domingo, 16 de março de 2008

«Turismo não se faz só com paisagem»

É necessário criar infraestruturas associadas ao lazer e entretenimento para desenvolver o sector [turístico na ilha das Flores], defende a empresária Telma Silva.

"As paisagens não chegam para ocupar os turistas que visitam a ilha das Flores". A afirmação é da empresária Telma Silva, proprietária do aldeamento hoteleiro que funciona nas antigas instalações da Rádio Naval. A empresária preconiza, por isso, a criação de espaços de lazer, de desporto e de diversão para as pessoas se ocuparem nos tempos livres. "Paisagem nós temos. Mas não é o suficiente para ocupar por mais tempo os nossos turistas", diz.

"Muito fraco". É desta forma que Telma Silva classifica o actual estado de desenvolvimento do turismo nas Flores. A empresária, considera, por outro lado, que o alojamento de habitação tem uma importância acentuada no contexto global do desenvolvimento turístico dos Açores, até porque "os estrangeiros preferem o turismo de habitação aos hotéis. O espaço rural começa a ser também muito apreciado pelos turistas nacionais".

Telma Silva, à semelhança de muitos outros florentinos, defende que a SATA deve voar aos domingos, nos meses de Inverno, para a ilha das Flores. Preconiza, ainda, o aumento das ligações aéreas no Verão. "Muitas pessoas queixam-se de que não conseguem voos, principalmente se os mesmos não forem reservados com antecedência. Além disso, as ligações [aéreas] inter-ilhas são extremamente caras."

Numa região ultraperiférica como os Açores, os transportes e as comunicações são essenciais para o desenvolvimento. Neste contexto, Telma Silva é de opinião que as ligações marítimas [para a ilha das Flores] deviam realizar-se com mais frequência, até porque "muitas pessoas não têm capacidade financeira e disponibilidade para permanecerem uma semana na ilha, visto que o barco chega e poucas horas depois está de partida".

Para fixar mais os jovens na ilha das Flores, Telma Silva sugere a criação de novas infraestruturas e postos de trabalho. Sobre as respostas que o Governo Regional dos Açores dá às aspirações dos florentinos, refere que "embora, nos últimos anos, se tenham vindo a realizar diversas obras, ainda há muito por fazer".

Telma Silva começou por ser proprietária de uma pequena hospedaria. Segundo diz, sempre adorou receber pessoas e fazer novos contactos. Mais tarde, através de concurso, candidatou-se à exploração da ex-estação de Rádio Naval, transformando-a num aldeamento turístico. "Achei um projecto aliciante e cá estamos para bem receber todos os que nos queiram visitar", afirma. Os apartamentos são todos tipo T3 e têm um total de 60 camas. A unidade assegura serviço de pequeno-almoço e de baby-sitter e lavandaria. Organiza jantares, passeios pedestres e de barco à volta da ilha das Flores, assim como ao Corvo.

"Entrevista" integrante da edição de 7 de Março do semanário regional «Expresso das Nove».
Saudações florentinas!!

4 comentários:

Anónimo disse...

Dois comenttários:

Então a telma agora passou a proprietária do Aldeamento da Rádio Naval? Quando dizem coisas destas não se lembram que há Floresntinos a lesr estas coisas. Mania das grandezas que aquela gente da Fazenda tem.

Então a Telma é empresária hoteleira só porque gosta de fazer contactos? Que mania baboca de não querer dizer que quer ganhar dinheiro. É uma parvoíce ter pejo em dizer que se metem num negócio ou numa actividade qualquer, para ganhar dinheiro. Logo que seja honestamente, como é este caso, não tenham problemas em dizer que estão no negócio para ganhar dinheiro. Assumam-se.

Anónimo disse...

O Expresso da 9 foi aí facturar mais algum.
Só não enganam mas é o nosso camarada JL.

Nelson Fraga disse...

Sobre o 2º parágrafo do comentário anónimo das 17h56:

pergunto-me se será mera parvoíce alguém "meter-se num negócio ou numa actividade qualquer", ganhar dinheiro (honesto) com isso mas (acima de tudo) "ter-se metido ness@ negócio/actividade" por (efectivamente) «gostar de fazer contactos»???!!
Ter lucro(s) e ganhar dinheiro (de forma honesta) não é nenhum pecado, certamente!! Mas é-me algo difícil entender uma certa dificuldade de compreensão (neo-liberal) para o simples facto de algumas pessoas poderem ganhar a vida em profissões/actividades escolhidas pelo grande gozo e prazer que estas mesmas lhes dão...
Não sendo para mim [nem de longe!] pecado, parece-me que para algumas [outras] pessoas o Lucro é (quase) uma Religião, sendo que a sua desenfreada procura deve ser o único e exclusivo motivo que faz mexer as pessoas neste Mundo... por amor de Deus!!

Anónimo disse...

Olhem que "ele há coisas"que nem precisam ser comentadas.