Assim foi o Espírito Santo na Cuada
Mais um ano, mais uma festa de Espírito Santo do Império da aldeia da Cuada. O segundo mais antigo da ilha das Flores, que data de 1841.
Três dias de festa, mas durante todo o ano são levadas a cabo rotinas seculares, nomeadamente a estada da coroa em casa de pessoas/fiéis por períodos de um mês, entre outras. Na semana da Trindade, onde esta festa é inserida, é rezado o terço todos os dias e as alvoradas são tocadas à terça-feira, quinta e sábado, sendo que terça e sábado cabem aos foliões da Fajãzinha e quinta e domingo aos foliões da Fajã Grande.
Cheia de simbolismo e tradição, esta festa é muito apreciada ainda hoje. Do que resta da memória dos que viveram nos anos do século passado, dos cabeçantes mais antigos constam os nomes de José Pimentel, José Augusto Lopes, José Valadão Eduardo, José Lourenço Fagundes, etc.
Desde 2009 passou a haver comissões anuais, em que 7 nomes são sugeridos pela comissão em exercício e em que só três são escolhidos pela técnica de “tirar a sorte”, em que uma criança tira três “sortes” de onde consta o nome de cada um. Este ano os cabeçantes foram José Augusto Jorge, Francisco Eduardo e Nazaré Pimentel.
Actualmente conta com 102 mordomos, que no final da sexta-feira e durante a noite vem ao Império levantar o seu “arlique/peso” de carne. A festa culmina no domingo com a ida das pessoas levando as insígnias a pé desde o império na Cuada até à igreja da Fajã Grande, sendo que na parte final do percurso são incorporadas uma imagem e as insígnias do Espírito Santo que vem ao seu encontro para em conjunto remarem até à igreja onde é celebrada uma missa cantada.
Bem-haja a todos os que tornaram possíveis estas imagens (nomeadamente a comissão/cabeçantes), em especial à Luísa Silveira pela ajuda à produção e responsável pela fotografia.
Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!
1 comentário:
Dou os meus parabéns ao realizador desta produção/video, por ter postado aqui o mais longínquo da tradição ainda usual/mantido na festa do Espírito Santo do Império da Cuada.
Achei muito adequado manter a Procissão pelo caminho/canada antiga dos tempos de outrora.
Acho gratificante para os que saíem da ilha, principalmente para o estrangeiro, continuarem a saborear os seus recantos onde nasceram ou seus pais. Alguns já velhotes não voltam fisicamente mas no seu intímo voltaram ao seu passado.
Obrigado e continue a divulgar o mais esquecido dos esquecidos eventos.
Um abraço do estrangeiro...
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