sábado, 5 de julho de 2008

«Preto no Branco» #16

Meia dúzia de rabiscos que até rimam (1/3)

Rabisquei isto, faz agora um ano.
Estou cônscio que num blogue de florentinos (que também o somos, no sentido dos de Florença, e se somos!) partilhar uns rabiscos engavetados é coisa arriscada e, no mínimo, a chacota resultará um fartote de “escárnio e maldizer”. Ainda assim embalo, na vã esperança de haver alguma(s) mente mais clemente que aprecie(m) escalpelizar (in)certos estados de alma pois, afinal, sem alguma “febre” a vida seria demasiado sensaborona.
Deste modo, para variar, desta vez ponho de lado a crítica a isto ou aquilo e sujeito-me a ela. Ou será o contrário?
Aqui fica e seja o que for, Preto no Branco:

I - BRADO

Não tenho categoria para escrever poesia.
Pois, não devia.
Também não é novidade,
Esta Liberdade é apenas vontade.
Ao menos metade da minha alma troveja na cidade!
Será que um rebuçado vale mais que um brado?
Desgraçado é achar que descascar vem antes de pensar
Ou, sequer, expressar uma ideia qualquer.
Venha quem vier, diga o que disser,
Vou continuar a apregoar e a conjugar.
O verbo,
É acreditar.


II – SABER

Era açoriano. Não sabia ler nem escrever,
Ia a Paris, queria ver.
O iletrado foi logo avisado,
“Cuidado! Lá é fácil de um homem se perder”.
Quando alcançou seu destino logo perguntaram com apreço,
“Como deste com o endereço?”
Disse-lhes “que passara toda a vida a navegar,
Se nunca se havia perdido no mar, como poderia perder-se em Paris?”

E com tanta gente feliz, para o ajudar?


Ricardo Alves Gomes
Lisboa, Julho de 2007

5 comentários:

Anónimo disse...

O quê é isso?O Srº te perdoe!

Anónimo disse...

Não vejo ponta por onde se pegue parece no meu tempo de criança que se brincava a os bilhetes de namorados.

Anónimo disse...

Para falar mal não falta gente. Mentes curtas. Deixai escrever, que até tem coragem, o que poucos teem.

Anónimo disse...

é dar pérolas a porcos

Anónimo disse...

Os comentários acima são as melhores emergências da massa critica florentina!
Terra linda, as Flores.
Gente estranha, que lá vive.