Programa 'Saudades dos Açores' teve pouca adesão dos nossos emigrantes
Os emigrantes açorianos radicados nos Estados Unidos da América não mostraram grande interesse num programa do Governo Regional que lhes permitiria deslocarem-se aos Açores com tudo pago, desde que tenham mais de 60 anos e não viessem ao arquipélago há 20 anos.
O programa ‘Saudades dos Açores’ registou apenas três inscrições entre a comunidade açoriana radicada nos Estados Unidos da América (E.U.A.), preenchendo menos de metade dos lugares disponíveis.
“É uma pena que não tenham aproveitado melhor este programa, estávamos à espera de mais inscrições”, afirmou Rosa Caciano, da Direcção Regional das Comunidades, em declarações à Agência Lusa. Esta responsável admitiu que o número de inscritos nos E.U.A. “ficou aquém das expectativas”, considerando que o problema pode estar relacionado com a “falta de empenhamento” das organizações de emigrantes na divulgação desta iniciativa [do Governo Regional].
O programa ‘Saudades dos Açores’, que tem este ano a sétima edição, visa permitir que os emigrantes açorianos com mais dificuldades financeiras possam visitar a sua terra natal. Nesse sentido são disponibilizadas 24 passagens aéreas de ida e volta, com origem nos Estados Unidos da América (8), Canadá (8) e Bermudas (8), sendo ainda asseguradas as despesas com alojamento e refeições durante uma semana nos Açores. Podem inscrever-se neste programa todos os cidadãos nascidos nos Açores, que residam nos E.U.A., Canadá ou Bermudas, desde que tenham mais de 60 anos e, por dificuldades económicas, não visitem o arquipélago há mais de duas décadas.
Os emigrantes açorianos no Canadá preencheram as oito reservas disponíveis, mas os que estão radicados nos E.U.A. apenas usaram três, não sendo ainda conhecida a adesão registada nas Bermudas. Os que se inscreveram para o programa ‘Saudades dos Açores’ vão chegar ao arquipélago a 7 de Novembro e regressam a casa a 14 de Novembro.
Notícia: «Açoriano Oriental», «Diário de Notícias» e «Jornal Diário».
Saudações florentinas!!
7 comentários:
Conforme já vos tinha anunciado, o FDM informa o ilustre auditório que está de regresso a Boston (Estado de Massachusetts, USA) para mais uma temporada.
Vou fazer a viagem da saudade ao contrário.
Talvez dentro dois ou três meses estarei cá novamente.
À Exma Administração os meus agradecimentos pela colaboração e paciência.
Até sempre!
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Regards,
FDM
Hardlink,
Estando aqui quinhentas milhas ao Norte de Boston, compartilho com o FDM
Olhe colega FDM; divirta-se e inspire-se em tudo o que gosta de fazer.
Poucas vezes visitei Boston. Além de ser uma cidade muito antiga, gosto de ver antiguidade.
Há muito que ver nos seus Museus.
Já lá vai o tempo quando vivi em Fall River, Massachusetts e West Warwick Rhode Island.
Causa admiração como a vida é comprida para quem sofre, e curta para quem goza. Amazing!..
Referente ao tempo, tenho uma redondilha que diz assim:
Dizem que o tempo e a vida
No terminar são iguais;
Qualquer um que dá partida,
Vai-se e não volta mais.
DCA
Hardlink
Comenta:
Por andar por estas terras nortenhas, Canadá, há 44 anos, e ainda um ano nos EUA, trabalhei em differentes qualidedes de trabalhos que me deu para conhecer e falar com muita gente.
Caros leitores; Nem todos os imigrantes que se encontram por estas terras, tiveram vida folgosa ou próspera, financeira, capaz de andar viajando de terra p'ra terra, ou até mesmo, uma viagem para os Açores de ida e volta, hotel e outras despezas.
A maioria desses honrados imigrantes que não conseguiram ser felizes na parte financeira, têm pudor de factores que lhes possam ferir a sua sensibilidade.
Explico-me: eles são humildes, probres e envergonhados.
Os que vivem com dificuldades, isto é: sem dinheiro suficiente quiçá para gastar a crescer sem se
endividar, coitados; não se mexem e ficam em silêncio. Sendo assim, eles não se lastimam publicamente.
Eles, da forma que penso, já se sentem humilhados de estarem no Canadá há muitos anos sem a vida lhes ter corrido bem.
Mesmo com a grande saudade de ver a terra onde nasceram, receiam de serem expostos, porque afinal, esse programa beneficiente do Governo Regional, tanto os beneficia como os humilha.
Esses burocratas e mandistas, quando fazem uma oferta a um pobre, querem que toda a gente veja. Mas esses necessitados perferem ocultar-se com as suas necessidades do que serem expostos para exaltação dos que lhes estendem a mão.
Chama-se a isso pobreza envegonhada.
O Governo Regional, se quisesse, tinha outra maneira de o fazer individualmente, sem humilhar esses que necessitam de matar saudades, sem terem que ser à vista de todo o mundo.
A benevolência do Governo Regional
está a ser publicada. Dizem que:(cavalo dado não se olha o dente) mas esses que precizam do (cavalo) preferem ficar atrás do que fazer publicidade de sua pobreza e irem como um rebanho de ovelhas no mesmo curral com a orelha marcada.
Denis Correia Almeida
Hamilton, Ont. Canadá
Hardkink@AOL.com
Se se dá, ofende-se a pobreza envergonhada, se não se dá, é porque se despreza.
Espero que o Sr. Denis Correia Almeida perceba que estas "dádivas" vem dos impostos que todos pagamos aqui, em Portugal.
E aqui como aí, os impostos custam a pagar.
Não se esqueça o senhor que muitos dos que pagam os seus impostos, e portanto também contribuiram para o programa, nunca saíram dos Açores.
A oferta, que muitos não aceitaram, tem a sua quota parte de humildade e envolveu, dos açorianos que aqui vivem, sacrificios.
Muito bem dito, anonimo das 13h36 de 4/11!
É preciso não ter noção das realidades ... sinceramente quem é que aos 60 anos não tem dinheiro para ir aos Açores .. depois de uma vida de trabalho mau era nem para isso terem ... enfim e a data tambem e exagerada .. 20 anos???? por amor de Deus ... reconsidrem lá isso para a próxima e verão que as tais 24 vagas ficam preenchidas!! Bem haja.
Será o xenofobismo mais uma das "qualidades/virtudes" florentinas?
Que tendes vós contra os emigrantes?
E porque alguns senhores falam no dinheiro dos contribuintes, como se falassem em nome de todos?
Que eu saiba, já foi eleito para isso alguem?
A generalizações(como as que são feitas aos emigrantes, e vice-versa) são perigosas, por que não deixam espaço para o que é único, singular, para alêm de serem obviamente redutoras da realidade!
No fundo, nada é a preto e branco!
Enquanto o emigrante, arranjando a coragem e o dinheiro necessário. abalou em busca de uma melhor vida (seja lá o que isso signifique), o irmão, ou o pai, ou seja quem for, ficou, por mil e um motivos, ficou.
E pode-se apontar o dedo a algum deles?
Se o fizerem, sejam, pelo menos, fiéis a vós próprios, e façam a seguinte pergunta?
"porque aponto o dedo, se há sacanas em todo o lado, tanto na America como em Portugal, tanto emigrantes como florentinos?"
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