sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Pornografia em canal aberto da TV Cabo-Açores, clientes queixam-se...

pornografia em canal aberto, e sem pré-aviso, na TV Cabo, nos Açores. Os assinantes do serviço protestam, porque estão especialmente preocupados com as crianças.

A TV Cabo Açoreana reconhece a introdução, sem pré-aviso, de canais pornográficos em assinantes que recebem o serviço televisivo através de parabólica, mas recusa qualquer responsabilidade, atribuindo esse facto aos gestores do satélite Hisposat.

A própria TV Cabo Açoreana alega que não foi avisada e adianta que nada pode fazer para bloquear o acesso a esses canais [pornográficos], na origem. O administrador da TV Cabo, Camilo Moniz, garante, porém, que a empresa decidiu disponibilizar os seus técnicos para bloquear os televisores, caso a caso, um serviço disponível, desde ontem, e sem custos para os assinantes, bastando ligar para qualquer uma das delegações da TV Cabo nos Açores.

Notícia: RTP Açores.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Candidaturas açorianas para obter a classificação de Zonas Húmidas foram aprovadas pelo Congresso da Convenção de Ramsar sobre as Zonas Húmidas

Conselheira da Convenção de Ramsar considerou as candidaturas [açorianas] para classificação de zonas húmidas como as “melhores” que já analisou.

As candidaturas apresentadas pelo Governo [Regional] dos Açores para classificação de onze zonas húmidas da Região pela Convenção de Ramsar, foram aceites pelo respectivo Congresso. As onze zonas propostas vão ser agora objecto de um Plano de Gestão Integrado com outras figuras de classificação que a maioria dos sítios possui ao abrigo de outra legislação ou convenções (Parques Naturais de Ilha, Rede Natura 2000, Convenção OSPAR e Reservas da Biosfera).

Nos Açores, as Fajãs dos Cubres e de Santo Cristo, em São Jorge, já possuem este tipo de classificação, que certifica essas áreas no âmbito da gestão da água e da manutenção dos seus ecossistemas naturais a nível mundial.
As [onze] novas áreas [açorianas] propostas são o Caldeirão (Corvo), Planalto Central – Morro Alto (Flores), Caldeira (Faial), Planalto Central - Achada (Pico), Planalto Central – Pico da Esperança (São Jorge), Furna do Enxofre (Graciosa), Planalto Central – Furnas do Enxofre – Algar do Carvão (Terceira), Complexo Vulcânico do Fogo, Complexo Vulcânico das Furnas, Complexo Vulcânico das Sete Cidades (São Miguel) e Ilhéus das Formigas e Recife Dollabarat (Santa Maria).

A Convenção de Ramsar, que tem o nome da cidade iraniana onde foi assinada em 1971, foi um dos primeiros tratados globais para a conservação da Natureza e visa fomentar a conservação de zonas húmidas, estabelecendo reservas naturais e assegurando a sua protecção e gestão apropriadas.

Notícia: «Jornal Diário» e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores]. Adicionalmente também se informa [através de uma outra notícia do «Jornal Diário»] que as fontes hidrotermais Lucky Strike e Menez Gwen, situadas nos mares dos Açores, são candidatas à Rede Natura 2000.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Embarcação Ariel está a ser modificada

Problemas de operacionalidade da lancha Ariel, a pequena embarcação que liga as ilhas das Flores e Corvo, estão na base das intervenções na estrutura do barco.

As transformações iniciadas há 8 dias devem estar concluídas até ao fim da corrente semana e, no termo das obras, a Ariel ficará mais leve e mais rápida.

Ainda há menos de dois meses foi lançada ao mar, mas, as leis da operacionalidade no pequeno porto da ilha do Corvo acabaram por ditar as suas regras. Com mau tempo, a lancha Ariel não podia ser varada no Corvo e, por duas vezes, teve de rumar ao porto das Lajes das Flores, à procura de abrigo.

As intervenções que a equipa dos estaleiros [navais] de Peniche está a fazer, destinam-se a reduzir o peso da embarcação. Assim, o mastro que ficava no cimo da cabina está a ser substituído por um outro mais pequeno e menos pesado e também as cadeiras que conferem os 12 lugares disponíveis na embarcação, estão a ser substituídas por outras mais leves. Depois destas intervenções, a embarcação deverá perder cerca de mil quilos de arqueação bruta.

Notícia: RTP/Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

Entregue a candidatura da ilha das Flores a Reserva da Biosfera da UNESCO

Caso a proposta seja aceite, os Açores passarão a contar com três Reservas da Biosfera da UNESCO, uma vez que as ilhas do Corvo e da Graciosaobtiveram essa distinção.

A candidatura da ilha das Flores a Reserva da Biosfera foi entregue no passado dia 30 de Setembro, em Lisboa, à UNESCO. O documento, constituído por um dossier de mais de 200 páginas e por um CD com informação cartográfica detalhada, foi elaborado ao longo do último ano.

Para além das cartas de justificação do presidente do Governo [Regional] e de apoio dos presidentes das duas Câmaras Municipais da ilha das Flores, a candidatura conta, também, com o apoio formal de grande parte das áreas pertencentes à REDBIOS (Rede do Atlântico Este das Reservas da Biosfera).

A secretária regional do Ambiente e do Mar [Ana Paula Marques] acredita que, com áreas classificadas ao mais alto nível (Património da Humanidade, Reserva da Biosfera e Convenção de Ramsar), se está a “contribuir para garantir as oportunidades de desenvolvimento sustentável que o arquipélago dos Açores necessita”.

Notícia: «Jornal Diário» e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Durante a recente campanha eleitoral das Legislativas Regionais 2008, o candidato do PPM pelo círculo eleitoral do Corvo, Paulo Estêvão [entretanto eleito deputado regional], propôs a suspensão do pedido de classificação da ilha das Flores como Reserva da Biosfera por ainda cá existirem lixeiras a céu aberto...

Saudações florentinas!!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Inatel prevê (para breve) uma Pousada de turismo social na ilha das Flores

O Inatel pretende dar prioridade nacional aos Açores em termos do seu objecto de turismo social, tendo acordos com os três principais municípios dos Açores para estabelecer 20 Centros de Turismo, que "permitam levar a classe média trabalhadora continental ao arquipélago", apoiar também os programas séniores e solidários, e suprir a actual falta de infra-estruturas.

A curto prazo está previsto um hotel de turismo social na ilha Graciosa e uma pousada na ilha das Flores, cada um com 50 quartos e 100 camas. Segundo Alarcão Troni, o Governo Regional propôs uma parceria para a gestão das duas unidades, estando o "hotel da Graciosa já em construção e a [pousada] das Flores [ainda] em projecto", funcionando o modelo das parcerias tal qual o Inatel tem com os municípios do Continente.

Por outro lado, a Fundação Inatel já está a fazer a gestão do programa de turismo sénior regional, "um êxito, designado por «Açores 60 Mais»", que "visa atenuar a dupla e a tripla insularidade", fazendo com que habitantes [idosos] das ilhas se visitem entre si.

Notícia: «Açoriano Oriental» e jornal on-line «Opção Turismo».
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Primeira missão de emergência [médica aérea] à ilha das Flores... foi há 40 anos

No dia 15 de Outubro de 1968, um avião C-47 da Força Aérea Portuguesa partia da Base das Lajes rumo às Flores numa missão de emergência. A bordo ia uma equipa médica para operar uma cidadã francesa. "A missão era urgente, não havia possibilidade de ir de navio. Devia ser preparado um avião e uma tripulação (de voluntários) para a missão", recorda o piloto Sobral Bastos.

Ainda hoje as ilhas mais pequenas e periféricas sentem mais fortemente os efeitos da insularidade. Imaginemos, então, como seria na década de 60, quando o Arquipélago estava muito longe dos níveis de desenvolvimento dos nossos dias. Já nessa altura, os militares da Força Aérea Portuguesa, estacionados na Base das Lajes [ilha Terceira], encurtavam distâncias entre ilhas, salvavam vidas e acudiam a emergências. Uma dessas aconteceu no dia 15 de Outubro de 1968. O então Comandante da Zona Aérea dos Açores, coronel tirocinado Braz de Oliveira, e o Comandante da Base Aérea 4, coronel Telles Pereira, informaram o capitão piloto aviador Sobral Bastos que havia necessidade de enviar um avião C-47 à ilha das Flores para transportar a equipa médica, chefiada pelo Dr. Garrett, que ia operar uma cidadã francesa, com uma gravidez extra-uterina.

"A missão era urgente, não havia possibilidade de ir de navio. Devia ser preparado um avião e uma tripulação (de voluntários) para a missão. Nessa altura, [eu] era o piloto do quadro da Base [das Lajes] que mais recentemente tinha vindo da Guiné e, portanto, com experiência em aterragens em pistas curtas e situações adversas de temperatura e humidade", recorda Sobral Bastos, hoje coronel piloto aviador na situação de reforma. "Tivemos ainda a sorte - conta - de se encontrar em missão na Base das Lajes uma tripulação vinda da Guiné para uma troca de aviões. Imediatamente o então tenente Cartaxo se voluntariou para integrar a tripulação, o que foi óptimo, dada a sua experiência mais recente".

A missão descolou a meio da tarde. Decorreu normalmente: "O tempo estava limpo nas Flores e o vento mais ou menos alinhado com a pista permitindo uma entrada directamente do mar para terra", lembra Manuel Themudo Sobral Bastos. O tempo de voo foi de uma hora e trinta e cinco minutos para cada percurso, tendo descolado das Flores já ao pôr do sol: "Soubemos depois que a operação [médica] tinha corrido bem, tendo sido salva a vida da paciente. A equipa médica regressou dias depois num navio da Armada Portuguesa", pormenoriza.

De referir que naquela altura - 1968 - a pista das Flores ainda não estava terminada. Tinha 800 metros asfaltados, com valas laterais e no topo da pista. Tinha comunicações rádio e informação do vento. Normalmente o C-47 Dakota não usava pistas com menos de 1.000 metros. "Todos tínhamos confiança no avião e - perdoe-se a imodéstia da minha parte - na tripulação. Além disso era uma missão de salvamento e nós estávamos lá também para isso".

"Reportagem" integrante da edição de 10 de Outubro do semanário regional «Expresso das Nove»; também foi publicada uma outra reportagem sobre esta temática no jornal [terceirense] «A União». Outras informações podem ser encontradas em http://www.lajes.af.mil.
Saudações florentinas!!

sábado, 25 de outubro de 2008

Algumas "vitórias" de Carlos César...

Total absoluto na votação regional: 45.070 votos (em 2008) e 60.133 votos (em 2004). O Partido Socialista de Carlos César perdeu 15.063 votos!!

Total relativo na votação regional: 49,96% (em 2008) e 56,96% (em 2004). O Partido Socialista de Carlos César perdeu 7% dos votos!!

Total absoluto nos mandatos de deputad@: 30 eleit@s (em 2008) e 31 eleit@s (em 2004). O Partido Socialista de Carlos César perdeu um mandato de deputado regional!!

Total relativo nos mandatos de deputad@: 30/57=52,6% (em 2008) e 31/52=59,6% (em 2004). O Partido Socialista de Carlos César perdeu 7% dos mandatos de deputados regionais!!

Será ainda curioso comparar que (de 2004 para 2008) votaram menos 15.346 pessoas nas Eleições Legislativas Regionais, tendo o PS perdido 15.063 votos (entre essas mesmas duas eleições)... números bastante próximos, mas uma mera curiosidade estatística (certamente). Também é de notar que os votos em branco quase que duplicaram o seu volume de votação: de 881 (em 2004) para 1.695 (em 2008).

Porém, inequivocamente o PS/Açores foi o partido mais votado (e que mais deputad@s elegeu) em toda a Região nestas Eleições Legislativas Regionais 2008, sendo também de não esquecer o facto de ter ficado em primeiro lugar em todas as nove ilhas açorianas. O "Império" de Carlos César perdura... apenas para mais esta (sua última?) Legislatura Regional???

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

«A ilha do homem que compra votos»

No ponto mais ocidental da Europa, os pequenos partidos também podem ser grandes. Há um vocábulo político para [a ilha d]as Flores: tripolarização.

De mão estendida, a mulher ria-se, pronta a ser beijada. “Não me diga que a menina vai votar noutro partido?”. De quatro em quatro anos, o beija-mão propaga-se em ondas de choque da ponta leste, onde fica Santa Cruz, a maior vila da ilha, até ao extremo ocidental da Europa, a Fajã Grande. É uma espécie de vassalagem em cadeia: José Francisco Fernandes beija a mão das senhoras (sobretudo as mais pobres) e os políticos (sobretudo os mais necessitados) beijam a mão dele.

José Francisco Fernandes, número dois da lista do PSD. O candidato é um lavrador abastado, dono de terras e gado, e é actualmente o presidente da Junta de Freguesia de Santa Cruz das Flores.
Actual número dois da lista do PSD, o lavrador abastado de Santa Cruz tem o talento de fazer e desfazer campanhas eleitorais. Em 1996 ajudou a CDU; em 2004 deu um empurrão ao PS (contra o seu próprio partido); e nos últimos dias ponderava dar os seus votos para o CDS conseguir eleger um deputado na ida às urnas no [passado] fim-de-semana. O candidato social-democrata às eleições [legislativas] regionais dos Açores é o exemplo de como funciona o pragmatismo político nas Flores, a segunda ilha menos habitada do arquipélago, com 4.000 habitantes: não importa de que partido és; conta quem tu és; e, eventualmente, o que tens para dar.
Humilde e directo (“tenho a quarta classe”), José Francisco [Fernandes] dá o que pode: dá cimento e areia, cobre telhados, substitui portas, adianta dinheiro para desenrascar penhoras. Este ano dá também um petisco: leitões. Sempre pagos pela sua algibeira: “O Zé dá. Gasto muito dinheiro. Gosto de ajudar”. Mas nem sempre com o troco que gostaria: “Paguei a uma pessoa a telha e as portas e ela nas eleições seguintes estava na lista de outro partido. Há pessoas assim”.

No fim-de-semana passado [antes da realização das eleições, ainda em tempo de campanha eleitoral], a comitiva do PSD andava a sentir o pulso ao povo em Ponta Delgada, no lado norte da ilha, batendo à porta das famílias. “Um casal agarrou-se a mim, beijavam-me de tal forma que parecia que me estavam a morder. E diziam, abrindo as mãos: tudo isto foste tu que nos deste. És um santo, Zé!
O candidato confessa que prefere oferecer sem que lhe peçam e que tem técnicas infalíveis para perceber intenções de voto: “Olho-lhes para a menina do olho. E a algumas idosas faço um pouco de pressão. Digo-lhes que ouvi dizer que não vão votar em mim e elas sentem-se enrascadas”. Mas está tranquilo com a sua consciência: “O José Francisco [Fernandes] não é só o homem que compra votos. Também faço obra”. Como presidente da Junta de Freguesia de Santa Cruz melhorou o cemitério e está a construir uma casa mortuária na vila. “Como é que o presidente da Câmara [Municipal de Santa Cruz] deixou escapar estas obras? Claro que vou tirar partido delas na campanha”.
Os adversários não se metem directamente com ele. Quando José Francisco [Fernandes] se zangou com o PSD em 2004, vingou-se. Além de apoiar os socialistas na campanha, houve mais de 120 sociais-democratas na ilha [das Flores] que devolveram os cartões [de militante] ao partido. Agora, quer eliminar o deputado socialista que ajudou a eleger.

Nas Flores, nem os candidatos nem os eleitores costumam ser fiéis a cores políticas. No [pen]último sábado, nas escadinhas [da sede] do «Minhocas», o clube desportivo mais popular de Santa Cruz, o funcionário público José Barros Dias discorria o seu rosário eleitoral: começou por votar PSD, nos anos 80 passou à CDU, nos últimos tempos andou a pôr a cruz no PS e agora andava mais uma vez indeciso sobre quem gostaria de ver mais como deputado [regional]: “Tenho confiança no Paulo Valadão (CDU), que sempre levantou a voz para nos defender, mas o Paulo Rosa (CDS) é boa criatura. É professor do meu filho. O pequeno gosta dele”.
O comício começava lá dentro, no salão enfeitado de bandeiras do CDS-PP, com a estrela da campanha: Paulo Portas. O líder nacional do partido regressava à ilha [das Flores] menos de um mês depois de ter estado na apresentação do candidato local ao parlamento [regional]. Paulo Rosa, um professor de 39 anos, aceitou ser cabeça-de-lista independente [pelo CDS/PP], apesar de ter concorrido pelo PS nas [eleições] autárquicas de 1997 e 2001.
“A ideologia morreu”, justificava o candidato centrista ao «Expresso» antes de subir ao palco. “Num sítio pequeno como este, acredita-se nas pessoas e em projectos. Não terei pejo em aprovar propostas de outros partidos se forem boas para a minha terra. Sou um admirador do Daniel Campelo, o deputado do queijo Limiano.”
A postura rebelde deveria melindrar o líder do CDS, mas [Paulo] Portas tirou precisamente partido disso no seu discurso, apelando ao coração — e não à ideologia — dos 200 florentinos que enchiam a plateia [da sede] do «Minhocas»: “O Paulo Rosa é um homem de bom carácter, sem inimigos, puro, capaz de dar razão aos adversários”.
[Paulo] Portas visitou as Flores dez vezes nos últimos oito anos, convicto de que vale a pena gastar tempo na ilha, porque o êxito só depende da personalidade de quem concorre (“com 500 votos elege-se um deputado”). Disso e de os florentinos acatarem o conselho prático que deu, falando com a honestidade de um vizinho: “Ofertas a gente aceita, mas o voto é secreto”.

"Reportagem" integrante da edição de 18 de Outubro [sábado passado] do semanário «Expresso».
Saudações florentinas!!

«Preto no Branco» #24

As Ilhas das Coisas Raras

No rescaldo das eleições [legislativas] regionais de ontem, abundam comentários, análises, prognoses e declarações, para todos os gostos.

A “leitura dos resultados” desdobra-se sempre na objectividade dos números, parciais e totais, bem como na aferição, já mais subjectiva, do significado político que as estatísticas permitem extrapolar.

Costuma dizer-se que, “não há ciência política com teses bastantes para explicar os “fenómenos” das Flores” – e também do Corvo. Depende da “ciência”...

Nem por isso deixámos de arriscar ponderadamente, e com 7 meses de antecedência relativamente ao escrutínio adiantámos aqui alguns indicadores que indiciavam consequências para o “xadrez político” das Flores, a maioria das quais vieram confirmar-se ontem.

A penalização do PS/Flores, que perdeu um deputado; a eleição de um deputado pelo PSD; a eleição de um deputado estreante, que apesar de o não ter sido por uma força [partidária] sem representação parlamentar, atendendo à situação do CDS/Flores em Março passado e mesmo às primeiras expectativas da pré-campanha, bastante mais tarde, acabou por ser o “coelho que saiu da cartola”. Paulo Rosa foi o grande vencedor das eleições nas Flores e dele se espera agora que possa tornar-se num grande deputado regional.

Não pode passar em branco assinalar-se que o PS nas Flores, (embora tendo conseguido o maior número de votos), obteve o score socialista mais baixo de toda a Região, e que em 19 Concelhos dos Açores, o das Lajes foi o único que o PSD ganhou (expressivamente, diga-se), tornando-se no maior reduto laranja do Arquipélago.

No Corvo, “histórico” também é a eleição do candidato do PPM, e o “categórico” 4º lugar obtido pelo PSD, que em 32 anos de Autonomia nunca ficara sem representação nalguma das 9 ilhas.

Ora, como “o melhor da festa é esperar por ela”, o acontecer destas coisas raras acarretará diversas consequências políticas inevitáveis a curto prazo, que se esperam em benefício da ilha [das Flores]. Por outro lado, a reconfiguração político-partidária que resulta destas eleições há-de influir nas eleições autárquicas do próximo ano. Se nas Lajes, aparentemente, só um tsunami pode arrancar o Município das mãos do PSD, em Santa Cruz o tsunami criado está e tudo pode acontecer, Preto no Branco.

Ricardo Alves Gomes

p.s.: A última edição do «Expresso», com chamada de capa, trouxe uma peça muito “interessante” sobre a ilha das Flores. Já não é à noitinha nem “pela porta do cavalo”. Agora é tudo às claras, com fotografias, declarações e até alguma gala. Caso é para dizer que somos, de facto, o extremo ocidental da Europa, e que mais ”far west” não poderia ser! Não há Procuradoria-Geral da República, Comissão Nacional de Eleições ou Tribunal que valha (quem é que quer saber das façanhas de um “benemérito”?). Para não falar na tremenda (ir)responsabilidade dos dirigentes de certos partidos políticos. Vale tudo. Não haverá um único florentino capaz de pôr os “cowboys” a piar fino, ao menos uma vez na vida?

Nota da "Administração" do «Fórum ilha das Flores»: por motivos vários só hoje nos é possível publicar este presente artigo de opinião de Ricardo Alves Gomes, datado de 20 de Outubro, a passada segunda-feira. Ao nosso colaborador (autor deste texto) e a tod@s @s noss@s leitor@s, apresentámos as nossas mais sinceras desculpas.

domingo, 19 de outubro de 2008

Eleições Legislativas Regionais 2008

Resultados na ilha das Flores:

PS: 691 votos (UM DEPUTADO);
PSD: 666 votos (UM DEPUTADO);
CDS/PP: 560 votos (UM DEPUTADO);
CDU: 162 votos;
PPM: 18 votos;
BE: 14 votos;
PDA: 11 votos.

Mais informações sobre o escrutínio eleitoral podem ser consultadas aqui!
Saudações florentinas!!

Para se seguir o escrutínio dos votos...

Foi criado um endereço electrónico para o apuramento provisório dos resultados das Eleições Legislativas Regionais - Açores 2008.
Saudações florentinas!!

sábado, 18 de outubro de 2008

Tempo à reflexão para as Eleições...

Saudações florentinas!!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Socialistas não cumpriram com a ilha das Flores... absolutamente!!! (#9)

A páginas 9 do caderno «Continuar a mudar as Flores para melhor - Manifesto Eleitoral do PS/Açores em 2004» pode ler-se no item 'Turismo': continuação dos trabalhos de conservação e sinalização de trilhos turísticos.

A lista do PS de Carlos César elegeu nessas eleições regionais [de 2004] como deputados pela ilha das Flores: Manuel Herberto Rosa e José Gabriel Eduardo.
Esta foi, pois então, uma promessa eleitoral ABSOLUTAMENTE NÃO CUMPRIDA pelos florentinos-deputados-socialistas-de-Carlos-César!!!

Socialistas não cumpriram com a ilha das Flores... absolutamente!!! (#8)

A páginas 12 do caderno «Continuar a mudar as Flores para melhor - Manifesto Eleitoral do PS/Açores em 2004» pode ler-se no item 'Juventude e Desporto': apoiar os jovens no primeiro emprego e em iniciativas empresariais próprias.

A lista do PS de Carlos César elegeu nessas eleições regionais [de 2004] como deputados pela ilha das Flores: Manuel Herberto Rosa e José Gabriel Eduardo.
Esta foi, pois então, uma promessa eleitoral ABSOLUTAMENTE NÃO CUMPRIDA pelos florentinos-deputados-socialistas-de-Carlos-César!!!

Carlos César (em próximo Governo) pode vir a vender a SATA a privados!!!

“O PS não põe de parte que a gestão portuária possa ser desempenhada parcialmente por empresas privadas, [e também] que a SATA, em parceria ou associação com outras empresas, na renovação do seu capital possa ter capital privado”, frisa [o socialista Carlos César].

Notícia: Rádio Renascença.

"Sondagem" da SiC para as Eleições Legislativas Regionais - Açores 2008

À pergunta "Se fossem hoje as eleições regionais dos Açores, qual seria o seu voto?", quase 56 por cento respondeu: PS. O PSD de Costa Neves aparece muito atrás, com apenas 32%. Nos lugares seguintes, CDS com cerca de 5 por cento, Bloco de Esquerda com 2,7% e CDU em quinto, perto dos 2 por cento.

A EuroSondagem distribui o número total de deputados da seguinte forma: destacado, o PS poderá atingir os 35 representantes, enquanto o PSD não deverá ocupar mais de 21 lugares no parlamento regional; o CDS poderá chegar aos 3, enquanto bloquistas e comunistas deverão conseguir 1 deputado cada.

FICHA TÉCNICA
Estudo de Opinião efectuado pela Eurosondagem, S.A. nos dias 7 a 14 de Outubro de 2008. O erro máximo da amostra é de 2,05%, para um grau de probabilidade de 95,0%. Um exemplar deste Estudo de Opinião está depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social.


Notícia: SiC [é possível serem vistos 4 vídeos acerca desta notícia: no «Jornal da Noite» (SiC) e no «Jornal das Dez» (SiC Notícias) e ainda as reacções à sondagem (por parte de Carlos César e Costa Neves e pelos representantes dos restantes partidos que elegem deputad@s [segundo este estudo de opinião]).
Saudações florentinas!!

«Preto no Branco» #23

Um Voto bem Florentino

Domingo, o PS deverá ganhar as eleições para a Assembleia Legislativa Regional dos Açores, quer em número de votos expressos, quer em mandatos conferidos, pelo que Carlos César disporá do apoio parlamentar mais que suficiente para formar Governo.

O que é que, desta vez, essa percepção generalizada poderá importar no sentido do voto florentino?

Vejamos:

- Quem é militante ou simpatizante do PS, entende que Carlos César deve continuar a ser o Presidente do Governo Regional, e acha que o PS merece tornar a eleger pelas Flores os (mesmos) dois deputados, então, seguramente, votará no Partido Socialista;

- Quem é militante ou simpatizante do PS, entende que Carlos César deve continuar a ser o Presidente do Governo Regional, mas acha que o PS não merece tornar a eleger os mesmos dois deputados, então, seguramente, poderá optar por não votar no Partido Socialista;

- Quem é militante ou simpatizante do PSD, entende que Costa Neves deve passar a ser o Presidente do Governo Regional, e acha que o PSD merece tornar a eleger um deputado, então, seguramente, votará no Partido Social Democrata;

- Quem é militante ou simpatizante do PSD, entende que Costa Neves não tem hipóteses de ser o próximo Presidente do Governo Regional, e acha que tanto faz o PSD tornar a eleger um deputado ou não, então, seguramente, poderá optar por não votar no Partido Social Democrata;

- Quem é militante ou simpatizante da CDU, entende que a CDU deve estar representada no parlamento regional, e acha que Paulo Valadão merece tornar a ser eleito deputado, então, seguramente, votará na Coligação Democrática Unitária;

- Quem é militante ou simpatizante da CDU, entende que esta força deve estar representada no parlamento regional, acredita que isso vai acontecer (através do Círculo Regional de Compensação), e acha que Paulo Valadão não merece voltar à Assembleia (após lá ter estado durante 4 mandatos, 16 anos consecutivos – 1992/2004), então, poderá optar por não votar na Coligação Democrática Unitária;

- Quem é militante ou simpatizante do CDS, entende que o CDS deve aumentar o número de deputados no parlamento regional, e acha que Paulo Rosa merece ser eleito deputado pela primeira vez, então, seguramente, votará no Centro Democrático Social;

- Quem é militante ou simpatizante do CDS, entende que o CDS deve aumentar a sua representação parlamentar, acredita que isso vai acontecer (através do Círculo Regional de Compensação), e acha que Paulo Rosa, “à primeira vez”, não merece ser eleito deputado, então, poderá optar por não votar no Centro Democrático Social;

- Quem é independente, entende que Carlos César deve continuar a ser o Presidente do Governo Regional, mas acha que o PS deve ser penalizado nas Flores, então, seguramente, poderá optar por votar noutro candidato, de outra força partidária, que não os do Partido Socialista;

- Quem é independente, entende que Costa Neves deveria ser o próximo Presidente do Governo Regional, mas acha que o PSD não merece ser premiado nas Flores, então, seguramente, poderá optar por votar noutro candidato, de outra força partidária que não os do Partido Social Democrata;

- Quem é independente, e entende que o seu voto “não vai pôr nem tirar” Carlos César da Presidência do Governo Regional, acha que os actuais candidatos a deputados pelas Flores, tanto do PS como do PSD, uma vez eleitos, vão continuar a “tocar na orquestra conforme o maestro ordenar”, e que tanto os candidatos da CDU como do CDS, a serem eleitos, (já) não têm, nunca tiveram, ainda não têm, ou não parece que venham a ter “unhas para tocar viola”, então, seguramente, só resta uma alternativa aos florentinos:

Exercer o dever de votar. Revelar, democraticamente, o seu entendimento nas urnas. Manifestar à Região o poder que um e todos os votos expressam, preto no branco.

Sendo que, aqui “o Preto” vai dobrado em quatro, e em Branco!

Ricardo Alves Gomes

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Socialistas não cumpriram com a ilha das Flores... absolutamente!!! (#7)

A páginas 11 do caderno «Continuar a mudar as Flores para melhor - Manifesto Eleitoral do PS/Açores em 2004» pode ler-se no item 'Educação e Cultura': construção do Ginásio anexo à Escola Básica e Secundária padre Maurício de Freitas.

A lista do PS de Carlos César elegeu nessas eleições regionais [de 2004] como deputados pela ilha das Flores: Manuel Herberto Rosa e José Gabriel Eduardo.
Esta foi, pois então, uma promessa eleitoral ABSOLUTAMENTE NÃO CUMPRIDA pelos florentinos-deputados-socialistas-de-Carlos-César!!!

Carlos César nem sabe o preço das viagens aéreas para a nossa ilha!!!

Carlos César admite a existência de salários baixos [nos Açores]. Isto, depois de ter sido provocado por um empresário numa sessão que esteve longe de ser pacífica.

A sessão com empresários decorria serena e morna quando de repente se deu a pedrada no charco. Exaltação, ameaça de abandono da sala mas tudo voltou à normalidade no meio onde afinal todos se conhecem há muito, com Carlos César a admitir que foi dito alguma verdade.

Outra verdade também admitida [pelo próprio Carlos César] foi o preço excessivo das tarifas aéreas entre ilhas ainda que na cábula do candidato faltasse o preço da viagem para as Flores que ronda os 180 euros.

Na recta final da campanha Carlos César diz que tem andado na rua apesar de não ser visto e recusa comentar o facto de Cavaco Silva ter deixado passar o prazo para enviar o Estatuto [Político-Administrativo] dos Açores para o Tribunal Constitucional. Faltando agora saber se publica ou veta o diploma tão caro a [Carlos] César.

Notícia: TVI - Televisão Independente. Ler adicionalmente: «Afinal... quem lhe paga as contas??!!!».

Em 2009 o preço da electricidade subirá mais nos Açores do que no resto do país

A Região Autónoma dos Açores irá sofrer aumento de 5,5%, a maior subida a nível nacional.

As tarifas de electricidade nos Açores em 2009 vão sofrer um agravamento médio de 5,5% para os consumidores e 5,2% para os industriais, contra 4,9% em Portugal Continental e 4,4% na Madeira. O regulador recorreu as novos mecanismos legais, criados recentemente pelo Governo, para evitar subidas médias próximas dos 40% devido à escalada dos preços dos combustíveis.
As tarifas do próximo ano não vão, por exemplo, reflectir o défice tarifário deste ano, que ascende a 1,7 mil milhões de euros, e o sobrecusto das renováveis, superior a 447 milhões de euros. Ambos serão pagos ao longo de 15 anos, apenas a partir de 2010.

As empresas eléctricas da Madeira e Açores serão obrigadas pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) a serem mais eficientes. Entre 2009 e 2011, as empresas terão de conseguir uma poupança total acumulada de 102 milhões de euros sobre os custos operacionais da gestão das redes de transporte e distribuição de electricidade. Nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira a poupança terá de ser de 5%, em cada uma delas na distribuição. Se as empresas não cumprirem as metas de eficiência agora determinadas pelo regulador - ERSE -, terão de pagar ao sistema eléctrico nacional o diferencial até ao valor de 102 milhões de euros.

Notícia: «Jornal Diário».
Saudações florentinas!!

Socialistas não cumpriram com a ilha das Flores... absolutamente!!! (#6)

A páginas 14 do caderno «Continuar a mudar as Flores para melhor - Manifesto Eleitoral do PS/Açores em 2004» pode ler-se no item 'Investimentos que iremos realizar e que não pudemos concretizar na Legislatura anterior [2000-2004]': construção do edifício polivalente dos Serviços da Administração Portuária e da Gare de Passageiros [no Porto Comercial das Lajes].

A lista do PS de Carlos César elegeu nessas eleições regionais [de 2004] como deputados pela ilha das Flores: Manuel Herberto Rosa e José Gabriel Eduardo.
Esta foi, pois então, uma promessa eleitoral ABSOLUTAMENTE NÃO CUMPRIDA pelos florentinos-deputados-socialistas-de-Carlos-César!!!

Socialistas não cumpriram com a ilha das Flores... absolutamente!!! (#5)

A páginas 8 do caderno «Continuar a mudar as Flores para melhor - Manifesto Eleitoral do PS/Açores em 2004» pode ler-se no item 'Sector Energético': continuação do esforço de investimento nas energias renováveis para produção de electricidade.

A lista do PS de Carlos César elegeu nessas eleições regionais [de 2004] como deputados pela ilha das Flores: Manuel Herberto Rosa e José Gabriel Eduardo.
Esta foi, pois então, uma promessa eleitoral ABSOLUTAMENTE NÃO CUMPRIDA pelos florentinos-deputados-socialistas-de-Carlos-César!!!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Socialistas não cumpriram com a ilha das Flores... absolutamente!!! (#4)

A páginas 12 do caderno «Continuar a mudar as Flores para melhor - Manifesto Eleitoral do PS/Açores em 2004» pode ler-se no item 'Juventude e Desporto': apoio à implementação do ensino profissional, de modo a assegurar a qualificação dos jovens e facilitar a sua inserção no mercado de trabalho.

A lista do PS de Carlos César elegeu nessas eleições regionais [de 2004] como deputados pela ilha das Flores: Manuel Herberto Rosa e José Gabriel Eduardo.
Esta foi, pois então, uma promessa eleitoral ABSOLUTAMENTE NÃO CUMPRIDA pelos florentinos-deputados-socialistas-de-Carlos-César!!!

Socialistas não cumpriram com a ilha das Flores... absolutamente!!! (#3)

A páginas 14 do caderno «Continuar a mudar as Flores para melhor - Manifesto Eleitoral do PS/Açores em 2004» pode ler-se no item 'Investimentos que iremos realizar e que não pudemos concretizar na Legislatura anterior [2000-2004]': construção do núcleo de recreio náutico do Porto das Lajes.

A lista do PS de Carlos César elegeu nessas eleições regionais [de 2004] como deputados pela ilha das Flores: Manuel Herberto Rosa e José Gabriel Eduardo.
Esta foi, pois então, uma promessa eleitoral ABSOLUTAMENTE NÃO CUMPRIDA pelos florentinos-deputados-socialistas-de-Carlos-César!!!

Socialistas não cumpriram com a ilha das Flores... absolutamente!!! (#2)

A páginas 12 do caderno «Continuar a mudar as Flores para melhor - Manifesto Eleitoral do PS/Açores em 2004» pode ler-se no item 'Ambiente e Ordenamento do Território': cooperação com a Associação de Municípios das Flores para a construção do Aterro Sanitário.

A lista do PS de Carlos César elegeu nessas eleições regionais [de 2004] como deputados pela ilha das Flores: Manuel Herberto Rosa e José Gabriel Eduardo.
Esta foi, pois então, uma promessa eleitoral ABSOLUTAMENTE NÃO CUMPRIDA pelos florentinos-deputados-socialistas-de-Carlos-César!!!

Extensão da rede do cabo de fibra óptica: os socialistas não cumpriram com a ilha das Flores (e o Corvo)... absolutamente!!!

Zeinal Bava [presidente executivo da Portugal Telecom], para quando banda larga nas Flores e Corvo?
R: Lançamos agora [em início do passado mês de Setembro] uma consulta para ponderar esse investimento na construção do anel de fibra óptica no Grupo Ocidental. Após o período de consulta, vamos abordar entidades locais e parceiros institucionais para percebermos como vai ser feito o investimento. Ao lançar a fase de consulta, portanto, a administração da Portugal Telecom dá um forte sinal de que está empenhada nesse processo.

Em relação à conclusão do anel de fibra óptica no arquipélago, junto às ilhas das Flores e Corvo, [Zeinal] Bava [presidente executivo da Portugal Telecom] anunciou que, dentro de três meses [contando desde o início do passado mês de Setembro], será concluído um estudo económico, encomendado pelo Governo [Regional] açoriano, para este projecto, que vai permitir "estender a estas duas ilhas, por exemplo, o serviço móvel 3G e o Meo IPtv".

Mas alguém ainda acredita?

O secretário regional da Habitação e Equipamentos [José Contente] anunciou [a 8 de Setembro de 2008] que dentro de quatro meses serão conhecidos os resultados do estudo económico encomendado pelo Executivo [Regional] para extensão ao Grupo Ocidental da rede de cabo de fibra óptica que já liga [todas as outras] sete das nove ilhas açorianas.
Fonte: o sempr'eterno "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores], a 8 de Setembro de 2008.

(...) Face a este quadro, adiantou o chefe do executivo [Carlos César], o Governo [Regional] já encomendou um estudo sobre a viabilidade técnica e financeira da extensão do cabo de fibra óptica às ilhas do grupo ocidental, pelo que se a solução se revelar adequada a proposta de Orçamento Regional para o próximo ano [estávamos em Fevereiro de 1998, há dez anos e meio atrás!!!] deverá incluir as verbas necessárias ao empreendimento.
Fonte: o sempr'eterno "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores], a 18 de Fevereiro de 1998.

Republicação dum "post" de Rui Lucas, do «Açores, SA».

«Retratos de ilha» pela RTP/A1 Açores

Durante o período de campanha eleitoral das Legislativas Regionais 2008, a RTP/RDP Antena 1 - Açores tem realizado uma série de crónicas intituladas «Retratos de ilha». Nestas reportagens é feita uma caracterização de cada ilha açoriana na actualidade: da sociedade à política, passando pela economia e pelas preocupações dos candidatos [do respectivo círculo eleitoral].
Saudações florentinas!!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

«O Momento da Verdade... Socialista»

As respostas às 12 questões que realizamos aos principais cabeças-de-lista do círculo eleitoral das Flores

No «Flores - Eleições Legislativas Regionais 2008» já estão disponíveis as respostas por nós recebidas à dúzia de questões que enviámos como nossa "entrevista" aos principais cabeças-de-lista no círculo eleitoral da ilha das Flores: Paulo Valadão (cabeça de lista da CDU) [parte 1, 2 e 3], Paulo Rosa (cabeça de lista do CDS/PP) [parte 1, 2 e 3], António Maria Gonçalves (cabeça de lista do PSD) [o curto depoimento que nos enviou] e Manuel Herberto Rosa (cabeça de lista do PS) [que nunca nos chegou a enviar qualquer resposta às nossas solicitações].
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Intervenções realizadas em Plenário pelos candidatos (do círculo eleitoral da ilha das Flores) que já foram deputados

No «Flores - Eleições Legislativas Regionais 2008» é apresentado um somatório-síntese das intervenções realizadas em Plenário pelos candidatos (do círculo eleitoral da ilha das Flores) que já foram (ou ainda presentemente sejam) deputados regionais.

Foi escolhido como critério uniforme de partida para a nossa pesquisa no "motor de busca" da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores [do qual fazemos plena boa-fé, mas salvaguarda-se rectificação futura], apenas ter-se em conta o último mandato realizado pelos nossos "escrutinados".

Assim, apresentamos dados [bastante sintetizados] sobre as intervenções realizadas em Plenário por Manuel Herberto Rosa e José Gabriel Eduardo (respectivamente, actuais primeiro e segundo candidato na lista do PS), António Maria Gonçalves e José Francisco Fernandes (respectivamente, actuais primeiro e segundo candidato na lista do PSD) e Paulo Valadão (cabeça de lista pela CDU).
Saudações florentinas!!

Os rendimentos dos candidatos (pelo círculo eleitoral da ilha das Flores) que já foram (ou são) deputados regionais

Na "abertura" do nosso blogue-irmão «Flores - Eleições Regionais 2008», e na senda do controle público da riqueza d@s titulares de cargos políticos, apresentámos um compêndio das declarações de rendimentos de actuais candidatos às Eleições Legislativas Regionais pelo círculo eleitoral da ilha das Flores e que já tenham sido (ou ainda sejam presentemente) titulares de cargos políticos, nomeadamente deputados regionais eleitos pela ilha das Flores.

Assim, no «Flores - Eleições Legislativas Regionais 2008» são apresentados dados sobre alguns dos rendimentos declarados ao Tribunal Constitucional por Manuel Herberto Rosa e José Gabriel Eduardo (respectivamente, primeiro e segundo candidato na lista do PS), António Maria Gonçalves e José Francisco Fernandes (respectivamente, primeiro e segundo candidato na lista do PSD) e Paulo Valadão (cabeça de lista pela CDU).

De Paulo Jorge Rosa (cabeça de lista do CDS/PP) e dos restantes principais candidatos das outras forças políticas concorrentes no círculo eleitoral da ilha das Flores, não apresentámos qualquer informação no «Flores - Eleições Legislativas Regionais 2008», pois estes nunca exerceram nenhum cargo político remunerado (logo, não têm qualquer declaração de rendimentos entregue no Tribunal Constitucional).
Saudações florentinas!!

domingo, 12 de outubro de 2008

Isto sim, seria um bom compromisso eleitoral, senhor@s candidat@s... (#2)

É imperiosa uma tomada de decisão (urgente!!) para que seja realizada a limpeza imediata de todas as nossas lagoas. E que não sejam apenas dados meros "cuidados paliativos", é absolutamente necessário dar às lagoas florentinas o devido tratamento de fundo aos seus (já algo graves) problemas de eutrofização. Não só por ser a defesa do nosso ambiente e das belezas naturais da ilha das Flores, como também por ser um dos nossos maiores "produtos turísticos" de elevado valor económico.

Isto sim, seria um bom compromisso eleitoral, senhor@s candidat@s a deputad@s regionais pela ilha das Flores... Mas compromissos eleitorais para serem mesmo cumpridos, que de promessas eleitorais nunca concretizadas andámos nós mais que fart@s!!

Saudade e Poesia #3

A ausência e a Saudade

A saudade é sofrimento,
Ter saudade é dor atroz;
Sofre-se a todo momento
D'alguém ausente de nós.

Ninguém emoções aguenta,
Quando a saudade as indica;
Ela vai com quem se ausenta,
E faz companhia a quem fica.

Muito que a saudade dura,
Quem a tem é impossível,
De p'ra ela encontrar cura,
Dói tanto; e é invisível.

Há tanta gente que sofre
Com a saudade que tem;
Fazendo do peito um cofre,
Fecha e não diz a ninguém.

A saudade não se aparta,
Por ser fiel companheira;
Vai escrita numa carta,
Volta da mesma maneira.

A saudade só é morta
Quando a hora é chegada
De bater à nossa porta,
A pessoa desejada...

Ditosa da criatura
Que tem a felicidade;
De chegar a tal altura
E matar sua saudade.

Mas quem parte e não vem
Nossa dor é mais pungente;
E a saudade que se tem,
Morre com nós juntamente.


Denis Correia Almeida

sábado, 11 de outubro de 2008

Empresários da ilha das Flores sem acesso a formação profissional

“Os comerciantes das Flores queixam-se de falta de formação profissional”, quem o afirma é Emília Lima, gerente da Sociedade de Construções Lucino Lima, Lda. com sede em Santa Cruz. Emília Lima aplaude as tarifas promocionais da SATA para o turismo sénior, mas acha que deviam baixar o preço dos transportes [aéreos] inter-ilhas para as restantes faixas etárias.

"Não tem sido disponibilizada formação aos empresários da ilha das Flores. Cada um tenta obtê-la a nível individual". A afirmação é de Emília Lima, gerente da Sociedade de Construções Lucino Lima, Lda., empresa que se dedica, sobretudo, a obras particulares. Neste momento, está a cargo da Sociedade de Construções Lucino Lima a remodelação do Posto da Guarda Nacional Republicana (GNR), nas Flores.

Emília Lima afirma que não tem razões de queixa no que toca ao desempenho da sua firma, mas reconhece que os jovens empresários da ilha das Flores fazem face a algumas dificuldades, talvez até em muito semelhantes às da maior parte dos jovens do resto da Região. No entanto, sublinha, alguns problemas são agravados, na medida em que, "às vezes, parece que a ilha das Flores não faz parte do arquipélago dos Açores".

As novas tecnologias de informação estão longe de responder com satisfação às necessidades dos utentes daquela ilha. Um problema crónico, prossegue Emília Lima, que já tem sido denunciado várias vezes, mas que continua à espera de solução por quem de direito. A internet, afirma a empresária, "é um pesadelo nas Flores, principalmente para quem tem de trabalhar on-line".

Emília Lima aplaude as tarifas promocionais da SATA para o turismo sénior inter-ilhas, mas acha, por outro lado, que deviam baixar o preço dos transportes [aéreos] entre as ilhas para as restantes faixas etárias. Na sua opinião, o desenvolvimento do turismo continua aquém das necessidades, embora a ilha tenha potencial para crescer neste sector.

Com base na experiência que tem no mundo dos negócios, Emília Lima afirma que a descida de 1% no IVA não vai ter grande repercussão na economia. "No entanto, vamos aguardar para ver", remata.

"Entrevista" integrante da edição de 3 de Outubro do semanário regional «Expresso das Nove».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

«Preto no Branco» #22

Entre o Brio e o Relaxe

Em Agosto de 2005 foi entregue uma petição popular na Câmara Municipal das Lajes [CML], (com conhecimento à ALRA, Presidência do Governo Regional e Secretaria Regional do Ambiente e do Mar), a fim de se suspender as obras da CML de desaterro da zona da “Caldeira”, na freguesia da Fazenda, que pretendia, alegadamente, fazer lotes de terreno para habitação no local e também construir ali blocos residenciais destinados a habitação social.

Independentemente das complexas implicações legais do projecto (PDM, Zona de Reserva Agrícola, Parecer da Secretaria Regional do Ambiente, etc.) o que esteve na base da referida petição foi, sobretudo, o facto da esmagadora maioria dos interessados/concorrentes aos lotes já ter desistido de construir, (para mais, existindo soluções melhores para o efeito), a par da opinião dos signatários ser desfavorável a que se cometesse um erro de ordenamento do território irreversível, descaracterizando-se, assim, o parque edificado, as zonas de lazer, os equipamentos de serviços e a harmonia da zona central da freguesia.

À petição, nunca houve resposta. De nenhuma das entidades requeridas. Como [igualmente] não houve qualquer manifestação de interesse em encontrar solução para o assunto por parte dos titulares dos respectivos órgãos, em especial aqueles mais directamente conhecedores do assunto e, por isso, com maiores responsabilidades políticas.

Porém, importa dizer que:

O “movimento de contestação”, do Verão de 2005, mereceu o apoio da Junta de Freguesia, através do seu Presidente, que viria a ser reeleito no final desse mesmo ano.

Com efeito, o Presidente da Junta, uns meses mais tarde, já no exercício do actual mandato, chegou a interpelar na Assembleia Municipal o Presidente da Câmara sobre a questão, ao que este terá respondido sensatamente, “...Bom, então se é assim, há-de dar-se outro destino aos terrenos e fazer do local o que as pessoas quiserem...”. Foi o próprio interpelante que no-lo contou, pessoalmente.

Ora, faça-se justiça, o Presidente da Câmara [Municipal (PCM)], através desta declaração, mostrou abertura para discutir o problema.

Por outro lado, o PCM, com audácia, “passou a bola” ao Presidente da Junta, pois tendo-se predisposto a aceitar “a vontade das pessoas”, caberia agora a este, em primeira instância, saber interpretar, auscultando o povo da freguesia e avançar na volta com uma proposta concreta.

O autor destas linhas, impulsionador da iniciativa e redactor da petição, falou sobre a matéria diversas vezes com aquele que levou “a carta a Garcia”.

No essencial, a sugestão foi para que se despoletassem de imediato todos os contactos necessários com o Governo Regional, a fim de se obter um compromisso político e, uma vez “especialmente sensibilizada” a Secretaria do Ambiente para o assunto, esta disponibilizasse qualificados recursos técnicos e quadros capazes de elaborar um projecto (de arquitectura paisagística) que fosse de encontro à ideia mais consensual e acertada – converter a zona da “Caldeira”, da Fazenda, na encosta virada a oeste, num parque natural de recreio e lazer, na continuação do Largo, que fosse desde a Igreja ao cemitério.

Ganhava a Câmara, que não dispõe dos mesmos meios que o Governo. Ganhava o Governo, que a custos reduzidos prestava um enorme serviço à terra. E ganhava a Fazenda, que com uma solução engenhosa via ser reparado um erro e uma devolução mais adequada daquele espaço à comunidade.

Lamentavelmente, tudo está como há 3 anos. Parado!

Oxalá que Victor Rosa, actual responsável pelo “impasse”, desperte da inércia e faça num ano o que deixou por fazer em 3. Mesmo que opte por outra solução que não a alinhavada. O que não pode acontecer é passar-se do brio ao relaxe!

Não lhe falta capacidade nem talento para exercer o cargo, como também não lhe falta habilidade para conquistar votos. Mas que não se esqueça que da última vez, numa disputa que estava perdida, o jogo foi virado à tangente, em cima da hora. E que, se houver próxima, ou “acorda” mais cedo ou poderá não haver o tal “milagre”, Preto no Branco.

Ricardo Alves Gomes

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

As 12 questões aos principais cabeças-de-lista no círculo da ilha das Flores...

está disponível no «Flores - Eleições Legislativas Regionais 2008» a dúzia de questões que enviámos como nossa "entrevista" aos principais cabeças-de-lista no círculo eleitoral da ilha das Flores, concretamente (e por ordem alfabética): António Maria Gonçalves (PSD), Manuel Herberto Rosa (PS), Paulo Jorge Rosa (CDS/PP) e Paulo Valadão (CDU).

Estabelecemos o máximo de 600 caracteres para cada resposta à nossa dúzia de questões e também estipulamos as 12 horas da próxima segunda-feira (dia 13) como prazo limite para recepção das respostas, que deverão ser publicadas no dia seguinte.

Desde já agradecemos muitíssimo a tod@s @s noss@s muit@s leitor@s que nos enviaram propostas de perguntas, de entre as quais seleccionamos a presente dúzia de questões. Às noss@s leitor@s cujas algumas perguntas não foram por nós escolhidas, pedimos desculpas mas infelizmente não nos poderíamos estender para além da presente dúzia de questões.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O nosso petiz blogue-irmão: «Flores - Eleições Legislativas Regionais 2008»

Para darmos plena vazão aos conteúdos desta prolífica época de campanha eleitoral das Legislativas Regionais 2008 e não querendo descaracterizar [mesmo que apenas momentaneamente] o «Fórum ilha das Flores» ao publicarmos muitos textos seguidos (e algo extensos) sobre a mesma temática, decidimos criar um blogue-irmão exclusivamente direccionado para a cobertura das Eleições Legislativas Regionais - Açores 2008 no círculo eleitoral da ilha das Flores, com alguns sortidos apontamentos da campanha eleitoral florentina.

Continuaremos (como é normal) a publicar neste «Fórum ilha das Flores» os regulares textos de opinião d@s noss@s colaborador@s, passaremos a ter então como "novidade" a quas'instantânea menção/ligação aqui para os textos [mais extensos e específicos] publicados no nosso blogue-irmão «Flores - Regionais 2008».

Como início do «Flores - Eleições Regionais 2008», e na senda do controle público da riqueza d@s titulares de cargos políticos, foi apresentado um compêndio das declarações de rendimentos de actuais candidatos às Eleições Legislativas Regionais pelo círculo eleitoral da ilha das Flores e que já tenham sido (ou ainda sejam presentemente) titulares de cargos políticos, nomeadamente deputados regionais eleitos pela ilha das Flores.
Assim, apresentámos dados sobre alguns dos rendimentos declarados ao Tribunal Constitucional por Manuel Herberto Rosa e José Gabriel Eduardo (respectivamente, primeiro e segundo candidato na lista do PS), António Maria Gonçalves e José Francisco Fernandes (respectivamente, primeiro e segundo candidato na lista do PSD) e Paulo Valadão (cabeça de lista pela CDU).
De Paulo Jorge Rosa (cabeça de lista do CDS/PP) e dos restantes principais candidatos das outras forças políticas concorrentes no círculo eleitoral da ilha das Flores, não apresentámos qualquer informação, pois estes nunca exerceram nenhum cargo político remunerado (logo, não têm qualquer declaração de rendimentos entregue no Tribunal Constitucional).
Saudações florentinas!!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Socialistas não cumpriram com a ilha das Flores... absolutamente!!! (#1)

A páginas 13 do caderno «Continuar a mudar as Flores para melhor - Manifesto Eleitoral do PS/Açores em 2004» pode ler-se no item 'Habitação e Obras Públicas': reconstrução do antigo Posto Meteorológico.

A lista do PS de Carlos César elegeu nessas eleições regionais [de 2004] como deputados pela ilha das Flores: Manuel Herberto Rosa e José Gabriel Eduardo.
Esta foi, pois então, uma promessa eleitoral ABSOLUTAMENTE NÃO CUMPRIDA pelos florentinos-deputados-socialistas-de-Carlos-César!!!

Açores são a região do país com maior incumprimento dos pârametros de avaliação da qualidade da água potável

Os Açores são a região do país que apresenta os maiores incumprimentos dos diferentes parâmetros para avaliação da qualidade da água, revela o relatório anual do instituto regulador do sector relativo a 2007.

Na Região Autónoma dos Açores, 22,01 por cento das análises feitas no concelho da Calheta (ilha de São Jorge) apresentam valores que não cumprem os parâmetros previstos por lei para o consumo humano. A seguir, estão os municípios de Lajes das Flores (17,51%) e Nordeste (14,27%), indiciando um problema de qualidade no abastecimento de água que se reflecte noutras ilhas do arquipélago. No Continente, os valores mais elevados verificam-se em Castro Daire (10,08%), Murça (8,48%), Terras de Bouro (8,33%) e Ponte de Sor (8,37%).

No relatório, os maiores incumprimentos da frequência mínima de amostragem - número mínimo de análises - verificaram-se nos parâmetros do controlo de inspecção, designadamente os referentes a poluentes orgânicos e metais. Esta situação está relacionada com o elevado custo das respectivas análises, salienta o relatório sobre o «Controlo da Qualidade da Água para Consumo Humano» do Instituto Regulador de Águas e Resíduos (IRAR), relativo a 2007.

Por outro lado, a violação dos parâmetros microbiológicos está relacionada principalmente com a insuficiência ou ausência de desinfecção, questões relacionadas com o pH, ferro, manganésio e arsénio, devido essencialmente a causas naturais. Outra questão que motiva a violação dos parâmetros é o excesso de alumínio, uma situação relacionada com a operação das estações de tratamento. De acordo com as autoridades de saúde, não há evidências que os incumprimentos verificados se tenham traduzido em casos associados a doenças transmitidas pela ingestão da água distribuída pelas entidades gestoras, nem houve relatos de surtos epidemiológicos associados à ingestão de água para consumo humano devido à qualidade insuficiente.

Em mais de 200 municípios de Portugal Continental e da Região Autónoma dos Açores, a percentagem de análises em falta foi nula. A grande maioria dos incumprimentos dos parâmetros ou do número de análises mínimo continua a registar-se no interior, em zonas de abastecimento com menos de cinco mil habitantes, onde há mais falta de recursos humanos, técnicos e financeiros. Nestas zonas, estão concentradas 87,8 por cento das análises em falta e 86,8 por cento dos incumprimentos dos valores paramétricos, apesar de representarem apenas 18,6 por cento da população servida. O relatório de 2006 indicava que naquelas zonas do interior se concentravam 80,3 por cento das análises em falta e 84,2 por cento dos incumprimentos dos valores paramétricos.

Notícia: «Jornal de Notícias», «Portugal Diário», Notícias.RTP.pt, «Açoriano Oriental» e «Diário de Notícias». Adicionalmente leia-se ainda a notícia do «Correio dos Açores»: "Plano Regional da Água, relatório chega finalmente às autarquias".
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

A qualidade da nossa água potável...

há dois anos atrás [ainda no nosso predecessor «Rocha dos Bordões»] havia sido feito o alerta: «Lajes com água de má qualidade!!!» (com base nos resultados do Relatório de 2004), sendo que no Verão do ano passado retomamos este mesmo tema em dois outros textos: «Má qualidade da nossa água potável??» e «A [falta de] qualidade(??) da nossa água (pouco??) potável...» (partindo dos resultados do Relatório de 2005).
Entretanto, no tocante às primeiras conclusões do «Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal - ano 2006» é de salientar a presença de ambos os municípios florentinos nos piores escalões respeitantes às falhas na realização de análises à qualidade da água [as Lajes no último escalão e Santa Cruz no terceiro escalão].
Quem queira aferir esses dados com maior detalhe pode consultar o volume 3 do Relatório, sobre a «qualidade de serviço prestado aos utilizadores pelas entidades gestoras concessionárias no ano de 2006» ou o volume 4 do mesmo Relatório, sobre a «qualidade da água para consumo humano em 2006»; ainda poderá também consultar os gráficos interactivos das evoluções havidas nesta temática (e desde 2002) em todos os concelhos do país
[já nas «Aplicações interactivas» deve clicar-se em «Qualidade da água para consumo humano» e "fazer correr" o ficheiro «dqa2006.swf»].
Bastante positiva parece ser a proposta do grupo parlamentar do PS [na Assembleia da República] recomendando ao Governo que torne obrigatória a inclusão dos dados das análises realizadas (ou em falta) à qualidade da água [e os seus respectivos resultados] na própria factura aos consumidores, bem como a disponibilização desses mesmos dados para consulta na internet.
Nota: este texto estava a modos que "meio perdido" [desde o passado mês de Fevereiro] nos rascunhos do «Fórum ilha das Flores». Mesmo algo tardiamente, optámos pela sua publicação agora, por se considerar ser informação de interesse público.
Saudações florentinas!!