N-Ã-O à sorte de varas nos Açores!!!
Podemos estar muito perto de sermos simples figurantes duma negra página para a Democracia Autonómica dos Açores: alguns deputados regionais da Assembleia Legislativa Regional aprestam-se para aprovar um projecto de decreto legislativo regional que legaliza as corridas de touros picadas nos Açores, sem que para tal tenham sido mandatados por quem os elegeu pois que nada disso constava dos seus programas políticos, nem dos seus comprometimentos eleitorais (e as eleições regionais foram há nem sequer sete meses atrás!!). Numa só palavra: VERGONHOSO!!
Entretanto, a sociedade civil açoriana movimenta-se civicamente: uma Associação Ecologista fez uma carta aberta às/aos deputad@s da ALRA e um grupo de cidadãos apela à realização de um referendo regional sobre a legalização das touradas com sorte de varas nos Açores.
Mais alguns deputados regionais já afirmaram/manifestaram publicamente o seu sentido de voto nesta questão: Paulo Estêvão (do PPM, eleito pelo Corvo) é a favor e Alexandre Pascoal (independente do PS, eleito por São Miguel) é contra.
Sabendo-se que para esta específica votação foi concedida (pelos grupos parlamentares) plena liberdade de voto aos deputados, parece-me que seria politicamente sério e íntegro que (previamente) os deputados regionais eleitos pela ilha das Flores [Manuel Herberto Rosa (PS), António Maria Gonçalves (PSD) e Paulo Rosa (PP)] manifestassem publicamente o seu sentido de voto nesta questão, tratando-se duma temática de consciência individual convém não esquecer que eles só lá estão como representantes do povo, não como meros representantes de si mesmos!!
Terão eles vergonha de (perante o seu eleitorado) assumirem publicamente este seu sentido de voto?? Terão eles receio de prestarem contas e serem devidamente escrutinados (pelo seu eleitorado) sobre esta sua votação??
Para mais algumas informações sobre esta questão em discussão (e votação) na ALRA, leiam-se as notícias do «Público» e do «Açoriano Oriental».
8 comentários:
Quem elegemos para nos representar, e a quem com os nossos espremidos impostos pagamos, não nos devem nenhuma explicação?
Somos tão poucos. Conhecemo-nos uns outros. Este assunto nunca foi abordado na campanha eleitoral.
Não merecemos mais respeito?
Será correcto legitimar um deputado a tomar uma decisão por nós sem que nunca a tenha abordado préviamente?
Com que legitimidade se fazem campanhas à participação nos actos eleitorais, para depois de eleitos decidirem com base na sua opinião pessoal?
A democracia nos Açores, com esta brincadeira vergonhosa, vai entrar em anemia crónica.
É verdade... Desde que umas determinadas pessoas foram pagar as suas promessas, à conta do Centro de Saúde e da ADSE, os comentários estão mais escassos e moderados, porque será?
Oh das 10h11, tu és mesmo um malvadinho!!!! porque não falas logo o nome do edil!!!! quem falou em edil?!?!??!
os comentarios estão reduzidos é que alguem já se fartou de dizer asneiras.
Será que não se podia fazer uma petição que corresse na internet, onde pudéssemos assinar e que fosse posteriormente apresentada na Assembleia Regional, mostrando o nosso descontentamento contra a sorte de varas nos Açores?
A tradição é as touradas à corda! Que por sinal tem mais piada ver o touro a malhar no pssl. Para quê copiar os continentais? Os deputadosé que deviam ser picados, que só aprovam leis de merd*. Cumprimentos aos Florentinos.
amiga Teresa,
julgo que já não irá a tempo mas a senhora pode(ria) sempre enviar uma petição (mesmo que individual) à Assembleia Legislativa Regional; através de um outro blogue, o «Fiat Lux * Carpe Diem», soubemos então que em 405 petições entradas na ALRA sobre esta questão, 388 petições foram contra a "sorte de varas" e 17 petições consideram que "tauromaquia é cultura".
julgo que ainda se encontre a "correr" o apelo de um grupo de cidadãos para a realização de um referendo regional sobre a sorte de varas nos Açores...
os melhores cumprimentos!!
dona Teresa,
desculpe-me se (por acaso) a induzi em erro (não propositadamente)... (só agora me dei conta que) afinal a introdução e envio de petições (individuais ou colectivas) para a Assembleia Regional tem um espaço próprio na internet.
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