São João animou mas não convenceu
A Festa municipal de Santa Cruz, em honra ao São João, era em tempos a maior festa da ilha, aquela que todos aguardavam ansiosamente o ano inteiro, por se tratar de um evento rico em diversidade cultural.
A data da festa é já há muito tempo discutida na praça pública por se tratar de um mês muito incerto em termos climáticos. Este ano não foi excepção e tivemos a programação do sábado cancelada devido à chuva que se fez sentir. Lamentável é o facto de nunca se prever esta situação, embora ela se repita todos os anos. Faz-nos acreditar que existe algum desinteresse e desleixo por parte da autarquia que deveria solucionar um espaço coberto para que tal situação não se repetisse de ano para ano. Acusticamente o pavilhão gimno-desportivo não é a solução ideal, mas poderia ser pelo menos uma solução de remedeio. Com o cancelamento da programação do sábado, a população viu-se privada de 25% da festa. Na terça-feira, dia aguardado com grande expectativa, surge a desilusão total, pois muitas foram as pessoas que se deslocaram em plena tarde de Verão para assistir às “demonstrações aéreas” que não foram mais do que ver cruzar no céu os aviões, porque de demonstrações e acrobacias ninguém viu nem soube. Também não se ouviu dizer que a Autarquia tivesse pelo menos demonstrado o seu desagrado à Força Aérea pela errónea propaganda e pelo desrespeito pelas pessoas que estavam presentes para o evento. Pois nas outras ilhas realmente decorreram as acrobacias, é caso para se pensar que nem todos sabem ou interessam-se em apelar pelo que lhes é de direito.
O tradicional desfile de carros alegóricos foi um dos pontos altos da festa e que a ela deram início. O rei e a rainha estavam vestidos e arranjados à altura, nota de bom gosto de quem organizou os pormenores do desfile.
De salutar também a ideia de relembrar Roberto de Mesquita, através do Concurso Literário, pena que não tenha havido mais adesão e participação. Não teria sido má ideia a reedição das «Almas Cativas», já há muito procurada e esgotada.
A sardinha aromatizou o recinto da festa no dia 24 e muitos foram os que a provaram.
A exposição de actividades económicas organizada pela Câmara de Comércio e Indústria da Horta, através do Núcleo das Flores e Corvo funcionou todos os dias da festa.
Notou-se alguma preocupação em arranjar mais algumas actividades na tentativa de enriquecer o programa, tais como: demonstração canina, gincana a cavalo e demonstração Moto 4.
Para os mais pequenos e tal como já havia acontecido o ano passado houve animação com insufláveis.
Os cabeças de cartaz este ano foram: Axel, Pedro Khima, Ynot Band e Marina&Clayton, os dois primeiros continentais, os últimos açorianos.
Para o ano há mais festa, esperemos que com alguma melhoria, por se tratar de ano de eleições, afinal: povo contente vota sempre!
Esta notícia é parte integrante do jornal «As Flores», edição de 24 de Julho de 2008.
Saudações florentinas!!
13 comentários:
bota para baixa que a festa foi muito fraquinha.
Foi pena o Manuel Bananeira não ter cantado o fado do "gilberto desgraçadinho" pr'a gente ouvir...
É que ele é um grande "artista"!
Isto das acrobacias aereas foi uma vergonha, mas a "Autarquia" deve ter achado bonito.
Bota artista nisso!!!
acrobacias nesta ainda dou uma desculpa por os aviões sairem da base das lajes com tanques cheios e ir e vir às flores não podem fazer muitas acrobacias senão já não chegam às Lajes.
Mas para dar uma passeio a volta da ilha tiveram combustivel bastante...alias o alpha-Jet tem um alcance de 2780km , dá para ir ao continente ou fazer faial-flores 10 vezes.Vergonha!!!
não seja muito?
O S�o Jo�o pelo menos teve o m�rito de convencer muito mais do que a festa do emigrante, esta sim n�o animou nem convenceu ninguem.
pára e pensa! não aumentes o bairrismo...
brinquem que um dia o Cavaco ainda manda os alpha jet para cima de nós só para ver quem decreta o estádo de sitio
gosto mais de lagosta.
voces só sabem é criticar gostei muitos das festas de são joão, sim senhor sr. pereira tiro-lhe o chapeu
e também foram lindas as do imigrante nas lajes e é de louvar o presidente da camara.
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