domingo, 23 de fevereiro de 2014

Lançado concurso para construção de novos navios de passageiros inter-ilhas

A AtlânticoLine lançou um concurso internacional, com valor-base de 85 milhões de euros, para a construção de dois novos barcos, com capacidade para 650 passageiros, que espera pôr a operar em 2016.

O concurso surge quase cinco anos depois de, em 2009, o Governo Regional ter recusado o navio Atlântida, construído nos Estaleiros de Viana do Castelo, alegando que o barco não cumpria o caderno de encargos.

Os Açores alugam atualmente dois barcos a um armador grego para o transporte de passageiros e viaturas entre todos os grupos de ilhas do arquipélago nos meses da Primavera e do Verão: "Com navios próprios conseguimos fazer a gestão da atividade dos navios, temos completa autonomia de decisão sobre concretizar viagens, alterar horários e conseguir fazer viagens de Verão e de Inverno", afirmou Carlos Reis. O presidente da AtlânticoLine justificou a opção por construir dois navios também com os custos, dizendo que haverá recurso a fundos comunitários, o que "minimiza o investimento necessário", e que "a prazo, vai sair muito mais económico do que a opção de fretamento", já que a vida útil dos barcos é de 20 a 30 anos.

Os dois barcos a serem construídos são iguais, para rentabilizar meios a nível da manutenção e formação das tripulações, por exemplo facilitar aspetos como a permutabilidade e permitir poupar na própria construção. Os barcos terão capacidade para pelo menos 650 passageiros e 150 viaturas (ou 40 carros e 12 autocarros), números semelhantes aos dos barcos actualmente alugados e que dão resposta à procura que a AtlânticoLine estima ter nos próximos anos.

O concurso agora lançado é para a construção de dois barcos de 115 metros e 725 toneladas em aço e que atinjam uma velocidade de 25 nós. Os barcos terão 20 camarotes, pelo menos 100 cadeiras ao ar livre, primeira classe, espaço de bar e refeições, lojas e uma zona de crianças, além de haver exigências a nível do ruído, vibração, conforto para passageiros e tripulação, entre outras. Carlos Reis explicou que o tipo e as características pedidas para os barcos resultam da experiência da empresa com a operação realizada desde 2010.

Os barcos devem ser entregues em 580 dias (o primeiro) e 670 dias (o segundo). A AtlânticoLine espera tê-los disponíveis para a operação de 2016. Ao contrário do que aconteceu com o navio Atlântida, desta vez caberá aos estaleiros que ganharem o concurso a inteira responsabilidade de conceber os navios que respondam aos requisitos pedidos pelo Governo Regional.


Notícia: «Açoriano Oriental», «Diário dos Açores» e «Público».
Saudações florentinas!!

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