sábado, 15 de abril de 2017

Património subaquático editado em livro

O Guia do Património Cultural Subaquático dos Açores quer ser um imenso convite à visitação de um passado que atesta a importância geoestratégica da Região.

"É um imenso convite aos interessados, que são um nicho de mercado normalmente rico e que estava habituado a ir para o Médio Oriente e outros sítios onde hoje há alguma dificuldade devido à instabilidade política", afirmou o diretor regional da Cultura. Nuno Lopes destacou que os navios naufragados no mar dos Açores são "testemunhas silenciosas de variados momentos históricos".

O Guia do Património Cultural Subaquático dos Açores, com cerca de 140 páginas de texto e fotografias, resulta de um trabalho de vários anos de investigação no arquipélago, e apresenta as coordenadas geográficas por ilha de vários naufrágios e a respetiva caracterização histórica. Nuno Lopes adiantou que atualmente existem na Região 30 sítios visitáveis, dos quais 25 são naufrágios e cinco são parques arqueológicos, porque reúnem mais do que um naufrágio.

O primeiro parque arqueológico dos Açores foi criado em 2005 na baía de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, onde repousa uma centena de navios que cruzaram o Atlântico. Existem ainda os parques subaquáticos Dori (próximo da cidade de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel), Caroline na ilha do Pico, Slavonia na ilha das Flores e Canarias em Santa Maria.

"Estamos a falar de naufrágios, de vestígios, de testemunhos de travessias, de outras comunidades e culturas", salientou o diretor regional da Cultura, explicando que o Guia é também "um documento de consulta interessante mesmo para quem não pretenda mergulhar".

"Essa visibilidade contribui também para potenciar o turismo e o conhecimento da própria população sobre este património que nos Açores é riquíssimo e demonstra a importância geoestratégica da Região desde sempre", assegurou Nuno Lopes, considerando que o interesse pelo turismo de mergulho nos Açores está a crescer, "não só para mergulhar com baleias, tubarões ou jamantas, mas também para explorar naufrágios".


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

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