sábado, 31 de março de 2012

Participação de Santa Cruz na BTL'12

À semelhança dos últimos anos, o município de Santa Cruz das Flores esteve presente pela quinta vez na Bolsa de Turismo de Lisboa, que ocorreu entre 29 de Fevereiro e 4 de Março.

Esta participação foi integrada na Associação Regional de Turismo (ART), inserida no stand dos Açores, muito procurado quer pelas operadoras turísticas quer pelo público em geral, o que leva a que a nossa ilha seja cada vez mais conhecida tanto no Continente português como no exterior, sendo por isso sempre uma participação positiva.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores.
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 30 de março de 2012

Investigadores estão a criar cremes e sabonetes a partir de lamas vulcânicas e pedra-pomes do nosso arquipélago

As lamas vulcânicas e pedra-pomes existentes nos Açores estão na origem de loções, geles e sabonetes esfoliantes, cujas propriedades terapêuticas estão a ser testadas, admitindo os investigadores que estes produtos dermocosméticos possam vir a chegar ao mercado.

"As loções, geles e sabonetes foram criados incorporando recursos geológicos existentes nos Açores, como as lamas termais (barros existentes nas fumarolas) e a pedra-pomes. Estão a ser testados em pessoas para aferir o seu efeito benéfico e o objectivo é criar um produto para ser comercializado", afirmou João Carlos Nunes, director científico do Instituto de Inovação Tecnológica dos Açores (INOVA).

A criação destes produtos de dermocosmética, numa parceria com a Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e a Universidade de Aveiro, integra-se na investigação desenvolvida pelo INOVA no âmbito do projeto TERMAZ - Termalismo, Lamas Termais e Águas Engarrafadas dos Açores, que visa o aproveitamento e valorização dos recursos termais do arquipélago.

"As lamas têm propriedades benéficas para doenças de pele e problemas reumatológicos e a pedra-pomes tem propriedades esfoliantes. O que queremos investigar é o seu efeito terapêutico", afirmou João Carlos Nunes. O director científico do INOVA destacou as mais valias que poderão resultar da sua comercialização, caso alguma empresa se mostre interessada na produção industrial e posterior venda, potenciando o turismo de saúde e bem-estar no arquipélago em associação com as termas existentes nos Açores.


Notícia: RDP Açores, «Açoriano Oriental» e semanário «Sol».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 29 de março de 2012

Miosótis é novo galardão para distinguir os bons comportamentos ambientais das unidades de alojamento turístico

Foi hoje apresentado o 'Miosótis', um galardão regional destinado a premiar bons comportamentos ambientais das unidades de alojamento turístico e que pretende afirmar o arquipélago dos Açores como destino vocacionado para o património natural.

"Esta é uma oferta que, cada vez mais, atrai turistas preocupados com os impactes ambientais negativos associados às suas viagens", afirmou João Bettencourt, director regional do Ambiente, frisando que importa, por isso, aliar a estes interesses o de um alojamento mais responsável em termos ambientais.

A escolha do nome 'Miósotis', uma planta endémica dos Açores vulgarmente conhecida por “não-me-esqueças”, está relacionada com a descoberta de algo raro e singular a nível mundial, como é o caso das nove ilhas dos Açores. "Tal como a planta, que pode ser encontrada em todas as ilhas, pretende-se que este galardão também possa ser exibido no maior número de estabelecimentos regionais", acrescentou o director regional do Ambiente.

As unidades de alojamento turístico podem candidatar-se até 15 de Abril através do formulário de inscrição disponibilizado, seguindo-se um período de avaliação.

O galardão 'Miosótis' irá premiar de forma escalonada e à medida de cada estabelecimento turístico, podendo ir de um desempenho ambiental básico, que dá direito a uma flor, até à excelência, que permite ter cinco flores.


Notícia: RTP Antena 1 Açores e «Jornal Diário».
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 28 de março de 2012

«Brumas e Escarpas» #38

Os abafadores dos bules de café

Se éramos nós crianças que, noutros tempos, com a nossa imaginação e criatividade construíamos os nossos brinquedos, valha a verdade que na Fajã Grande, também pela mesma altura, eram os adultos, com não menos imaginação e outra tanta ou mais criatividade, que construíam grande parte dos objectos necessários ao seu trabalho e às actividades e lides que o seu quotidiano comportava. Entre os muitos e variados objectos de fabrico caseiro ou artesanal estavam os abafadores dos bules de café que existiam em todas os lares e que eram fabricados geralmente pela dona da casa, sendo que a maior parte revelava grande imaginação e assumida criatividade.

Como é por demais sabido, na Fajã Grande o café era, muito provavelmente, a bebida mais consumida. Bebia-se o apetitoso e aromático líquido, feito com uma mistura de favas, chicória e café puro, geralmente misturado com um pouquinho de leite. As favas eram cultivadas por cada um e depois de secas e torradas eram misturadas à chicória e aos grãos de café, comprado geralmente em menor quantidade do que a chicória porque esta era mais barata. Todos estes ingredientes eram misturados e moídos no moinho de café que existia em quase todas as casas, aparafusado numa das paredes da cozinha.

Bebia-se muito café ao longo do dia: ao levantar, pela madrugada, ao longo da manhã, ao jantar, de tarde e por vezes até à ceia ou à noite antes de ir para a cama. Muitas vezes, sobretudo quando se ceifava feitos, lavrava os campos ou sachava o milho, as crianças ou as mulheres iam aos campos levar café acompanhado de pão ou bolo com queijo aos homens que ali realizavam aquelas árduas e cansativas tarefas.

Assim e devido às dificuldades e demoras no acender do lume e ferver a água, muitas vezes com garranchos verdes e alagados, era impossível fazer café a cada hora e a cada momento. Por isso, tornava-se imperioso e necessário que em cada casa houvesse permanentemente café quentinho, mas sem ser feito na altura, o que apenas se conseguia com recurso aos “abafadores”, geralmente feitos pelas mulheres.

O abafador, que mantinha o café quente por muitas horas, era feito com dois pedaços velhos de fazenda da mais grossa possível, geralmente retalhos de casacos ou “camurças” já não usados e que eram cosidos de maneira a formar uma espécie de saco, sendo que a extremidade oposta à da abertura ou era oval ou cóncava, conferindo assim uma ar de maior graciosidade ao abafador que ficaria exposto diariamente em cima da mesa da cozinha ou da “amassaria”, com o objectivo não só de manter o café quente mas também de agradar aos olhares das visitas, sempre curiosas e sempre a meter o nariz em tudo. Depois de feito o simulado saco, por vezes até com bordados laterais, fazia-se um outro também de pano velho e preferencialmente de lã, que serviria de forro e ao qual se dava a forma do primeiro mas que era bastante menor, tendo mais ou menos o tamanho de um bule de café. De seguida eram metidos um no outro e colocava-se no espaço que restava entre ambos, devido à sua diferença de tamanho, uma enorme quantidade de chumaço feito de lã e trapos velhos de forma que o interior ficasse bem cheio como se fosse uma almofada de sofá. Cosidas a boca de um saco à do outro, o abafador ficava completo e pronto a ser colocado sobre o bule, cobrindo-o na totalidade e protegendo-o do frio. Os abafadores adquiriam formas diversas e diversificadas. Uns, os formados por sacos convexos, adquiriam a forma de um semicírculo, enquanto os outros, os de forma convexa, se assemelhavam a uma fralda de criança estendida na corda, a secar. Havia, no entanto, abafadores mais sofisticados e muito mais perfeitos sob o ponto de vista estético, não apenas pela melhor qualidade do tecido mas também pela excelência do chumaço e, sobretudo, pelo formato diferente que lhe davam, sendo que os havia até em forma de galo sentado, com bico, crista e tudo.

O uso dos abafadores diminuiu bastante, nos finais da década de 1950, com a chegada à Fajã das garrafas termos ou “garrafas de calor”, como se dizia, inventadas no longínquo ano de 1892 pelo escocês James Dewar.

Mas creio que actualmente os abafadores terão desaparecido por completo por culpa dos modernos, práticos e rápidos microondas.


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

terça-feira, 27 de março de 2012

Açores têm as melhores condições para a agricultura biológica, diz especialista

O professor universitário Jorge Ferreira defende que deve haver uma maior aposta na agricultura biológica tendo em conta as potencialidades únicas que os Açores apresentam.

A afirmação foi feita por aquele especialista durante a reunião técnica de agricultura biológica que decorreu [ontem e hoje] na ilha de São Miguel. Pelo lado dos produtores biológicos, Avelino Ormonde, um dos 46 certificados na Região, reconhece as potencialidades mas adianta que é necessário arriscar mais.


Notícia: «Jornal da Tarde» da RTP Açores.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 26 de março de 2012

Manter o sinal analógico de televisão enquanto não nos chegar a fibra óptica

O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda entregou hoje na Assembleia Legislativa dos Açores um projecto de resolução que pretende recomendar ao Governo Regional a manutenção da difusão do sinal televisivo analógico nas ilhas das Flores e do Corvo, enquanto não se estabelecer [àquelas ilhas] a ligação do cabo de fibra óptica (que possibilita a difusão regular do sinal de Televisão Digital Terrestre) a estas ilhas.

Isto porque, enquanto esta ligação do cabo de fibra óptica não for concretizada, a única forma de [actualmente] aceder ao sinal digital de televisão nas ilhas do Grupo Ocidental é através do “kit TDT complementar via satélite”, que obriga à instalação de uma antena parabólica, cujo custo deve ser adiantado pelo próprio utilizador, a que acresce eventual pagamento de instalação, principalmente nos casos de pessoas mais idosas e com maiores dificuldades em procederem à auto-instalação do referido kit.

A iniciativa dos deputados regionais do Bloco de Esquerda recorda que a extensão do cabo de fibra óptica às ilhas das Flores e do Corvo está assegurada, para breve, pelo compromisso assumido pelo secretário regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos, no âmbito da instalação na nossa Região das Redes de Nova Geração.

O grupo parlamentar do BE/Açores alerta ainda para o impacte negativo que terá a instalação de [mais] antenas parabólicas em cada casa das ilhas do Grupo Ocidental, ambas galardoadas pela UNESCO como Reservas da Biosfera, e que são muito visitadas por turistas.

Recorde-se que o sinal analógico de televisão foi desactivado nos Açores no passado dia 22 de Março [quinta-feira].


Notícia: "sítio" do Bloco de Esquerda Açores e «Diário Insular».
Saudações florentinas!!

domingo, 25 de março de 2012

50% de energia renovável... até 2015

O presidente da Electricidade dos Açores (EDA), Duarte Ponte, afirmou [no passado dia 13] que o "futuro está nas energias renováveis", estimando que em 2015 a energia dos Açores será 50 por cento de fontes renováveis.

"Temos de encontrar novas formas de ter o mesmo nível de vida [mas] gastando energias de fontes renováveis e é isso que a EDA está a fazer neste momento. Cerca de 30 por cento da energia [actualmente produzida nos Açores] é renovável e, se tudo correr bem, lá para 2015 podemos estar num patamar perto dos 50 por cento", frisou Duarte Ponte.

O presidente da EDA salientou ainda que o futuro passa pela chegada de carros eléctricos aos Açores como forma de potenciar as energias renováveis: "estou convicto que os carros eléctricos virão, porque a curto prazo não vejo outra tecnologia pronta a entrar. Fazer 100 quilómetros a gasolina custa cerca de 10 euros, no carro eléctrico custaria apenas dois euros", afirmou Duarte Ponte, acrescentando que as famílias que vivem nas ilhas dos Açores "raramente fazem mais de 100 quilómetros por dia".

O presidente da eléctrica açoriana salientou, por outro lado, que a empresa é parceira de um projecto alemão na Graciosa, que coloca aquela ilha entre as cinco a nível mundial no que diz respeito à autosustentação energética: "é um projecto que temos acarinhado muito e a ideia é ter na Graciosa 75 por cento de energias renováveis, o que é feito à custa da energia eólica, da fotovoltaica e da armazenagem de energias através de baterias", afirmou Duarte Ponte, admitindo que este projecto poderá ser alargado a outras ilhas do arquipélago dos Açores.


Notícia: «Diário dos Açores», SiC Notícias e «Jornal Diário».
Saudações florentinas!!

sábado, 24 de março de 2012

Estudo para arranjos do Largo da Muralha, no porto comercial das Lajes

Esta é uma das maquetas da obra que deverá iniciar em breve sobre a muralha do porto das Lajes. A ideia do projecto de arquitectura é simbolizar um barco, com escada de acesso ao "convés", com bar e sala de estar no interior, esplanada em cima e à saída do "iate" no seu espaço exterior.
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 23 de março de 2012

No domingo o horário muda para Verão

Os relógios vão adiantar uma hora na madrugada de domingo, dando início ao horário de Verão em Portugal.

Em Portugal Continental e na Madeira a mudança horária ocorrerá à 1 hora da manhã, com os relógios a adiantarem para as 2 horas, enquanto nos Açores a alteração será feita à meia-noite de domingo, passando para a 1 hora da manhã.


Notícia: «Açoriano Oriental» e RDP Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 22 de março de 2012

Televisão analógica acaba hoje

As emissões de televisão analógica terrestre terminam hoje nos Açores quando forem desligados os emissores e retransmissores espalhados pelo arquipélago, mas a passagem para a televisão digital terrestre (TDT) será "tranquila", assegurando a cobertura de 92 por cento do território.

Os dados oficiais indicam que, entre as 106 mil residências existentes nos Açores, cerca de 102 mil moradias são subscritoras de serviço de televisão por cabo, restando 4 mil lares açorianos sem acesso ao sinal televisivo digital, em alguns casos segundas residências.

Os 13 emissores de TDT instalados no arquipélago, mais 4 do que os inicialmente previstos, permitem cobrir áreas como a zona poente do concelho de Ponta Delgada, os concelhos de Nordeste e Praia da Vitória e a zona poente da ilha do Faial, onde esta tecnologia não chegava nos planos iniciais.

Por essa razão, o Governo Regional dos Açores considera que a transição será "tranquila" e que são apenas "residuais" as zonas do arquipélago com menor cobertura, admitindo ser impossível cobrir integralmente todo o território da Região.

"Haverá sempre zonas cinzentas num território disperso por 600 quilómetros, de Santa Maria ao Corvo, que é mais de metade da largura da Alemanha e mais do que o comprimento de Portugal continental", afirmou José Contente, secretário regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos, em declarações à Agência Lusa em meados de Janeiro.

Eduardo Cardadeiro, administrador da Autoridade Nacional das Comunicações (ANaCom), revelou no início de Fevereiro, que a TDT cobre 92% do território dos Açores, mas frisou que "em sítio nenhum" os açorianos ficarão sem acesso a televisão gratuita.

Para os que residem nos 8% de território açoriano não cobertos, existe um outro meio de acesso, que é a televisão por satélite. No caso da cobertura por satélite será ainda necessário adquirir uma parabólica, com um custo de 61 euros, com instalação incluída, enquanto na cobertura por TDT também poderá ser necessário, em algumas situações, adquirir uma antena, cujo preço pode chegar a 160 euros.


Notícia: «Diário de Notícias» e «Correio da Manhã».
Saudações florentinas!!

Festival de Sopas da ilha das Flores

A Casa do Povo das Lajes, em parceria com a Associação Cultural Lajense, realiza o Primeiro Festival de Sopas da ilha das Flores, no próximo dia 24 de Março [sábado], pelas 20 horas no Salão de Festas da Casa do Povo das Lajes.

Este evento contará com buffet de sopas, pão de milho e de trigo, torradas, vinho e sumos; haverá música tradicional e ocorrerá a eleição da melhor sopa presente no festival. Todas as pessoas e entidades podem participar livremente com as suas sopas a concurso.

Venha festejar a chegada da Primavera em alegre convívio, num serão diferente e aconchegante... na Casa do Povo das Lajes!

Saudações florentinas!!

quarta-feira, 21 de março de 2012

PNiF realiza percurso pedestre

No próximo sábado [dia 24] o Parque Natural da ilha das Flores (PNiF) realiza um percurso pedestre, partindo da freguesia do Lajedo até à freguesia do Mosteiro, com paragem para acção de conservação junto à ponte da Ribeira da Lapa.

O ponto de encontro para o arranque desta actividade será no início do trilho na freguesia do Lajedo, às 14 horas de sábado. Devem ser realizadas inscrições prévias junto do Parque Natural das Flores até ao dia 23 (sexta-feira).

Saudações florentinas!!

Futura ampliação do porto das Poças

Está [tecnicamente] aprovado o novo projecto para a reconversão do porto das Poças, em Santa Cruz.

O projecto foi testado à escala [esta segunda-feria, dia 19], no Laboratório Nacional de Engenharia Civil. Uma delegação de pescadores florentinos assistiram aos ensaios em modelo reduzido da solução preconizada para a ampliação do porto das Poças. Nestes ensaios foram aprovadas, pelos profissionais da pesca, as condições de entrada e saída do porto e as condições de abrigo proporcionada por esta solução em condições de mau tempo.

Na ampliação do porto das Poças está prevista a construção de um molhe de protecção de 302 metros e um contra-molhe de 104 metros, para proporcionar um bom abrigo da bacia interior do porto que ficará com cerca de 15 mil metros quadrados de área molhada, 8 mil metros quadrados de terrapleno e com cais e pontões flutuantes com capacidade para atracação de 88 embarcações.

Governo Regional e pescadores esperam para breve o lançamento do projecto, segundo disse à rádio Antena 1 Açores, Marcelo Pamplona, sub-secretário das pescas.

Com esta obra o antigo cais comercial da ilha das Flores será transformado em porto de abrigo para a actividade da pesca e do turismo. São mais de 100 amarrações que ficarão disponíveis logo depois de concluída a obra, o que acontecerá na próxima legislatura regional [2013-2016].


Notícia: RDP Antena 1 Açores, «Jornal Diário» e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional].
Saudações florentinas!!

terça-feira, 20 de março de 2012

Açores deixam o terminal 2 de Lisboa

As companhias aéreas TAP, AeroVip e SATA transferem hoje as suas operações domésticas para o terminal 1 do Aeroporto de Lisboa, data em que a easyJet passa a operar todos os voos no terminal 2.

Inaugurado em 2007, o terminal 2 do Aeroporto de Lisboa estava até agora destinado apenas aos voos domésticos (Porto, Faro, Vila Real, Madeira e Açores) das transportadoras TAP, SATA, AeroVip e easyJet.

João Nunes, director da ANA no Aeroporto de Lisboa, disse que sempre esteve previsto que o terminal 2 fosse vocacionado para "voos ponto-a-ponto" (voos sem escala), mas admitiu que a abertura da base da easyJet, prevista para o próximo mês de Abril, acelerou o processo de transferência das operações domésticas, que deveria acontecer apenas depois do plano de expansão do aeroporto estar concluído.

O director do Aeroporto de Lisboa afirmou ainda que as taxas aeroportuárias praticadas serão as mesmas, sendo que continuará a existir o autocarro gratuito entre os dois terminais, salientando que o terminal 2 não tem estacionamento.


Notícia: RTP/Antena 1 Açores e «Jornal de Notícias».
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 19 de março de 2012

Redução de freguesias imposta pelo Governo da República viola Estatuto Político-Administrativo da Região

A Comissão de Política Geral da Assembleia Legislativa Regional aprovou, por unanimidade, um parecer desfavorável à proposta de lei 44/XII, relativa à reorganização administrativa territorial autárquica, que considera ser inconstitucional e ilegal.

O parecer da Comissão de Política Geral considera que o exercício da competência concreta para a criação, extinção ou modificação do território de uma freguesia reparte-se, no caso das Regiões Autónomas, entre os Parlamentos nacional e regional. Nesse sentido, recorda que o Estatuto Político-Administrativo dos Açores estabelece que a criação e extinção de autarquias locais, bem como a modificação da respectiva área, constitui uma matéria de competência legislativa própria, no âmbito da organização política e administrativa da Região.

Este parecer refere, por outro lado, que o calendário previsto na proposta de lei “originaria uma indesejada sobreposição” entre o processo de reorganização do território das freguesias dos Açores e as eleições legislativas regionais que vão realizar-se em Outubro deste ano.

O documento recorda que “a história de cada freguesia nos Açores é fruto das relações sociais e culturais”, considerando que “cada freguesia é um mundo”, pelo que defende que “a gestão, o ordenamento do território e a política do poder local devem ser, no caso dos Açores, acautelados atendendo às especificidades que decorrem da nossa descontinuidade territorial e do facto de sermos um arquipélago de nove ilhas e uma região ultraperiférica”.


Notícia: «Açoriano Oriental» e jornal «Público».
Adicionalmente a Associação de Municípios dos Açores considerou a proposta de lei de revisão do mapa autárquico desadequada face à “estrutura demográfica” e “dimensão territorial” do arquipélago, propondo a sua adaptação regional; enquanto a Associação Nacional de Freguesias está contra esta reforma administrativa realizada a "régua e esquadro".

Saudações florentinas!!

domingo, 18 de março de 2012

«Brumas e Escarpas» #37

O desastre do Vale Fundo

Durante a construção da estrada que liga o porto da Fajã à Ribeira Grande, nos anos 50 do século passado, foi necessário partir muito calhau e rebentar muita rocha. O traçado da estrada, ao contrário dos caminhos antigos que nos seus trajectos procuravam os locais mais fáceis de abrir, era quase rectilíneo, desviado dos antigos caminhos, atravessando terras e serrados, cortando montes e enchendo vales, rompendo por todo e qualquer sítio, sem dó nem piedade. Ao serem escavados os montes, no entanto, por vezes, surgiam enormes, pétreos e pesados calhaus ou indomáveis e tremendas pedreiras que só poderiam ser retiradas dali, a fim de desobstruírem o traçado da estrada, depois de partidas e desfeitas em mil pedaços. Os empreiteiros, vindos da Terceira, sabiam-no bem e, por isso, vieram prevenidos e preparados com pólvora, dinamite e os respectivos meios de perfuração de tão inexauríveis rochedos em que a ilha das Flores e, muito especialmente, a zona das fajãs era pródiga.

O processo de remoção de um calhau ou grande pedregulho era moroso, árduo e bastante complicado. Era necessário fazer um furo na respectiva pedra. Para tal eram necessários três homens: um a segurar a cavilha de ferro que muito lentamente ia fazendo um furo no calhau enquanto dois batiam, alternadamente, com martelos de ferro na cavilha. De vez em quando tinham que parar para limpar o pó que se acumulava no orifício que iam perfurando. Só depois de pronto [o furo] era metida uma vela de dinamite no buraco e a ela se ligava um “fiusgo” bastante comprido. De seguida gritava-se bem alto “fooooooooogo” para que, não apenas os trabalhadores, mas também quem por ali passasse ou quem andasse a trabalhar por perto, fugisse e se colocasse em sítios protegidos. Só então se acendia lume no fio que ia ardendo lentamente até chegar à vela, provocando uma estrondosa explosão e o consequente rebentamento da pedra, que simultaneamente fazia explodir pelo arredores uma série de lascas cortantes como navalhas e uma enorme quantidade de pequenos pedregulhos tão mortíferos como balas. Mas os empreiteiros não terão trazido as velas de dinamite necessárias para tão grande quantidade de rochedos e, por isso, em alternativa ao dinamite, usavam, sobretudo na parte final da empreitada, uma mistura de pólvora e outros explosivos, o que se tornava ainda mais perigoso.

Ora aconteceu que numa destas operações, lá para os lados do Vale Fundo, já quase junto à Ribeira do Ferreiro, ao preparar uma pedra com pólvora, esta terá sido atingida inadvertidamente por uma faísca que provocou uma explosão e um rebentamento, o qual apanhou alguns trabalhadores de surpresa. Foram atingidos gravemente três homens: o Corvelo, o Francisco Facha e o Roberto de José Padre. O Corvelo teve morte imediata, o Francisco Facha ficou gravemente ferido, sendo evacuado para Lisboa tendo perdido um dos olhos, enquanto o Roberto, o ferido com menor gravidade, foi evacuado para o Faial.

A notícia do acidente foi recebida no povoado com grande alvoroço e preocupação. As informações eram confusas e contraditórias e muita gente acorreu ao lugar para se certificar se algum familiar tinha sido atingido.

Apesar de grave e causar uma morte, as consequências deste acidente poderiam ter sido bem maiores. No entanto ele constituiu um marco bem amargo e doloroso no historial da construção daquele pequeno troço de estrada que havia de ligar definitivamente a Fajã Grande a Santa Cruz, às Lajes e ao resto da ilha.


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

sábado, 17 de março de 2012

População está contra fim da freguesia

Os habitantes dos Cedros, na ilha das Flores, não querem que a sua freguesia seja extinta ou agregada no âmbito da revisão do mapa autárquico do país, proposta pelo Governo da República.

A população da freguesia dos Cedros enviou à Assembleia Legislativa Regional uma petição manifestando a sua posição sobre eventuais reformas administrativas autárquicas nas Flores.


Notícia: «Jornal da Tarde» da RTP Açores.
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 16 de março de 2012

Quatro Eco-Escolas na ilha das Flores

O programa Eco-Escolas é um programa para o desenvolvimento sustentável que pretende reconhecer e premiar o trabalho desenvolvido pelas escolas na melhoria do seu desempenho ambiental e na sensibilização para a necessidade de adopção de comportamentos mais sustentáveis. Visa ainda criar nos intervenientes novos hábitos de participação e cidadania.

O número de estabelecimentos de ensino florentinos inscritos no programa Eco-Escolas no presente ano lectivo aumentou para quatro: a escola EB1,2,3, JI/S padre Maurício de Freitas; a escola EB1,2/JI de Lajes das Flores; a escola EB1/JI de Ponta Delgada e o Centro de Bem-Estar Social da Paróquia de Santa Cruz das Flores “O Girassol”. Estes estabelecimentos de ensino seguirão uma metodologia baseada em várias etapas, inspirada na Agenda 21, sendo obrigatório o trabalho dos temas-base resíduos, água e energia e um dos temas do ano (floresta, mar ou agricultura biológica). Os estabelecimentos de ensino contam com o apoio do Parque Natural das Flores na implementação deste projecto.

Este projecto é de grande importância na transmissão às gerações mais jovens da adopção de princípios e práticas que garantam a protecção e preservação do meio ambiente e um desenvolvimento sustentável na utilização dos recursos.


Notícia: "sítio" do Parque Natural da ilha das Flores.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 15 de março de 2012

Alunos de 6 ilhas apurados para a fase nacional do MegaSprinter/MegaSalto

Os 3 primeiros classificados de cada escalão na fase regional MegaSprinter/MegaSalto apuraram-se para a fase nacional desta prova.

Em todos escalões os atletas que terminaram no pódio obtiveram os tempos MegaSprinter e as marcas MegaSalto necessárias (mínimos) estabelecidos no regulamento 2011/2012, assim encontrando-se apurados para participar na fase nacional que vai ter lugar em local e data ainda a designar pela Direcção-Geral da Educação (do Ministério da Educação e Ciência).

A fase regional do MegaSprinter/MegaSalto teve [no primeiro fim-de-semana de Março] como palco a Escola Básica e Secundária de São Roque do Pico e nela participaram 50 alunos oriundos de sete das nove ilhas dos Açores (não houve alunos apurados das Flores ou Corvo), acompanhados por 13 professores.

Nas diferentes fases, a presente edição do MegaSprinter/MegaSalto contou com um total de 6.750 participações, sendo 5.650 respeitantes à fase de escola, 1.050 à fase de ilha e 50 à fase regional, tendo sido representadas 34 escolas da Região.


Notícia: «Jornal Diário» e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 14 de março de 2012

Concurso do Museu municipal das Lajes

A autarquia florentina das Lajes está já a promover concurso de empreitada com vista à construção do Museu municipal das Lajes das Flores, uma obra avaliada em 1,4 milhões de euros.

O futuro Museu das Lajes ficará localizado junto à estrada da Urbanização Angelo de Freitas Henriques, na entrada para essa Urbanização pela rua padre Dr. Américo Caetano Vieira.

Este Museu municipal lajense irá ser etnográfico mas não apenas etnográfico; tendo várias salas de exposições permanentes e outras para exposições temporárias, um auditório para conferências e eventual projecção de filmes temáticos e ainda zonas de lazer.

Estava previsto que o processo concursal estivesse concluído a tempo de as obras avançarem já na Páscoa, mas questões relacionadas com o licenciamento e com o projecto atrasaram o lançamento do concurso. O tempo estimado para a execução do contrato de empreitada está fixado em 12 meses.


Notícia: jornal «Construir».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 13 de março de 2012

Lançamento de nova campanha do PNiF “Um florentino, uma planta endémica”

Encontra-se em desenvolvimento um plano estratégico para a conservação da natureza nos Parque Naturais dos Açores, com o lema “Mais endémicas: plantar o futuro”. Este projecto consiste essencialmente na remoção e combate de invasoras, produção de espécies naturais dos Açores, restauro ecológico de zonas ameaçadas com plantação dessas mesmas espécies e conservação de sementes de espécies em risco em banco de sementes devidamente preparado para o efeito.

Tentando fomentar um movimento de voluntariado no arquipélago designado “Um açoriano, uma planta endémica”, tem-se como objectivo a plantação de uma planta por cada habitante residente nos Açores (num total de cerca de 260 mil), nomeadamente em locais onde flora invasora foi removida nos últimos três anos. Assim, na ilha das Flores, por exemplo, a campanha local terá a designação de “Um florentino, uma planta endémica”, e assim sucessivamente pelas restantes ilhas.

Esta campanha será colocada em prática pelos Parques Naturais de ilha, através do envolvimento da população e colectividades locais. Assim, na ilha das Flores a campanha terá a colaboração da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas através dos Serviços Florestais das Flores e do Corvo.

A primeira acção de voluntariado na ilha das Flores será no próximo dia 17 de Março [sábado], pelas 15 horas, num dos locais mais belos do Parque Natural das Flores [PNiF], a Reserva Natural do Morro Alto e Pico da Sé, junto ao miradouro da Lagoa Seca, onde a plantação de endémicas decorrerá com a participação da Câmara Municipal das Lajes e da Associação de Agrícola da ilha das Flores, e com o envolvimento da população local que se queira associar a esta iniciativa.

As acções de voluntariado encontram-se abertas à população em geral, escolas, empresas, serviços públicos, ONG’s, organizações juvenis e a todos quantos queiram juntar-se a este movimento. Basta apenas efectuarem a sua inscrição junto dos serviços do nosso Parque Natural de ilha.


Notícia: "sítio" do Parque Natural da ilha das Flores.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Parlamento Jovem duplica participação

O número de escolas açorianas do ensino secundário envolvidas no Parlamento dos Jovens duplicou nos últimos quatro anos, tendo atingido este ano o número recorde de 26 escolas da Região.

No início da sessão regional dedicada ao tema “Redes Sociais: Participação e Cidadania”, o director regional da Juventude, Bruno Pacheco considerou estes números como “a face visível do investimento que muitas pessoas depositam neste programa, desde o Governo [Regional], estudantes e professores”, adiantando que, embora direccionado aos jovens, este programa “sem a liderança dos professores não teria atingido este número [recorde de escolas açorianas participantes] muito representativo de um esforço colectivo”.

Na sessão regional de hoje do Parlamento dos Jovens participam 52 “deputados” em representação de 26 escolas do ensino secundário das ilhas de São Miguel (12), Terceira (5), São Jorge (3), Faial (2), Pico (2), Graciosa (1) e Santa Maria (1).

O programa, que se desenvolve em três momentos, encontra-se agora no final da segunda fase de concretização, as sessões regionais. A terceira e última fase desta iniciativa Parlamento dos Jovens acontecerá em Maio, com a realização das sessões nacionais na Assembleia da República.


Notícia: «Jornal Diário», «Açoriano Oriental» e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional].
Saudações florentinas!!

domingo, 11 de março de 2012

Mais de 76 mil visitantes nos Museus

A Rede Regional de Museus dos Açores registou no ano passado 76.243 visitantes, a maior parte dos quais de nacionalidade portuguesa, revelou [na semana passada] a Direcção Regional da Cultura.

Os dados disponibilizados indicam que 78,3% das entradas nos museus açorianos foram de cidadãos nacionais, o que representa uma ligeira subida relativamente a 2010 quando os portugueses representaram 76,1% das entradas.

A Direcção Regional da Cultura revelou ainda que os visitantes com entrada isenta [de pagamento] foram a maioria no ano passado, totalizando 58 por cento do total.

A Rede Regional integra quatro museus de ilha (Museu de Santa Maria, Museu da Graciosa, Museu Francisco de Lacerda, em São Jorge, e Museu das Flores) e quatro museus regionais (Museu Carlos Machado, em São Miguel, Museu de Angra do Heroísmo, Museu do Pico e Museu da Horta).


Notícia: «Açoriano Oriental», jornal [de distribuição gratuita] «Destak» e «Jornal da Tarde» da RTP Açores [com vídeo].
Saudações florentinas!!

sábado, 10 de março de 2012

Vulcanólogos visitam ilhas ocidentais

Uma equipa de vulcanólogos portugueses e espanhóis chegou [esta semana] ao Corvo para estudar a vulcanologia da ilha mais pequena dos Açores, onde ocorreu uma erupção muito violenta que os especialistas ainda não conseguiram datar com precisão.

Lagoa Oeste do Caldeirão (ilha do Corvo)"Nós sabemos contar a história, mas queremos contar essa história com datas", afirmou Zilda França, do Departamento de Geociências da Universidade dos Açores, que lidera os investigadores portugueses que chegaram à ilha do Corvo.

Zilda França salientou que esta missão, que prossegue depois na vizinha ilha das Flores, visa a "obtenção de amostras que permitam fazer uma cronologia, para se ter uma ideia mais concreta dos episódios vulcânicos ocorridos". "A ilha [do Corvo] tem um grande vulcão central, pode-se mesmo dizer que a ilha é um vulcão. Apesar de ser muito pequena, é muito interessante", frisou a investigadora, salientando que ali ocorreram erupções submarinas, episódios vulcanológicos "tranquilos" e também uma "erupção muitíssimo violenta".

A missão nas ilhas do Corvo e das Flores insere-se num projecto financiado pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) que visa a caracterização do vulcanismo do arquipélago dos Açores. A equipa integra também especialistas espanhóis, liderados por Marceliano Lago, da Universidade de Saragoça, um dos mais importantes investigadores europeus na área do estudo das rochas.

As duas ilhas do Grupo Ocidental dos Açores apresentam "especificidades" relativamente às restantes ilhas do arquipélago, podendo ali ser encontradas caraterísticas que não existem no Pico, em São Jorge ou em Santa Maria. Por outro lado, o Corvo e as Flores "estão na placa americana, ao contrário do restante arquipélago, são ilhas que estão do outro lado da crista média atlântica", o que também lhes confere uma especificidade própria. A crista média atlântica é uma cordilheira submarina que separa a placa americana, a ocidente, das placas euroasiática e africana, a oriente.

O vulcanólogo Vítor Hugo Forjaz, numa nota a propósito desta missão, estima que "a primeira ilha do Corvo deve ter surgido há cerca de 710 mil anos, sendo precedida por intensa actividade submarina". A actividade vulcanológica foi evoluindo e culminou com uma grande erupção que originou a formação de uma caldeira de colapso, o conhecido Caldeirão do Corvo. Segundo aquele investigador, "após um período de repouso, há cerca de 100 mil anos, foi retomada a actividade vulcânica na ilha, constituindo os cones geométricos que se situam na parte sul da ilha, incluindo a fajã lávica onde assenta o actual povoado", onde vivem cerca de 400 pessoas.


Notícia: Antena 1 Açores, jornal «A União» e portal Ciência Hoje.
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sexta-feira, 9 de março de 2012

Centro de Processamento de Resíduos começará(?) a operar em poucos meses

O Centro de Processamento de Resíduos da ilha das Flores, obra orçada em cerca de 5 milhões de euros, deverá começar a operar no espaço de poucos meses.

A informação foi avançada pelo secretário regional do Ambiente e do Mar durante a visita que efectuou [nesta quarta-feira, anteontem] aquele Centro de Processamento de Resíduos, construído na antiga pedreira do porto das Lajes.

Segundo revelou Álamo Meneses, a obra de construção civil já está concluída, prevendo-se para breve o início de testes, depois de ultimada a montagem dos equipamentos eléctricos. O governante regional adiantou ainda que está em fase adiantada o concurso para a escolha da empresa gestora daquele centro de processamento, pelo que se prevê que o mesmo esteja em funcionamento pleno dentro de alguns meses.

Neste Centro serão processados os resíduos das ilhas das Flores e do Corvo, onde as Câmaras Municipais já deram início à recolha separativa dos resíduos. No caso do Corvo, conforme referiu o secretário regional do Ambiente e do Mar, as obras tiveram um ligeiro atraso por dificuldades do empreiteiro, mas que já foram retomadas e estarão concluídas dentro de 2 meses.


Notícia: «Jornal Diário» e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
De notar que em anterior visita realizada à ilha das Flores pelo secretário regional do Ambiente, [em 8 de Abril de 2011] Álamo Meneses declarou que a partir de Setembro [de 2011!] estaria em funcionamento o Centro de Resíduos da ilha das Flores.

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quinta-feira, 8 de março de 2012

quarta-feira, 7 de março de 2012

Castanheira declarada insolvente

O Tribunal Judicial de Santa Cruz das Flores acaba de declarar a insolvência da Castanheira & Soares, a empresa que mais trabalhadores emprega nas ilhas das Flores e Corvo.

Já foi estabelecido um plano de recuperação da empresa de construção civil e será marcada uma assembleia de credores. Foi fixado em 30 dias o prazo para reclamarem créditos.

A rádio Antena 1 Açores já contactou o proprietário da empresa para uma reacção, mas Manuel Castanheira só estará disponível a meio da tarde. O mês passado, à RDP Açores, Manuel Castanheira garantiu que a empresa não vai fechar; apesar de ter admitido estar com dificuldade em pagar os salários a trabalhadores e sub-empreiteiros.


Notícia: RDP Antena 1 Açores.
Note-se que nos primeiros meses de 2012 foram sete as empresas açorianas declaradas insolventes, sendo que o presidente da Associação de Industriais da Construção Civil e Obras Públicas dos Açores (AICOPA) não tem dúvidas que o sector é um dos mais atingidos pela crise e que "nada será como dantes".

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terça-feira, 6 de março de 2012

“Não entendo por que a luta biológica não tem expressão na agricultura dos Açores”, afirma técnico holandês

Theo de Groot é um voluntário holandês, ao serviço da PUM Netherlands, associação sem fins lucrativos que se dedica a utilizar a experiência dos seus membros, normalmente técnicos já em idade de reforma, no apoio a empresas de zonas em desenvolvimento.

Theo está em São Miguel há vários anos e está ligado à agricultura, especialmente na vertente ecológica e da luta biológica. E a conclusão a que chegou é que os Açores, sendo uma região com um potencial agrícola “enorme”, mas afectados “por um número enorme de pragas”, ainda não perceberam como “resolver o seu problema de forma ecológica, estando ainda na fase da utilização de químicos, o que é um erro enorme”. Não há dúvidas sobre as pragas existentes no arquipélago. “Em boa parte devido às importações, os Açores recebem pragas de quase todo o mundo. E devido ao seu clima ameno, elas conseguem sobreviver nas ilhas, coexistindo neste momento pragas dos climas tropicais, sub-tropicais e frios”, diz o técnico.

Para ele, não são os químicos, mas a luta biológica, a solução para o problema. “Os produtos químicos foram introduzidos na década de 1930 e durante algum tempo pareceu que eram a solução. O facto, no entanto, é que os químicos não são a solução: para além de matarem em simultâneo uma série de organismos salutares para a agricultura, reduzindo assim as defesas naturais dos terrenos, também dão provas de já não serem eficazes contra um número crescente de insectos, obrigando ao aparecimento de novos químicos. Mas neste processo, a diversidade biológica perde-se, o que é muito triste”.

Mais triste ainda, como refere, é que os processos da luta biológica já atingiram um estádio de grande avanço que, no caso dos Açores, tornariam o uso de pesticidas perfeitamente dispensável em inúmeros casos. Na Holanda, já 90% de todos os legumes produzidos no país utilizam a luta biológica e já é possível comprar os organismos de que se necessita numa simples loja de produtos agrícolas – e não em qualquer universidade. A tecnologia está perfeitamente dominada e já existem mais de 400 organismos que são alvo de produção e comercialização regulares.

“O maravilhoso da luta biológica é que ela funciona e não tem problemas colaterais ou impacto na qualidade ambiental”, diz. O conceito assenta num princípio elementar: enquanto os insectos introduzidos têm a praga – da qual são inimigos naturais – para atacar, a sua população cresce; à medida que a praga começa a reduzir-se, a população dos insectos introduzidos também decai. Porquê? Porque esses novos insectos são os inimigos naturais de determinadas pragas e por isso não atacarão outros animais – simplesmente vão desaparecendo à medida que a praga também desaparece. O ideal, como refere, é que cada exploração agrícola tenha as condições ideais para que um pequeno número desses insectos se mantenha vivo e capaz de atacar as pragas. E basta deixar umas pequenas áreas com determinadas espécies – por exemplo o trevo – para que um pequeno número sobreviva. Por exemplo, uma só planta de trevo é suficiente para albergar cerca de 50 joaninhas – um poderoso auxiliar contra as pragas mas que é sistematicamente aniquilado pela luta química. O segredo, no entanto, está na próximidade dessas “ilhas” em relação às culturas que se pretende proteger.

O problema nos Açores é que a actividade das novas pragas não pára, sem que pareça existir uma resposta oficial clara e decidida. Ainda recentemente uma árvore quase centenária que existia no jardim do Hotel São Pedro teve de ser abatida por ter sido atacada por uma borboleta chamada Opogona sacchari, que está a atacar inúmeras espécies de vimes, estrelícias, bananeiras e árvores decorativas. “É incrível que mesmo já se sabendo da sua existência, não existe qualquer tentativa de controlar este insecto através da luta biológica, optando-se sempre pela luta química. E este é tão táctil de resolver”. Theo de Goor afirma que “os Açores têm belíssimos investigadores nesta área e até as instalações necessárias para o desenvolvimento de uma acção concertada neste domínio, mas inexplicavelmente muito pouco é feito. Parece que têm medo e o facto é que a ligação entre a investigação e a prática parece não existir”.


Notícia: «Diário dos Açores».
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segunda-feira, 5 de março de 2012

Comunidades devem envolver-se na actividade dos Parques Naturais de ilha

O director regional do Ambiente defende um forte envolvimento das comunidades locais em cada um dos nove Parques Naturais de ilha existentes no arquipélago.

A ideia foi avançada por João Bettencourt na apresentação do regulamento do programa “Parque Natural – parceiro para o Desenvolvimento Sustentável”. A partir de agora, acrescentou aquele responsável, o Parque Natural do Faial, que em 2011 foi distinguido com o Prémio EDEN – Destino Europeu de Excelência, passa a contar com 29 parceiros, sendo que, durante o corrente ano, o programa será alargado a todas as ilhas e a todos os parques.

Para João Bettencourt, a criação desta figura de parceiro do Parque garante que as forças vivas de cada ilha se envolvam num grande projecto que passa por levar as nossas ilhas mais além, no âmbito da conservação da natureza, e por potenciar uma actividade económica em crescimento como é o turismo.

A existência de três ilhas (Flores, Corvo e Graciosa) classificadas com Reserva da Biosfera, a candidatura do Geoparque Açores à Rede Europeia e Global de Geoparques, a atribuição do Prémio EDEN ao Parque do Faial e a candidatura à Carta Europeia de Turismo Sustentável, apresentada pelo Parque de São Miguel para os concelhos do Nordeste e da Povoação, foram apontadas como exemplos do “relacionamento saudável que deve existir entre o turismo, uma actividade económica, e o ambiente”.

Os parceiros dos parque naturais de ilha, com direito a usar “selo de identificação”, estão agrupados em quatro categorias: agências de viagens, empresas de animação turística e empreendimentos turísticos (Tartaruga), transportes (Cagarro), entidades produtoras agro-alimentares (Morcego) e associações de desenvolvimento local, clubes desportivos, organizações não governamentais do ambiente e departamentos de ensino e investigação (Basalto).


Notícia: «Jornal Diário» e «Açoriano Oriental».
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domingo, 4 de março de 2012

Proibição do cultivo de transgénicos

A preservação de uma imagem de “respeito pela natureza” e a garantia do direito dos produtores regionais à pratica da agricultura tradicional ou biológica fundamentam a proposta legislativa do Governo Regional açoriano de proibição de cultivo de transgénicos nas ilhas.

Na iniciativa legislativa entregue ao Parlamento regional é salientado que a elevada fragmentação das explorações agrícolas e as especiais condições climáticas do arquipélago, ao favorecerem a actividade dos agentes polinizadores tornam “impossível o controlo da disseminação dos organismos geneticamente modificados (OGM)”. Por isso, “a introdução de culturas de OGM coloca em causa o direito dos agricultores [da Região] praticarem modalidades de agricultura tradicional ou agricultura biológica”, com “perda da diversidade de variedade agrícolas, ornamentais e florestais que caraterizam os Açores”, argumenta a proposta do Governo Regional.

Sobre a salvaguarda da imagem da Região enquanto respeitadora da natureza, o projecto legislativo regional que visa declarar o arquipélago como zona livra de cultivo de transgénicos, sublinha que tal seria “dificilmente compatível com a coexistência, no mesmo território e nos mesmos processos produtivos, da utilização agronómica de organismos geneticamente modificados”. Realça, igualmente, as “dúvidas ainda existentes sobre as interferências dos OGM no equilíbrio dos ecossistemas e na contaminação da cadeia alimentar”, realçando que podem “comprometer a imagem e os certificados de qualidade dos produtos açorianos, em particular a carne de bovino e os laticínios”.


Notícia: «Açoriano Oriental», secção «Ecosfera» do jornal «Público» e «TeleJornal» da RTP Açores.
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sábado, 3 de março de 2012

Fajãzinha tem 70 habitantes

A Fajãzinha é uma das freguesias menos populosas dos Açores. Tem actualmente 70 habitantes dos quais apenas oito são crianças.

Apesar da localidade ser muito procurada por turistas estrangeiros que atraídos pela qualidade ambiental acabam, em alguns casos, por fixar residência, a desertificação e o envelhecimento da população são as preocupações dominantes da Junta de Freguesia.


Notícia: «Telejornal» da RTP Açores.
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sexta-feira, 2 de março de 2012

Mudança de opinião sobre FundoPesca

O Governo Regional já admite acionar o fundo destinado a compensar os pescadores pelas intempéries, depois de durante várias semanas ter dito que não havia razão para isso.

Na sequência de um encontro com a Federação das Pescas dos Açores, Carlos César prometeu convocar uma reunião do conselho administrativo do FundoPesca. A Federação de Pescas também era contra o uso do fundo, mas mudou de opinião e foi pedir apoio ao Governo Regional.

Associada às fracas capturas, argumentam os profissionais da pesca, tem estado também a descida do preço de comercialização de grande parte das espécies e a subida dos custos com as embarcações, em particular com os combustíveis.

Os pescadores, e vários partidos políticos, têm exigido a activação do FundoPesca, argumentando que têm pescado pouco e que os seus rendimentos diminuiram.


Notícia: RDP Antena 1 Açores.
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quinta-feira, 1 de março de 2012

Destino de natureza por excelência

Os Açores marcam presença na BTL 2012, feira que começou ontem em Lisboa. “A aposta é dar a conhecer a riqueza e diversidade do arquipélago, que se assume como um destino de natureza por excelência onde não há dias iguais”, informa a Associação Turismo dos Açores (ATA).

A gastronomia também vai ter destaque todos os dias no stand dos Açores, com peixe e marisco fresco, carnes, frutas e doçaria, assim como queijos. Quem visitar o stand dos Açores na BTL 2012 vai também habilitar-se a ganhar prémios.

Ontem foi apresentado o portal yAzores.com, a nova central de reservas de produtos turísticos dos Açores. “No yAzores.com é possível encontrar a maior e mais variada oferta turística do destino Açores ao nível dos serviços de alojamento, aluguer de viaturas e animação turística. O portal permite a reserva com emissão automática dos vouchers, tornando a experiência de compra muito fácil, cómoda e totalmente segura, sendo a alternativa mais completa para o planeamento da viagem aos Açores”, informa a ATA.


Notícia: edição on-line do jornal «PubliTuris».
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