sexta-feira, 17 de julho de 2009

Planos de ordenamento para as lagoas

O Governo [Regional] dos Açores mandou proceder à elaboração dos planos de ordenamento das bacias hidrográficas de onze lagoas: sete da ilha das Flores e quatro de São Miguel.

Serão elaborados planos de ordenamento das bacias hidrográficas de onze lagoas açorianas. A decisão consta de duas resoluções do Conselho do Governo [Regional] e abrange as lagoas Branca, Negra, Funda, Comprida, Rasa, da Lomba e dos Patos, na ilha das Flores, e [as lagoas] do Fogo, do Congro, de São Brás e da Serra Devassa, em São Miguel.

Com a elaboração destes instrumentos de gestão territorial de natureza especial o executivo [regional] açoriano visa potenciar “a adopção de um sistema integrado de gestão territorial e de recursos hídricos”. Na opinião do Governo [Regional], esta iniciativa traduz “a consciência da importância do planeamento territorial e do planeamento dos recursos hídricos integrados”.

Notícia: «Jornal Diário», edição on-line do semanário «Expresso», «Diário dos Açores», revista «Visão» e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Já anteriormente havíamos publicado dois artigos sobre esta mesma temática: «Lagoas das Flores [estão] eutrofizadas, resposta do Governo [Regional] remete para 2015» e «Lagoas... já no ano 2000 o Governo Regional socialista andava a tratar de tudo e estávamos no bom caminho...».

Saudações florentinas!!

16 comentários:

farto de mamões... disse...

Há anos e anos que andam a fazer "estudos" para lá e para acolá....

Quando chegarem a alguma conclusão já não vai haver lagoas para acudir!

Também há anos que oiço falar nos problemas da eutrofização das lagoas de S.Miguel, Flores e Pico, e eu que as conheço bem, constato que cada vez estão mais eutrofizadas e degredadas...

Se fôr como a política dos "barcos
encalhados" a próxima geração já não vai poder usufruir da beleza das nossas lagoas.

Não devemos esquecer que todas essas lagoas são um verdadeiro ex-libris dos Açores e um poderoso postal turístico.

Oxalá que eu esteja equivocado...

Anónimo disse...

O fim das nossas lagoas começou com os arroteamentos.
Pastagem e mais pastagem.
Caminhos e mais canadas.
Adubos e mais quimicos.
Os resultados começam a aparecer.
Lembram-se das trutas que se apanhavam na Ribeira Grande?
Lembram-se da Ribeira correr equilibradamente todo o ano, sem levar à frente as suas pontes?
Lembram-se da água cristalina que corria nas nossas nascentes?
Lembram-se da quantidade de água na lagoa Rasa e na Funda?

Equilibrios seculares que se foram, meus amigos.

Lucramos mais por isso?

A situação que temos, e ao que parece se pretende de forma louvavel inverter, não é mais do que a resposta da natureza, ao seu ritmo, à frebre desmandada do "corta matos", do "arranca mofedo" e do "carrega-lhe adubo" de há trinta anos atrás.

Francisco

Anónimo disse...

caro Francisco as trutas na ribeira grande ainda lá continuão

farto de mamões... disse...

Meus amigos, este post fala dum ambicioso plano de ordenamento para as nossas lagoas face à sua crescente deterioração e eutrofização.

Esperamos que esse Plano seja posto o mais rápidamente em execução sob pena de assistirmos à morte lenta e agoniada destas lindas lagoas.

No entanto, não é só nas lagoas que a "eutrofização" está avançando
inexorávelmente.

Na nossa vida pública, social e económica vários fenómenos equiparáveis a "eutrofizações" estão minando a nossa sociedade e o país no seu conjunto.

Ainda hoje foi divulgado um Inquérito do Conselho de Prevenção da Corrupção (organismo que funciona junto do Tribunal de Contas)efectuado junto de cerca de sete centenas de serviços públicos.

Os resultados desse inquérito são aterradores e a percepção que temos é que nunca a corrupção esteve tão vigorosa.

Ainda há meses um ex-ministro, Engº João Cravinho, desabafou na SIC que a «corrupção em Portugal está bem e recomenda-se».

Embora muita gente ache que a «corrupção» é coisa dos "grandes" e da "alta administração", a verdade é que ela acontece em todos os níveis ou patamares da administração.

Conclusão: nestes próximos tempos os cidadãos têm que lutar vigorosamente contra todas as formas de "eutrofização" e que estão atingindo o nosso meio ambiente e em especial a nossa vida pública.

Afinal de contas o pântano e o lodaçal não ameaçam só as nossas queridas e singulares lagoas...

urtiga. disse...

não amigo, ameaçam todos os que encomodam o lodaçal e os parasitas viajantes a custa do governo desgovernado, em viagens para o canadá.eles vão inventando umas leis novas para distrair os mais lerdinhos,em vesperas de eleições aparecem sempre umas novidades.

Anónimo disse...

Ao urtiga

Quantos aviões vieram do Canadá, dos Estados Unidos, do Brasil e da Bermuda carregados de gente para festas patrocinadas à dias por Berta Cabral em Ponta Delgada?
Quanto custou a vinda dessa gente, para animar um cortejo de vaidades e um comicio público à conta do Divino?

Anónimo disse...

Os nossos miolos, com o tempo, eutrofisam também.
Não acreditam?
Certos de FDM, são sintomáticos disso.

Francisco

farto de mamões... disse...

Hoje é o 2º dia da Festa do Emigrante, uma festa que evoca a nossa emigração e congrega neste dia aqueles que tiveram ou têm a oportunidade de regressar à sua terra natal.

Como também já fui emigrante compreendo muito bem a sensação e o sentimento que nos invade quando regressamos à terra que nos viu nascer.

Neste dia, e como pretexto desta quadra festiva dedicada ao Emigrante, deixo-vos aqui um expressivo e pooético videoclip da autoria do Sr.Jorge Moniz e que se destina a todos os nossos emigrantes que estão a passar férias nas Flores ou nas outras ilhas dos Açores e igualmente para todos os leitores deste blogue que estão longe da sua ilha natal:

####Clickar no nick###

Obrigado.

Anónimo disse...

Ao FDM!

Há hoje nos Açores quem apenas por consciência civica, faça serviço público.

Há quem assuma cargos, perdendo dinheiro no fim do mês, sujeitando-se à malidicência pública e à perda de privacidade, só porque se sente na obrigação de dar o seu contributo.
Aqui nos Açores.
Gernte que faz parte deste governo.
Gente que está em Câmaras.
Gente que foi eleita deputada, mas do poder e da oposição.

Se há quem seja corrupto, e há, felizmente também há quem seja sério.

É fácil ver a corrupção no politico ou no chefe e não a ver nas nossas próprias acções.
Quando se mete cunha para empregar um filho ou um amigo, sabendo-se que isso pode preterir outro candidato melhor, está-se a fazer o quê?
Quando se mete cunha para não expropriarem os nossos terrenos, prejudicando o interesse público, está-se a fazer o quê?
Quando meto um atestado médico e inscrevo-me numa excursão e vou viajar estou a ser o quê?
Quando digo que estou desempregado, recebendo compensação por isso, e pela sucapa vou trabalhar, estou a ser o quê?
Quando eu calo, sabendo que o meu colega deixou os alunos sem aulas e pisgou-se, estou a pedir o quê?
Quando recebo apoios sem necessitar, porque minto ou obrigo outros a mentir, estou a ser o quê?

farto de mamões... disse...

O auge desta modesta mas acolhedora «Festa do Emigrante» será amanhã com a celebração das festividades do Divino Esperíto Santo (cortejo, missa solene, sopas e arraial tradicional).

Se há traço de união entre todos os Açorianos (de todas as ilhas, de todos os continentes onde estão emigrados, de todas as gerações ou classes sociais), esse traço inequívoco é o culto ao Divino Espírito Santo.

É a nossa marca e identidade cultural num mundo cada vez mais global e globalizado.

A inclusão da festa ao DES nesta quadra festiva promovida pela CMLF foi muito bem escolhida e tem razão de ser.É a expressão cultural mais autêntica do nosso povo.

Ao longo da minha vida assisti e participei em muitas festividades do culto e louvor ao Divino Espírito Santo, desde as várias ilhas, Califórnia, Fall River, Ontário, Quebec e Brasil.

Todavia, o local que mais me impressionou na celebração das festas - talvez por estar num outro hemisfério e por vir à memória toda a gesta açoriana durante estes séculos - foi no Estado de Santa Catarina, no extremo sul do Atlântico.

Lá tive oportunidade de assistir à genuinidade, relogiosidade e até um certo esplendor nestas festas levadas hà cerca de 290 anos pelos nossos antepassadados que colonizaram aqueles territórios da América do Sul.

Com essa emocionada lembrança e também a pretexto da peculariedade da Festa do Emigrante aqui vos deixo, e com a grata colaboração da administração do blogue, mais um vídeo que retrata essas vistas em Santa Catarina acompanhado da música de Ivan Lins "A Bandeira do Divino" que já constitui um verdadeiro Hino ao DES naquelas paragens longíquas:

####Clickar no Nick####

Nelson Fraga disse...

car@ comentador@ "Farto de Mamões",

presentemente temos na página de entrada do «Fórum ilha das Flores» um "post" específico sobre (o cartaz e o programa d)a Festa do Emigrante 2009.

assim sendo, (e apenas para o futuro) solicitamos que não dispersem temas [no espaço de comentários] em "posts" diversos... parece-me que assim tudo seja mais prático para tod@s.

para quem a está a gozar: boa Festa do Emigrante!!!

farto de mamões... disse...

Corrigenda: "Espírito" em vez de "esperito";"religiosidade" em vez de "relogiosidade"; «...que retrata essas "festas" em Santa Catarina...» em vez de «...que retrata essas "vistas" em Santa Catarina...».

É o que faz escrever depressa e sem rede...

Obrigado pela paciência de Vs.Exª.s.

farto de mamões... disse...

Sr.Nélson Fraga:

Tem toda a razão, eu deveria ter remetido estes comentários específicos para o post relativo à "Festa do Emigrante".

Doravante cingir-me-ei a esta regra bloguística.

Cumprimentos,

farto de mamões... disse...

«Há quem assuma cargos, perdendo dinheiro, sujeitando-se à maledicência pública e à perda da privacidade...»

Infelizmente essa premissa só é verdadeira numa percentagem muito reduzida do universo das pessoas que estão na política, e quanto a "perderem a dinheiro" isto só acontece nos mais elevados cargos da super-estrutura politica.

Quanto aos cargos que todos nós conhecemos basta comparar as tabelas de vencimentos que auferiam com aquelas que agora auferem e não esquecendo de adicionar as despesas de representação e outras mordomias inerentes aos cargos.

Não sou assim tão ingénuo que acredita que essa corrida desesperada aos lugares eleitos sejam para fazer bem à comunidade.

Se tivessem isso presente - e acredito que alguns tenham esse voluntarismo - até não precisavam andar na politica. Há tanto para fazer de bem à sociedade sem que seja preciso ocupar cargos politicos.

A verdade é muita mais prosaica e utilitária: querem ocupar os cargos por que isso lhes convem a si e aos seus, e não devemos ter em conta só o que podem vir a ganhar nesses cargos, monetáriamente falando.

Os grandes proveitos na ocupação dos cargos politicos não estão na remuneração base que auferem mas sim no poder que poderão vir a deter e nas regalias que ainda poderão vir a obter quando sairem desses cargos.

Já um conhecido ministro dizia: o que é bom não é ser ministro, mas ser ex-ministro.

Quanto ao resto é utopia pura e simples...

Tenho dito.

Anónimo disse...

Ao FDM

Não é utopia. É realidade.

Há gente que está na política por falta de emprego. A maioria talvez.

Há felizmente gente que está na política por sentido de dever cívico e de serviço público. Sujeita-se à maldicência, perde privacidade, perde dinheiro e trabalha o dobro.

Caro FDM. Repare bem nos politicos que conhece e vai encontrar de certeza alguns assim.

L:C disse...

Hei home e as lagoas? estes estudo são muito bonitos, nas não vão remediar as lagoas, é necessário intervir, e não é com esses estudos, mas sim a fiscalização do terrenos, que fazem parte da bacia hidrográfica das lagoas, averiguar se os proprietários, que recebem subsídios do governo para não usam adubos.
Porque sei que muitos vão a socapa e espalham o adubo que querem, as vezes que querem, sem que sejam chamados a razão.
As bacias hidrográficas, não são só a tapadas encostadas as lagoa, podem ter ate vários km para o interior da ilha, especialmente numa ilha montanhosa como a nossa.
A pratica agrícola, muitas fezes é muito intensa, arrastando muitos sedimentos e nutrientes, que se vão dissolver na Água, ocorrendo um "boom" no crescimento das alga, que retiram o oxigénio da Água e por ai fora...
Um controlo do crescimentos das algas, seria um ponto por onde poderia fazer qualquer coisinha, em vez de muitas vezes os funcionários dos serviços florestais e pessoal da secretaria do ambiente, estarem a COÇA-LOS...

Haja saúde para as nossas lagoas