Transporte marítimo inter-ilhas: barcos privados ainda estão à espera de resposta do Governo Regional
"O Governo Regional não me dá respostas”. As declarações são de João Amaral, responsável pela empresa CanadaMar, proferidas [na passada quinta-feira, dia 26 de Junho] em sessão pública. Em causa está um novo projecto de transportes marítimos “inter-ilhas” que há um ano e meio o empresário emigrante está a tentar implementar nos Açores.
João Amaral espera há quatro meses por uma resposta oficial do executivo, depois de ter a confirmação da Associação para a Promoção do Investimento dos Açores (APIA) que os documentos exigidos para obter as devidas licenças estavam já entregues ao responsável pela pasta da Economia. A urgência da resposta, segundo o empresário natural de São Jorge, relaciona-se com o investimento dos barcos.“Deviam ser breves na resposta devido aos elevados custos que este projecto suporta. Eu não estou a pedir nada que seja do Governo Regional, qualquer português tem direito ao subsídio da União Europeia”, defende. Para além daqueles incentivos comunitários, contabilizados a 70 por cento, e uma vez que o projecto integra também capitais próprios, a 30 por cento, o empresário refere que “este obstáculo governamental torna-se confuso”.
“Vou gastar menos do que o Governo Regional gasta actualmente com os barcos em serviço nos mares dos Açores e vou pôr as ilhas a funcionar”. E continua: “Apesar de [ter vivido] 40 anos no Canadá, eu nasci aqui e sei o que falta a estas ilhas. E o que falta não é programar uma viagem a uma [outra] ilha daqui a uma semana, mas sim uma pessoa poder deslocar-se de manhã [a essa outra ilha], fazer [lá] a sua vida, e regressar ao fim do dia [à sua ilha de origem]”.
Assim, o estudo económico elaborado à volta das duas embarcações adianta que o barco que assegura as viagens a todo o arquipélago dos Açores e aquele que navega apenas pelo Grupo Central, ambos orçados em 22 milhões de euros, “só no primeiro ano garante 400 mil euros de lucro”. Porém, o terceiro barco que servirá somente as ilhas de Santa Maria e São Miguel, “dará lucro depois de passados os primeiros quatro anos de actividade”. Perante esta “contrapartida”, João Amaral garante que “assume todos os custos após aquele período inicial de tempo”, justificando que mesmo assim o projecto “torna-se mais barato que os 60 mil euros gastos pelo Governo Regional nos actuais transportes marítimos”.Quanto ao valor total, os três barcos envolvem um investimento de cerca de 29 milhões de euros. Se esta iniciativa se concretizar, o empresário emigrante no Canadá garante que em dois meses poderá colocar em prática nos Açores o projecto dos transportes marítimos “inter-ilhas”, “com tripulação inicialmente de fora e três meses depois de cá das ilhas”, caso contrário, ou seja, se a resposta do executivo for negativa, João Amaral irá recorrer a “outras ajudas nomeadamente ao Tribunal Europeu”.
Notícia: jornal «A União».
Anteriormente [no passado mês de Fevereiro] já havíamos publicado no «Fórum ilha das Flores» dois textos sobre esta temática: «CanadaMar quer efectuar transporte marítimo de passageiros inter-ilhas em dois ferrys durante o ano inteiro» e «CanadaMar aposta no transporte marítimo inter-ilhas com três barcos».
Saudações florentinas!!
23 comentários:
A notícia deste nosso "post" ainda inclui adicionalmente o texto que abaixo reproduzimos.
PLANO DE VIAGEM
Na prática o projecto integra três barcos que vão assegurar as viagens entre todas as ilhas dos Açores durante o ano inteiro. A propósito do “mau tempo” que naturalmente se faz sentir no Inverno, as ligações poderão eventualmente “não se concretizar todos os dias”. No entanto, no que se relaciona com os portos das ilhas, João Amaral garante que “não há porto de [nenhuma] ilha dos Açores que não possa servir estes barcos”, referindo ser um “entendido” na matéria.
O barco maior tem 74 metros de cumprimento, capacidade para transportar 440 pessoas e 78 carros, e pretende fazer as ligações entre as ilhas do Grupo Central (Faial, Pico, São Jorge e Terceira), fazendo o percurso inverso no mesmo dia
Já o segundo barco tem 55 metros de cumprimento, capacidade para transportar 418 pessoas e 55 carros; as viagens pretendem abranger todo o arquipélago, excepto a ilha do Corvo, sendo que o barco pernoita nas Flores regressando no dia seguinte ao ponto de partida.
Por fim, o barco mais pequeno tem capacidade para transportar 310 passageiros e 12 carros, irá ligar apenas as ilhas de Santa Maria e São Miguel, duas vezes por dia no Verão e uma vez por dia de Inverno, numa viagem com a duração de uma hora e quinze minutos.
coitadinhos dos corvinos, k mais uma ves fikam a ver navios, ja nao falta muito para os xamarem de extrangeiros,!!
ACABOU.SE A MAMA TODA!!
não sei o que o governo está à espera de dar uma resposta, não quer envestimento nos açores estão ai.
Francamente não consigo perceber o embargo do Governo Regional a esta iniciativa que me parece bastante interessante. Mais grave ainda é a total falta de um esclarecimento público, fundamentado e claro, que justifique esta posição do Governo Regional.
Parabéns ao empresario canadiano por tentar lutar sozinho contra a mafia.Há companias aérea que tentaram sem sucesso.
O governo não quer os barcos da empresa do nosso emigrante para não tirarem os tachos à sua rapaziada.
Essa é que essa!
Há mais de dez anos que andamos nesta telenovela com o governo a gastar muitas dezenas de milhões e até agora nem sequer uma lanchinha a Região tem.
O lobbie dos barcos encalhados tem muita força!
E os milhões de euros vem da nossa algibeira.
Claro que não da apoio...
Então e depois como é com a SATA, vai ficar a perder...
Quem perde com isto são as ilhas mais pequenas.
Com os preços das passagens..Só podem ficar numa ilha (S. Miguel, Terceira e pouco mais...)
Um pormenor: Se este homem insiste nos meios de comunicaçao social que não precisa de subsidios do governo, porque raio tanto espera resposta deste? será que necessita só de autorizações ou afinal a coisa não dá tanto lucro assim?
Outro pormenor: será que por um simples momento alguém que perceba um pouco de mar toma por aceitavél que algum barco deste tipo opere nos mares dos açores ou atlântico Norte nos meses de Inverno com regularidade?
P.S- alguma alma na sua santa consciência quer viajar entre ilhas, especialmente de ou para o grupo ocidental com ondas de (pelo menos) 7 metros?
Eu por mim não quero, pois dias de Inverno que temos cá é muito complicado, já é de avião quanto mais de barco, de verão e muito lindo já fiz de barco mas de Inverno acho que não vai ter muita saída é o que penso.
Barcos? Para quê? Qualquer dia ainda exigem do nosso muito glorioso Governo Regional semáforos nos canais...
mas que conversa obsurda.
o jL vãi comprar um barco para as lajes
Uma viagem nesses barcos durante o Inverno deve ser algo inesquecível,ficam com histórias para contar aos netos e bisneto!
boa ideia esta de comprar um barco destes no inverno com cinema a borde nem se nota mar bravo.
O melhor seria passar filmes sobre submarinos,que era para nao se notar tanto a diferença quando o barco enche-se!
o futuro sera tuneis entre as ilhas e os continents.
eles tem salvavidas para vacas nestes barcos?
Ó Monços, Ó Monsos!!!
Já sabem da Última???
Parece que o "nosso" Cêsar começou s campanha mais cedo...
Não é que agora até as secretarias regionais (Obras Públicas, neste caso)até já têm equipas de Futebol de 11, e até vão jogar no Instrangeiro.
parece que vão para as ámericas á nossa custa...
E nós a pagar, CLARO!
tens é inveja? e falas em pagar do teu bolso. todas as vezes que te vejo não fazes nada deves é estar a imaginar que estás a pagar.
pagas e nao bufas para eu ir passear.ja agora obrigado pelo teu contributo.
não tens nada que me agradecer é de boa vontade que pago.
afinal quando é que temos barco!
Enviar um comentário