sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

PCP/Flores denuncia a "grave crise" que afecta os agricultores florentinos

A Comissão Política do PCP da ilha das Flores denunciou esta quinta-feira [ontem] a “grave crise” que afecta os agricultores desta ilha dos Açores, exigindo que o Governo Regional “cumpra o que assumiu” para ajudar o sector [agrícola florentino] a ultrapassar esta situação.

“Muitos dos apoios do Governo [Regional] aos agricultores [florentinos] relativos a 2009 ainda estão em atraso e desconhece-se a data em que serão pagos”, afirmou João Paulo Corvelo, do PCP/Flores. Segundo este dirigente comunista, a situação atingiu uma gravidade [tal] que “já se fala no abandono da actividade agrícola”. “Com o Inverno rigoroso que se tem feito sentir e a falta de alimento para os animais, os agricultores estão sem meios para adquirir as forragens”, frisou.

João Paulo Corvelo salientou ainda a situação no sector leiteiro da ilha das Flores, revelando que “o leite produzido em Setembro ainda não foi pago aos produtores”. “É a maior crise de sempre no sector. Exigimos que o Governo Regional cumpra o que assumiu com os agricultores das Flores”.


Notícia: «Açoriano Oriental».
Relativamente à problemática [do eventual fim] das quotas leiteiras, o Governo Regional reafirmou a defesa [da manutenção do regime] das quotas leiteiras em toda a União Europeia.

Saudações florentinas!!

17 comentários:

Anónimo disse...

é pessoal mandem umas fotografias das obras da marina das lajes.

MILHAFRE disse...

Num post lá muito mais para trás afirmei que a lavoura da Ilha das Flores é já uma pálida ideia do que já foi.

Os lavradores e agricultores estão cada vez mais dependentes dos «apoios governamentais», muitas vezes concedidos a esmo ou segundo os providenciais calendários eleitorais.

As cooperativas e a respectiva organização de produtores funcionam como «extenções» do serviço de Desenvolvimento Agrário, e politicamente dependentes da «tutela».

Não resta dúvidas que hoje em dia os lavradores - mais do que produtores e que deviam obter rendimentos compatíveis com os custos incorporados nas suas actividades e com o nível vida médio da Região - já não passam duns meros cuidadores ou jardineiros da paisagem.

É para isso que a UE lhes paga a pretexto das «ajudas agro-ambientais».

Só há um problema: quando houver uma grande reviravolta qualquer dia esta ilha no meio do Atlântico não vai ter nem inhames, nem carne, nem leite, nem, batatas, nem milho, nem um pé de couve, nem nada.

Em compensação vai haver queiró, incenso, bracel e cana-roca com fartura...

Fórum ilha das Flores disse...

Adenda informativa, em dose dupla.

Na passada sexta-feira (dia 22), também o PSD/Açores pediu explicações [ao Governo Regional] sobre o “atraso” no pagamento de apoios comunitários aos agricultores da ilha das Flores, dado que os lavradores florentinos ainda “não têm informação” sobre as datas dos pagamentos.

Em notícia do «Açoriano Oriental» de ontem [sábado, dia 23], soube-se que o Governo Regional vai comparticipar a aquisição de forragens para a alimentação do efectivo pecuário, até um máximo de 11 mil toneladas para cobrir as quebras anormais registadas na produção forrageira devido ao mau tempo.
Este apoio extraordinário vai concretizar-se através de uma ajuda de cinco cêntimos por cada quilograma de alimento importado em São Miguel e na Terceira e [uma ajuda] de sete cêntimos [por cada quilograma de alimento importado] nas restantes sete ilhas do arquipélago.
As 11 mil toneladas de forragem que serão comparticipadas, foram distribuídas pelas ilhas açorianas, cabendo 5.650 toneladas a São Miguel, 2.445 à Terceira, 785 ao Pico e 740 a São Jorge. A restante quantidade foi distribuída pelas ilhas do Faial (595 toneladas), Graciosa (280), Flores (275), Santa Maria (185) e Corvo (45).

Anónimo disse...

O PCP sempre em defesa dos seus cidadãos, tenho orgulho em ser PCP! Além disso não temos ninguém eleito pela ilha mas sempre defendemos os nossos agricultores!
Fizemos um bom trabalho na Junta dos Cedros, quem não sabe ler nem escrever não pode ser presidente de junta, para "fantoche" nas mãos do pereira bastou a Maria João, foi uma vergonha! Além disso o pereira tinha outra reserva para o cargo, o analfabeto de rabo de peixes! Ele quer é burros e analfabetos à sua volta para poder manipular e utilizar à sua maneira!Força PCP, unidos jamais seremos vencidos! Tou triste é que a nossa camarada... vendeu a cabeça ao diábo! :(

Anónimo disse...

PCP para a Junta para continuar o trabalho de dar cabo da freguesia. Mais quatro anos e até a casa da sede vai desaparecer como desapareseram a maquina de fotocopias os livros não á documentos do tempo do João.A pj sem papeis pode fazer alguma coisa?Talvez aparecao umas vacas mortas nas ribeiras. A camarada traidora fez muito pos cedros, a tração já vem no sangue

Anónimo disse...

http://www.tcontas.pt/pt/actos/rel_vic/2009/vic-sratc-rel007-2009-fs.pdf



Para calar a boca a certas más linguas desta terra!

Fórum ilha das Flores disse...

Adenda informativa, com uma [extensa] notícia do «Diário dos Açores», edição da passada sexta-feira (dia 22)...
[iremos publicar alguns extractos em comentários, seguidamente]

COOPERATIVA OCIDENTAL PROCURA SOLUÇÕES PARA A CRISE

O leite produzido pelos agricultores da ilha das Flores em Setembro, ainda não foi pago pela Cooperativa Ocidental. Aliado ao facto deste Inverno estar a ser muito rigoroso, leva os responsáveis pela “lavoura” florentina a afirmar que nas Flores a agricultura passa por uma das maiores crises já vividas neste sector.

João Paulo Corvelo, do PCP/Flores, afirmou [na passada quinta-feira, dia 21], (depois de reunião da Comissão de ilha do PCP/Flores), “o leite produzido pelos agricultores em Setembro ainda não foi pago, o que faz com que os agricultores tenham a sua produção desde à 5 meses na Fábrica de Lacticínios das Flores, sem vencimento”. O dirigente do PCP salientou ainda que “o Governo Regional, hoje apoia a Cooperativa de Lacticínios com o mesmo montante [com] que apoiava quando a produção [de leite] era um terço da que se verifica actualmente. Tal situação põe em risco os produtores de leite da ilha das Flores”, disse.
[...]
O director da Fábrica de Lacticínios, Vitorino Azevedo, refere que o que está em causa “é um mês de atraso, Setembro, e que vai ser restabelecido na próxima semana [a presente semana]”, depois de já ter sido garantido um empréstimo bancário. O dirigente lamenta ainda que esta situação esteja a ser difundida por alguns meios de comunicação social, reforçando o facto de que “desde sempre os agricultores entregam o leite na Cooperativa e três meses depois recebem todos os meses. Pagamos todos os meses, relativamente ao atraso de três meses. No final da semana que vem, [presente semana] todos os agricultores vão receber”, reforça o director da Cooperativa. “Os agricultores das Flores sabem que no mínimo o produto é comercializado 90 dias depois, mais 30 dias de factura e só quatro meses depois é que têm o valor do leite que entregaram, recebendo nessa altura”, afirma, acrescentando que esta [Cooperativa Ocidental] “é uma empresa de agricultores e não [uma empresa] privada”.

Vitorino Azevedo justifica este [problema] sucedido pelo facto da Cooperativa Ocidental ter em 2008 uma produção de 800 mil litros [de leite] e desde 2009 até este momento ter aumentado uma produção para quase 2 milhões de litros. “Se a verba que é disponibilizada pela Região é a mesma que era para os 800 mil litros, há um défice de reserva”, salienta Vitorino Azevedo. “A previsão [para produção] de Março de 2009 a Março 2010 é de 2 milhões e 100 mil litros de leite.
O comércio do queijo complicou-se, principalmente na linha do “queijo de ilha” porque não conseguimos vender como antes. Os motivos são o facto de termos mais quantidade e porque os mercados do Continente não conseguem dissolver a quantidade que temos para fornecer. Nós temos 5 meses de stock em armazém. Tudo isto conjugado dá aqui um défice de tesouraria que não é aquele que nós queríamos”, justifica o director da Cooperativa Ocidental.

Fórum ilha das Flores disse...

José António Azevedo, presidente da Associação Agrícola da ilha das Flores, confirma que a “crise é real e palpável, principalmente por dois motivos: prolongamento da chuva, Outubro, Dezembro e Janeiro de chuva contínua e consequente produção de pastagem praticamente nula, e os lavradores foram apanhados com pouco stock, poucas selagens, havendo uma corrida às fibras”, motivo que inflaciona as despesas dos agricultores e produtores. (...) Na ilha das Flores a falta de selagem e de pastagens e a respectiva corrida às rações levou à ruptura do stock da Associação Agrícola. Tal facto levou a que a Associação Agrícola mais que triplicasse [a importação d]os contentores com rações para gado, aumentado dos habituais dois [contentores] nos meses de Outubro para os 10 [contentores] que chegarão brevemente às Flores”.

O secretário regional da Agricultura, Noé Rodrigues, desdramatiza as declarações do responsável da Cooperativa Ocidental e lamenta o facto dos pagamentos estarem atrasados e dos subsídios além de estarem atrasados serem os mesmos, mas refere que está tudo calendarizado. Noé Rodrigues referiu ainda na tarde de ontem que esta posição tomada pelos dirigentes florentinos “é manifestamente injusta para [com] o Governo [Regional] e reflecte ignorância sobre o que se passa. Os apoios que dizem respeito à nossa política agrícola dizem que temos um período para pagar os prémios até Julho de 2010”, referiu em declarações à [rádio Açores] TSF, Noé Rodrigues.

SOLUÇÕES

Vitorino Azevedo referiu que “nós fizemos um fundo de tesouraria, com apoio da Secretaria [Regional] da Economia e vamos fazer agora um apoio através de uma portaria que saiu recentemente para pagamentos aos produtores para liquidez da quota leiteira”, disse o director da Cooperativa de Lacticínios da ilha das Flores.

“Nós temos que procurar novos mercados e colocar o nosso produto atempadamente, recebendo também atempadamente. Nós queremos aumentar mais ainda [a nossa produção] e o objectivo da Cooperativa é tornar a Fábrica viável. Estamos perto de tornar a fábrica viável e de deixar de depender de subsídios públicos. Para fazermos isso, fizemos um investimento muito grande o ano passado na aquisição de novilhas aos agricultores que estiveram interessados. Para o ano que vem, estimamos que o crescimento da produção de leite aumente mais 300 a 400 mil litros pelo que 2,3 milhões litros de leite são um número a ter em conta”, explicou Vitorino Azevedo.

Procurar oportunidades novas no mercado continental, pois estávamos dependentes de um só parceiro no Continente e teremos que arranjar agora outro que nos ajude a comercializar os nossos produtos”, [esta] é outra das medidas que serão implementadas nesta Cooperativa. “Não é, também, segredo para ninguém que os produtos lácteos dos Açores estão com muita dificuldade em ser comercializados no Continente e [vendidos] a preços muito baixos, outro problema. Nós aqui vamos conseguir dar a volta na perspectiva de que somos pequenos e que podemos conquistar mercados de valor acrescentado porque o nosso produto tem qualidade. Vamos, ainda em 2010, explorar algumas áreas que não são exploradas no momento, isto se não houver percalços pelo caminho”, sublinhou o director da Cooperativa Ocidental esperançado em dar a volta a esta situação.

Anónimo disse...

No proximo domingo vai haver eleições para a Junta dos Cedros, João Pualo vai ser candidato!

Anónimo disse...

Á quanto tempo está o sr Vitorino a tomar conta da fábrica? Parece que á pouco tempo, pois que vai procurar outros compradores, fazer isto e aquilo...Porque é que nada fez até agora. Azevedo para o seu lugar.As Flores não precisa de dois a ganhar 6 mil euros á custa dos agricultores, um dá bastante e o sr azevedo é um bom mandão

Anónimo disse...

Hardlink diz:

Fora do tópico dos comentadores, além de não ser necessário comentar na fotografia acima, por sabermos que uma pintura ou foto fala por si próprio, não deixo de dizer que, o fotógrafo que escolheu esta paisagem onde existe o contraste de cores, teve bom gosto.
-O azul do mar ao fundo, contra o verde claro e escuro do declive, moldado pela Mãe Natureza, sem ser alterado pela mão do homem e, ainda para maior contraste que nos enche os olhos, lá está para remate da mesma, o bovino de cores matizadas no seu repouso, dando o realce à foto. Tudo isto, empresta-nos aos nossos olhos uma compleição física e natural.
É mesmo lindo!

Para mim, isto é mais do que uma fotografia de qualquer obra artificial produzida pelo homem., Mas sim, um quadro de paz e natureza viva.

Denis Correia Almeida
Hamilton, Ont. Canadá
hardlink@aol.com

Fórum ilha das Flores disse...

Adenda informativa.

Açores irão receber 20 milhões de euros [de apoios comunitários] para reestruturar o sector do leite, sendo que entretanto o Governo Regional recebeu 285 candidaturas de produtores de leite que pretendem abandonar o sector.

Anónimo disse...

nosso produto vai para mercado do continente com a marca de outra companhia e nao com nossa marca.esta direcao tomou posse sem os votes das produtores de leite das flores parece uma ditadura agora andamos a pagar factura destes mamoes

Anónimo disse...

quando vao pagar leite aos produtores

Anónimo disse...

O mossos o presidente da fabrica tãobem não recebe o seu ordenada á mais de meio ano ah ah ah ah ah. Vamos fazer uma reuniao de lavradores e passar a fabrica para a nossa associação

Anónimo disse...

alguns produtores tem que pagar dividas de outros e que esta acontecer.direcao esta se governar bem no meio disto tudo.onde andas noe

Anónimo disse...

Alguns lavradores pagam as dividas dos outros.
O leite nãoé pago a vários meses
A direcção está a governar bem
o que é governar mal
Jose antoinio para dentro