Venezuela compra(rá) navio 'Atlântida'
A venda à Venezuela do navio 'Atlântida', rejeitado pelo Governo Regional dos Açores por não cumprir os critérios que levaram à sua encomenda, é uma das poucas novidades dos acordos assinados [ontem] no final da visita-relâmpago de José Sócrates a Caracas.
O navio 'Atlântida', que serviria para o transporte inter-ilhas nos Açores, foi encomendado pelo Governo Regional aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, mas diversos problemas levaram o Executivo [Regional] de Carlos César a anular o negócio em Abril passado. Depois de várias polémicas, o Governo Regional dos Açores alegou que o navio não cumpria a velocidade exigida.
Agora, o navio 'Atlântida' deverá assegurar as ligações entre o porto de La Guaira e a ilha Margarita. A venda, por 35 milhões de euros, ainda não está fechada (o compromisso assinado fala em "possibilidade de aquisição do ferry"), mas Hugo Chávez já elogiou o negócio, referindo, na sua intervenção, "a aquisição de um ferry que nos vai ser de muita utilidade".
Outro dos acordos assinados - e este, de negócio fechado - prevê a construção, também em Viana do Castelo, de dois navios asfalteiros, por 129 milhões de euros.
Notícia: edição online do semanário «Expresso».
Em Agosto do ano passado, o «Açoriano Oriental» noticiava que "[o navio] 'Atlântida' [se encontrava] à venda na internet há 2 meses"; em Fevereiro último, o «Jornal Diário» informava que os "Estaleiros [Navais] de Viana do Castelo estão em negociações com um armador grego [para a venda do navio 'Atlântida']".
Saudações florentinas!!
13 comentários:
Mais um negócio para a rubrica das «cobranças duvidosas».
La Guaira é um dos portos mais movimentados da America do Sul. Isla Maguerita é o principal destino turístico venezuelano e seguramente um dos principais do mar das caraíbas.
Entre a belissima cidade de La Guaira e as paradisiacas praias da ilha Magherita circulam por ano milhões de turistas.
Os venezuelanos, que fizeram contas e compraram o navio, são tolos.
Nós por cá, que rejeitamos o navio na doidura duma campanha eleitoral, somos discretos.
é pena tere-se rejeitado o navio ele era lindo e moderno.
Acho que os venezuelanos são mais discretos do que muitas das «cabeças finas» que nos governam.
Se o barco era bom por que é que o Governo Regional rescindiu o respectivo contracto?
Mistérios....
querem ver que hugo chavez comprou banha da cobra?
Rescindiu para calar uma oposiçao tola, tapada e leviana, que queria somar votos a todo o custo.
A democracia, quando não tem politicos à altura na oposição, tem coisas destas.
A factura, essa chega-nos depois a casa.
Um "NÓ" na consciência do Governo...
O navio que foi rejeitado pelo Governo Regional, porque lhe faltava um NÓ à velocidade contratualizada,pelos vistos isso será de somenos para o governo Venezuelano...
«Nó» (na garganta!) é o que vamos sentir quando os credores começarem a bater à porta...
Muitos anos de forrobodó.
Só com essa história dos barcos alugados, construidos ou para construir já foram torrados uns bons milhões.
Tudo para transportar uns popós no Verão, malta jovem ruidosa e alguns turistas de «pé descalço»...
Mas dizem os especialistas deste tipo de «toirismo» que tudo isto é muito «estruturante» para o nosso desenvolvimento...
Saravá!
Olá .Talvez os venezuelanos irão ganhar qualquer coisa pois é um navio novo e com boas instalaçoes interiores.Parolos somos nós e sobretudo a maioria q nos governa a pagar e muito. por navios fretados , velhos e anti-económicos.Veja-se o banho de poluição, fumarada , que na tarde de domingo ,devido ao forte vento sul e à juventude das suas maquinas o Santorini despejou sobre Ponta Delgada quando partiu para Santa Maria.Dá mais de 17 nós que é a velocidade do Atlantida??As vezes n passa doas 15 milhas!!!!!
estou plenamente de acodo com aquilo que disse o anónimo das 22,11 calar e ainda não se calaram e então se o barco fica com falta de um nós na velocidade também não se calavam.
Ouvi dizer que aquela pequena que estava a fazer de correspondente da RTP-A foi-se embora da ilha. Voltamos a desaparecer do canal?
A oposição tacanha, que levou meses e meses a berrar contra o navio, agora cala-se.
Umas taponas bem dadas, nunca fizeram mal a ninguém.
Adenda informativa, através duma notícia do jornal «Público»: "Venezuela compra [o navio] Atlântida mais barato".
Hugo Chavez [presidente venezuelano] compra por 35 milhões [de euros] o ferry que, devolvido pelo [Governo Regional dos] Açores aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, tinha um preço final de 45,9 milhões de euros.
Os Açores vão receber 36,2 milhões de euros pelo [navio] Atlântida, que os Estaleiros Navais de Viana do Castelo acabam de vender à Venezuela por 35 milhões. [Os Açores] São ressarcidos em 31,7 milhões que já tinham pago antes da rejeição do ferry-boat e 4,6 milhões de multa pelo atraso na entrega do navio com um preço final de 45,9 milhões.
O navio Atlântida, rejeitado pelo Governo [Regional] açoriano por incumprimentos contratuais, poderá partir para a Venezuela antes de a Assembleia [Legislativa] Regional concluir o inquérito ao contrato de adjudicação entre a AtlânticoLine SA e os Estaleiros Navais de Viana do Castelo. Com características de luxo pouco habituais neste tipo de navio, o Atlântida, ainda com o nome Açores pintado no casco, está ancorado há um ano na doca vianense, apesar do interesse de armadores estrangeiros, situação que criava dificuldades financeiras adicionais aos Estaleiros.
Na sequência de dois concursos públicos internacionais para o fornecimento de dois navios lançados pela AtlânticoLine (empresa gestora do transporte marítimo de passageiros nos Açores), os Estaleiros de Viana do Castelo [ENVC] apresentaram uma proposta de 40 milhões para o [navio] Atlântida e de 14,5 para o [navio] Anticiclone, que, após negociação, seriam adjudicados por, respectivamente, 39,95 e 9,95 milhões. Os aditamentos, motivados por pedidos de alteração, resultaram num incremento do preço final do navio Atlântida em cerca de 6,5 milhões (mais 16%) e 4,7 milhões (mais 47%) no navio Anticiclone.
O Tribunal de Contas, numa auditoria concluída em Janeiro deste ano, deu razão ao Governo [Regional] açoriano ao confirmar o incumprimento contratual, por parte dos ENCV. Através de um acordo, os ENCV ficaram com os navios, devendo pagar aos Açores 40 milhões de euros até 2012.
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