segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Prova de conhecimentos dos profe's será realizada em apenas três ilhas

Movimento dos Professores e Educadores Precários e Desempregados dos Açores considera inadmissível que a Prova de Conhecimentos e Capacidades não se realize em todas as ilhas da Região, alertando que quem se deslocar da sua ilha pagará no mínimo 200 euros.

“Com a centralização desta prova na Horta, Angra do Heroísmo e Ponta Delgada, os docentes contratados da Região que queiram concorrer ao concurso nacional de professores terão de despender de uma quantia nunca inferior a 200 euros para se deslocarem para a realização da prova”, refere o Movimento de Professores.

Nos Açores a prova será feita em apenas três das nove ilhas: Terceira, Faial e São Miguel. Os professores das restantes ilhas terão de fazer a viagem para estar presente a 18 de Dezembro nas cidades de Angra do Heroísmo, Horta ou Ponta Delgada. Além do custo da passagem, os professores serão também confrontados com cortes no vencimento pois terão de faltar ao trabalho, acrescentou Sónia Penela Martins, do Movimento.

Para o Movimento de Professores e Educadores, que discorda em absoluto da prova, esta é uma situação inadmissível e defende que a mesma seja realizada em todas as nove ilhas dos Açores.

"Na verdade, a introdução de tal prova para acesso à carreira é uma indignidade que coloca em cheque institutos públicos e Universidades, criando um denso véu de desconfiança relativamente à qualidade da formação que estas entidades públicas proporcionam, denegrindo, também, os professores legalmente profissionalizados", sublinha o Movimento dos Professores e Educadores Precários e Desempregados dos Açores, assinalando "a decisão política da Secretaria da Educação de não condicionar o concurso dos professores contratados da Região a uma prova completamente injusta".


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

5 comentários:

Anónimo disse...

Tomara aqueles que diziam que as avaliações eram uma farsa, que eram só burocracias e que não aguentavam tanta papelada, terem hoje trabalho!
Hoje não se contratam professores.
Hoje reduzem-se os ordenados dos professores
Hoje, aumentam-se horas de trabalho aos professores.
Hoje aumenta-se o número de alunos por turma.
Hoje tributam-se desalmadamente os professores.
Hoje duvida-se da capacidade dos professores e ferram-se-lhes exames.
Já repararam que os problemas de disciplina com alunos, que tanto alarido deram há tempos, pararam?
Já repararam que quem é colocado em lugares recônditos, está agora bem calado?
Já repararam que ninguém fala agora em avaliações?
Já repararam que à fase "rejeita papeis" sucede-se o "venham papeis"?
Pois é. A ministra Lurdes foi vingada.

Anónimo disse...

Sou a favor da prova pois na função Pública qualquer funcioário Publico que entre faz uma provar escrita para entrar para os quadros, independentemente de ter curso ou não, os professores não são melhores que os outros, por isso acho muito bem! Estavam muito mal habituados estes senhores professores!

Sou um perfeito tolo disse...

Durante anos a classe dos professores foi "levada ao colo".
Durante anos a classe dos professores teve acesso a um numero de dias de descanso (férias de Natal, férias de Carnaval, férias da Páscoa, férias "grandes" e afins) que nenhuma outra profissão teve ou tem direito.
Os professores orgulham-se que são eles que "tratam" dos filhos dos "outros". Não, não tratam, formam os filhos dos "outros" para um futuro que em nada tem de promissor.
Mas é mesmo por isso que são professores, e se o são foi porque escolheram, não porque lhes foi imposto.
Qual é o profissional que, nos dias que correm, trabalha horas extraordinárias, e não é remunerado? Qual é o profissional que, nos dias que correm, não está sujeito a uma avaliação constante por parte de quem os supervisiona, avaliação essa, muitas vezes levada a cabo de uma forma discriminatória, pois "mais vale cair em graça que ser engraçado"?
Durante anos a classe dos senhores professores foi considerada, por eles próprios, uma classe superior, uma classe diferente, uma classe arrogante.
Chegou o momento dos senhores professores se consciencializarem que terão e deverão ter um tratamento igualitário perante todos as outras profissões, desde o agricultor, passando pelos administrativos e acabando na generalidade do proletariado.
O professor é um elemento imprescindível da sociedade, não haja duvidas, mas todos os outros cidadãos que exercem qualquer tipo de função social e contribuem ativamente para o desenvolvimento social,também o são.
Não é por ser professor que tem mais conhecimento.
Não é por ser professor que não deve ser sujeito a avaliação.
Não é por ser professor que deverá ter um tratamento diferenciado.
Concordo que a forma como todo o processo está a decorrer não é de forma alguma o mais equitativo para os professores das Flores e Corvo, mas esse é um custo da insularidade a que estamos sujeitos, e alguns dos professores que cá estão (de passagem para a outra margem) só agora é que começam a dar o valor à população florentina,que desde os primórdios, se debate contra situações, de uma certa forma, idênticas tendo em conta os vários contextos.

Anónimo disse...

Quando falei na "vingança" da ex-ministra Lurdes, não queria chegar a tanto.
Ser professor é uma profissão muito digna e de muita responsabilidade. É a formação dos nossos filhos e o seu futuro que está em causa. São as vocações que surgem pelo zelo de um dado professor ou pela metodologia utilizada.
Um bom professor numa escola é um tesouro inestimável.
Para se ser bom professor tem de se ter vocação e conhecimentos especializados, que exigem investimento de tempo e dinheiro na formação.
O ordenado do professor, pelo destaque social que a profissão tem, não pode nem deve ser nivelado por baixo.
Assim como os médicos, os engenheiros, os arquitectos e os advogados não são.
Ser professor não é ser o parente pobre de quem tira um curso superior.
Agora os professores nos últimos anos não seguiram a estratégia mais correcta. Não quiseram ser avaliados, como qualquer criatura na sua profissão é. Reclamavam a torto e a direito dos alunos, quando a sua obrigação é saber educar, tinham férias como ninguém e, cúmulo dos cúmulos, nunca estavam contentes com as tutelas que tinham.
Muitos estão a pagar pelo que fizeram. Outros, felizmente a maioria, levam agora por tabela sem culpa nenhuma.

Anónimo disse...

sou a favor da prova dos professores que passaram a cargos publicos ou vereador a fazer um exame de especialidade de bolsas de estudo, e recuperação de pessoal.