Perigo de uso excessivo de adubos
Vários especialistas da Universidade dos Açores defendem que há sinais indicando existir abusivo e inadequado uso de adubos, nomeadamente azotados.
De acordo com Jorge Pinheiro, professor da Universidade dos Açores, a situação atual no que se refere à utilização de adubos pela lavoura representa uma verdadeira "caixa secreta", não havendo "noção da quantidade de adubos que são importados pela Região e que quantidades são utilizadas".
A situação poderá estar a trazer custos elevados a nível do rendimento das explorações, do bem-estar animal e também da vertente ambiental, com perigo no que se refere à água, visto que o azoto se movimenta no solo. Jorge Pinheiro sublinha que, se há três décadas atrás existiam alguns números sobre a matéria, hoje encara-se o vazio de conhecimento: "Estamos a pagar o preço da ignorância real dos factos. Os juízos que se fazem podem pecar por excesso ou defeito", resume.
Também Anabela Gomes, da Universidade dos Açores, sublinha que não há estatísticas sobre a matéria no arquipélago. Os custos de uma utilização que se adivinha excessiva de adubos azotados podem estar a verificar-se nas explorações: "A aplicação excessiva [de adubos] pode traduzir-se na morte de animais e em abortos espontâneos. As vacas consomem pastagem com demasiados nitratos e o leite regista elevados índices de ureia, também. Há muitas consequências possíveis".
O grande risco para a saúde humana poderá ser a contaminação das águas. Anabela Gomes sublinha que, no caso da ilha Terceira, as águas para consumo veem sobretudo das terras altas, onde não se pratica agricultura, pelo que o risco está minimizado.
O professor universitário Alfredo Borba afirma existirem análises a forragens que indicam a presença excessiva de adubos, mas não se consegue ir além destes sinais preocupantes: "Não há estatísticas", sublinha, "embora tudo indique no sentido de um uso inadequado dos adubos". Alfredo Borba defende que a situação tem um custo para as explorações e também ambiental.
Para Jorge Pinheiro, o cenário é incompreensível: "Qualquer país ou região agrícola que se preze faz questão de ter estes dados, é essencial", sustenta o investigador universitário.
Um passo para reduzir a utilização de adubos azotados seria a introdução de espécies que naturalmente fixam nas terras o azoto presente na atmosfera. Em causa estão as leguminosas, como o trevo branco e amarelo ou a luzerna. Anabela Gomes defende a necessidade de a Região dar passos neste campo já há vários anos, mas até agora nada tem sido feito: "Trata-se de ver que espécies se dão melhor em determinadas explorações, onde devem ser utilizadas e avançar para isso. Era isto que os antigos, que não tinham acesso a adubos, faziam".
Uma fonte contactada pelo «Diário Insular» expressou convicção de que o uso excessivo de adubos nas explorações pode estar a levar a quebras de rendimento na ordem dos 25 por cento. Um estudo publicado na «Science For Enviroment Policy» aponta que a presença de biodiversidade nas pastagens leva naturalmente a solos férteis.
Os especialistas defendem que diferentes lavouras terão diversos caminhos e que é tempo de uma ação conjunta entre Governo Regional, associações agrícolas e Universidade dos Açores.
Notícia: jornal «Diário Insular».
Saudações florentinas!!
6 comentários:
no meu tempo quando havia dinheiro para comprar uma saca de adubo dava para dez alqueiros de relva.
Governo Visita Ilha das Flores Segunda Feira, e espero que seja desta nas Lajes o aumento do Porto de Recreio passando a Marina, a Pousada da Juventude, o Centro de Saúde, melhores condições no Porto, quanto a obras neste altura nas Lajes não há nada para inaugurar.
ouvi ondagora no café que o governo vem ás flores segunda feira, vamos a ver se vai dizer que o centro de saude será feito nas lajes, esperemos que diga que sim.
Espero que a partir de amanhã o Concelho das Lajes tenho definitivamente enfermeiro na Casa do Povo.
ja a muito tempo que digo que usou e abusou dos adubos quimicos , pesticidas , erbicidas e pesticidas , usou se sem pensar no mal que faziamos a os propios terrenos e depois sem pensar nas consecoencias pra pessoas . talvez vaiamos a tempo de parar de usar estes produtos prejeducionais tanto pra os terrenos como pra os animais e as pessoas , possivelmente levaremos um periudo de 5 a 10 anos pra limparmos os terrenos destes produtos e podermos avançar pra uma agricultura biologica e tambem crianção de animais pra produção de carne biologica com mais valor no merCADO . E TEMO CONDIÇOES na ilha pra este tipo de coisas .
ouvi hoje na fagã que a camara tinha dado 4 mil euros para a festa da musica mas não creditei é que eles dizem que não tem dinheiro.
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