«Preto no Branco» #12
Que sucesso?!
Na edição de 31 de Janeiro último, o jornal «O Monchique» noticia que está na forja a publicação de um livro, de José Arlindo Trigueiro [J.A.T.], sob o título “Fazenda das Flores, um século de sucesso” – que contará com o alto patrocínio da Junta de Freguesia.
É recorrente dizer-se que os povos sem memória redundam em comunidades sem identidade. Parece, assim, benquista esta iniciativa, resultado do aturado trabalho de pesquisa de J.A.T., da colaboração da Paróquia (por intermédio do riquíssimo acervo fotográfico do Reverendo Pe. José Alves Trigueiro) e do oportuno empenho do Executivo da Freguesia. Por certo, terão havido também variadíssimos subsídios individuais, de prestimosos fazendenses, generosamente empenhados em registar 100 anos de feitos, pessoas e êxitos, dignos de relevo e inscrição na História.
Esta publicação, pela sua natureza, está obrigada a uma tremenda responsabilidade editorial, pois a pretensão de retratar o século XX de uma comunidade é tarefa delicadíssima, (ou não fosse a empreitada solidariamente assumida por várias entidades) requerendo o maior do rigor, quanto aos factos, e o mais exímio dos escrúpulos, quanto às pessoas.
Esperamos, assim, que J.A.T., desta vez, consiga, (acreditamos nessa sua boa vontade), colocar-se num papel isento e que consiga polir os seus ímpetos doutrinários mais tendenciosos, “apaixonados” e enjoativamente pródigos nos encómios a si mesmo. Que J.A.T. tenha a humildade de deixar a opinião para quem não escreve História.
Se assim for, cá estaremos para lhe “tirar o chapéu”, num “século de sucesso” do qual J.A.T. também faz parte integrante e por mérito próprio.
Adiante.
Olhando para o título proposto [da referida obra], desde logo, duas notas:
A primeira, de apreço, por se deixar cair um costume sem sentido. A Fazenda é das Flores, enquanto freguesia. Por contraste com a outra Fazenda, a de Santa Cruz, que é um povoado ou lugar integrante da freguesia e vila, sede de concelho.
A segunda, quanto ao complemento – “de sucesso”. Percebe-se a ideia - assinalar os êxitos e uma certa “marca distintiva” que a freguesia terá logrado alcançar. É legítimo. Mas não será demasiado pretensioso, quando comparado com as outras comunidades locais, que ao longo dos últimos 100 anos também tiveram as suas “glórias e heróis”? Não parecerá demasiado soberbo o epíteto, como se o sucesso fosse um “exclusivo fazendense”, por contraposição sugerida diante dos outros, menos bem sucedidos?... Não será acalentar uma nostalgia vã, se nos ativermos na realidade presente?...
Ficam as interrogações, para as quais, provavelmente, não haverá uma só resposta. Por mim, preferiria dizer, com mais parcimónia: “Fazenda das Flores, o século XX”.
O “sucesso”, coisa tão discutível, esse, ficaria à consideração dos que nele se revissem e de todos aqueles que no-lo reconhecessem. Como é timbre do mais autêntico brio fazendense, que não é feito de pregões mas antes de justos merecimentos!
Preto no Branco.
Ricardo Alves Gomes
19 comentários:
zzzzzzzzzzzzzzz até dá sono ler este tipo, então se a Fazenda é de Santa Cruz porque não poderá ser a sua Fazenda das Lajes? O tempo do vosso altruísmo e importância vã já terminou.
A Fazenda é minha.Não é do Trigueiros.Esse foi funcionário da Fazenda.
Como é normal, estás enganado... O Autor do livro pode escrever sobre o que quiser... E acho muito bem que escreva sobre a sua Freguesia (dele e de todos os Fazendenses).
p.s. - Podias tentar escrever “psd, um século de sucesso”*, se bem que deve ser mais fácil encontrar sucessos numa pequena freguesia, como a Fazenda, do que num partido como o teu... Podes sempre contar com o alto patrocínio da Somague.
(* - sim, eu sei que o psd não tem um século de existência)
Eu, um não Fazendense, não escreveria nada melhor do que escreveu o Fazendense Ricardo Gomes
A "nossa santa comba"está com vísiveis problemas de sucessão Dinástica.
A Fazenda foi o ninho de muito mamão que facturou na antiga senhora e que continuou a facturar com a revolução dos cravas e dos amaralistas empedernidos...
a fazenda é das lajes e mai nada deicha-te de bairrismos .
E eu é sou o presidente da junta....
Efectivamente a Fazenda das Flores tem um sério problema dinástico, ou seja, não tem problema porque não tem sucessão dinástica. O que é que a Fazenda produziu? Em termosquantitativos, muito pouco, e que a represente localmente, nada, nadinha de nada....
muito bem dito!
O JAT pensa que a Fazenda está registada no nome dele.Só que não paga o respectivo IMI...
A Fazenda é terra a investir. Ja tinha O lourenço, agora o Braga, e qualquer dia o Boaventura.
E brasileiras,?????
estas tambem investem.
so se na carteira do joao vieira
Para que brazileiras, em santa cruz a muitas divorciadas, há que investir na terra, e é degraça
mas o joão vieira é que trabalha no museu ou é outro joão.
e outro joao vieira(fazenda lajes),mais novo e elegante.lol.
Até parece que a Fazenda parou no tempo,há dois dias que não há investimento,na promisse lande.Ou está tudo no Frágil,a investir claro.
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