Carlos César avançará para 5º mandato

Existem cerca de 80 por cento de hipóteses de Carlos César recandidatar-se a um quinto mandato como presidente do Governo Regional dos Açores.

De acordo com fontes socialistas contactadas pelo jornal «A União», Carlos César irá anunciar a sua recandidatura aos órgãos partidários socialistas nas reuniões que irá manter entre 7 e 9 de Outubro, respectivamente com o secretariado regional, comissão política e autarcas.

Aquelas fontes adiantaram que a postura de Carlos César na recente visita [presidencial] de Cavaco Silva ao arquipélago “aponta claramente” para a recandidatura à liderança do executivo [regional] açoriano. “[Carlos] César é um mestre em lançar cortinas de fumo, mas a sua candidatura às próximas eleições [legislativas] regionais deve ser um facto consumado e já anunciado a três ou quatro pessoas da sua absoluta confiança”, precisam essas fontes.

Os candidatáveis

Nos últimos tempos, o PS/Açores levou a cabo vários estudos de opinião contemplando vários cenários eleitorais tendo como pano de fundo as [eleições legislativas] regionais de 2012. Os estudos suportavam-se em hipotéticas candidaturas de Carlos César, Vasco Cordeiro, Sérgio Ávila e José Contente, essencialmente.

Embora os resultados dos estudos não sejam do domínio público, as nossas fontes sublinham que os nomes de Carlos César, Vasco Cordeiro e Sérgio Ávila “garantem vitórias socialistas”, face até ao facto de o capital político da líder do PSD/Açores, Berta Cabral, “estar muito limitado ao concelho de Ponta Delgada”.

Vasco Cordeiro, secretário regional da Economia, apresenta como “vantagem geográfica ter nascido em São Miguel”, sendo que o vice-presidente do executivo, Sérgio Ávila, “ganhou imensos pontos com o rigor das contas públicas dos Açores em contraponto com as da Madeira”.

Acresce que Sérgio Ávila desempenha “um papel de retaguarda relevante em termos de finanças partidárias”, sendo que as fontes do jornal «A União» menorizam um eventual apagamento político até porque, argumentam, “um vice-presidente governativo não tem que aparecer constantemente ao nível público como fazia, por exemplo, enquanto autarca angrense”.

Unidade para manter

A linha de raciocínio que aponta na direcção de uma recandidatura de Carlos César encontra suporte na necessidade de os socialistas açorianos manterem uma certa unidade.

Caso as hipóteses de candidatura de Vasco Cordeiro ou Sérgio Ávila ganhassem efectividade nas próximas eleições regionais, o cenário de ruptura parece evidente. “Sendo da mesma geração política, será que Vasco Cordeiro aceitaria uma posição secundarizada em relação a Sérgio Ávila e vice-versa?”, questionam as fontes contactadas pelo jornal «A União».

De resto, e tendo como base o exercício especulativo de Sérgio Ávila ou Vasco Cordeiro assumirem a presidência [do Governo] regional, “estaríamos inevitavelmente num ciclo inteiramente novo da governação socialista, com protagonistas e políticas renovados”.

Notícia: jornal «A União».
Saudações florentinas!!