segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Bote baleeiro está largado ao abandono

Os Açores foram durante séculos palco de grandes capturas de baleias, bem como grandes aventuras na baleação. As campanhas baleeiras no arquipélago tinham lugar anualmente, de 15 de Maio a 15 de Setembro. Eram utilizados os "botes de boca aberta" (típicos dos Açores) e arpões. Após a captura, as carcaças dos cetáceos eram objeto de desmancha para a extração do óleo ("azeite"), do âmbar-gris, das barbatanas e da carne. Os ossos eram reduzidos a farinha. Até à década de 1930, a extração do chamado "azeite de baleia" ainda era processada pelos próprios baleeiros, num processo artesanal conhecido como "a fogo direto" em instalações denominadas "traiois", constituídas por duas caldeiras adossadas, assentes sobre uma fornalha.

Desde 1987 que se deixou de praticar a "caça" à baleia em Portugal, tendo o último cachalote sido caçado ao largo da vila das Lajes do Pico. O comércio de produtos extraídos da baleia (inclusive o marfim) foi proibido. A caça comercial de baleias foi proibida em 1986 pela CIB (Comissão Internacional da Baleia), o órgão responsável pelo controle da caça à baleia.

Nesta nossa terra do Sol Poente, a prática da baleação não foi excepção, tendo-se tornado uma das principais fontes de rendimento. Algumas mortes ocorreram, alguns traumas permanentes e grandes aventuras se deram, em que os principais protagonistas estão agora a desaparecer, levando consigo um espólio incalculável, sendo mesmo considerado património cultural imaterial (ou património cultural intangível).

Muito grave é o caso que vos apresento nestas imagens: o bote baleeiro São José encontra-se completamente votado ao abandono e à mercê da destruição. Quantas baleias, quantas aventuras, quanta felicidade, quanta esperança, quanta cumplicidade se viveu nas embarcações baleeiras que só os intervenientes puderam testemunhar e em muitos casos tornando-se segredo.

É muito triste, desolador, inconcebível, inaceitável, diria mesmo desumano e ficaria por muitas mais palavras a adjetivar, o facto do bote São José estar desfazer-se a passos largos e nada ser feito. Tantos milhões de euros desaparecem diariamente sem se saber para onde vão... quando para salvar o bote baleeiro São José alguns poucos milhares de euros seriam bastante para que ele repousasse condignamente num lugar onde actuais e futuras gerações pudessem admira-lo e com ele todas as histórias que a História teima em fazer cair no esquecimento.

Não vamos rezar pois não vale a pena, vamos sim ser dignos do nosso passado, da nossa História e salvar, dar a dignidade que esta relíquia merece, todos nós merecemos... A História merece! Em muitos casos é de lamentar que a história seja feita pelos homens, sendo esses mesmos homens a apagarem a História.


José Agostinho Serpa

31 comentários:

Anónimo disse...

a sombrinha do JMS (do fascismo ) que vai entrar no recuperar a pressao dele sera no ambiente ou na Camara
podia recuperar o bote
ao que se chega

Anónimo disse...

A gente gosta de ler os comentários aquí feitos, mas é quando se conseguem ler, mas há uns analfabetos que para aqui digitam uma letras que ninguém percebe ...

Anónimo disse...

Não percebes nada. São mensagens codificadas.
O destinatário percebeu.

Anónimo disse...

Épa para o Ambiente parece que á a Sofia da Faja Grande

Anónimo disse...

Anônimo das 19:30, por várias vezes, eu também não consigo entender absolutamente nada do que escrevem. Claro que há de se considerar que sou brasileiro e então a dificuldade ainda é maior. Mas, mesmo com tais dificuldades, gosto de ler este blog para saber de histórias, problemas e conquistas de vocês. E admiro quando discutem os seus problemas focados no assunto e não em questões pessoais.

Anónimo disse...

Promessas de partidos,viva as Eleições,para a próxima há mais.

Anónimo disse...

E fazer um bocadinho de voluntariado, organizar horas de trabalho e dar um contributo para a preservação?
No lugar de andar sempre a cramar, que tal fazer um bocadinho de serviço público voluntário?

Anónimo disse...

no meu saber o JMS nao tem sobrinha com nome de Sofia

Anónimo disse...

Não percebeste que não será a sobrinha do JMS ?

Anónimo disse...

para quando será que a camara manda arranjar estes botes para não se perder o património

Anónimo disse...

Em lugares civilizados, as pessoas organizam-se e fazem voluntariado, dando algum do seu tempo para o bem comum.
Aqui não. Manda-se o governo, a camara e a junta fazer.

Anónimo disse...

Então para que serve o governo a câmara e junta talvez para nadinha...,....,....,....,....

Anónimo disse...

como a camara das lajes fez um museu tambem este presidente não quer ficar atrás e está a fazer um em vez de arranjar estes botes que matou a fome a muitas dezenas de familias e guardalos na fabrica ou até fazer desporto covidando antigos balieiros que anida estão vivos para uns convivos e eles contarem hestoria sobre esta vida balieira e a sua grande coragem de lutar contra um grande animal.

Anónimo disse...

Organizem-se. Comprem o bote ao dono, arranjem-no e dêem-lhe nova utilidade.
Pode servir para passeios com turistas, aproveitando o saber dos antigos baleeiros.
Bem pagos, claro está.

Anónimo disse...

Caros leitores, vamos tratar de casos sérios e graves.
Num do mês de Janeiro fim-de-semana, fui dar um passeio pela nossa ilha.

Como há muitos anos não ia à Costa do Lajedo, fui até ao fim da estrada de asfalto.

Fiquei perplexo quando, na minha caminhada cheirou-me mal, junto a uma ribeira que corre ao lado de uma casa nova a última debaixo. Ia na esperança de apanhar agrião, pois há muitos anos que sempre que posso vou lá, pois onde moro não há.

Como estava equipado para caminhadas segui a ribeira pelas terras, até encontrar a origem do mau cheiro, que é, nem mais nem menos, que uma criação de animais com mais de uma centena entre os que pude ver, dezenas de porcos e um enorme palheiro onde habitam inúmeros animais bovinos, dezenas de cães, dezenas de galinhas onde toda a “porcaria” é lavada e conduzida para ribeira e para já não falar na legalidade de tudo aquilo.

Tanto quanto constatei, resultado de perguntar na Costa do Lajedo de quem era, foi-me informado que aquilo é de um tal Maradona que também se chama Aníbal.
Fiquei doente e a semana passada, quando o tempo deixou, voltei à Costa do Lajedo para ver melhor e desta vês desci a ribeira até onde pude ir. Encontrei uma autêntica destruição, incluindo enguias mortas, coisa que não sabia que havia lá.
Cada vez mais intrigado, fui de barco até à foz da ribeira, visto não saber o caminho terrestre, encontrei um senário desolador, o mau cheiro, o mar manchado de estrume de animais, para já não falar das ervas do mar que ali são muitas e boas e as lapas.

Gostaria que da próxima vez que eu, ou outra qualquer pessoa fizesse a mesma caminhada não se deparasse com a mesma coisa. e que também poder voltar a comer agriões apanhados nessa ribeira.

Tanto quanto é do conhecimento de todos existem leis que regulamentam estas situações em protecção do meio ambiente e das próprias situações.

Muito me admiro como é que o Sr. José Agostinho que é sempre pronto para apontar o dedo, não tenha mostrado esta "porcaria" realidade ali mesmo ao pé da casa dele, pois também descobri que a casa lá em baixo perto da ribeira é dele.

um florentino indignado

Anónimo disse...

a inveja sempre ao de cima nesta terra à beira mar plantada !!

Anónimo disse...

afinal a camara vai arranjar o bote ou não eles é que te dinheiro e este bote faz parte do património da freguesia de santa cruz, não é só ter a fábrica e não ter os representantes que neste caso o bote.

Anónimo disse...

Repito: nos lugares civilizados e ricos, como a Alemanha,a França ou nos países escandinavos, é comum os cidadãos organizarem-se e fazerem voluntariado. Ajardinam espaços públicos, plantam árvores, às vezes limpam a porcaria que outros fazem e recuperarem o seu património.
As pessoas percebem que há certas coisas são de todos e é obrigação de todos dar contributos para o bem comum.
Isto em países civilizados e ricos.
Aqui, onde o dinheiro escasseia, campeia a pelintrice saloia e manda-se os outros fazerem.
Passa Fora!

Anónimo disse...

Em vez de cagares sentenças para os outros porque não te voluntarias tu?

Detetive disse...

Não sei se meia dúzia de porcos e galinhas sujam uma ribeira assim tanto e até chegam ao calhau.
O "denunciante" diz que não vai aquele lugar há anos, mas depois, contraditoriamente, diz que vai lá quando pode apanhar agriões.
Depois dá-se ao trabalho de ir de barco até à foz inspecionar as lapas e as algas.
Cheira que há qualquer coisa que não bate certo.

Anónimo disse...

como este está a cagar sentencias está mais que visto onde trabalha e não querem mesmo arranjar o bote mas sim acabar com o nosso património, mas nós é que temos culpa votamos neles.

Anónimo disse...

Relativamente ao caso da Costa do Lajedo aqui temos uma bela pauta para escrever uma brilhante partitura. Esperamos anciosamente para ver o desempenho do maestro. olha que o Ambiente e tudo o que se relaciona com ele é mais que uma clave de sol!!!

Anónimo disse...

Eheheh!!!!!!
Claves de Sol,Fá Dó etc. ,acordes normais,dissonantes,atonantes e outros,bemois,sustenidos,oitavas,
terceiras,apojecturas,tercinas sincopados,rallentandos,picattos,
allegros,solos tuti,coisas que ninguém imagina,mas não se preocupem que de musica o Maestro sabe.

Anónimo disse...

vou fazer uma pergunta tolo. o zé da musica é que ficou no ambiente.

Anónimo disse...

Anónimo 06.02.2014.01.44, sabe muita musica,mas não sabe que o maestro do Ambiente, sabe fazer e vai fazer, NADA, em parcearia com a Camara uns almoços, umas visitas ao campo, umas vendas da banha da cobra, cativar uma ou duas pessoas para as póximas e o que interesa nao interesa.doi,tambem tem um vigilante dos duros.

Anónimo disse...

Este amigo sabe muito de musica, parece me um gato escondido com o rabo de fora! Será que ele sabe muita coisa de ambiente. de inhames deve saber,lol lol

Anónimo disse...

Kerias dizer que o vigilante é dos duros ou dos "anafados". Será que ele tambem sabe tocar musica?é porque vigiar julgo que vigia mal, é capaz de ser do nevoeiro....

Anónimo disse...

Alguem me explica porke que é que a sobrinha do JMS trabalha undercover para CML?????,coitada a moça até nem é feia lol,

Anónimo disse...

Vocês não sejam maus, deixem o zé da musica trabalhar no imbiente, coitado o homem, não o deixarem ser deputado, ao menos que o recompensem de alguma forma!

Anónimo disse...

Acho que o senhor Jose Gabriel vai fazer um trabalho no Ambiente, eu se fosse ele agora vingava-me daqueles tolos que lhe meteram a faca, e o macieira ía cair ao meus pés, vamos ver se ele aprendeu a lição

Anónimo disse...

Quanto à porcaria na ribeira da Costa, eu sou testemunha que o que foi dito é verdade.
Conheço muito bem a Costa do Lajedo, onde tinha um grande amigo o Sr. Batista e Sr. Freitas.
Fui lá este fim de semana, para ver se era verdade, para depois poder falar.
É tudo verdade e ainda posso dar uma ajuda às autoridades se tiverem interesse e espero que sejam rápidas, pois o que la se passa é grave e um atentado sem precedentes contra o ambiente.
A ribeira que serve de esgoto, Chama-se Ribeira da Cardosa e é a única ribeira e tem inicio junto à nascente de água que abastece a Costa e vai desauguar no mar.
Toda a vida deu agrião mas o que pude ver é que está a morrer devido ao estrume que lá corre.
O lugar onde se encontra o referido lugar com sentenas de animais chama-se "Os Piques" e fica à esquerda quem desce numa entrada remodelada pela Cãmara municipal, aliás que tem conhecimento de tudo isto, bem como o veterinário que lá vai quando é preciso.
QuaNTO AO sR. O IDEALISTA E DONO DE TUDO O QUE LÁ EXISTE é o Sr. Aníbal Freitas que trabalha na zona dos combustíveis lá no porto das Lajes das Flores.
Se algué, tem dúvidas fassam como eu, vão la ver para crer e se descerem a ribeira. preparem-se, vão de mascra e de botas de cano até ao joelhos.
Espero que as pessoas competentes htomem uma atitude, pois as fotografias que tirei são suficiente para uma denúncia junto à secretaria do ambiente e do mar.
uma testemunha