o Lajedo e a Costa do Lajedo. Os cerca de 600 passageiros salvaram-se graças à ajuda das tripulações de dois navios transatlânticos alemães e de muitos florentinos.

O Slavonia levou meses a afundar e muitas peças do navio foram retiradas por locais. Aos poucos, João Gomes Vieira foi recolhendo, encaminhando para o Museu. Algumas, guarda na preciosa sala da Ponta da Fajã Grande. «Veja, esta papeleira de bordo também pertencia ao Slavonia». Na sala guarda também salvados de outros navios que naufragaram na zona. «São peças que estavam abandonadas nas casas da ilha e que eu fui guardando». Uma, por exemplo, pertencia a um navio grego que naufragou em 1967 perto da Ponta da Fajã. Outra pertence à barca Bidart. «A Bidart vinha da Nova Caledónia carregada de minério de níquel com 110 dias de viagem em 1915 e encalhou perto da Fajã Grande».

Nunca deixando a sua ilha mas viajando pelos Açores, pelo Continente e pelos Estados Unidos, João Gomes Vieira dedicou uma grande parte do seu tempo à investigação da história e da vida marítima. Na série de sete livros «O Homem e o Mar», o investigador florentino escreve sobre a cultura marítima açoriana. Das embarcações dos Açores do início do povoamento à inventariação do património marítimo, das histórias dos lobos-do-mar açorianos à baleação, cabotagem, construção naval em madeira, Vieira investiga tudo. Entre as suas recolhas, encontra-se um glossário baleeiro recolhido na ilha das Flores e inúmeras fotos, muitas de particulares, outras dos Arquivos Públicos dos Açores.

Filho e neto de baleeiros, João Gomes Vieira gosta de dizer que «o mar é a melhor escola de formação de um homem. A minha família veio para aqui há sete gerações», conta, enquanto caminhamos na Ponta da Fajã, «viemos do Alentejo, de Viana do Alentejo a mando do Rei D. Manuel I».

O bisavô de João Gomes Vieira foi um dos florentinos que embarcaram nos navios baleeiros que paravam na ilha das Flores para abastecer. «Embarcou aos 17 anos, atravessou o Cabo Horn [ponto mais meridional da América do Sul], o Alasca, esteve em São Francisco. Voltou mais tarde para a ilha, investiu em terrenos, ganhou dinheiro, morreu em 1907».

Na família, muitos foram para os Estados Unidos como baleeiros, primos, tios. O pai de João Gomes Vieira foi o último dessa enorme rede de oficiais baleeiros na família. «O meu pai apesar de oficial baleeiro sabia que a luta no mar era muito desigual e nunca quis que fossemos para a baleação. Não contava as suas proezas. Só muito mais tarde, no final da vida me foi contando...»

Embora a sua profissão fosse em terra, Gomes Vieira sonhava com o mar. «Aproveitava cada viagem em trabalho para trazer peças para o Museu. Fui muitas vezes a Santa Maria e a Lisboa no Transal (o avião da missão francesa na ilha das Flores) e vinha carregado de cartas de navegação, livros... Enfim, desde rapazinho que guardei bússolas, binóculos. Uma paixão».


Crónica do jornalista Nuno Ferreira no portal «Café Portugal».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Cuada: ilha das Flores sem Photoshop

Há sempre qualquer coisa de maior quando se trata dos Açores. E é numa aldeia da ilha das Flores que confirmo a beleza de mais um pedaço de terra português: a Aldeia da Cuada.

Abandonada nos anos 60, quando os seus habitantes emigraram para a América, a aldeia foi recuperada por Carlos Silva que sabiamente soube sonhar mais alto. Contra tudo e contra todos, e na dúvida do projecto poder resistir aos longos anos de vida, hoje é considerada um exemplo de turismo de excelência, como um enorme testemunho de perseverança a seguir.

A viagem entre o passado e o presente, com enorme responsabilidade na recuperação da traça rural das pequenas casas de pedra, forma a aldeia privilegiada que é a Cuada. À sombra da tranquilidade, o tempo parece não ter relevância. E só os Açores me devolvem este poder de sentir que a vida não foge depressa.

A paisagem é magnânima e confirma-me a opinião que nenhum português deveria viajar pelo Mundo sem antes passar pelos Açores. Mas é nas pessoas, na simplicidade dos sorrisos e na gratidão de haver tanta terra ainda não tocada pela mão do homem, que o meu sorriso é roubado. Assim começou esta aventura, em que Sílvio, o genro de Carlos, me disse para procurar um carro azul prata no parque do aeroporto. Com a chave na ignição e sem qualquer risco de ser roubado, desbravava até a aldeia imagens que apenas se consagram em poemas.

São paisagens únicas as que envolvem a aldeia da Cuada. As casas de pedra respiram simplicidade e distanciam-me dos dias agitados da cidade. Jarras de hortências perfumam a casa e a colcha, tricotada pelas mãos da terra, transportam-me a memórias antigas onde as conversas à lareira com a minha avó faziam com que as horas não tivessem importância. A velocidade dos dias dilui-se nas quatro estações que tão bem acompanham os Açores, e o ritmo passa a ser outro, o que nos permite absorver cada aroma e cada detalhe com toda a imensidão do tempo.

Os caminhos percorridos são feitos nas pedras irregulares e, ligando-nos à terra de uma forma exemplar, leva-nos a postais da ilha onde não é preciso o uso de Photoshop. Como uma das mais idílicas dos Açores, no Poço da Alagoinha encontro a imagem mais bonita da ilha.

Entre as muitas caldeiras, a água presente no horizonte leva-me uma tarde à ilha do Corvo. E nem os três metros e meio de ondulação me retiraram a beleza do caminho. O Corvo respira simplicidade, e a invulgaridade dos olhares da terra segue-me o rasto. Assim conheci o Carlos, o guia feliz, de palavras firmes e que me ofereceu o postal ventoso da cratera, uma das mais bonitas que vi em terras açorianas.

Na intocabilidade do mundo, a simplicidade é imensa. Tão imensa que, à procura de um restaurante (e cuidado porque apenas servem até às 14 horas, sem excepção), dou por mim a almoçar em casa de uma verdadeira senhora da terra. Nos olhos e na barriga do desespero, as portas abrem-se nestas ilhas ao convite mais elevado de todos: a partilha de uma vida que só faz sentido em gratidão e humanidade. Assim como quem agradece o bom coração de um desconhecido.


Crónica de Sancha Trindade publicada na «Vogue» online.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Açores com muitas mais famílias falidas

O número de famílias oficialmente falidas aumentou brutalmente nos Açores nos últimos dois anos, período em que começou a ser aplicado o programa de grande austeridade do Governo da República e da Troika.

De acordo com os dados do Instituto Informador Comercial registou-se nos Açores, de 2011 para 2012, uma variação anual de 235 por cento: em 2012, 161 famílias declararam insolvência, quando no ano anterior tinham sido apenas 26.

A nível global o número de famílias falidas em Portugal quadruplicou nos últimos dois anos. As maiores subidas verificaram-se nos Açores e em Portalegre.

Os consultores do Instituto Informador Comercial entendem que a situação deve ser enquadrada no estado difícil em que se encontra a economia, considerando que este aumento exponencial de falências das famílias acompanha o alastramento do desemprego e o ritmo de falências das empresas.


Notícia: RDP Antena 1 Açores.
Entretanto, o Governo da República prepara-se para reduzir as transferências financeiras para a Região Autónoma dos Açores.

Saudações florentinas!!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

87 escolas ostentam bandeiras verdes

A Região Autónoma dos Açores conta com 87 Eco-Escolas, distinguidas pelo mérito do trabalho desenvolvido ao nível da sustentabilidade ambiental no ano lectivo 2011/2012, o que lhes permite hastear bandeiras verdes ao longo deste ano.

A Bandeira Verde é o galardão que premeia as boas práticas ambientais dos estabelecimentos de ensino que se inscrevem no programa Eco-Escolas, uma iniciativa de âmbito internacional promovida pela Foundation for Environmental Education, a que Portugal aderiu em 1996 através da Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE).

A adesão ao programa para o ano lectivo 2012/2013 pode ser feita até ao final de Fevereiro, devendo as escolas interessadas submeter a sua inscrição junto da plataforma online da ABAE ou contactar a Ecoteca da sua ilha.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e o inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Pequenos agricultores não vão resistir às novas regras fiscais de contabilidade, alerta a Federação Agrícola dos Açores

As novas regras fiscais estão a motivar o abandono da actividade por parte dos pequenos agricultores. A Federação Agrícola dos Açores pede a intervenção do Parlamento e do Governo Regional.

Os pequenos agricultores são agora obrigados a inscreverem-se como produtores agrícolas, a passar facturas no acto de venda e a apresentá-las às Finanças para descontarem o valor do IVA.

Jorge Rita, presidente da Federação Agrícola dos Açores, critica a lei que impõe as novas regras e argumenta que os pequenos agricultores são na sua maioria idosos e sem facilidade de acesso à informação e às Associações Agrícolas. O líder dos agricultores açorianos receia o abandono no sector e apela à intervenção das entidades regionais.


Notícia: «TeleJornal» da RTP Açores.
Saudações florentinas!!

domingo, 20 de janeiro de 2013

O mais ocidental ginásio da Europa

Orçado em 700 mil euros, dos quais 300 mil comparticipados por fundos comunitários do SIDER, a família Toste Mendes inaugurou [em Agosto de 2011] na ilha das Flores o ‘Viva Mais Fitness’, único ginásio existente no Grupo Ocidental.

Dotado de várias máquinas e equipamentos que fazem inveja a muitos ginásios espalhados pelo país e com um espaço amplo com vista a norte sobre a vizinha ilha do Corvo, o ginásio Viva Mais Fitness, cujo director técnico é Pedro Mendes, vem acrescentar à ilha das Flores algo inexistente desde há muitos anos.

Construído de raiz junto ao Hotel Ocidental, propriedade da família Toste Mendes, este novo espaço vem colmatar uma lacuna numa área que só havia sido desenvolvida na ilha das Flores através de clubes desportivos ou associações, mas que agora ressurge com muita luz, cor e... esforço.

Pedro Toste, director técnico do ‘Viva Mais Fitness’, licenciado em Educação Física, lidera uma equipa jovem e ambiciosa que dá, finalmente, aos florentinos um serviço há muito esperado. Embora ainda não seja tempo de grandes balanços, Pedro Mendes refere que as expectativas estão a ser superadas e “nos primeiros dois meses foram superados os objectivos propostos para um ano”.

A ideia inicial para a construção de um ginásio surgiu devido ao interesse pela área. Pedro Mendes afirma que sempre teve “o bichinho” pelo desporto e actividade física, tendo estado sempre ligado ao desporto. A frequência universitária deste jovem florentino incutiu ainda mais desejo por esta área específica, trabalhando inclusivamente num ginásio no Continente.

Depois de muita investigação e de bem ponderadas as opções em aberto, Pedro Mendes elaborou o seu trabalho final de curso com base num questionário a 100 indivíduos da ilha das Flores sobre a receptividade à actividade física, concretamente num ginásio.
“Mais de 90% das pessoas via positivamente a hipótese de frequentar um ginásio nas Flores”, refere agora Pedro Mendes, obtendo na altura uma resposta “óptima” para idealizar um projecto que se viu inaugurado em 2011.

Com uma equipa toda licenciada em Educação Física, o ginásio ‘Viva Mais Fitness’ disponibiliza aparelhos e espaços desde o cardio-fitness à musculação, passando pelas aulas de grupo.

A maquinaria de cardio-fitness engloba 5 passadeiras, 3 bicicletas elípticas, entre outros equipamentos, onde depois de traçado um plano de treinos os utentes podem procurar atingir os seus objectivos propostos.

A musculação engloba máquinas específicas para cada grupo muscular, desde as pernas, tronco e braços, zona de alongamentos, abdominais, entre outros. Cada grupo trabalha uma determinada área do corpo, num esforço acompanhado sempre de perto pelo staff do ginásio.

As aulas de grupo são também outro dos convites do ginásio mais ocidental da Europa. Com várias modalidades, as sessões têm sido muito bem frequentadas neste período inicial e Pedro Mendes realça que a gestão do ginásio está sempre predisposta a ouvir novas sugestões.

E porque para o Verão acaba por ser uma das melhores sugestões, a piscina que se estende ao exterior do espaço ‘Viva Mais Fitness’ convidará todos os clientes a um mergulho ou às aulas de fitness ou de hidroginástica que na época balnear de 2012 se realizarão em Santa Cruz das Flores.

Os preços variam conforme os pacotes pretendidos e há também, mais em conta, um preço especial para os estudantes. Porque a fidelização dos clientes é algo muito importante para o ginásio, os preços vão baixando conforme a duração e frequência pretendida dos clientes do novo ginásio da ilha das Flores.

Esta é uma etapa diferente para Pedro Toste, até porque embora sempre tenha estado ligado à actividade física, agora a gestão e administração é um esforço adicional e uma novidade. Como sublinhou Pedro Mendes, “até agora [Outubro de 2011] os objectivos estão a superar as expectativas e a tendência é para aumentar”, salientou.


Notícia: «Diário dos Açores» [edição do dia 17 de Outubro de 2011]
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Florentino construtor de violas e sonhos

José Agostinho Serpa vive ao abrigo da natureza intocada da Costa do Lajedo, um local perdido no sul da ilha das Flores, onde pratica agricultura biológica, consome 90% do que produz, e se dedica à paixão de construir violas da terra, escrever sobre a ilha e compor. «Aqui vivo em paz e em meditação. Adoro o mar, a natureza e os sons do silêncio».

A Costa do Lajedo, na costa sul da ilha das Flores, é um daqueles lugares que facilmente confundimos com o paraíso. As arribas recortam, entre fios ou mantas de nevoeiro, um vale muito verde e idílico em frente ao mar, ora manso ora turbulento dos Açores.

Foi na Costa do Lajedo que nasceu e viveu até aos 18 anos o tocador e construtor de violas da terra, José Agostinho Serpa. Depois de 27 anos a viver na ilha Terceira, decidiu regressar, para viver da natureza, do que consome (é vegetariano) e da música.

«O meu avô era dono da mercearia Serpa, ali mais acima. Foi lá que nasci. Ele tocava violino. O meu pai tocava bandolim. Ele próprio construiu o instrumento». Cedo, José Serpa começou a escutar a música tradicional que se fazia na Costa do Lajedo. «Todos os fins-de-semana havia bailes nas casas dos senhores mais prestáveis, bailes à luz da vela ou de candeeiro alimentado a azeite de baleia».

Os bailes desapareceram no tempo mas a paixão de José Serpa pela música permaneceu. «Pedi uma viola eléctrica emprestada e fiz uma na oficina do meu avô». Começou a aprender sozinho porque mais ninguém tocava nessa altura na Costa do Lajedo. «Não havia estrada. Ia a pé pela montanha acima e depois procurava apanhar a carreira para Santa Cruz. Na escola, era pior. O nosso transporte para lá era na camioneta de carga que transportava as vacas para o porto. Eramos trinta e tal desta parte da ilha que íamos assim, estudar para Santa Cruz. Eu enjoava com a fumaceira debaixo da lona».

Saiu da ilha das Flores para frequentar a Escola Militar em Lisboa. «Foi um choque enorme. Imagine o que é sair daqui para Lisboa... Tive a felicidade de ter como superior na escola Manuel Faria, dos Trovante. O Manuel Faria ensinou-me muito na guitarra clássica. O Luís Represas passava por lá ao fim-de-semana e tocávamos juntos». Como José Serpa não tinha instrumento, Manuel Faria combinou com outros amigos comprarem-lhe uma viola. «Eu tinha trazido a harmónica das ilhas e para o final tocávamos nos salões privados do Casino do Estoril».

Mais tarde, chegou a viver em São Miguel. «Fazia placards publicitários. Até que um dia o avião que seguia das Flores para São Miguel avariou e tive de ficar na Terceira. Em Angra do Heroísmo encontrei um primo afastado que me convidou a ficar lá a trabalhar como técnico de electrónica e electrodomésticos. Fiquei 27 anos...»

Na Terceira, além de reparar aparelhos, foi técnico de som. «Foi como técnico de som que conheci muitos músicos do Continente, desde o Paulo de Carvalho aos Heróis do Mar». Foi lá também que conheceu a família Lobão, uma família de construtores de violas. «Acabei por decidir construir o meu primeiro instrumento, um violão de 12 cordas. Depois, construí várias violas».

A partir de determinada altura, José Serpa decidiu inovar: «Para o Dia dos Namorados decidi construir um instrumento com a forma de dois corações e com um som semelhante à mistura do cavaquinho e do bandolim». Mais tarde, fez uma viola com formato de peixe e outra em forma de S, o S de Serpa. Das suas criações, expostas na internet na sua página pessoal, a preferida é a «violira», um misto de viola e lira.

José Agostinho Serpa, que já compôs e editou em CD cerca de 50 composições, mudou-se de armas e bagagens há cerca de dois anos para o lugar onde nasceu. Continua a trabalhar em reparações de electrodomésticos mas dedica cada vez mais tempo à construção de violas da terra. No Verão, a altura do ano em que a ilha das Flores é mais visitada, Serpa toca num trio «Os Amigos da Música» animando grupos turísticos no Hotel do INaTeL e na aldeia turística da Cuada, perto da Fajã Grande e do paradisíaco Poço da Lagoinha.

«A viola da terra já esteve praticamente votada ao abandono na ilha das Flores. Hoje existem aí dois ou três tocadores», explica Serpa, que ainda escreve para o jornal local «O Monchique».

Desde há cerca de dois anos que vive na casa que construiu juntamente com a esposa Luísa, artesã, num recanto mágico da Costa do Lajedo. «Regressei à ilha das Flores para a meditação, para a paz. Este lugar tem muito mais energia. Produzimos aqui 90% da nossa alimentação, vegetariana e fruto da agricultura biológica».


Crónica do jornalista Nuno Ferreira no portal «Café Portugal».
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

PS e PSD/Açores chumbam reposição dos subsídios de férias e de Natal aos funcionários da administração regional

A Assembleia Legislativa dos Açores chumbou (pelos votos de PS e PSD) uma proposta do PCP que defendia a reposição dos subsídios de férias e de Natal aos funcionários da administração regional.

A intenção, segundo explicou o deputado comunista Aníbal Pires, era repor "justiça" aos trabalhadores do sector público regional, que se viram privados em 2012 dos dois subsídios por imposição das medidas de austeridade nacionais: "Se o corte dos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos foi extremamente negativo para o país, para os Açores foi verdadeiramente desastroso", justificou Aníbal Pires, para quem este "corte abrupto" no poder de compra das famílias açorianas resultou num "aumento estrondoso da recessão". No seu entender, o PSD e o CDS, que apoiam o Governo da República, resolveram acabar com os subsídios de férias e de Natal não por obrigação ou necessidade, mas para "embaratecer" o trabalho e "engordar" os lucros das empresas.

Aníbal Pires já sabia, à partida, que a sua proposta seria chumbada na Assembleia Regional, não pelos partidos da Direita mas pela maioria socialista açoriana, que em comissão parlamentar já tinha manifestado a sua oposição à reposição dos subsídios de férias e de Natal de 2012.

Recorde-se que [em 2011] os Açores, ainda no tempo do Governo de José Sócrates, criaram medidas de compensação para os trabalhadores açorianos, mas entretanto o Governo Regional assumiu o compromisso de também aplicar no arquipélago as medidas de austeridade.

Além do PS também a bancada do PSD votou contra a reposição dos subsídios de férias e de Natal [de 2012] aos funcionários da administração regional, proposta que colheu o apoio do Bloco de Esquerda, do PPM e do CDS/PP, que acabou por ser a grande surpresa do debate parlamentar.

Luís Silveira justificou o voto favorável, afirmando que "o CDS/PP-Açores não quer ter um Governo rico e um Povo pobre" e que está na altura de "marcar diferença [do Governo PSD+CDS] de Passos Coelho e dar um passo em frente".


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
NOTA: todos os quatro deputados "florentinos" na Assembleia Legislativa Regional (Manuel Pereira, Luís Maciel e Arlinda Nunes - do PS, e Bruno Belo - do PSD) votaram contra a reposição dos subsídios de férias e de Natal aos funcionários da administração regional.

Saudações florentinas!!

Alterações na contabilidade agrícola

A Associação Agrícola da ilha das Flores informa todos os agricultores que no dia 21 de Janeiro [próxima segunda-feira], pelas 20 horas na Casa do Povo das Lajes, vai realizar-se uma sessão de esclarecimento sobre as alterações na contabilidade para os agricultores.

Este evento conta com a presença de Cláudia Pinheiro, da Direcção das Finanças da Horta, para devidamente esclarecer sobre os novos procedimentos que os agricultores terão de introduzir nas suas contabilidades.


Notícia: blogue da Associação Agrícola da ilha das Flores.
No dia 22 [próxima terça-feira] ocorrerá uma sessão similar no salão nobre da Câmara Municipal do Corvo, sobre as alterações na facturação e tributação para os empresários e agricultores corvinos.

Saudações florentinas!!

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

«Brumas e Escarpas» #52

Fuga

Júlia voltara-se e rebolara-se na cama vezes sem conta. Inicialmente parecia um sonho, depois um imaginar sonolento de algo muito ténue e longínquo e, logo a seguir, um barulho estranho e esquisito a despertá-la definitivamente e a trespassar-lhe o peito, como se fosse um raio. Por fim, já completamente acordada, uma certeza absoluta e irrevogável: eram tiros. Nem sequer esperou para ouvir uma segunda vez ou para se certificar melhor. Levantou-se de rompante, abriu a porta da sala de maneira a que os pais e os irmãos não dessem pela abalada e deu consigo quase tresloucada, no meio da rua, imersa numa madrugada ingente e apavorante, sem saber bem o que fazer ou para onde ir.

Era Maio e a noite estava muito escura e fria. Júlia cobriu os ombros quase nus com um xaile de lã que agarrara à pressa, antes de sair, e rumou, incerta, Fontinha a cima. Os sons martelados e secos de armas, prolongando-se por aqui e por além, cada vez pareciam mais nítidos, mais reais, mais aterradores, estampando-se em eco nas rochas das Covas e das Águas, deixando no ar um rasto de pólvora fumegante.

Ao chegar ao cimo da Fontinha, Júlia, cada vez mais convicta de que o barulho dos tiros vinha do lado mar, arrepiou-se mais e desatou numa correria louca, pela canada que dava para o Mimóio. No início, porém, a vereda muito sinuosa, alcantilada de pedregulhos e ladeada com paredes altíssimas, a vedar os pequenos cerrados de milho, as compridas belgas de batata-doce e uma ou outra courela a abarrotar de favas já floridas, não deixava ver o mar mas permitia que o martelar contínuo dos tiros se encafuasse ainda mais naqueles meandros, tornando-os mais reais, mais atribuladores, mais temíveis, mais angustiantes. Agora, se dúvida alguma ainda existisse, desfazia-a por completo no constante ribombar das carabinas e dos fuzis. A sua única preocupação era a de saber se o seu António estaria envolvido naquele aberrante, desmedido e despropositado tiroteio, a quebrar o silêncio íntegro, global, puro e profundo da noite que a penumbra enigmática da rocha lançava sobre a enorme fajã e sobre a baía circundante.

Desde há muito que Júlia e António se amavam como ninguém, se desejavam reciprocamente com ardor, arquitectando construir, dentro em breve, com harmonia e sublimidade, um lar de felicidade, de bem-estar, de alegria e de amor. Júlia sabia muito bem da oposição cerrada que os seus progenitores lhe haviam de fazer quando se apercebessem do seu relacionamento com o filho do Chibante. Mais se oporiam, ainda mais a impediriam, quando soubessem que ali havia muito amor, havia uma grande paixão e que se conjugavam planos de construírem, em conjunto, o futuro. Talvez por isso é que ele tomara aquela abrupta e radical decisão, por saber que era pobre, muito pobre e que os pais dela haviam sempre de cuidar e de sentir que ele nunca havia de sair da miséria, de um pé rapado, de um badameco de meia tigela e que por isso mesmo nunca haviam de autorizar aquele casamento, é que ele, o seu António, decidira partir, em busca da aventura, do sucesso, do necessário para um dia, ao regressar das Américas, lhes aniquilar e desfazer por completo arrelias, consumições e de lhes atirar à cara aleivosias. Mas Júlia também nunca concordara com aquela partida, para tão longe, para a América e ainda por cima, naquelas condições – fugindo, às escondidas, no escuro da noite, envolvendo-se com os aguadeiros de um bergantim, como se fosse um criminoso. Depois era o perigo mais real do que possível de uma fuga clandestina e que, afinal, agora estava ali bem estampada naquele fatídico e malfadado tiroteio.

Ao chegar ao sítio da canada que encimava a Tronqueira, já quase no Mimóio, desfizeram-se as dúvidas por completo. Dali ela via tudo e o cenário era bem real: a uma pequena distância da Baixa Rasa, um enorme bergantim, todo branco, com três altíssimos mastros e velas triangulares, aguardava uma pequena chata que momentos antes saíra do Rolo, junto à Ribeira das Casas, carregando homens e barris de água. A lutar contra os socalcos das ondas provocados pelo contínuo ricochete dos projécteis na água, numa frustrada fuga, a chata era contínua e permanentemente alvejada por tiros emanados pela guarda costeira do Forte do Estaleiro cruzados alternadamente com outros vindos do Castelo da Ponta. Alguns homens já se haviam atirado à água e, ora mergulhando, ora vindo à tona para respirar, lá se iam esquivando ao desfechar contínuo das balas, por vezes incerto, dos azougados artilheiros. A ordem era atirar a matar.

Júlia, numa aflição inexaurível e num sofrimento terrífico, assistia a tudo lá de longe, do alto do Mimóio, no escuro da noite, apenas clarificada momentaneamente pelo fulminar contínuo da pólvora, sem poder fazer nada ou coisa nenhuma. Assistia impotente e dorida, aquele terrífico e dramático espectáculo. Apenas uma certeza: o seu António estava ali e havia de se salvar.

No meio daquela aflição desmedida e daquela agonia inexaurível uma pequenina e ténue réstia de esperança trespassou-lhe o peito, dulcificando-lhe, momentaneamente, a dor e espevitando-lhe, como em sonho, a alegria: um vulto negro aproximava-se do bergantim e, agarrando-se às grossas escadas de corda que lhe atiravam para o mar, num ápice saltava a amuara da embarcação, onde se refugiava definitivamente. Pouco depois o bergantim voltava-se e zarpava para Oeste. O seu António estava salvo!


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

SATA disponibiliza nova tarifa baixa

A SATA anunciou que está disponível [desde a passada sexta-feira, dia 11] uma nova tarifa denominada "last minute", válida para todas as ilhas dos Açores nas rotas operadas pela SATA Internacional entre os Açores e o Continente.

"Com esta nova tarifa a SATA dá mais um passo no sentido de responder às expectativas dos açorianos, com a oferta de viagens com menores custos e, ao mesmo tempo, contribui para estimular o desenvolvimento do turismo nos Açores, ao possibilitar a utilização desta tarifa a passageiros não residentes", refere a SATA em comunicado.

A tarifa “last minute”, que se destina em simultâneo a residentes e não-residentes nos Açores, terá um custo final para o passageiro de 88,50 euros, preço que já inclui taxas aeroportuárias e de emissão, ficando isento da sobretaxa de combustível.

A nova tarifa que passa a estar disponível para os clientes da SATA é válida para todas as ilhas da Região, respeitando as regras das obrigações de serviço público do transporte aéreo, em voos que serão selecionados e com limite de lugares disponíveis.

A tarifa “last minute” será comercializada em todos os canais de venda, directa e indirecta, a partir de 48 e 24 horas antes da realização do voo e, tal como todas as tarifas especiais, está sujeita a restrições como sejam a não permissão de alterações, reembolsos, combinações com outras tarifas, ou a acumulação de milhas no programa de passageiro frequente “SATA Imagine”.

Ainda no domínio das restrições há que considerar a observância de tempos de estadia, isto é, a obrigação do cumprimento de um mínimo de 2 dias e de máximos variáveis consoante os voos e as datas aplicáveis, assim como a obrigação da reserva ser feita em simultâneo com a emissão do bilhete.


Notícia: «Açoriano Oriental» e suplemento «Fugas» do «Público».
Esta nova tarifa da SATA havia já sido anunciada [na quinta-feira à noite] pelo presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, em entrevista ao programa «Direito de Resposta», na RTP Açores.

Saudações florentinas!!

domingo, 13 de janeiro de 2013

Transporte marítimo de mercadorias entre Flores e Corvo será assegurado pela... Empresa de Barcos do Pico

O secretário regional do Turismo e Transportes anunciou [ontem] que, na sequência do procedimento por concurso público, o Fundo Regional da Coesão adjudicou [na sexta-feira] o contrato de prestação do serviço de transporte marítimo regular de mercadorias entre as ilhas das Flores e do Corvo.

Esta prestação de serviços, que se estenderá por 3 anos (mais um de opção), foi adjudicada à Empresa de Barcos do Pico de Amaral, Felicianos & Faria, Lda, pelo montante global de um milhão e 62 mil euros.

O transporte marítimo de mercadorias entre as ilhas das Flores e do Corvo será assegurado através de duas ligações semanais ao longo de todo o ano, excepto nos meses de Julho e Agosto, em que a empresa assegurará três ligações semanais.

A prestação de serviços será assegurada pelo navio Lusitânia, que tem uma capacidade de carga de 125 toneladas, e, em caso de impedimento deste, pelo navio Cecília A, que disponibiliza uma capacidade de carga de 350 toneladas.

A adjudicação à Empresa de Barcos do Pico aumenta a capacidade média de carga semanal transportada para 277,88 toneladas. “Vai haver um incremento na capacidade de carga transportada de cerca de 60 toneladas por semana ao longo do ano, aumentando também o número de rotações, nomeadamente em Julho e Agosto”, afirmou Vítor Fraga.

A nova operação, referiu o secretário regional dos Transportes, “irá proporcionar, em termos operacionais, uma melhoria significativa da capacidade de carga transportada entre as ilhas das Flores e do Corvo”, fazendo com que seja assegurada “uma boa qualidade no serviço prestado”. Nesse sentido, Vítor Fraga salientou que os barcos envolvidos na operação “proporcionam o transporte de contentores, de contentores de frio, de viaturas e de combustíveis”, dando “garantia de sustentabilidade da operação” e assegurando, ao mesmo tempo, que “o abastecimento à ilha do Corvo é feito com a normalidade que se pretende”.

Por outro lado, o aumento da capacidade de carga vai “possibilitar aos comerciantes locais gerir de uma forma diferente os seus próprios stocks”.


Notícia: jornal [de distribuição gratuita] «Açores 9» e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional].
Saudações florentinas!!

sábado, 12 de janeiro de 2013

Santa Cruz das Flores é o concelho açoriano com maior perda de população

Em São Miguel e Terceira vivem 79% dos residentes nos Açores. Graciosa é a ilha que tem perdido mais pessoas [na última década], mas há outras cinco ilhas na lista.

A Graciosa é a ilha com o decréscimo de população mais acentuado e foi a única ilha que perdeu população em todas as suas freguesias entre 2001 e 2011.

Mas apesar de ser o caso mais grave, a Graciosa não é a única ilha açoriana que está a perder população, refere o estudo “Tendências Demográficas no arquipélago dos Açores ao longo da primeira década do século XXI”, da autoria de Paulo Espínola e Luís Silveira, realizado com base na análise dos Censos 2011. Outras cinco ilhas seguem-lhe o exemplo: São Jorge,
Flores e Pico - as três com descidas significativas; e ainda Santa Maria e Faial, estas últimas com perdas ligeiras.

Numa análise ao nível concelhio,
Santa Cruz das Flores alcançou a evolução mais negativa, perdendo 8,2% dos habitantes que tinha em 2001, seguido de perto por Santa Cruz da Graciosa (-8,1%) e Calheta, em São Jorge (-7,3%).

Estas perdas populacionais acontecem quando a evolução demográfica na última década mostra um acréscimo global de população dos Açores (da ordem dos 2,06%) e ainda a tendência de concentração da população nas ilhas de São Miguel e Terceira, onde já reside 79% da população açoriana.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Na Graciosa o munícipio já actua: a Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa atribui um incentivo à natalidade através de subsídio a dar a cada criança registada no concelho; este subsídio será dispendido no comércio local, fomentando a economia do concelho.

Saudações florentinas!!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

4 famílias ou empresas em insolvência por cada semana de 2012 nos Açores

Quatro famílias ou empresas entraram em insolvência por semana em 2012 nos Açores, disse [ontem] a direção regional da CGTP, que apresentou um caderno reivindicativo dos trabalhadores açorianos para 2013.

“Mais de 50 mil açorianos vivem com 400 euros mensais, valor abaixo do estabelecido para o limiar da pobreza, que são 423 euros”, frisou o coordenador da CGTP/Açores.

A principal reivindicação do caderno apresentado ontem é o aumento do acréscimo regional ao salário mínimo nacional, que segundo Vítor Silva “vale mais do que 60 medidas”. Segundo o coordenador da CGTP/Açores, a medida minimiza o impacto da política nacional na Região, permite o aumento do poder de compra dos trabalhadores de uma forma geral e permite o desenvolvimento da economia regional.

O documento, que será apresentado a diversas entidades, desde o Governo Regional ao representante da República para os Açores, passando pelos partidos e pelas câmaras de comércio, recomenda ainda que a Inspeção Regional do Trabalho tenha uma atitude “mais proactiva” e uma intervenção mais “célere e eficaz” com vista ao cumprimento da lei laboral.

Segundo Vítor Silva, a CGTP tem conhecimento de casos nos Açores em que os trabalhadores foram sujeitos à redução de vencimentos, a receberem metade do salário em géneros, a serem obrigados a trabalhar mais horas sem serem pagos e a receberem abaixo do salário mínimo nacional. “As pessoas sujeitam-se às condições que a entidade patronal quiser”, sublinhou, defendendo “salários justos, condições dignas e trabalho efectivo”.

De acordo com o coordenador regional da CGTP, a situação nos Açores é mais grave do que no resto do país, porque as medidas de austeridade têm uma repercussão maior na Região.

Vítor Silva salientou ainda que “de três em três meses são entregues pelas famílias açorianas 130 casas aos bancos por incapacidade de pagamento”, acrescentando que “muitos trabalhadores não receberam o subsídio de Natal, nem o subsídio de férias e aumenta o número dos que, ao fim do mês, nem a remuneração recebem”.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Polícia Marítima precisa de mais meios

O comandante-geral da Polícia Marítima disse que é necessário reavaliar o mapa de pessoal e reforçar o policiamento nos Açores. Cunha Lopes fez estas declarações durante a inauguração das novas instalações do comando da Polícia Marítima.

Notícia: «TeleJornal» da RTP Açores.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Nova tarifa no transporte aéreo de produtos frescos das "ilhas de coesão"

O Governo Regional reduziu em 50% a tarifa de transporte aéreo de produtos frescos açorianos de e para as ilhas da coesão, assim se incentivando a circulação interna de mercadorias produzidas na Região e dando apoio ao escoamento dos produtos locais.

Esta tarifa especial destina-se ao transporte aéreo de produtos frescos produzidos nos Açores, como hortícolas, frutícolas e derivados de leite fresco (iogurte e queijo fresco), que tenham como origem ou destino as ilhas da coesão (Graciosa, São Jorge, Santa Maria, Corvo e Flores).

A medida, que já está em vigor, "pretende incentivar a circulação interna deste género de mercadorias produzidas na Região e, ao mesmo tempo, apoiar o escoamento de stock dos produtores locais”, sublinha o secretário regional do Turismo e Transportes. Esta é uma medida que incentiva as trocas comerciais dos produtos frescos inter-ilhas e que irá contribuir certamente para uma melhoria da dieta alimentar da população açoriana”, acrescenta Vítor Fraga.


Notícia: RTP/Antena 1 Açores, «Açoriano Oriental», «Jornal Diário» e o inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional].
Saudações florentinas!!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Rancho de Reis à moda das Flores


Uma vez mais a Associação Amigos da ilha das Flores (AAiF) fez cumprir a tradição e saiu pelas ruas de Ponta Delgada com um Rancho ou Ronda de Reis à moda da ilha das Flores.

O grupo, composto por cerca de duas dezenas de pessoas, percorreu durante a noite de Reis as casas de alguns associados que residem em São Miguel, cantando às suas portas como é habitual e desejando-lhes as Boas Festas e um Bom Ano.

“Boas festas de alegria, Vimos nós aqui dar, Para toda a família, Paz, saúde e bem estar” era o refrão da letra que remonta ao início do século XX, cantada ao som de violas, bandolim, harmónica, pandeireta e tambor, sem esquecer os tradicionais ferrinhos.

Esta iniciativa da AAiF teve início em 2008 e tem vindo a registar todos os anos uma forte adesão de associados, florentinos, familiares e amigos, de todas as idades, sendo muito bem recebida pelos anfitriões que abrem as suas portas à Ronda, brindando os seus elementos com comes e bebes.

Desta forma se contribui para manter viva esta tradição, fortalecendo os laços entre florentinos e amigos que na noite de Reis se unem nesta acção solidária e festiva.

A tradição dos Reis ainda se mantém na ilha das Flores e constitui uma manifestação cultural que remontará aos finais do século XVIII e que acontece um pouco por todo o arquipélago, assumindo contudo diferentes características de ilha para ilha.

Com esta actividade, a Associação Amigos da ilha das Flores dá início ao seu plano de actividades para 2013, levando a cabo os objectivos a que se propõe desde a sua criação em 2003 e que visam promover o bem estar dos naturais da ilha das Flores e daqueles com quem vivem, realizando acções culturais, sociais ou desportivas que promovam a ilha das Flores.


Notícia: blogue da Associação Amigos da ilha das Flores.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Orçamentos'13 municipais florentinos

O orçamento da Câmara Municipal de Santa Cruz para 2013 foi aprovado por larga maioria em reunião da Assembleia Municipal.
As grandes opções do plano totalizam 3 milhões e 383 mil euros, com os maiores investimentos na área dos transportes, comunicações e cultura.


O orçamento da Câmara Municipal das Lajes para 2013 foi aprovado em Assembleia Municipal pela maioria social-democrata e com abstenção do PS.
O orçamento para 2013 ascende a 7 milhões e 900 mil euros, valor superior ao orçamento lajense de 2012.


Notícias: «TeleJornal» da RTP Açores.
Saudações florentinas!!

domingo, 6 de janeiro de 2013

O futuro Centro Cultural de Santa Cruz

Concurso público para a construção do Centro Cultural do munícipio de Santa Cruz, que se vai chamar... MuSeu.

No passado dia 3 de Janeiro, a Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores abriu concurso público para a construção do seu Centro Cultural.

Esta obra tem um valor estimado de 1.777.905,57 euros, tendo um prazo de execução de 365 dias. O Centro Cultural será construído no antigo terreno do campo e sede do Boavista Sport Clube, valorizando a entrada do topo sul da vila e vindo colmatar uma falha no nosso património, sendo um espaço de referência na comunidade da ilha das Flores, prestando serviços qualificados nas áreas da cultura, educação, cidadania e de promoção e valorização pessoal e profissional.

É sem dúvida uma obra de vulto que a Câmara Municipal de Santa Cruz privilegia, dando assim continuidade às obras previstas para este mandato na senda do progresso e desenvolvimento do concelho.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores.
Saudações florentinas!!

sábado, 5 de janeiro de 2013

Vem aí outro aumento de impostos...

A proposta de alteração à Lei de Finanças Regionais já deu entrada na Assembleia da República e prevê a redução do diferencial fiscal entre os Açores e o Continente dos actuais 30% para apenas 20%.

Se for aprovada na Assembleia da República tal como está a proposta de alteração à Lei de Finanças Regionais, a Assembleia Legislativa Regional terá de fixar novas taxas de IRC e de IVA.

A proposta de Lei de Finanças Regionais, aprovada pelo Conselho de Ministros e que será agora apreciada na Assembleia da República, prevê que as Regiões Autónomas só possam reduzir as taxas nacionais de IRS, IRC e IVA até ao limite de 20%, quando até agora - pelo menos nos Açores - era possível reduzir 30%.

Na prática, tendo em conta as taxas actualmente em vigor, com o agravamento fiscal, as taxas [reduzida, intermédia e normal] do IVA aumentariam [respectivamente] de 4% para 5 por cento, de 9% para 10 por cento e de 16% para 18 por cento. E a taxa de IRC passaria de 17,5% para 20 por cento. O IRS não sofre alterações porque actualmente o diferencial em vigor nos Açores já é de 20%, por decisão da Assembleia Legislativa Regional.

Recorde-se que o Memorando de Entendimento assinado entre a Troika (UE, BCE e FMI) e Portugal, ainda pela mão do Governo de José Sócrates, impunha que fosse feita essa alteração ao diferencial fiscal entre o Continente e as Regiões Autónomas.

E o próprio Governo Regional, ainda liderado por Carlos César, comprometeu-se a respeitar o Programa de Ajustamento Económico e Financeiro de Portugal, num Memorando de Entendimento sobre a situação financeira dos Açores assinado com o Governo da República, quando solicitou, no fim de 2012, ao Governo de Passos Coelho um empréstimo de 135 milhões de euros (a que pode acrescer ainda um empréstimo adicional de até 50 milhões de euros).

No ponto 3 desse Memorando [de Entendimento sobre a situação financeira dos Açores] pode mesmo ler-se que o Governo Regional se obriga a aplicar as medidas necessárias ao cumprimento dos objectivos do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro de Portugal. Ou seja, na prática, o Governo Regional aceitou uma redução do diferencial fiscal a aplicar na revisão da Lei das Finanças Regionais, razão pela qual estas mexidas de impostos não são surpresa para os Açores. Aliás o grupo de trabalho criado pelo Ministério das Finanças, para tratar deste processo, contou sempre com a presença de representantes do Governo Regional dos Açores.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e RDP Antena 1 Açores.
Entretanto, o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro diz que a diminuição do diferencial fiscal "não faz sentido" e Sérgio Ávila diz que nos Açores os impostos só aumentam em 2014.

Saudações florentinas!!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

CDEF na Segunda Divisão de voleibol

Este fim-de-semana realizam-se as 7ª e 8ª jornadas do Campeonato Nacional da 2ª Divisão Zona Açores, em voleibol. No sábado [amanhã] às 20 horas e no domingo às 10 horas, o Clube Desportivo Escolar Flores (CDEF) defronta a Associação Desportiva da Povoação, no pavilhão da Escola Básica e Secundária das Flores, em Santa Cruz.

Estes são jogos muito importantes para o objectivo do CDEF em manter a sua equipa sénior masculina neste escalão do voleibol. Vem apoiar o nosso Clube Desportivo Escolar Flores!

Saudações florentinas!!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Santa Cruz das Flores é o concelho açoriano com melhor qualidade de vida

Na classificação do indicador sintético de desenvolvimento económico e social concelhio de Portugal, que pretende avaliar a qualidade de vida nos municípios portugueses, o Algarve domina as 30 primeiras posições, enquanto a maioria das últimas 30 posições pertence ao Norte do país.

A terceira edição do estudo, elaborada no último trimestre de 2012, inclui 48 indicadores baseados em dados de 2010 do Instituto Nacional de Estatística e referentes aos 308 municípios de Portugal. O coordenador do trabalho, o professor catedrático José Pires Manso, realça o facto de este ser o estudo do género “que maior número de indicadores inclui” em Portugal. A classificação tem em conta condições materiais, sociais e económicas, subdivididas em itens como número de centros de saúde ou equipamentos culturais por cada mil habitantes, a taxa de escolarização ou o dinamismo económico.

Há “resultados surpreendentes, tais como os de Constância, Marvão, Alter, Barrancos, Vimioso, Santa Cruz das Flores e outros”. De acordo com Pires Manso, que é também coordenador do Observatório de Desenvolvimento Económico e Social (ODES) da Universidade da Beira Interior, estas surpresas são o reflexo da importância de alguns indicadores na avaliação de determinados concelhos, apontando o turismo como exemplo: “com o turismo surge todo um conjunto de actividades e dinamismo”, destacou aquele responsável.

O estudo pode servir como “instrumento de reflexão” para os poderes públicos a nível central e municipal, acredita Pires Manso. Segundo refere, os números mostram que “o país anda a três velocidades: uma [mais rápida] para os municípios mais urbanos do litoral [entre Setúbal e Braga], e depois há [outra mais lenta] no interior do país, que podemos dividir em zonas mais rurais e outras mais urbanas; a hipótese de uma terceira velocidade é sobretudo para os concelhos urbanos associados a cidades de média dimensão com desenvolvimentos intermédios”.

Os 30 municípios que ocupam os últimos lugares estão essencialmente em áreas rurais e a maioria pertence ao Norte do país, seguindo-se a região Centro. São concelhos envelhecidos, onde o principal sector de actividade é a economia social, como disse à rádio Renascença o coordenador do estudo, José Pires Manso.

No grupo dos primeiros 30 classificados, o Algarve é a região que coloca mais municípios, numa lista liderada pela capital. “Os municípios mais desenvolvidos são os mais jovens e onde há mais emprego, designadamente Lisboa, Porto, Oeiras e Albufeira”, elencou.

A lista dos primeiros classificados (e respectiva pontuação no indicador concelhio de qualidade de vida) é composta por: 1º Lisboa: 128,635; 2º Porto: 90,726; 3º Albufeira: 84,482; 4º Funchal: 62,224; 5º Coimbra: 60,844; (...) 18º Santa Cruz das Flores: 52,515; (...) 30º Ponta Delgada: 48,355.


Notícia: jornal «Público» e rádio Renascença.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

AAiF deu apoio a milhar de florentinos

A Associação Amigos da ilha das Flores [AAiF] já apoiou cerca de um milhar de utentes, acolhendo na sua sede social florentinos que se deslocam a São Miguel por motivos de saúde.

O projecto teve início em Maio de 2005, desenvolvendo assim esta valência de apoio social a pessoas carenciadas, ao abrigo de um protocolo de cooperação com as Câmaras Municipais de Santa Cruz e Lajes das Flores. Deste modo, as pessoas ficam alojadas gratuitamente na sede social da Associação de Amigos da ilha das Flores, mediante seleção efectuada pelas autarquias florentinas.

Sede da associação foi remodelada

A sede social da Associação de Amigos da ilha das Flores - remodelada já após a sua aquisição - dispõe de 5 quartos (2 quartos de casal e 3 quartos com 2 camas individuais), bem como cozinha equipada, 3 casas de banho, sala de jantar, sala de estar com televisão, que podem ser utilizados pelos utentes bem como os restantes equipamentos existentes nas instalações.

A Associação Amigos da ilha das Flores foi fundada a 19 de Fevereiro de 2003 e declarada de utilidade pública a 21 de Setembro de 2009 pelo presidente do Governo Regional dos Açores, tendo por objecto desenvolver actividades que promovam o bem estar dos naturais das Flores e daqueles com quem vivem, bem como incrementar o intercâmbio com a ilha das Flores, realizando acções culturais, sociais ou desportivas e promovendo a própria ilha na globalidade do seu contexto regional, nacional e ultraperiférico da União Europeia.


Eleitos novos órgãos sociais para 2013-2014

A Associação Amigos da ilha das Flores tem novos órgãos sociais para o biénio 2013-2014, na sequência de Assembleia Geral realizada no passado dia 1 de Dezembro.

A nova Direção tem como presidente Susana Vaz, vice-presidentes: Sara Nóia e Álvaro Flores, tesoureira: Marisa Pereira, secretário: Fernando Alberto Pereira e vogais: Ana Luísa Monteiro e Roberto Serpa.

O Conselho Fiscal é presidido por Jacinto Corvelo Avelar e tem como vogais José Manuel Hipólito e António Lourenço do Nascimento, enquanto a Assembleia Geral é presidida por Luís Paulo Elias Pereira, tendo como vice-presidente Paula Gomes Amaral e como secretária Florbela Vieira.


Notícia: jornal «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!