sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Alunos vendem 'Magalhães' por 5 €uro$

Crianças açorianas estão a vender computadores 'Magalhães' por cinco euros ou em troca de brinquedos. Segundo a [rádio] Antena 1 [Açores], crianças da ilha de São Miguel - muitas delas oriundas de bairros carenciados e que receberam o [computador] portátil nas suas escolas - fazem negócio trocando o computador ['Magalhães'] por dinheiro ou por brinquedos. Algumas delas declararam mesmo que a troca pode ser efectuada por uma bicicleta ou por um carro de esferas. Outras [crianças] pedem entre os 5 e os 30 euros "para a mãe fazer a sua vida, para comer ou só mesmo para brincar". Questionada sobre a questão, a secretária regional da Educação, Maria Lina Mendes, disse à [rádio] Antena 1/Açores que "a partir do momento em que os pais pagam o computador ['Magalhães'], essa responsabilidade passa a ser deles e não da tutela". O Governo [Regional] pagou cerca de 200 euros por cada [computador] 'Magalhães'.

Notícia: «Diário de Notícias».
De lembrar ainda que o concurso para o sucessor do [computador] 'Magalhães' alegadamente exclui os alunos do ensino básico dos Açores e da Madeira, o que motivou um pedido de reunião da secretária regional Lina Mendes com responsáveis do Ministério da Educação.

Saudações florentinas!!

3 comentários:

MILHAFRE disse...

Eu aqui já tinha alertado para essa pouca vergonha do «magalhães».

Um grande embuste onde já se queimaram milhões e milhões.

É o que faz terem optado por uma «educação recreativa» em vez duma educação sólida e consistente, baseada na procura do conhecimento e no trabalho.

Não é por acaso que estamos nesta vil e apagada tristeza...

Anónimo disse...

Há tempos atrás,fiz aqui um pequeno comentário àcerca deste mesmo assunto,onde defendia que o magalhães não é uma prioridade para o sucesso do nosso ensino,embora a sua utilidade não seja de descurur.
Esta notícia, prova-o, de certo modo. Ou seja,o magalhães não é indispensável nas aulas,porque os professores não o exigem,se o exigissem ninguém se podia desfazer dele,porque teria falta de material.
Mesmo assim e como antes defendi,é útil e como tal devia ser reconhecido pelo alunos e suas faílias. Para não o ser, como parece, de duas uma;ou nessas famílias existem necessidades primárias que obrigam a deixar para segundo plano o sucesso escolar,o que é muito grave no séculi XXI,em que alguns têm mais do que necessitam, ou então não existe a consciência de quão importante é o ensino,para o futuro dos nossos filhos,o que é igualmente grave.
Mas mais grave do que isso tudo,é o sentimento que parece estar subjacente à justificação da senhora Srecretária da Educação.
É que situações dessas, a generalizem-se, (e nunca saberemos quantas há),põe em causa o objecivo que está na base de uma madida de grande alcance, nas palavras do senhor Primeiro Ministro.
Afinal, parece estar muita coisa em causa ... em ano de tantas eleições!

Anónimo disse...

Hardlink a ver isto de longe:

A volta dos computadores Magalhães
serem vendidos ou trocados por outros objectos dá vontade de rir.

Penso que houve em tudo isso falta de responsabilidade. Talvez a começar pela entrega, aquando estes foram distribuídos.

No mesmo, penso que,a distribuição desses computadores, donde vieram, decerto foi através do Ministério da Educação ou coisa no género.
Claro que, se foi como um presente)ao aluno, cada um faz do seu presente aquilo que quer.

O que teria feito mais conceito, era --um empréstimo-- com restrições; semelhante aos livros das livrarias que são emprestados, para serem devolvidos.

Em inglês diz-se:[the writing is on the wall]
Está visto que, a culpa foi do doador e não do recipiente.
Se fosse para ser devolvido, cada qual deveria ter sido responsável, e não como: "toma lá,isto é teu" sem tomar responsabilidade.
Agora; está morto!..
Reza-lhe por alma!..
DCA
hardlink@aol.com