quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Santa Cruz é dos municípios com piores resultados no ranking da transparência

Calheta, Santa Cruz das Flores e Montalegre ocupam os últimos lugares num "ranking" de transparência municipal, revelou estudo da Associação Cívica Transparência e Integridade.

O estudo ontem apresentado foi feito com base no levantamento da informação disponível nos ‘websites’ dos 308 municípios portugueses, segundo 76 indicadores agrupados em sete áreas.

Calheta, Santa Cruz das Flores e Montalegre ocupam os últimos lugares, apenas com sete pontos num máximo de 100. Belmonte, Fornos de Algodres, Oleiros, Vinhais, Lajes das Flores, Soure, Corvo e Melgaço completam o fundo da tabela.

Os 76 indicadores deste estudo analisam desde informação sobre a composição dos membros do executivo camarário até aos planos e relatórios de actividade, aos impostos municipais, passando pelos pormenores de contratação pública.

O estudo revela que a área mais crítica é a do urbanismo, logo seguida da contratação pública, enquanto a que obteve melhor desempenho foi a área económico-financeira, realçou Nuno Cruz, salientando “as imposições legais nesta área”.

Entre o que considera mais importante numa relação de transparência dos municípios com a população está a publicação de actos e decisões de governação, o uso de informação fidedigna e divulgação de interesses privados por detrás das decisões que possam colidir com o interesse público.

Esta é a primeira vez que a Associação Cívica Transparência e Integridade faz esta avaliação, devendo actualizar anualmente este índice de transparência municipal.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
O Conselho de Prevenção da Corrupção (entidade que trabalha junto do Tribunal de Contas) já havia alertado que os municípios florentinos de Santa Cruz e das Lajes constavam entre as vinte autarquias que ainda não tinham qualquer plano contra a corrupção.

Saudações florentinas!!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Confecção de pão caseiro florentino

Este vídeo é uma homenagem a Maria Luísa (minha mãe) e a todas as Marias e mães do Mundo, que ao longo da vida dão o seu melhor, por vezes quase o impossível, para darem de comer às suas famílias. O pão dá a vida e com pão se mata a fome que tantos milhares assassina.

Lembro-me das terras na ilha das Flores serem cultivadas a rigor e preceito. Não havia a mecanização e diesel que há actualmente, não havia a subsidiodependência em que tudo é dirigido para angariação de mais e mais dinheiro. Lembro-me de todos os cantos serem cultivados e não se viam ervas daninhas. Lembro-me de quase todas as famílias terem uma ou mesmo mais juntas de bois, um cavalo ou burro domesticado para a labuta do arar a terra, semear, sachar, acartar, etc. Lembro-me que no tempo das colheitas havia uma enorme preocupação em separar o melhor grão para ser preparado para na próxima época ser lançado à terra; e assim o ciclo repetia-se, e assim a vida continuava sã e saudável.

Neste caso concreto do milho, o semear, o sachar como era difícil debaixo das calmarias de Verão, depois vinha o desfolhar e quebrar a espiga, o apanhar maçaroca, o descascar e fazer os cambulhões e dependurar no estaleiro, algum do milho nesta altura era debulhado e ia a moer para fazer as papas grossas ou verdes. Ao longo do Inverno ia-se ao estaleiro tirar os cambulhões e descascava-se o milho, debulhava-se e ia a ventejar para tirar todas as impurezas e pó e punha-se a secar ao Sol. No caso de não haver Sol, o milho ia secar ao forno depois de cozer o pão, de seguida ia para o moinho e depois de transformado em farinha era peneirado e com a farinha no mais fino pó faziam-se as papas, o bolo do tijolo, as escaldadas e o pão de milho.

Lembro-me de ser cultivado trigo na ilha das Flores, bem como o algodão e linho. Lembro-me dos serões a desmanchar lã, escolher, tingir, fiar. Lembro-me de montar o tear e acartar enormes pedras para o calçar, urdir, tecer e com estes produtos fazerem-se cobertores, calças, casacos, coletes, etc. Lembro-me dos serões a contar histórias, muitas de encantar. Lembro-me de tantas mais coisas que por aqui ficaria muito tempo... E afinal tenho 50 anos, a História está, existe... A mente humana é que é muito curta.

Muito obrigado a todas as mães e todas as pessoas que lutaram para que as gerações de agora tenham uma boa-vida graças aos esforços e poupanças de gerações passadas. Obrigado à minha mãe por calorosa e entusiasmadamente ter proporcionado este belo trabalho videográfico para a posteridade.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Internet rápida chega(?) finalmente...

A ligação de alta velocidade à internet chega hoje à ilha das Flores. É uma consequência da entrada em funcionamento do cabo submarino de fibra óptica para as ilhas do grupo ocidental.

Os novos serviços suportados em redes de nova geração, incluindo a televisão por cabo, são apresentados esta manhã pela Portugal Telecom em Santa Cruz, numa sessão a que assistem o presidente do Governo Regional e Zeinal Bava, da PT.

Nas ilhas ocidentais açorianas os potenciais utilizadores destes serviços estão entusiasmados.


Notícia: RDP Antena 1 Açores.
Entretanto a Associação de Defesa do Consumidor (Deco) lançou uma petição pedindo menos tempo de fidelização nos serviços de telecomunicações, considerando excessivo o período mínimo de 24 meses dos contratos e querendo ver este tema discutido no Parlamento.

Saudações florentinas!!

domingo, 27 de outubro de 2013

Açores todos ligados por fibra óptica

As nove ilhas dos Açores dispõem, desde a passada semana, de um sistema global de cabo de fibra óptica, que permite o acesso a redes de nova geração, informou a empresa responsável pela ligação às ilhas das Flores e Corvo.

Segundo Carlos Oliveira, da empresa FibroGlobal, o sistema de cabo submarino "já está operacional" desde o início da passads semana, embora não esteja ainda acessível aos utilizadores: "O sistema entrou em funcionamento e já está operacional", sublinhou aquele responsável, acrescentando que os utilizadores daquelas duas ilhas "vão levar ainda algum tempo a aceder ao sistema", já que o acesso às redes de nova geração vai depender dos operadores de comunicações.

A empresa concluiu este mês a ligação de três novos segmentos por cabo submarino no mar dos Açores (entre as ilhas Graciosa e Corvo, entre o Corvo e as Flores e entre as Flores e o Faial). Segundo a empresa, este novo sistema vai permitir colocar as Flores e o Corvo "em pé de igualdade com as restantes ilhas do arquipélago", em matéria de acesso à internet de alta velocidade.

O presidente executivo da Portugal Telecom, Zeinal Bava, e o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, deslocam-se na próxima terça-feira (dia 29) às ilhas das Flores e do Corvo para a apresentação de serviços e produtos PT, suportados em redes de nova geração, anunciou a operadora.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

sábado, 26 de outubro de 2013

Relógios atrasam uma hora esta noite

A hora na União Europeia muda no próximo domingo [amanhã] quando os relógios atrasarem 60 minutos. Com a chegada da hora de Inverno, terá de atrasar os relógios uma hora na próxima madrugada quando for uma hora da manhã.

A partir de domingo [amanhã] e até à chamada hora de Verão, Portugal terá horário igual ao tempo universal, o que quer dizer que estará no fuso horário zero (igual ao do meridiano de Greenwich, que se convencionou usar como marcador para o tempo). Os Açores já têm uma hora de diferença em relação ao Continente (menos uma hora), ou seja, GMT-1.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental», rádio TSF e semanário «Sol».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Viagens a 134 euros para o Continente?

Governo Regional propôs que a tarifa para a viagem entre Açores e Continente seja fixada em 134 euros. Pretende-se também que as novas obrigações de serviço público entrem em vigor antes do próximo Verão.

O secretário regional do Turismo e Transportes, Vítor Fraga anunciou hoje em Lisboa, no final de uma reunião com o ministro da Economia, que vai ser criado de imediato um grupo de trabalho para analisar alguns pontos da proposta de revisão das obrigações de serviço público do transporte aéreo, entregue ao Governo da República em Maio de 2012.

Aquele grupo de trabalho terá até ao final de Novembro para produzir um relatório sobre a proposta de revisão das obrigações de serviço público. Prevê-se que até ao final de Dezembro será tomada a decisão política de aplicar as novas obrigações de serviço público do transporte aéreo.

Para Vítor Fraga, “nesta proposta e nas futuras obrigações de serviço público, a mobilidade dos açorianos tem que ficar salvaguardada. Qualquer açoriano de qualquer ilha terá que ter a possibilidade de ter acesso ao Continente e à Madeira ao mesmo preço, a um preço justo e equilibrado, que na nossa proposta está fixado em 134 euros”, frisou.

Por outro lado, é pretensão da proposta açoriana “abrir o espaço aéreo para que outros operadores possam operar nos Açores”, frisou Vítor Fraga, acrescentando que a expectativa do Governo Regional "é que haja operadores interessados em operar” para este arquipélago. O governante açoriano garantiu ainda que “a situação dos residentes e dos estudantes é um dos pontos da proposta de que não abdicamos”, o que passa por “garantir a mobilidade de todos açorianos, quer sejam residentes, quer sejam estudantes, a um preço único, justo e equilibrado”.


Notícia: jornal «Público» e «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Cabo de fibra óptica já está ligado

Já está ligado, mas ainda não é explorado comercialmente, o cabo de fibra óptica para as ocidentais ilhas das Flores e do Corvo.

Segundo a direção comercial da empresa FibroGlobal, o sistema de cabo submarino vai permitir colocar as ilhas das Flores e Corvo em pé de igualdade com as restantes do arquipélago.

Mas, apesar da empreitada estar concluída, os utilizadores vão ter de aguardar ainda mais algum tempo. É que, para acederem à internet de alta velocidade, os florentinos e os corvinos terão de aguardar que os operadores de comunicações, como a Portugal Telecom, comecem a utilizar a capacidade de fibra óptica instalada.

Além disso, a FibroGlobal está ainda a criar redes locais de fibra óptica em várias ilhas, o que permitirá um melhor acesso à rede.


Notícia: RDP Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Fonte de água termal da Costa

Muito tenho escrito sobre a “Água Quente” existente na ilha das Flores, concretamente na orla costeira da aldeia da Costa. Desde sempre aquele lugar teve acesso para todos aqueles que pretendessem lá ir, por mero passeio, pescar ou mesmo procurar remédio/cura para algum tipo de maleita no seu corpo. Mas desde há quase um ano que aquele local está inacessível e não se vislumbram novidades.

Obras não autorizadas/calculadas "descalçaram" a arriba e foram muitos milhares de toneladas de terra que deslizaram encosta abaixo até ao mar. Assim se retirou acesso a este único ponto onde na ilha das Flores se pode encontrar água termal e com propriedades curativas.

Desde muito cedo que de lá comecei a acartar água em “latas” para inúmeras pessoas vindas de muitos pontos do Mundo, que a conselho de médicos ou como meio alternativo à medicina vinham até cá para usufruir dessas curas. Presenciei várias, bem como os habitantes desta pacata aldeia.

O motivo pelo qual volto a escrever sobre este assunto prende-se com uma análise feita a esta água no ano de 1961 - já na altura havia interesse pelos seus efeitos - que a Câmara Municipal das Lajes mandou analisar ao Analytisches Institut der Universitat Wien. Mais uma prova de como a memória humana é muito curta.

Será que com esta evidência, e tendo em conta a modernização/evolução da tecnologia, não existe uma instituição que realize nova análise para actualização desta e para termos real noção do potencial desta nascente termal?

Em jeito de conclusão apraz-me fazer um comentário: certo é que betão e asfalto são mais duros que água... mas não mais resistentes. Não menos certo é (aqui entra mais um adágio feito pela sabedoria popular) que "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura".

Um pedido que faço: se alguém ou alguma instituição puder ou quiser fazer esta análise à água termal da Costa do Lajedo, comprometo-me em facultar/enviar a amostra.


José Agostinho Serpa

terça-feira, 22 de outubro de 2013

AAiF organizou noite de pão e poesia

A arte de fazer pão em forno de lenha é uma prática que, há muitos anos, tem vindo a cair em desuso. Nesse sentido, e com esta preocupação em mente, a Associação Amigos da ilha das Flores (AAiF) promoveu [no passado sábado, dia 19] um ateliê de formação intitulado “Arte de fazer pão e cozinhar num forno de lenha”.

Segundo Susana Vaz, presidente da AAiF, a iniciativa serviu para educar e ensinar as pessoas de como cozinhar num forno de lenha, abrangendo todo o processo de confeção.

O evento foi ministrado por Valentina Pereira, uma especialista na matéria, oriunda da ilha das Flores, que ensinou a sua arte num ateliê que contou com a participação de cerca de três dezenas de pessoas.

A actividade, que se realizou na sede da Associação Amigos da ilha das Flores, em Ponta Delgada, ocupou todo o dia. A tarde foi dedicada ao ateliê de formação e à noite, pelas 21 horas, houve uma degustação do pão confecionado, com manteiga e queijo vindo da ilha das Flores, com o acompanhamento de momentos de poesia por parte de alguns convidados: Herberto Gomes, Maria Botelho, Rosa Margarida Armas e Sidónio Bettencourt.


Notícia: rádio Atlântida e «TeleJornal» da RTP Açores.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Luís Maciel foi empossado na CMLF

No passado sábado (dia 19) realizou-se nos Paços do Concelho lajense a tomada de posse de Luís Maciel como novo presidente da Câmara Municipal de Lajes das Flores.

Notícia: «TeleJornal» da RTP Açores.
Saudações florentinas!!

domingo, 20 de outubro de 2013

Entrevista a Márcio Furtado, treinador da equipa de futsal do GD Fazendense

O blogue «Futsal das 9 ilhas» esteve à conversa com Márcio Furtado, técnico da equipa de futsal do Grupo Desportivo Fazendense, que lhes falou do balanço da época passada e respectivo apuramento do campeão da Associação de Futebol da Horta e das perspectivas para a próxima época na Série Açores.

Futsal 9 Ilhas: Qual a chave do sucesso na época passada?
Márcio Furtado: A grande qualidade (técnica e humana) de todos os atletas e, no apuramento de campeão da AF Horta, o grande apoio que tivemos nas bancadas foi fundamental.

F9I: Qual o segredo para a envolvência e apoio que a equipa teve durante a época?
MF: Em termos de apoio a Direcção do clube foi inexcedível ao longo de toda a época, apesar de todas as dificuldades pois este é um clube muito pequeno, trata-se de um reduzido grupo de pessoas que se multiplicam para fazer de motoristas, jogadores, massagistas, treinadores, directores, etc, por isso só podemos agradecer esse apoio. Quanto à envolvência do público, tirando a fase final, ficou um pouco aquém mas penso que isso também teve a ver com a facilidade com que ganhámos os jogos na competição local. Estou confiante que na Série Açores as coisas vão ser diferentes e o pavilhão vai estar sempre cheio para nos apoiar. Em relação a apoios financeiros as coisas não estão fáceis e só com a ajuda de alguns empresários da terra, da Junta de Freguesia da Fazenda e da Câmara Municipal das Lajes foi possível darmos as condições mínimas de trabalho e funcionamento do clube.

F9I: O objectivo da sua equipa era o título e respectivo apuramento?
MF: Para ser sincero o Campeonato de Ilha já começava a ser muito pouco para a qualidade desta equipa que já merecia um nível superior à alguns anos mas faltou sempre um pormenor ou outro para se alcançar a subida. Houve um ano que não subimos por um golo, outras vezes as lesões de alguns atletas-chave na fase de apuramento de campeão também nos prejudicaram e depois outros factores também nos prejudicaram mas desses não vale a pena falar. Assim encarámos este apuramento de campeão da Associção de Futebol da Horta em nossa casa com uma das últimas oportunidades desta equipa alcançar um objectivo desejado e merecido há muito tempo.

F9I: E nesta época de estreia na Série Açores, quais os objectivos da sua equipa?
MF: Os objectivos passam por disputar todos os jogos como se fosse o último, lutar pelos três pontos e se tivermos de ser derrotados cairmos de pé. Não quero perder nenhum jogo porque a outra equipa correu mais que nós, esta é uma oportunidade única para os atletas das Flores e penso que têm de dar o máximo em todos os jogos, até porque estamos a representar uma ilha que muitas vezes é esquecida. Temos noção que somos o "underdog" e por isso não temos nada a perder, espero causar algumas surpresas pois valor não falta aos meus atletas. O grande problema pode ser a falta de competição até ao início da Série Açores, pois neste momento não sabemos que equipas teremos para competir nas Flores. Vamos ter de ir competindo e aprendendo ao longo da competição o que nunca é muito fácil.

F9I: Tem o plantel que deseja para atacar esta Série Açores?
MF: Tenho o melhor plantel do Mundo tendo em conta as nossas vicissitudes. É importante não esquecer que estamos nas Flores, uma ilha com menos de 4 mil pessoas e conseguir juntar um plantel com a qualidade que tenho é muito difícil. Temos qualidade para discutir todos os jogos mas sabemos que temos adversários com muito mais experiência e habituados a estas andanças que nos vão criar muitas dificuldades.

F9I: Quais as principais alterações no seu plantel da época passada para esta época?
MF: Se não sair ninguém até ao início da competição o plantel da última época mantém-se e apenas inscrevemos [mais] um guarda-redes, pois na última época essa foi uma lacuna nossa uma vez que tivemos alguns jogos sem guarda-redes [suplente]. Mas pode sempre aparecer uma oportunidade de trabalho no exterior para algum atleta e aí teremos de verificar se é necessário fazer algum ajuste. Claro que se o Divanei ou o Ricardinho quiserem vir dar uma ajuda não os vamos rejeitar, mas não contámos ter mais nenhuma entrada ou saída.


No próximo sábado [26 de Outubro] a equipa do Grupo Desportivo Fazendense terá a primeira eliminatória da Taça de Portugal em futsal, saindo da ilha das Flores para ir defrontar Os Marienses.
A Série Açores do Campeonato Nacional da III Divisão de futsal só começará a competição em Janeiro de 2014, sendo a estreia do Fazendense marcada por uma ida à ilha Terceira para defrontar a equipa da Academia Desportiva da Casa do Povo dos Biscoitos. O primeiro jogo na ilha das Flores ocorrerá no dia 11 de Janeiro, com o Fazendense a enfrentar o Clube Escolar de Vila Franca do Campo.

Saudações florentinas!!

sábado, 19 de outubro de 2013

Peixe fresco passa a ter preço "livre"

O preço de (re)venda de peixe fresco nos Açores passou a ser livre desde dia 1 de Outubro, por determinação de portaria que revoga legislação regional alguma dela datada da década de 1980. Assim desaparece o tecto máximo de lucro para os revendedores mas o preço de venda para os pescadores deverá baixar ainda mais.

Até agora a venda de peixe ao consumidor estava condicionada por uma margem de lucro máximo de 25% sobre o preço de lota. Desde início do presente mês esse preço passou a ser regulado pela "lei" da oferta e da procura, ou seja, pelo mercado "livre".

Outra alteração que pode ser considerada muito importante é o fim da proibição de revenda entre compradores. Agora o peixe comprado em lota pode circular pelas ilhas em revenda, o que significa que em caso de escassez de uma determinada espécie numa ilha e excesso noutra, os revendedores podem vender o peixe entre si e assim abastecer o mercado deficitário.

Estas alterações respondem a reivindicações, algumas muito antigas, dos revendedores de peixe que consideravam impraticável o modelo de mercado nos Açores.


Notícia: «Diário Insular», rádio Atlântida e RDP Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Ilha das Flores: um mundo de sonho

Visito as Flores como acho que devem ser visitadas todas as ilhas dos Açores: de barco, de carro, a pé, com tempo e disponibilidade...

Por ser varanda sobre o mar, os viajantes do século XIX deram a esta ilha denominações como Jardim do Atlântico ou Suiça Açoriana – muito por via da beleza estonteante das suas sete lagoas: Rasa, Funda, Comprida, Negra, Seca, Lomba e Branca. No Verão de 1924 o escritor Raul Brandão, na visita que efectuou pelos Açores, permaneceu alguns dias na ilha das Flores e deu-lhe o nome de “A Floresta Adormecida”, título de um dos melhores capítulos do seu livro «As ilhas Desconhecidas», publicado dois anos mais tarde.

Situada na denominada placa litosférica americana, ilha agreste e selvagem, de extraordinários contrastes, uma paisagem irrepetível, uma Natureza intacta e em estado puro – as Flores são, hoje, para mim, a mais espetacular e a mais fascinante das ilhas açorianas. Tudo nela é grandeza e assombro: baías profundamente recortadas, falésias cortadas a pique, relevos incríveis, colinas arredondadas, vales fundos e abruptos, crateras imensas, ilhéus pontiagudos, rochas colossais, lagoas de sonho... E tudo isto enquadrado por densa vegetação com todas as tonalidades de verde.

A expressão telúrica desta ilha está precisamente nestes declives e nestes planaltos íngremes e imprevisíveis. E não existem palavras que possam adjetivar as furnas, as grutas e as cavernas que apreciei a navegar ao largo dos Cedros, Ponta Delgada e Ponta Ruiva. E que dizer da imponente Rocha dos Bordões? E do imenso silêncio das fajãs? E do verde-claro dos pastos iluminados por uma luz fria e delicada?

Por toda a parte irrompem sebes de hortênsias em flor (que dividem os campos) e o amarelo perfumado das cana-rocas (noutras ilhas também conhecidas por rocas-de-velha, conteiras ou palmitos). Acima de tudo, é impressionante a abundância de água na ilha das Flores, onde existem cerca de 400 ribeiras. Mais deslumbrante ainda é a água que se precipita lá de cima das encostas, e continuamente tomba em fios esbranquiçados de cascata, despenhando-se cá em baixo e desfazendo-se numa névoa de gotas líquidas... Mas uma ilha é também feita de gente. E os florentinos têm a candura e a generosidade dos ilhéus acolhedores e hospitaleiros, que vivem com persistência numa relação única e harmoniosa com a Natureza.

A caminho da Fajã Grande, detenho-me junto de um ancestral moinho de água (datado de 1862) que ainda mói pelos meios mais rudimentares e artesanais. Meto conversa com Fátima, a moleira que me parece saída das páginas de um conto de Trindade Coelho. Ela não tira os olhos do grão, seguindo a moenda com toda a calma do mundo. O monótono barulho das mós transporta-me ao passado. Momentos antes eu já havia experimentado tal regresso ao passado ao visitar as casas de pedra da Aldeia da Cuada, onde tudo é rural e arcaico, incluindo o nome da co-proprietária daquele espaço rústico: Teotónia.

Vou captando sucessivas imagens fotográficas. De miradouro em miradouro, rendo-me por inteiro à beleza luxuriante desta ilha que é a mais cabalística dos Açores: tem 7 lagoas, 7 baías e 7 vales. De Santa Cruz às Lajes, e daqui até ao Morro Alto, os meus olhos deslumbrados contemplam todas as espécies de árvores: incenso, faia, loureiro, acácia, giesta, pinheiro, criptoméria, araucária, metrosídero, plátano. E, pelos trilhos da ilha, vejo manchas de laurissilva e cedro do mato e, com menor expressão, outras endémicas: sanguinho, pau branco, vinhático e queiró. E as trufeiras possuem a macieza do veludo. E no Poço da Alagoinha percorro os 800 metros que me transportam às regiões mais fantásticas do paraíso terrestre! E a mesma sensação assalta-me ao visitar o Poço do Bacalhau. Grandeza tamanha para uma ilha tão pequena. Percebo agora melhor os versos de Roberto de Mesquita e de Pedro da Silveira.

O mar sempre à volta. A ilha do Corvo no horizonte. Vejo no monitor da máquina fotográfica as imagens que vou captando. No fundo do vale da Fazenda de Santa Cruz, a igreja de Nossa Senhora de Lourdes empresta uma nota poética e mística à paisagem. E como é belo o casario branco a despontar no verde bucólico do Mosteiro! Na Fajã Grande, olho o ilhéu de Monchique e sei que estou no ponto mais ocidental da Europa.

Coelhos furtivos atravessam-se à frente da viatura que aluguei para visitar a ilha durante uma semana. Conduzo pelo silêncio de caminhos desertos e sou surpreendido pelas turísticas quatro estações num só dia. Boa rede de estradas. Curvas e contracurvas até dizer chega. Está um calor abafadiço na Caveira. A paisagem é casta e melancólica no Lajedo. Ambiente pastoril e idílico na Fajãzinha. Vejo campos de milho na Lomba e inhameiros na Fazenda das Lajes. E, por todo o lado, ouço o canto dos pássaros e o som das ribeiras e das cascatas.

Em 2009 a UNESCO reconheceu a importância ambiental da ilha das Flores, integrando-a na Rede Mundial de Reserva da Biosfera.
E depois há o gado bovino. Deixadas ao frio e ao nevoeiro à beira da estrada ou nos morros mais inóspitos, as vacas (brancas, pretas, malhadas e vermelhas charolesas) olham-me com desprezo. A terra está empapada de humidade e paira no ar um cheiro a mentrasto e uma impressão de frescura, de calma, de volúpia. Serenidade e melancolia. E um verde que pacifica o meu espírito. Venha o(a) leitor(a) ver tudo isto com os seus próprios olhos. Porque, garanto, nada do que aqui escrevi é literatura.


Artigo de opinião de Victor Rui Dores, no suplemento literário «Artes & Letras» do jornal «Terra Nostra», na última edição de 27 de Setembro.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

JuveArte 2013 percorrerá quatro ilhas

XIV JuveArte arranca a 18 de Outubro, indo este festival de teatro dos Açores decorrer em quatro ilhas, contando com a participação de sete grupos do arquipélago e do Continente.

São Miguel, Faial, São Jorge e Flores são as ilhas que receberão a edição deste ano do JuveArte, organizado pela Associação de Juventude da Candelária.

No dia 19 [próximo sábado] o Auditório Municipal de Velas (na ilha de São Jorge) recebe a peça «Elas e a Fama – o Teatro no teatro», pelos florentinos d' A Jangada - Grupo de Teatro. Já o angrense grupo Alpendre irá no dia 26 [sábado] à ilha das Flores, com a peça «A Colmeia» a ser apresentada no salão d' Os Minhocas.

Na apresentação do festival, João Pereira lembrou que a “aventura” de levar o festival a outras ilhas além de São Miguel começou há cinco anos, sublinhando que “continua a haver falta de intercâmbio cultural” dentro dos Açores. Como exemplo, disse que a ida a São Jorge será “quase a única vez” que o grupo A Jangada sairá da ilha das Flores.

João Pereira deixou por isso o “grito” dos actores e da organização do festival para que o Governo Regional promova mais o intercâmbio cultural entre as ilhas, tal como acontece a nível desportivo com a realização, por exemplo, do campeonato regional de futebol. O presidente da Associação de Juventude de Candelária referiu que no Inverno os aviões que ligam as ilhas “vão vazios”, tendo lugares suficientes para fazer deslocar os grupos de teatro.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e «TeleJornal» da RTP Açores.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Começou a campanha SOS Cagarro

A campanha SOS Cagarro, uma das maiores acções de proteção ambiental que se realiza em Portugal, arranca hoje nos Açores, onde se concentra mais de 60 por cento da população mundial desta ave marinha.

A campanha SOS Cagarro decorre nas ilhas açorianas desde 1995, tendo como principal objectivo envolver as pessoas e entidades no salvamento dos cagarros juvenis encontrados junto às estradas e na sua proximidade. Alguns dos cagarros juvenis salvos nos Açores há mais de 7 anos já regressaram ao nosso arquipélago para acasalar e ter as suas crias.

A campanha SOS Cagarro decorre entre 15 de Outubro e 15 de Novembro, período que coincide com a saída dos cagarros juvenis dos ninhos para o primeiro voo transoceânico, e está organizada em duas vertentes: educação ambiental e conservação da natureza.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental», rádio Atlântida, «Jornal Diário» e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Eira concluída na Costa do Lajedo

Passados 43 dias após a denúncia da “eira por concluir”, eis que os profissionais deram por concluída a referida “obra”.

Assim já se podem idealizar usos para este recinto que há décadas de eira só tinha mesmo o nome, dando até registo a toda a zona circundante. Uma mais-valia para esta aldeia e um perpetuar para as gerações vindouras de memórias que, se alguém se interessar, pode e deve contar aos mais novos para o que servia ou mesmo (e porque não?) escrever estas e outras muitas mais histórias que na mente de muitos jazem e que se nada for feito entrarão para um jazigo perpétuo sem retorno.

Obrigado a quem deliberou e levou a cabo a finalização desta pequena-grande obra.


José Agostinho Serpa

domingo, 13 de outubro de 2013

Enfrentar a mudança e reinventar ilhas

É essencial compreender que, mesmo com um passado difícil (emigração massiva, isolamento), subsiste sempre um potencial que permite fazer evoluir as ilhas para lógicas renovadas. A questão hoje é saber como usar as heranças do passado, para criar novas dinâmicas e um futuro positivo para as comunidades insulares.

As ilhas mudam. É uma realidade, e é uma realidade que não deixa ninguém indiferente. Quer seja para espalhar a saudade duma idade de ouro, ou então promover as virtudes do progresso, todos os temas são válidos para pôr em relevo a mudança.

Mas falar de ilhas é tocar no emocional, no imaginário e no sonho. Parece que existe uma “ilha” que vive nas mentes, mas cuja imagem não encaixa com a realidade. E então, como usar essa ilha sonhada que vive em nós, no inconsciente colectivo, para reinventar e valorizar as ilhas reais? Para criar e recriá-las à nossa maneira?

Uma parte da resposta chegou graças a uma pesquisa de quatro anos (de 2007 até 2011) ao estudar espaços insulares. É na área da Geografia Humana e Ambiente (que estuda a relação entre as sociedades humanas e o espaço onde vivem, neste caso as ilhas) e no quadro da Universidade francesa de La Rochelle, que foram percorridas as ilhas dos Açores (mais especificamente Pico, Flores e Santa Maria) e três ilhas do arquipélago das Hébridas, na Escócia. A ideia era perceber melhor a relação entre o passado dessas ilhas e a construção dum futuro mais equilibrado e sustentável.

No século XX houve mudanças essenciais que marcaram os espaços insulares (principalmente as ilhas integradas no seio da União Europeia, como os Açores), as quais tiveram consequências problemáticas, mas também emergiu uma progressiva tomada de consciência dos desequilíbrios criados.

É essencial compreender que, mesmo com um passado difícil (emigração massiva, isolamento), subsiste sempre um potencial que permite fazer evoluir as ilhas para lógicas renovadas. A questão hoje é saber como usar as heranças do passado, para criar novas dinâmicas e um futuro positivo para as comunidades insulares.

Esta pesquisa levou-nos a fazer mais de 200 inquéritos a açorianos, nativos ou novos residentes, para perceber como observaram essas mudanças ao longo dos anos, e como imaginam o futuro. Foram usadas imagens antigas e também criadas várias montagens fotográficas antes/após, para pôr em destaque as importantes mudanças vividas no arquipélago, na época contemporânea.

Através dos testemunhos e das leituras, apareceram então as grandes mutações que essas ilhas (Açores e Hébridas) tiveram que enfrentar durante o ultimo século: mudanças de ciclos económicos, emigração, entrada na União Europeia e na PAC, abertura ao Mundo com os transportes aéreos, chegada do turismo, conexão à Internet, entrada na era da protecção do ambiente... que vieram transformar totalmente a maneira de viver. O último século trouxe com ele as reviravoltas mais intensas que as ilhas conheceram em toda a sua História.

Neste início do século XXI temos a possibilidade de fazer emergir o que chamaremos a “reinvenção insular”. É fulcral tomar consciência dos limites ambientais das ilhas, e observar como são amplificadores de mudanças e reveladoras das lógicas mundiais actuais.

Além da pesquisa científica pura, o papel dos cientistas é também de propor novos tipos de desenvolvimento para esses espaços. Dessa investigação foram então destacadas nove ideias e propostas concretas para reinventar ilhas. Ideias tais como: valorizar a pluriactividade, apontar para a auto-suficiência alimentar ou adoptar a “fini(ati)tude”, cada uma dessas ideias sendo detalhada no escrito final.

Algumas dessas propostas podem ser aplicadas a todos os tipos de espaços insulares. Outras são mais difíceis de implementar a curto prazo, mas é sempre possível com uma vontade colectiva e individual forte. Começar a acreditar que a ilha sonhada corresponde a uma realidade tangível, permite dar vida a este sonho e criar ilhas de sonho.


Artigo de opinião de Nina Soulimant, na edição de 27 de Setembro do semanário «Mundo Açoriano». Nina Soulimant é natural de França e residente na ilha das Flores, sendo doutorada em Geografia e Ambiente.
Saudações florentinas!!

sábado, 12 de outubro de 2013

Porto comercial de Lajes das Flores

Para quem não sabe, o Grupo Ocidental é abastecido de todos os bens (incluindo os de primeira necessidade) de 15 em 15 dias por este barco ou outro que o substitua. Após a sua descarga, as mercadorias são levadas para os respetivos armazéns, conferidas e depois (segundo as encomendas) seguem para a vizinha ilha do Corvo.

Mas por estas paragens existem alguns "senãos", ou seja, o referido barco vem à ilha das Flores quinzenalmente quando a agitação marítima o permite, mas como tem um "porte/envergadura" grande suporta algum temporal. O mesmo já não acontece com o barco que efectua o abastecimento à ilha do Corvo, pois dada a sua reduzida dimensão e as tempestades que por cá se fazem sentir, ficam os corvinos muitas vezes a "ver navios", ou seja, sem bens essenciais para não falar no restante.

Este serviço de abastecimento marítimo tem vindo a melhorar ao longo das últimas décadas, mas por estas paragens - quase a meio caminho entre a Europa e a América - vai sendo assim a vida das nossas gentes. Esta imagem mostra o barco de abastecimento à ilha das Flores e outros dois barcos que fazem as referidas ligações à vizinha ilha do Corvo. A este conjunto fica a faltar o barco-cisterna responsável pelos combustíveis, que dada a pequenez da ilha e a boa capacidade de armazenamento, raramente faltam.


José Agostinho Serpa

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Pedida residência para Machado-Joseph

A coordenadora técnica da Associação Atlântica de Apoio ao Doente de Machado-Joseph diz ser urgente criar uma residência para apoiar 24 horas por dia pessoas portadoras desta doença nos Açores, região onde a Machado-Joseph tem especial incidência.

"Temos aqui alguns casos de doentes, alguns acamados outros a caminho de estarem acamados, mas já com alguma dependência, que passam os dias sozinhos. A associação, com os actuais recursos que tem, não pode garantir o acompanhamento 24 horas por dia desses doentes", disse Tânia Mota.

A Associação Atlântica de Apoio ao Doente de Machado-Joseph acompanha actualmente 60 doentes na ilha de São Miguel, 20 dos quais frequentam o Centro de Actividades na associação. Os restantes são essencialmente apoiados no domicílio. Mas a associação considera "ser urgente" uma residência assistida para doentes de Machado-Joseph e de outras doenças neurodegenerativas, garantindo que fará chegar ao Governo Regional um pedido nesse sentido até ao final do ano.

"São doentes que não têm lugar numa casa de saúde porque não são doentes mentais, não têm lugar num lar de idosos porque não têm idade para isso, não estarão bem enquadrados a nível emocional e psicológico num centro de pessoas portadoras de deficiência e portanto temos aqui um grupo de doentes que não têm lugar em lado nenhum", afirmou Tânia Mota.

A Associação Atlântica de Apoio ao Doente de Machado-Joseph pretende também alargar actividade à ilha das Flores, onde a doença tem maior prevalência: um em cada 146 habitantes das Flores tem a doença, enquanto que nas restantes ilhas do arquipélago dos Açores a prevalência é de um em 2.400.

Segundo Manuela Lima, responsável pelo grupo de investigação sobre a doença Machado-Joseph na Universidade dos Açores, existem neste momento cerca de 80 doentes na Região, 30 dos quais na ilha das Flores, recusando a ideia de que existem cada vez mais portadores da doença: "Se nós tivermos hoje um conhecimento melhor das famílias e um seguimento melhor dos doentes do que há 20 anos, obviamente que vamos ter mais casos, portanto, as coisas têm de ser vistas com algum cuidado, eu acho que se tirarmos essa condicionante não teremos mais casos", disse.

Há três tipos da doença Machado-Joseph, sendo que a grande maioria dos doentes açorianos estão fixados no tipo 2, "um tipo clínico que tem uma idade de início à volta dos 40 anos e tem os sinais e sintomas principais, que são alterações na marcha e nos movimentos dos olhos".


Notícia: «Açoriano Oriental» e jornal «Açores 9».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Turismo subaquático está a crescer

O turismo subaquático está a crescer em todas as ilhas dos Açores, registando-se subidas "consideráveis" resultantes da geração de um fluxo específico de estrangeiros, disse José Toste, da Associação Regional de Turismo.

"De momento ainda não há números oficiais que confirmem este registo, mas há o contacto com as empresas e centros de mergulho que nos revelam que de ano para ano tem vindo a crescer o sector, obviamente numas ilhas mais do que outras", referiu José Toste, da Associação Regional de Turismo, uma das entidades organizadoras da Bienal de Turismo Subaquático.

A quarta edição do evento vai decorrer de 24 a 27 de Outubro, na ilha Graciosa, contando com a presença de especialistas dos Açores, nacionais, de Espanha e agentes ligados ao sector. Segundo José Toste, o objectivo é promover o encontro de vários agentes do sector para "debater as principais preocupações" e "estratégias de acção", visando tornar o mergulho num produto com "interesse turístico" e dos principais dos Açores.


Notícia: «Açoriano Oriental», RTP Açores, «Sol» e jornal «Público».
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Lotação esgotada com ‘birdwatchers’

Os Açores são cada vez mais procurados por turistas para observação de aves, que por esta altura do ano chegam a atrair às ilhas ocidentais açorianas quase uma centena de pessoas à procura de espécies raras de aves.

“Em Outubro só deve ser possível reservar alojamento na ilha do Corvo já para 2015, porque este ano está cheio e de certeza para o ano também, porque estamos a falar por vezes em grupos de 30 a 40 ‘birdwatchers’ e mais uns 30 a 40 na ilha das Flores”, disse Joaquim Teodósio, da Sociedade Portuguesa para o estudo das Aves (SPeA).

Os Açores atraem muitos observadores de aves “com registos bastante interessantes”, afirmou Joaquim Teodósio, acrescentando que Setembro e Outubro são também meses em que muitas das ilhas “são percorridas por estes observadores de aves” mais aficionados. Espécies como o paínho-de-Monteiro ou o priolo só existem nos Açores, mas o arquipélago é também referência por ter grandes colónias de aves marinhas, como os cagarros ou garajaus.

De acordo com Joaquim Teodósio, o Centro Ambiental do Priolo recebe cerca de 3 mil visitantes por ano, metade dos quais turistas que se deslocam aos Açores para turismo de natureza, com uma compoente também de observação de aves, entusiasmados com as raridades que aqui podem ser encontradas: “O Corvo e as Flores são ilhas que são muito famosas, cada vez mais na Europa, por causa destas espécies acidentais americanas que ocorrem no Inverno”, explicou.

Gerby Michielsen, proprietário da “primeira empresa especializada em observação de aves nos Açores”, salientou que as ilhas são conhecidas como destino de excelência para a observação de aves, revelando que o número de espécies observadas no arquipélago está perto das 400: “Todos os anos encontramos aves que inclusive nunca foram vistas nos Açores ou até na Europa”, disse Gerby Michielsen, que se assume também um apaixonado por esta actividade.

Gerby Michielsen frisou que os Açores estão no topo da Europa de espécies raras, indicando, por exemplo, que as ilhas das Flores e Corvo são para observação de passeriformes (uma ordem da classe aves, conhecidos como pássaros ou passarinhos), enquanto que São Miguel, Terceira e Flores “são ilhas boas para observar patos” e Santa Maria “é também uma ilha excelente devido a raridades vindas da África e Europa”.

“Existem ainda as aves limícolas cujo melhor sítio da Europa para observar é a Terceira, e ainda Pico e São Miguel”, disse Gerby, explicando que o Outono é a época das rotas migratórias, que “interessam muito mais às pessoas que estão à procura das raridades”. O Corvo, por exemplo, “é uma ilha muito fácil para encontrar aves” e “está cheia de observadores no Outono”, diz Gerby Michielsen, garantindo que todos os anos são descobertos factores que aumentam o interesse pelos Açores.

O arquipélago “tem 30 espécies nidificadoras, mas devido à sua posição central no oceano Atlântico destaca-se pela observação de aves migradoras provenientes dos continentes americano e euroasiático”, acrescentou Gerby Michielsen.


Notícia: jornal «Açores 9» e «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Festa de Nossa Senhora do Rosário


Final do Verão, início do Outono, este foi o fim-de-semana consagrado à festa da Nossa Senhora do Rosário, na vila de Lajes das Flores. Do programa há a salientar várias missas solenes desde a quinta-feira até domingo, procissão de velas, arrematações, procissão do dia da festa, quermesse, etc. e baile abrilhantado pelo grupo Full 'K' Ords.

Um pouco mais sobre a história daquela igreja. Para tal temos que remontar a uma primitiva ermida, sob a invocação do Espírito Santo, transferida para o local ainda no século XVI. O actual templo foi erguido entre 1763 e 1783, com o fim de substituir a antiga Matriz, cujo chão deu origem ao actual cemitério. Foi reconstruída em meados do século XIX e em Dezembro de 1880 trabalhava-se ainda na cantaria para o arco da capela. Data de 1883 o assentamento do retábulo principal, executado sob a direção do artista lisboeta Manuel d' Oliveira. O seu primeiro douramento, sobre gesso, foi executado pelo brasileiro J. Nunes Sobrinho, em 1885. Sofreu campanhas de reparos entre 1907 e 1910, e de restauro entre 1953-1954. Em 1964 tiveram lugar diversas obras e em 1968 procedeu-se à pintura dos altares, tecto e ambão. A aguardar confirmação de datas, e todo o manancial de informação necessária e idónea, para que oficialmente sejam comemorados os 500 anos da igreja no ano de 2015.

Obrigado a todos os que tornaram possíveis estas imagens, em especial à Luísa Silveira responsável pelas fotografias e ajuda à produção.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

75 anos da firma João Germano Deus

A empresa João Germano de Deus & Filho, Lda está a comemorar os 75 anos da sua fundação, decidindo presentear os seus clientes com descontos em variados artigos em todas as segundas e terças-feiras do presente mês de Outubro. Assim, nos dias 7 e 8 toda a gama de enlatados custará menos 15%, nos dias 14 e 15 serão todos os vinhos de mesa a terem desconto de 15%, nos dias 21 e 22 cabe às bebidas brancas (licores, aguardentes, whiskys) custarem menos 15% e nos dias 28 e 29 são os artigos de higiene pessoal (desodorizante, gel de banho, sabonete, shampoo) a terem desconto de 20%.
Saudações florentinas!!

domingo, 6 de outubro de 2013

«Brumas e Escarpas» #64

O lugar de Vale do Linho e o ancestral possível cultivo do mesmo na Fajã Grande

Há quem diga que há muitos, muitos anos se cultivou o linho na Fajã Grande. É muito provável que tal tenha acontecido, mas na década de 1950 tal já não verificava. A provar o cultivo do linho na Fajã Grande, a constatação do topónimo “Vale do Linho”, ou seja, o nome de um lugar ainda hoje existente, situado entre os lugares da Ponta e da Fajã, mais precisamente a seguir à Ribeira das Casas, entre as Covas e o Rolo, sendo nos anos 1950 um local de terras de milho muito férteis e de relvas verdejantes. Ali também terá existido outrora um fortim ou castelo, onde a guarda marítima se aquartelava a fim de evitar as fugas clandestinas de muitos homens e rapazes nas baleeiras americanas para os Estados Unidos, atirando a torto e a direito sobre os que tentavam escapulir das fracas condições de vida que proliferavam pela freguesia e pela ilha. Há relatos de que muitos fugitivos se atiravam ao mar para se esquivarem às balas assassinas, conseguindo alguns atingir e embarcar nas baleeiras que os haviam de transportar ao Eldorado. Voltando ao lugar do Vale do Linho, ele é, incontestavelmente, um dos interessantíssimos topónimos da Fajã que designa um lugar, situado precisamente num dos lugares mais belos da freguesia, ou seja, na fronteira entre o lugar da Ponta e o lugar da Fajã. Talvez por essa razão as duríssimas batalhas de pedradas entre a garotada da Ponta e da Fajã, que ali se efectuaram noutros tempos, claro.

Uma segunda prova de que se cultivou o linho na Fajã Grande reside no facto de em muitas memórias, nos anos 1950, ainda ser presente embora de forma rudimentar o ciclo do linho. Segundo os mais velhos, e ao contrário da lã que era retirada dos animais por altura do fio, o linho, assim como o trigo, a cevada e outros cereais, era semeado nos campos. Depois de semeado e mal tivesse nascido, nunca a terra podia secar para que o linho se desenvolvesse, obrigando o cultivador a um serviço de rega constante. Essa terá sido a principal dificuldade em manter esta cultura. O linho tinha que ser mondado como o milho, serviço moroso e delicado, exigindo cuidados especiais para que ao tirar-lhe as ervas daninhas não fosse pisado ou arrancado. Quando maduro era tirado da terra e atado em molhos para ser conduzido à eira. Aí era ripado em instrumentos próprios, onde lhe tiravam as cabeças, em que se alojavam as sementes que depois serviriam para fazer novas sementeiras e também para aplicação medicinal, pois dessas sementes faziam-se as tais papas de linhaça que aplicavam no tratamento de certas doenças.

Depois de separado da semente, o linho era novamente atado em molhos e lançado à água nos poços das ribeiras e nos regatos das lagoas, para apodrecimento da casca exterior. Ao fim de três semanas de molho, o linho era retirado da água e posto a secar até ficar com uma cor esbranquiçada. Depois era novamente conduzido à eira, onde se procedia à maçagem, para libertar os fios internos da casca exterior à força de pancadas com uma maça.

Depois de maçado, o linho era tascado e sedado em instrumentos apropriados, a fim de separar o linho da estopa, trabalho feito normalmente pelas mulheres, durante o Inverno, em dias de soalheiro. Do linho propriamente dito, faziam-se as estrigas, fiadas depois no fuso que mãos hábeis manobravam, durante os serões nas noites de Inverno, formando assim as maçarocas. Nos fusos fiava-se também a estopa, tarefa mais difícil, por ser fibra mais grosseira. Acabada a fiação, procedia-se ao arranjo das meadas com o auxílio do sarilho, onde se enrolavam os fios das maçarocas, à medida que ele rodava, procedimentos em tudo muito semelhantes aos da lã.

Terminada esta tarefa, estendiam-se as meadas ao Sol a corar mas de maneira a não ficarem queimadas. Por isso, exigia-se a presença permanente de uma pessoa para as molhar de vez em quando. Mais tarde metiam-se as meadas numa barrela e, de seguida, eram lavadas e estendidas novamente a corar, até ficarem muito brancas. Depois iam à dobadoira, para serem transformadas em novelos para os teares. Nestes e graças às habilidosas mãos das tecedeiras, os fios cruzavam-se sucessivamente até se transformarem numa peça de pano que havia de voltar à barrela para o libertar de qualquer mácula que tivesse apanhado durante a tecelagem e, por fim, lavado na ribeira. Só depois da execução de todos estes trabalhos, é que o tecido de linho ficava pronto para a confecção de lençóis e toalhas bem como de roupas para a igreja.


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

sábado, 5 de outubro de 2013

Navio "Bremen" escala ilhas ocidentais

Pelo terceiro ano consecutivo, os Açores são destino de eleição no Outono para o conhecido operador turístico germânico Hapag Lloyd.

Este itinerário de 12 dias é de grande interesse para a nossa Região em virtude de potenciar todas as ilhas como destino para o importante nicho de mercado turístico alemão e não apenas ponto de paragem em roteiros transatlânticos.

Com 118 passageiros a bordo, maioritariamente alemães, o navio Bremen partiu de Lisboa no passado dia 30 de Setembro e chegou no dia 3 de Outubro a Ponta Delgada. Seguiram-se visitas ontem à Fajã dos Vimes e Velas de São Jorge, hoje nas ilhas das Flores e Corvo, amanhã às Lajes do Pico e Horta, seguindo depois a visita pelas ilhas Graciosa, Terceira e Santa Maria.

Depois de o navio Bremen ter visitado o arquipélago açoriano nos dois anos transactos, assinala-se o reiterar de um itinerário de grande interesse para este segmento de cruzeiros de expedição.


Notícia: «Jornal Diário» e rádio Atlântida.
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Cubres fazem parte da nossa História

Estes são os cubres, planta abundante na ilha aquando da sua descoberta, dando origem ao seu nome: ilha das Flores. Muito tempo passou, muita evolução sentida, tanta coisa aconteceu. Actualmente para se encontrar um exemplar de cubres é preciso calcorrear montes e vales, estradas e caminhos, prados e canadas... assim a dita civilização se encarregou do seu quase extermínio!

Mas esta planta merece um pouco mais de atenção. Então vejamos: o seu nome botânico é solidago sempervirens, sendo uma espécie pertencente à família asteraceae. Encontra-se em todas as ilhas dos Açores e na costa oriental da América do Norte. Os seus caules podem atingir 60 centímetros de comprimento, com numerosas folhas, apiculadas e ligeiramente espessas. A sua floração é composta por grande número de pequenas flores amarelas.

Esta raridade tem como habitat favorito as falésias e depósitos de areia ou pedra, bem como habitats fortemente expostos, ao longo dos caminhos e junto a muros de pedra. Mais uma manifestação da Natureza que, a todo o custo, tenta manter o que tentam destruir... Será que terem-na colocado na lista das plantas endémicas protegidas será suficiente para a manter entre nós? Os cubres são parte integrante da nossa História!


José Agostinho Serpa

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Homenagem ao poeta Pedro da Silveira

Assinalando os 10 anos da sua morte, a Biblioteca Nacional apresentou uma pequena mostra documental sobre o florentino Pedro da Silveira.

Pedro da Silveira – autor, poeta, investigador histórico e literário, tradutor, etnógrafo – falecido há dez anos, foi um dos grandes poetas açorianos do século XX e deixou uma marca cultural profundamente impressiva cujo registo esteve patente na exposição da Biblioteca Nacional (em Lisboa), antecedendo a cerimónia de homenagem promovida no dia 1 de Outubro pela Casa dos Açores em Lisboa.

Este multifacetado autor florentino ilustrou a literatura açoriana – que defendeu frontalmente como teórico, historiador e crítico, até contrariando alguns meios intelectuais do Continente – foi também um dos seus mais persistentes e criteriosos divulgadores, tendo-se dedicado ainda a importantes recolhas de literatura oral.

Pedro da Silveira foi autor de várias obras de poesia, entre as quais se contam «A ilha e o Mundo», «Sinais de Oeste», «Corografias», «Poemas ausentes» e «Fui ao mar buscar laranjas», o primeiro volume da sua obra completa. Com uma vasta colaboração dispersa por jornais e revistas nacionais e estrangeiras, Pedro da Siveira foi ainda autor de duas antologias de poetas açorianos, sendo que no prefácio de uma das quais – «Antologia de poesia açoriana – do século XVII a 1975» – ensaia uma tentativa de autonomia da literatura açoriana das restantes literaturas de expressão lusófona.

A sua poesia manteve sempre uma forte ligação ao solo açoriano, não deixando, porém, de dialogar cultural e poeticamente com «as ilhas todas do Mundo». Foi um dos promotores da elaboração da «Enciclopédia açoriana» e preparava uma «História da literatura açoriana» quando faleceu. Integrou, até 1974, o conselho de redação da «Seara Nova», tendo sido até 1992 funcionário da Biblioteca Nacional, da qual foi director dos Serviços de Investigação e de Actividades Culturais.


Notícia: rádio Atlântida e jornal «Açores 9».
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Antigos caldeiros da Fábrica da Baleia

Ali mesmo junto ao mar, junto ao Museu, junto à rampa do porto do Boqueirão, onde outrora floresceu a maior base da economia da ilha das Flores (a baleação), encontra-se quase destruída esta relíquia do passado e de muitas memórias.

Estas duas caldeiras, que outrora fizeram parte das vivências de muitas famílias, parte integrante e fundamental da faina à baleia, estão votadas ao desprezo, ao abandono, à vandalização... é injustificável, inaceitável, intolerável! Milhares ou mesmo milhões de euros foram gastos na recuperação do Museu da Baleia, ali a duas ou três dezenas de metros.

Mesmo debaixo do olhar atento destes dois cartazes que anunciam grandes proezas, grandes epopeias monetárias... Para quê tudo isto se as atrocidades começam mesmo ali? A dois metros de distância. “Cego não é aquele que não vê, mas sim aquele que não quer ver!” Como será possível este lapso, este esquecimento, este ponto de encontro com o passado, que passados estes anos após a desactivação da Fábrica da Baleia ainda ali está resistindo a tudo e a todos, à espera de ser “encontrado/integrado” no restante conjunto do Museu Baleeiro que está muito bem restaurado.

Infelizmente não são bidões, são enormes caldeirões em ferro fundido com uma enorme capacidade de cozedura, que actualmente têm um valor incalculável, dada a sua história, localização, valor patrimonial/imaterial e o próprio valor monetário. Uma preciosidade da História da própria Humanidade... e que a História florentina (em cumplicidade com os nossos historiadores e responsáveis da nossa ilha) teimam em apagar.

Quão irrisória seria a quantia para a recuperação desta relíquia? Mas é assim a vida... É assim quando certas vontades servem outras tantas certas vontades e quando a razão não consegue ter razão perante as evidências, que claramente dão lugar a certas atrocidades que a História não consegue explicar... só mesmo algumas certas vontades.


José Agostinho Serpa

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Flores "perde" um deputado regional?

O resultado das eleições autárquicas vai provocar alterações na composição da Assembleia Regional, já que três dos novos autarcas anteontem eleitos são deputados regionais: Luís Maciel (PS, Lajes das Flores), Luís Silveira (CDS/PP, Velas de São Jorge) e Carlos Mendonça (PS, Nordeste - São Miguel).

Luís Maciel está assim de saída da Assembleia Regional, ele que foi deputado eleito pelo círculo eleitoral da ilha das Flores e que agora venceu a eleição para a presidência da Câmara Municipal das Lajes. Quem se segue nessa lista do PS para o círculo eleitoral florentino é Arlinda Nunes, que já é actualmente deputada regional eleita pelo círculo de compensação. Por isso a substituição de Luís Maciel deverá, segundo a Antena 1 Açores, ser feita pelo candidato seguinte do PS no círculo regional de compensação, neste caso é Ricardo Ramalho, da ilha Graciosa.

A eleição de Ricardo Rodrigues como autarca em Vila Franca do Campo vai também obrigar o PS a substituir um dos seus deputados açorianos na Assembleia da República.


Notícia: RDP Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!