Balanço do primeiro ano da Legislatura, pelo deputado António Maria Gonçalves
O único destinatário do trabalho político é o povo, sendo a ele que cabe a sua avaliação. Ao deputado cabe a tarefa de representar aqueles que o elegeram, nas suas preocupações e anseios, como fiel procurador e detentor da confiança que lhe foi conferida pelo voto.
Enquanto deputado regional, tenho procurado ser fiel a essa missão, procurando, dentro dos meios que me são dados, estar presente na defesa dos interesses da ilha das Flores, nas mais diversas circunstâncias, procurando assim, dentro da medida do possível, corresponder a esse meu dever, da melhor forma que sei e posso.
A ilha das Flores continua com problemas sérios por resolver. De entre elas elegi, nesta Legislatura, as Comunicações (em todas as suas vertentes) e a Saúde.
Enquanto deputado pertencente a um Grupo Parlamentar mais alargado – onde todos têm as suas tarefas específicas no trabalho de retaguarda que serve de suporte a toda a acção política do grupo - procuro contribuir acerrimamente para que as ilhas pequenas como a nossa, marquem a agenda política, com os seus constrangimentos e dificuldades, nunca esquecendo que não há desenvolvimento harmónico (bandeira dos princípios da Autonomia) enquanto houver ilhas com motores de desenvolvimento diferenciados e, consequentemente, ilhas de primeira, segunda ou terceira categorias. A desertificação e a debilidade da economia das Flores, a falta de atractividade e as dificuldades com a fixação dos jovens, são uma constante no meu discurso político, sempre que posso e onde tenha oportunidade de o fazer. No Grupo Parlamentar, onde ocupo o cargo de secretário na Comissão de Assuntos Sociais, procuro com a minha presença marcar sempre essa realidade, transpondo para os múltiplos assuntos que aí se analisam a visão de alguém que pode testemunhar os maiores constrangimentos do atraso no progresso, do isolamento, da ultra-insularidade. Nesta Legislatura já participei em mais de uma vintena de reuniões da Comissão a que pertenço e em diversas Jornadas Parlamentares.
Neste último ano, em requerimentos diversos, procurei respostas para problemas concretos das Flores, tais como: certificação da iluminação do aeródromo das Flores; questões relativas à pesca ilegal nas nossas águas costeiras; deficiências nas instalações de Segurança Social; medidas para combate à elevada densidade do coelho bravo nas Flores; entrega, qualidade e formação do “computador Magalhães”; políticas de transportes terrestres; limpeza das ribeiras; escoamento de pescado para exportação; construção da sala de desmancha; má qualidade dos transportes aéreos.
Nos Plenários mensais, realço algumas das minhas intervenções sobre a fraca taxa de execução dos Planos anteriores relativamente às Flores, nos mais diferentes sectores e actividades; nos grandes constrangimentos de certas políticas de saúde na nossa ilha; doutra vez, questionei peremptoriamente o Secretário da tutela sobre aquilo que eu considero um embuste político ao dizer-se que no nosso Centro de Saúde foi criado um Serviço de telemedicina que, na realidade, não existe e que, a meu ver, poderia ser de grande importância numa ilha sempre deficitária na prestação de cuidados de saúde; sobre o combate à elevada densidade da praga dos coelhos bravos; na aspiração apresentada em petição pelos residentes da Ponta da Fajã Grande; e na mais recente petição sobre a contratação do Dr. António Góis.
Assinalando o cinquentenário da criação do ensino oficial nas Flores, com a criação do Externato da Imaculada Conceição, apresentei um Voto de Saudação que mereceu a unanimidade de toda a Assembleia.
Enfim, de forma discreta e sem procurar a “ribalta” para os meus modestos feitos políticos, vou, sem procurar protagonismos, fazendo aquilo que, em consciência, acho ser meu dever para com dignidade desempenhar o cargo que me foi incumbido.
Os jornais e a televisão tem a sua leitura muito própria sobre aquilo que devem ou não publicar e tem os seus métodos próprios que visam, muitas vezes, apenas os resultados do mercado e, outras vezes, as clientelas que preferem. Sim, porque essa coisa de comunicação social isenta é coisa que eu não acredito e essa outra coisa de “serviço público” é também algo que eu não confirmo.
No sítio oficial da Assembleia Legislativa [Regional] na respectiva base de dados, lá vai sendo publicada grande parte da actividade parlamentar. Há, todavia, trabalho de grupo que não é aí especificado e há muita participação esporádica de cariz político que se dilui no dia-a-dia sem ser evidenciado, como sejam as mil pequenas coisas que um deputado é chamado a fazer por conta das suas influências e conhecimentos e que, por vezes, podem ser consideradas muito importantes. Os contactos pessoais, o trabalho de pesquisa e de estudo, são também tarefas necessárias, imprescindíveis, num trabalho que tem de ser fidedigno e responsável.
Avalio este ano, e todos os outros, como um período da minha actividade política em que dei o melhor do meu modesto conhecimento e da minha enorme disponibilidade de bem servir.
António Maria Gonçalves
13 comentários:
o sr. deputado António Gonçalves nem se pode chamar de oportunista politico, pois ele nem sabe distinguir quando deve falar ou deve estar calado. É o tipo de deputado que se vir os outros se atirarem de uma rocha abaixo manda-se atrás...
Gostei do relatório do Sr.Deputado, Dr.António Maria Gonçalves.
Só me admira não ter proposto um cais de cruzeiros para a baía das Lajes.
Os lagenses merecem.
Por outro lado o sr. deputado Herberto Rosa julga-se um ser superior, certamente não fará aqui um balanço do seu actual mandato, pois ele como ser superior que é não deve satisfações ao povo que o elegeu. Aliás como é possivel balancear quando nada se faz em prol da ilha pela qual somos eleitos?
O Dr.Herberto Rosa já ascendeu a um grau superior de representante do Povo: é já um Senador.
Nesta conformidade é o Senador pelo Cantão das Flores.
o senhor antonio não mencionou no seu relatorio umas sonecas na assembleia e tambem não mencionou que era contra a ideia do barco de passageiros chegar ao faial á uma da manhã e por o pessoal para a rua como se descarregava gado antigamente para cima da doca. foi preciso o povo das outras ilhas que visitarão as flores se revoltarem contra esta decisão e foi assim que levaram uma bela imagem das flores.
O Dr.Pardal está se enterrando de uma maneira que qualquer todos sabemos quem é este disfarce.
Aqui vai uma questão deveras importante.
Quem são as pessoas do PS em Santa Cruz que quiseram e ainda querem fazer a folha ao Manuel Herberto?
Tão fácil meus amigos...eu já te apanhei ó Dr.Pardal.
Se tivesses vergonha nem criticas o Manuel.
Não resta dúvidas que o Dr.Manuel Herberto é um senador que está nas nuvens.
O homem nem sequer teve ou tem a humildade de fazer o relatório da sua actividade como parlamentar aqui neste fórum florentino.
Há cada mania...
Desculpem-me a ignorância.
Este senhor já não andou em listas do CDS-PP?
estás a referir ao dro. pardal.
Na política não há memória.....porque se houvesse.....mas quando em Portugal temos Isaltinos, Majores Loureiros, etc., porque não havemos de ter também antónios nas Flores?
A memória era verde mas passou um burro e comeu-a.
E pena ja alguns anos que santa cruz não tem deputados.se olharem bem são todos das lages. em sc gostava de saber pq a camara tem trabalhadores e da as obras ao castalheira. podendo ainda aumentar mais ainda o seu pessoal e envestir na formação
Ò home o isaltino nunca pos fogo ao carro para queimar documentos?
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