quinta-feira, 17 de agosto de 2017

15 alojamentos mais ecológicos do país

Em exclusivo para a revista «Visão Se7e», a associação ambientalista ZERO elaborou um ranking dos hotéis mais sustentáveis do país. Aqui respeita-se a tradição local e a paisagem envolvente, evita-se o desperdício e a produção industrial e, também por isso, se respira mais fundo.

Para desligar em tons de verde, este ranking dos 15 alojamentos mais ecológicos do país inclui o empreendimento florentino Aldeia da Cuada. Abandonada nos anos 1960, a Aldeia da Cuada, na ilha das Flores, foi recuperada sabiamente, mantendo a traça rural das casas de pedra e adaptando-as às atuais necessidades.

Casa do Luís, Casa da Esméria, Palheiro do Fagundes... Cada uma das dezassete habitações da Aldeia da Cuada tem o nome do seu último residente. A atenção para com a memória do local não se fica por aqui. Também se mantém a traça rural das casas de pedra desta aldeia, abandonada nos anos 60, que começou a ser recuperada há 25 anos – ainda o turismo rural não tinha o charme de hoje.

É difícil prestar atenção aos caminhos de pedra que rasgam a aldeia quando tudo à volta exige atenção. De um lado, contempla-se a natureza selvagem da ilha das Flores; do outro, absorve-se o azul do Atlântico. A apenas dois quilómetros da Fajã Grande, a freguesia mais ocidental da Europa, a Aldeia da Cuada proporciona uma estada despida de artifícios e onde o maior luxo é a experiência de autenticidade. A decoração campestre das casas 
(T1 a T6), com pitorescas janelas de guilhotina, transporta os visitantes para um tempo de horas mais lentas, sem distrações televisivas ou eletrónicas além de uma telefonia. A irregularidade do caminho até à sala do pequeno-almoço abre o apetite para a primeira refeição do dia, em que não faltam mel, geleias e compotas caseiras. E, se nas aldeias se vive ao ar livre, há bicicletas à disposição e pátios em cada casa para preguiçar e, claro, para sentir de perto a natureza.

No ranking de hotéis verdes que elaborou para a revista «Visão Se7e», a ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável teve em linha de conta quatro tipos de critérios: a utilização sustentável dos recursos naturais (boas práticas de gestão da água, energia e resíduos; reabilitação de edifícios ou aldeias, assegurando a manutenção da paisagem; utilização de técnicas 
e/ou materiais de construção ancestrais com poupança de recursos e de características locais; produção de alimentos nas instalações), o suporte às comunidades e à economia local (promoção de comércio local com recuperação de atividades em degradação; dinamização de compras de alimentos locais preferencialmente em modo biológico de produção; apoio e intervenção em projetos das comunidades em que se insere), o alojamento possuir certificações ou nomeações e, por fim, a diversidade de tipologias, um conjunto variado em termos de preços e uma ampla distribuição geográfica (áreas urbanas e rurais, diversos locais do País, incluindo as Regiões Autónomas).


Notícia: revista «Visão Se7e» e «TeleJornal» da RTP Açores.
Saudações florentinas!!

10 comentários:

Anónimo disse...

Uma iniciativa de sucesso que premeia uma recuperação inteligente e feita com bom gosto.

Infelizmente a ostentação e o um certo exibicionismo, típicos da mentalidade dos tais "novos ricos" que andam por aí de jeeps e com carros de cilindrada desproporcionada para as estradas que temos, estarraçou muito do nosso património.

Apareceram as cópias toscas das "houses" da Nova Inglaterra, trazidas por emigrantes "bem na vida" e, em simultaneo, verdadeiros abortos da arquitectura fruto de imaginações naif.

Mas ainda há muito que não foi estragado, ironicamente devido à falta de dinheiro. Vamos ter juízo e valorizar o que os nossos antepassados nos deixaram.

Anónimo disse...

O jeep é um veículo muito apropriado para as estradas da ilha e permite fazer caminhos um bocado mais acidentados que outros carros não conseguem. Tomara a mim ter um. Ficava toda contente.
Parabéns mais uma vez à Aldeia da Cuada, mas a história da Aldeia e da emigração dos anos 60 sabemos nós de cor e salteado, de trás para a frente. Não haverá espaço na imprensa e nos meios de comunicação para alguns outros empreendimentos e estabelecimentos dos quais nunca se fala?

Anónimo disse...

Eu já tenho 73 anos e sou um apoiante do modernismo, por isso gostei das muitas alterações que houve para melhor da nossa ilha, para andar atrasados e cheios de fome bastou o tempo em que andei no Salazarismo.

Anónimo disse...

eu adoro o moderno não quero ser diferente das outras ilhas.

Anónimo disse...

Não queres ser diferente?
Vais longe por esse caminho.

Anónimo disse...

claro que não quero ser diferente das outras ilhas temos que ir levando isto para o modernismo.

Anónimo disse...

Na ânsia de mostrarem que tem dinheiro, os patos bravos adoram ostentar, exibir e inchar. Confundem modernismo com mau gosto, construindo autenticas "garagens grandes" com todo o tipo de espampanancias.

Se isto é evolução e "ser igual às outras ilhas", eu vou ali e já venho.

Anónimo disse...

acho bem não voltares, estás muito atrasado nas tuas ideias.

Anónimo disse...

Para desancar em "patos bravos", novos ricos, certas máfias partidárias e subordinados medíocres que exalam ideias curtas, eu volto sempre.

É "uma fé que eu tenho".

Anónimo disse...

Muito bem anónimo das 20.05, já que o politicos das Flores não nos defendem pelo menos vamos denunciando o que está mal.