segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Central Hidroeléctrica na Fajãzinha levanta dúvidas à população local

Se este é um investimento que dará lugar a uma política de auto-sustentação e aposta clara nas energias renováveis, o certo é que alguns [habitantes] locais colocam dúvidas sobre o impacto que uma obra desta envergadura pode trazer à imagem e ao ambiente. Contactada pela reportagem do «Diário dos Açores», a Junta de Freguesia da Fajãzinha (órgão que representa a população que irá lidar com maior proximidade com este projecto) deu conta que se encontra numa posição neutra. Os actuais autarcas nunca foram contactados sobre esta matéria por qualquer entidade, e, se por um lado o factor das energias renováveis (do interesse de todos) é algo que valorizam, a imagem “de marca” da freguesia é de favorecer e nunca denegrir.

O «Diário dos Açores» entrou em contacto com o engenheiro David Estrela, responsável pela EEG, que nos explicou os moldes deste projecto. Para David Estrela esta aposta define-se em alguns conceitos-chave: menor impacto visual possível, segurança e um processo o mais económico possível. “Não vamos invadir zonas habitacionais, teremos açudes algures entre o leito e os terrenos mais propícios”, dizia em referência a alegadas infraestruturas que poderiam passar junto das habitações. Criticado pela população local, mas desmentido segundo este responsável, um projecto (no mesmo local) que data já mais de uma década traria para esta paisagem “chaminés” (‘que se assemelham a tubos aéreos’) o que originaria uma alteração paisagística relativamente grande.

David Estrela explicou que a Fajãzinha vai ter sim mais uma casa, a Central Hidroeléctrica com 480 m2, e outras infraestruturas que (algumas devidamente camufladas com o meio) vão assegurar o binómio segurança e menor impacto visual. Alguns dos troços de conduta estarão visíveis mas muitos dos tubos de baixa pressão estarão enterrados, segundo David Estrela. Questionado sobre estudos de impacto ambiental sobre esta zona, e para o devido projecto, o responsável pela EEG garantiu que para certas obras, como o caso, não é necessário. É sim obrigatório cumprir-se a lei, tendo sido realizados os procedimentos ambientais exigidos para o efeito.

O «Diário dos Açores» sabe que o processo de atribuição e execução desta obra tem procedimentos próprios a cumprir e até serem atingidos todos os trâmites, este pode ser ainda um projecto longínquo. Ainda assim, as metas estão traçadas e espera-se que em 2014 a obra esteja concluída. É esse também o desejo de David Estrela, podendo contudo não ser o mesmo de alguns dos populares [da Fajãzinha]. A licença de exploração está no entanto concedida até (pelo menos) 2085, mas o facto do concurso de execução de obras ter de ser público e internacional pode atrasar todo o processo. Até lá, ficam as dúvidas para uma população que se quer ver esclarecida e a aposta convincente nesta Central Hidroeléctrica por parte da empresa de electricidade dos Açores.


Notícia: «Diário dos Açores».
Saudações florentinas!!

14 comentários:

Anónimo disse...

Não sei a quem da minha freguesia levanta dúvidas sobre a central, eu sou natural desta freguesia e residente e acho que a central na Fagãzinha trás uma mais valia á freguesia e ficará com seu nome na hestória. O que não concordo é com aquela pedreira.

Anónimo disse...

A Crise Como só se fala na crise, eu tenho ouvisto falar na agricultura.Ora muito bem que finalmente alguem abriu os olhos e está a ver aquilo que eu já muitos anos e muitas vezes falei e disse que agricultura era o desenvolvimento de uma nação. Sou do tempo do Salazar tempo este que não ficava nem uma quarta de terra por cultivar e não havia dinheiro mas havia fartura.

Anónimo disse...

Meus caros
Àcerca desta notícia e suas reticências,permitam-me uma pequena reflexão.Ponto prévio:já conhecia o projecto, nos seus traços gerais,através da Revista da Eda,e embora não sendo especialista,pareceu-me muito bem.
Trata-se de aproveitar um recurso natural,a água,usando apenas a força da sua passagem,creio que sem a poluir,devolvendo-a de novo ao seu curso natural.De acordo? Algum mal nisto? Eu não consigo ver.Se alguém consegue, que me explique.Vantagens:NÃO QUEIMAR COMBOSTÍVEIS FÓSSEIS,que são finitos,caros,importados e poluentes,logo VERDADEIROS INIMIGOS DO AMBIENTE,obter energia mais barata.
Quanto ao resto;impacto visual,ambiental,imagem ...
Concretamente o que é isto,qual a sua tradução prática? Chegarmos ao miradouro e vermos uma ou outra construção na paisagem ? É que,além da sensibilidade que os projectistas já possuiem nessa matéria, a própria natureza se encarregará de integrar e disfarçar esses elementos.
Quem se apercebe hoje, da presença da conduta (vala)de água que vai da barragem à central electrica? Quem sabe que ela lá está.
E mesmo que assim não fosse.Não queremos todos o progresso e o bem estar? Será que hoje trocávamos a rede de telemóveis e as comunicações que,mesmo sem cabo de fibra óptica temos, pela aparência tradicional do Monte das Cruzes,Morro Alto e outros? Tenham juizo!É necessário proteger o Planeta Terra, que, ao menos por enquanto é o único em que se pode viver naturalmente,mas fundamentalismos, não! Em nada.
Gostava de ver isto comentado construtivamente. É para coisas destas que devemos aproveitar este Forum.
Cumprimentos.

MILHAFRE disse...

Em princípio não sou contra o aproveitamento hidroelétrico, pois temos que ter em conta que a energia à base de combustíveis fósseis é cara e importada.

Na realidade, o futuro está nas energias limpas e renováveis.

Contudo, deve ser considerado e muito bem equacionado o impacto ambiental na Fajãzinha, um território frágil e que não auguentaria grandes remoções e/ou transformações.

A freguesia da Fajãzinha é um verdadeiro ex-libris da ilha das Flores.

Embora pequena, a Fajãzinha, é uma comunidade humana empreendedora e que ama as suas raízes.
Possui uma paisagem de perder a respiração; tem um micro-clima e eco-sistemas muito específicos, pelo que se pede às entidades competentes o maior cuidado arquitectónico e paisagístico na implantação dessa infra-estrutura.

Paralelamente a comunidade e os seus orgãos autárquicos devem ser ouvidos e esclarecidos, e devem ser contratadas «contrapartidas» ou «compensações» a favor da freguesia com vista a minimizar os eventuais impactos negativos.

Espero que não façam as asneiras ambientais que já houveram e continuam a haver na Ilha de S.Miguel com as scuts, fajã do calhau, lagoas artificiais para a lavoura, onde fizeram o diabo a quatro numa ilha que já não aguenta mais «inginharia de deitar abaixo e levar tudo à sua frente»...

Se fôr para fazer «merda», o melhor será andar à luz da vela...

Anónimo disse...

Olá, pardaleco. Tu até que como inginheiro não és mau, também és um bom arquitonto ou será arquitolo é que o meu protuguês é igual ao do porfessor Pardaleco, descurpem os erros ortográficos e a construção gramatical.

MILHAFRE disse...

O Anónimo engraçadinho da 17:04 de ontem, quis brindar o signatário com um comentáriozinho rasca e atascado.

Incapaz de escrever qualquer coisa minimamente entendível sobre o teor do post aqui publicado, o ignaro faz um patético exercício piadético no idioma de «pretoguês».

No entanto, o Dr. Pardal está vacinado, há já muito tempo, contra os soluços e os flatos dalguns trogloditas que de vez em quando entram aqui pelo cano do esgoto.

Pois saiba o referenciado anónimo que o Dr. Pardal mesmo sentado em cima do sifão, e teclando on-line no seu portátil, escreverá sempre qualquer coisa muito mais entendível e substancial do que alguma vez o infeliz conseguirá.

De resto, aconselho o ignaro a fazer na intimidade exercícios de flatulência, através dos quais expelirá com sonoro estrondo todas as ventosidades que estão alojadas na cabeça, e que são muito frequentes em quem sofre duma doença crónica, actualmente em clara expansão no nosso país, e que é designada por muitos como «peido na moleira», passe o plebeísmo.

Anónimo disse...

Otube da aiagua vai passar ao pe da loja de Jose Baldes sempre ade servir para lavar o inhames do conselho das Laises

Anónimo disse...

Caro Senhor Professor Pardaleco, relativamente ao seu pouco inteligente comentário, gostaria apenas de lhe dizer que o cérebro do ser humano é uma coisa fantástica, e que por vezes inconscientemente revelamos o nosso carácter e personalidade. O conteúdo da sua mensagem revela que o senhor é um ser pouco humano. A expressão "pretoguês" que emprega não sei onde a foi buscar, mas consigo perceber a sua origem, ela vem do seu subconsciente e revela que, de facto, estamos perante uma pessoa com muito pouco valor humano.
Ao autor do blog e a todos quantos o visitam quero aqui deixar o meu pedido de desculpas por esta troca de mensagens.
Existem pessoas que virtualmente conseguem ser o que na realidade não são.

MILHAFRE disse...

O Anónimo reincidente, desta feita às 10:55 locais, chamou ao Dr.Pardal «arquitonto» e «arquitolo» , mas ficou muito abalado e traumatizado quando o signatário lhe disse que o ignaro tinha um «peido na moleira» ou que ele escrevia no mais perfeito «pretoguês», sem ofensa para os nossos irmãos africanos.

E a pesporrência do ignaro é de tal ordem que até consegue emitir «certificados de humanismo on-line»...

E, já agora, vai chamar «pardaleco» a quem te atura todos os dias!

Anónimo disse...

pelos comentarios acima fico triste pois se a agua for toda canalizada vamos ficar sem inhames! Ja imaginaram a Fajazinha sem inhames?

Anónimo disse...

inhame pareces tu ai para os lados de santa cruz.

Anónimo disse...

e a falar em inhames é muito bom para o sangue.

Anónimo disse...

Ser inhame,é ser gente,...
Ser NEUTRO,é não ser quase nada.


TIRIRICA.

Anónimo disse...

São todos "verdes",ou se tanto "verdelhados",esse,do Pico é do bom,recomemda-se,sem desperdicio valioso tanto como,ou mais que a água lhes corre,e,ou devia,lembrar gerações presentes,lhes foram razão de ser presentes,
Enfim será bom ser inhame eternamente.


Insulas ocidentaes.