Crianças açorianas são as que menos (regularmente) lêem no país inteiro
Um milhão de crianças portuguesas lê diariamente motivada pelo Plano Nacional de Leitura (PNL) que já conseguiu colocar a biblioteca à frente do recreio nas escolas do país, sendo que os Açores são a única excepção, revelou a comissária do programa, Isabel Alçada.
Três anos depois da sua criação, o PNL abrange todas as escolas do país, com todos os agrupamentos escolares inscritos no plano. Os Açores são a única excepção, de acordo com Isabel Alçada, que espera "em breve" envolver também o arquipélago.
"Um milhão de crianças estão no sistema, lêem diariamente", revelou a comissária, lembrando que a mensagem do PNL é precisamente que "nenhuma criança escape, que todas tenham a possibilidade de ter contacto com livros". A prova de que os mais novos estão a tomar o gosto pela leitura é o exemplo apontado por Isabel Alçada de "escolas que têm feito questionários junto dos alunos e em muitas delas eles dizem que o sítio que mais gostam é a biblioteca, mais do que o recreio".
Os computadores são meios de leitura e factor de sedução nas bibliotecas escolares que fazem parte da rede de parceiros do PNL, que já conta também com centros de saúde, onde os profissionais aconselham a leitura em família no âmbito do programa "Ler mais dá saúde". Entre os parceiros estão também as autarquias com as quais o PNL tem estabelecido protocolos como os celebrados [no passado dia 28 de Julho] em Bragança com vários municípios.
O distrito de Bragança fica coberto na totalidade, já que os 12 municípios são parceiros do PNL disponibilizando recursos para a promoção de actividades que incentivem o gosto pela leitura. Isabel Alçada acredita que estes protocolos "vão ser um factor de desenvolvimento para o país". O Ministério da Educação, que tutela o programa, tem também contribuído com a disponibilização de livros para as crianças nas escolas. A medida abrangeu, no ano passado, os alunos do primeiro ano e este ano do primeiro ao quinto ano.
Notícia: «Açoriano Oriental».
Note-se ainda que os "Açores [estão] em penúltimo lugar no índice de desenvolvimento regional [que avalia a competitividade, a coesão e a qualidade ambiental]", no entanto o "Governo [Regional] desvalorizou [esse] estudo, considerando que não é um elemento credível de análise".
Saudações florentinas!!
13 comentários:
Eu já tinha reparado que as nossas crianças e a nossa juventude anda muito arredada dos livros, da leitura e da escrita.
Não por culpa deles, mas sim dalguma negligência dos pais, da escola e até doutras instituições com responsabilidades na matéria.
Uma sociedade que não forma os seus jovens - futuros cidadãos - na disciplina e no método do estudo e no incentivo ao trabalho, será certamente, uma sociedade pobre e subdesenvolvida.
Infelizmente, Portugal é ainda o país mais analfabeto de toda a Europa (desde do Norte ao Sul; e do Leste ao Oeste), já para não falar na iliteracia funcional que ambrange ainda uns bons milhões.
E não é por falta de haver condições (instalações, professores, meios pedagógicos, escolaridade obrigatória alargada,etc.).
É simplesmente por falta duma orientação nacional e consistente desde os primeiros graus de ensino até às universidades.
Hoje em dia (e com as habituais e louváveis excepções) "faz-se" um doutor em duas penadas, mesmo que não saiba escrever e falar português correctamente e muito menos fazer uma "regra três simples" ou solucionar uma equação matemática.
Os americanos e os russos foram para o espaço por que sempre incentivaram os seus cidadãos para o estudo e para a investigação e premiaram os mais capazes.
(Ainda o mês passado soube que um aluno no Norte do País passou de ano com 8 negativas....)
(Para quem gosta duma nota de bom humor favor ####Clickar no Nick FDM#### e visualizarão um belo slogan para estampar em t-shirts e entregar a essa juventude que anda frenéticamente a curtir de ilha para a ilha a 1 eurito (menos que uma "fresquinha") a ouvir pimbalhadas e guincharia "musical" e com o alto patrocínio da Direcção ( só se da marcha à ré) da Juventude...).
Cordialmente,
No tempo em que se aprendia e em que os professores sabiam ensinar só iam para a escola 20 % das crianças, porque das outras 80% exigia-se força de trabalho.
No tempo em que se aprendia e em que os professores sabiam ensinar verdascavam-se as crianças e inchavam-se-lhes as mãos à reguada.
No tempo em que se aprendia e em que os professores sabiam ensinar veneravam-se fotografias de ditadores e a verdade era só uma.
No tempo em que se aprendia e em que os professores sabiam ensinar não existiam sindicatos de professores, que ouriçavam quando a corporação era posta no lugar.
No tempo em que se aprendia e em que os professores sabiam ensinar, os professores não ganhavam nas férias, e ao menor desmazelo, eram postos a andar.
No tempo em que se aprendia e em que os professores sabiam ensinar não se justificavam todas as faltas com atestado médico nem existiam professores de substituíção.
No tempo em que se aprendia e em que os professores sabiam ensinar a sala de aula era fria e os páteos terreiros.
É esta a moldura que deve enquadrar o comentário de FDM acima escarrapachado.
Como é que FDM apoia as corporações de professores, contra as mais simples reformas que se esboçem, participando nos tradicionais berreiros com aplausos da oposição?
pois pois o psd nunca deveria ter dado tantas largas á juventude só falava em juventude e os mais velhos estes só existiam era para votar. sou tambem contra esta de irem passear a um euro. no meu tempo quando se tinha estas férias que se chamava férias grandes os passeios era ir trabalhar de saca de capucho e todo o dia acartar cestos de terra sachar milho ganhar algum dinheiro para ajudar os pais a dar dias a tirar rama e acartar milho era assim e não venham com desculpas que as coisas mudaram.
O FDM,seja lá quem for,é um homem culto e bem informado.
Tenho seguido este blog e os seus comentários e o homem "sabe da poda".
A maioria dos professores são uma tristeza,mas a culpa não é deles mas sim dos sindicatos.
Na minha opinião os sindicatos só servem para proteger os incopetentes e os incapazes.
OSs profissionais competentes não precisam de sindicatos para os proteger.A própria estrutura em que estão inseridos protege-os.
O professorsinho que respondeu deve estar a fazer demagigia.
Desde o principio dos anos cinquenta não me lembbro de alguém que não fosse à escola.
Não queriam ser avaliados ??
Eu estou na privada e sou avaliado todos os dias!!! E sou daqueles que descontam para fazer o ordenado de alguns.
Vai mas é trabalhar !!!
há dois comentarios que quero fazer referencia.primeiro no tempo em que os professores ensinavão as escolas eram velhas e não tinham quartos de banho hoje tem e partem tude.segunda eu também sou da privada e todos os dias há avaliações e não há que ter medo desde o momento em que se cumpra o nosso dever.
O maior exemplo de que se lê muito pouco na nossa região, são os comentarios deprimentes e mal escritos que vejo em algumas noticias deste blog.
Como já se disse e muito bem, vão mas é trabalhar...
Quanto aos professores quero aqui lembrar que eles fazem parte do sistema de que foram vitimas, pois grande parte deles foi dar aulas por horror à matemática e falta de alternativa. Mas há deveres e direitos em qualquer profissão e quer-me parecer que estes estão muito atentos aos direitos escamoteando um pouco os deveres.
Os pais tambem têm uma grande dose de responsabilidade, senão a maior, mas mexer nisto implica perder votos.
Concordo que sempre, pelo menos desde o 25 de Abril (antes não me interessa debruçar sobre vergonhoso passado), faltou sempre uma orientação nacional. Mas por responsabilidade de quem? Quem por lá andou? PPD/PSD, cavaco esteve lá 12 anos seguidos e depois o PS. Mas esta notícia não deve ser interpretada ao contrário.
Na antiga união sovietica e países do leste o ensino era bastante apadrinhado quanto aos EUA todos sabemos que se um aluno for bom ateleta tem o respectivo curso ou liceu garantido, para ficar por aqui. Na NASA trabalha uma minoria priveligiada da minoria.
Mas parece que em Outubro vamos ter a hipótese de decidir qual o futuro que queremos para os nossos filhos.
"tentando realizar uma vida que se não totalmente para nós, pelo menos sirva para os mais novos."
Agostinho da Silva
Em conversa com "Manuel" no Faial em 2001, quando eu aínda era PSD e ele era e é do Bloco:
"Eu voto PSD pois quero um futuro imediato, para mim, melhor. (sabe-se lá à custa do quê...)
-Pois eu voto Bloco porque quero um futuro melhor para os meus filhos e netos."
O "Manuel" era um jovem muito activo e altruista que organizou o funeral de um imigrante que morreu num acidente de trabalho electrocutado numa betoneira em 2001, pois não havia mais ninguem.
João Manuel Cordeiro
Quem é sério, responsável e competente no seu trabalho, nao tem medo de avaliações.
A posição dos sindicatos, se reparar-mos bem, esta sempre do lado de quem prevarica, de quem faz trocas e baldrocas para não trabalhar, de quem deixa os nossos filhos na escola a olhar para o tecto, porque o professor não apareceu.
A maior parte dos comentários aqui depositados sobre o tema em epígrafe foram bastante assertivos e elucidativos quando à desgraça há muitos anos instalada no sector da educação (desde o ensino primário até ao ensino superior).
Se há causas bem recentes (toda a politica atroz e inconsequente do actual Ministério da Educação), a maioria delas pertencem a um passado não muito remoto.
Não falo nos anos que se seguiram à Revolução do 25 de Abril, pois a esta distância podemos agora compreender a instabilidade instituicional e a radicalização dos processos.
Falo sim, a partir do momento em que Portugal aderiu às Comunidades Europeias, e a partir daí começou a saborear os benefícios da "estabilidade politica".
Ora, muitas das reformas profundas que deveriam ter sido feitas no início da década de 90, não foram feitas, ou quando foram, foram sendo sucessivamente alterados pelos diversos(as) titulares.
Não esquecer que uma das titulares da Educação foi a Drª Manuela Ferreira Leite, talvez a pior ministra da Educação de todo o regime constituicional.
Foi durante os consulados de Cavaco que o "monstro" começou a engordar e durante os governos do bonzinho Guterres foi o momento de "alisar o pelo ao monstro".
Nestas circunstâncias, surgiram desde essa altura e com todo o fulgor as corporações que sempre viveram à custa do Estado (isto é, à custa dos contribuintes) e os sindicatos da função pública (autênticos exploradores dos contribuintes).
Entre estes, os diversos sindicatos dos professores, foram aqueles que mais dividendos politicos e laborais extrairam dos periclitantes e incompetentes governos.
Hoje olha-se para o panorama de educação e para os respectivos resultados e a apreciação não podia ser pior.
Antes, não havia meios e condições, mas havia resultados.
Hoje, há meios financeiros,humanos, técnicos e pedagógicos com bastante abundância, e os resultados são desastrosos ou ficam muito aquém do que era expectável.
Em termos de custo/benefício o sector da Educação tem sido um sorvedouro dos dinheiros públicos, e diáriamente assistimos ao desrespeito dos responsáveis pela educação, à socialização da mediocridade, à anarquia e indisciplina em vários estabelecimentos de ensino, à maquilhagem do sistema para efeitos de estatística,etc.
Óbviamente que nesta situação os professores são também grandes responsáveis - a par do Estado e das famílias - pelo fraco desempenho dos nossos alunos e em comparação com o ensino doutros países da OCDE.
Não concordo com FDM quando diz que "antes, não havia meios e condições, mas havia resultados".
Havia resultados porque só as "elites" intelectuais é que iam para a escola, porque os outros, ao contrário do que acontece hoje, iam trabalhar.
Relativizando, os resultados de antigamente hoje até são melhores, porque as tais "elites" dilataram em virtude do aumento da classe média.
Licenciam-se neste pais num ano 10 vezes mais pessoas do que há 30 anos.
Concluem hoje o secundário 20 vezes mais pessoas do que há 30 anos.
Os problemas que FDM refere, deve-se, na minha modesta opinião, a duas razões:
- à entrada no sistema de quem antes não entrava, e à completa impreparação dos docentes para lidarem com isso;
- à fortissima força sindical dos professores, que, aliada à irresponsabilidade das oposições, impede qualquer reforma séria no sistema.
Alguém ainda se lembra, na questão da avaliação dos professores, qual a posição da oposição?
Há alguém nos dias que correm, que não deva ser avaliado no seu serviço?
Justifica-se que, como aconteceu aqui nas Flores, logo no inicio do ano lectivo se marcasse viagem de volta das férias de Natal lá para meados de Janeiro porque "se ia meter atestado"?
Lembram-se da posição dos Srs. Deputados do PPD sobre as faltas dos docentes e avaliação? Defenderam porta aberta, para que o que acima está descrito se repita.
Relativamente às faltas dos professores ou de qualquer outro funcionário publico, os maiores culpados são os médicos que passam os atestados todos e com os dias que o utente deseja. Basta chegar lá e pedir um atestado com os dias necessários que os médicos estão sempre prontos para o fazer. E ainda há os médicos que têm os seus amigos, então a estes nem têm que ir ao Centro de Saúde, podem até estar fora da ilha! Penso que chegou à hora de acabar com esta situação!!!
eu esta semana estive a ver a planta da marina que nunca tinha visto. se tude o que lá aparece for feito vai ficar bom fica com mais um cais para encostar iates daqueles de tres mastros .
o home não vez que esta marina fica pequena precisava maior mas enquanto andar a politica para não prejudicar o faial nunca se faz nada de jeito nas flores.
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