Empresário luso-canadiano mantém interesse no navio "Atlântida", mas continua sem resposta do Governo...
O empresário luso-canadiano João Amaral garantiu, em entrevista à Agência Lusa, que mantém a proposta de compra do navio "Atlântida" por 47 milhões de euros, mas não recebeu ainda qualquer resposta do Governo [Regional] açoriano. A proposta foi formalizada a 1 de Julho ao secretário regional da Economia, Vasco Cordeiro.
O [navio] "Atlântida" foi um dos dois navios encomendados pelo Governo [Regional] açoriano aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), cujos contratos rescindiu há poucos meses, com a justificação no caso do "Atlântida" de que a velocidade de 16 nós com que ficou dotado é abaixo dos 19 [nós] exigidos.
Face a esta situação, o empresário natural da ilha de São Jorge e emigrante no Canadá há 40 anos, iniciou contactos com os ENVC e avançou [com] a [sua] proposta, indicando estar disposto a pagar 47 milhões de euros pelo [navio] "Atlântida", repartidos por 32 milhões de euros ao Executivo [regional] açoriano e 15 milhões aos ENVC.
"Espero que o Governo [Regional açoriano] aceite a proposta que lhe fiz, que é pagar 32 milhões de euros em dez anos. Vamos prestar um serviço ao Governo [Regional] que ele tem vindo a fazer durante três meses", salientou à Agência Lusa, João Amaral. O pagamento dos 32 milhões de euros seria a partir de uma verba anual de 3,2 milhões de euros que João Amaral receberia do Governo Regional, com base num "contrato de aluguer de prestação de serviços" a ser celebrado entre as duas partes.
Este contrato seria para transporte de turistas e passageiros em todo o arquipélago durante todo o ano, dado que o [navio] "Atlântida" funcionaria como um navio de cruzeiros. "Há que ver que o Governo [Regional] açoriano está a pagar sete milhões de euros por um transporte nas ilhas que se efectua apenas durante três meses por ano", sublinhou [João Amaral].
Com esta proposta "vou resolver dois problemas com o [navio] "Atlântida". O Governo [Regional] açoriano fica com o problema resolvido, fica com a cara mais limpa que o tem hoje por causa da compra daquele navio. Ficam os açorianos com o navio nas ilhas durante todo o ano e ficam os Estaleiros Navais [ENVC] também fora de problemas", sublinhou o empresário luso-canadiano. Quanto à sua posição neste negócio, disse: "Eu não sou a Teresa de Calcutá, mas daqui a 10 ou 12 anos o navio está pago e é um navio novo e eu sei [que] vou servir aquela gente [os açorianos]", disse.
A capacidade de transporte do [navio] "Atlântida" é de 750 passageiros e de 125 carros mais oito autocarros. A compra do "Atlântida" é apenas um dos três projectos que este empresário entregou este ano às autoridades [governamentais] açorianas. Os outros dois propunham à AtlânticoLine - empresa açoriana responsável pelo transporte marítimo de passageiros e de veículos no arquipélago - o fretamento de dois conjuntos de dois navios para operarem inter-ilhas.
João Amaral tem o mar dos Açores nas veias, tendo já ali operado nos anos 80 e 90 traineiras para o atum e dois navios de passageiros e carga - o velho "Santo Amaro" e o "Ilha de São Jorge", os quais perdeu. O primeiro [navio] "Santo Amaro", de 52 metros, foi comprado com dinheiro ganho no Canadá, tendo custado "15 mil contos" (cerca de 75 mil euros) e transportou carga e passageiros no arquipélago até que em 1986 se afundou ao largo da ilha Graciosa. O [navio] "Ilha de São Jorge", só para carga e operado pela sua empresa CanadaMar, sedeada na Lagoa, em São Miguel, foi adquirido em 1996 no Canadá por 1,2 milhões de euros, mas após uma batalha judicial nos Açores, nunca mais o viu.
Notícia: caderno de Economia do semanário «Expresso», «Açoriano Oriental» e jornal «A União».
Saliente-se também que o "relatório da inspecção, encomendada pelo Ministério da Defesa para averiguar o processo de construção do navio Atlântida e a sua rejeição pelo Governo [Regional] açoriano, considera que há responsabilidades "partilhadas" pelas duas partes envolvidas no negócio [que não chegou a ser realizado]", enquanto que o "Governo [Regional] desvaloriza [estas mesmas] conclusões do inquérito sobre [o negócio não concluído do navio] Atlântida".
De notar ainda que na passada sexta-feira [dia 14], ocorreu um incidente com a rampa do "Express Santorini", tendo este navio voltado no dia seguinte ao circuito de viagens inter-ilhas, ainda que (por enquanto) sem poder transportar viaturas.
Saudações florentinas!!
31 comentários:
Mas quem é que vende o barco rejeitado, o governo ou os estaleiros de Viana do Castelo?
A saaga dos transportes maritimos prossegue.
Por cada porca que que salta ou por cada parafuso que se desenrosca, faz-se alarido nos jornais.
Será que os azares não são a mais?
Será que serão tudo coíncidências?
Será que não dá para desconfiar?
Este amigo "empresário luso-canadiano" não deve estar bom de juízo...
"Investir" nos transportes marítimos de passageiros com as actuais contigências operacionais, as omnipresentes politiquices, os inevitáveis interesses instalados, a labiríntica burocracia,etc.???
Ó amigo da diáspora , se queres um conselho, investe no doce de araçal....
Um belissimo conselho, dado pelo patriota FDM.
E anda um traste desses, que se serve do passaporte português quando lhe interessa, a pregar...,
este senhor de são jorge já deveria ter tido o apoio do governo pelo menos é alguem que quer investir nos açores, nÃO É COMO UM QUE ANDA POR AQUI vender banha da cobra e já lhe foi pedido que ele apresenta-se soluções sobre o que escreve e nada é só para fazer criticas e nada construtivas.
O "ex-emigrante" que veste Armani, usa óculos Prada e só bebe champagne francês, aconselha quem gosta da sua terra, a não investir cá.
Porque não gosta do governo que escolhemos.
Porque acha que somos burocratas.
Porque há interesses instalados.
O que será que esta ave de arribação, que lá fora é português e aqui quer ser americano, anda cá a fazer?
Não percebo como é que o barco não presta para alguns e presta para outros.
O governo rejeitou o barco mas vai participar no seu financiamento para o mesmo fim !!??
Eu sei onde é que falta um parafuso..
Por 10 000 € eu também deito uma porta abaixo.
Não é preciso ser bruxo para constatar que não subsistem condições para esse projecto.
O "investidor" a curto prazo poderá ficar sem o capital investido, sem os barcos e ainda por cima com muitas dívidas às costas.
O sistema económico vigente na Região é muito diferente do ambiente de negócios que muitos dos nossos competentes empresários emigrantes estão habituados e familiarizados na América do Norte (onde a concorrência, a transparência e celeridade dos processos são factores determinantes).
Aqui a "iniciativa privada" é uma miragem e o Estado (através dos governos e das autarquias) tentam condicionar o desempenho livre das empresas, uma vez que o peso estatal na economia (quer directamente, quer por via legislativa ou fiscal) é de tal ordem que num ápice transformam um "empresário" num peão e servo da gleba do estado.
Óbviamente que a Região e o País com esta economia sovietizada, subvencionada e altamente regulada, não vai a lado nenhum.
Este modelo anacrónico de "economia" tem servido para "privatizar" o lucro (muitas vezes para grandes consórcios empresariais e aglomerados financeiros) e "socializar" o prejuízo à conta dos contribuintes incautos e espoliados.
Por isso repito, se esse nosso amigo luso-canadiano, se tem dinheiro para aplicar, pode falar com o FDM, pois este tem um faro especial para aplicar capitais.
Em "barcos encalhados", jamais (jamé!), como diria soberbamente o ministro Liño de Alcochete...
lá se vai o batelão para o seu pais é uma pena este dinheiro não ter ficado nas flores mas enfim.
A socialização de prejuizos à custa dos contribuintes aconteceu, como se sabe, recentemente nos EUA. Pior ainda, à custa dos Americanos, a maior parte dos administradores que prevaricaram não sofrerem beliscão, mantenso regalias.
Este mamão não só desconhece os Estados Unidos como não entende a realidade dos Açores.
Não sabe o que é descontinuídade territorial e desconhece por completo o nosso mercado.
A realidade açoriana só pode ser comparavel com outras similares. Com o Havaii. Com as Canárias. Com a Madeira. Com os arquipélagos Gregos. Com o ultramar Francês. Com certas ilhas das Caraíbas sob o dominio europeu.
E nalgumas dessas regiões, a tulização de barcos do tipo pretendido para fins turísticos (cruzeiros entre ilhas por exemplo) é uma actividade lucrativa, com mais valias económicas importantes para essas regiões.
Honra seja feita ao empresário, que para além dos proveitos que naturalmente deseja obter, tem visão e gosta da sua terra.
Velhos do Restelo como este mamão (reparem bem no nick) devem ser recambiados à procedencia.
Afugentam quem quer investir, contribuem para o disparo das importações e poluem o meio ambiente.
Poluem
ainda bem que há alguem que quer investir nos açores não é como este fdm que aqui só larga gadelha e ainda pensa que nós florentinos estamos acreditar na musica que ele canta. musica desta já cá tihamos não precisavamos de mais actores.
Pois é o resultado de querer mamar muito...
Muita gente ainda não percebeu como é que "investir" noutros sítios ou noutros territórios arquipelágicos dá lucro, enquanto aqui é preciso ter muito cuidado...
Durantes estes últimos anos há exemplos muito negativos de emigrantes e ex-emigrantes que tentaram "investir" em diversos negócios (hotelaria, imobilário, pesca, transportes, têxtil,etc.) e que mais tarde se viram confrontados com grandes dificuldades, pois não estavam preparados para serem lacaios e escravos do estado.
Se "investir nos Açores" (com o actual modelo politico, económico e fiscal) fosse uma coisa muito boa por que é que aqueles que aqui dão loas ao "investimento" deste nosso emigrante não criam a sua própria empresa, o seu próprio negócio?...
Não estão tolos...
Preferem receber limpinho um "bom ordenado" e uma "boa reforma" do São Estado&Cª,Lda e os outros que trabalhem e "descontem pr'a caixa"...
Aqui na Ilha - e nos Açores em geral - ainda o melhor "investimento" (principalmente para quem não sabe fazer nada) e com garantia do retorno do capital, é obter um tacho político ou uma boa "colocação" na administração pública...
O resto é lirismo ou música cigana para os meus delicados ouvidos.
Como diria Sinhôzinho Malta: estou certo, ou, estou errado?
Tá errado
Por acaso sou empresário.
Investi o meu dinheiro nos Açores, não sou tolo e nunca fui instado por quem quer que seja a ser "lacaio" ou "escravo" do estado.
Vivo com os lucros da minha iniciativa e com os proveitos do meu trabalho.
Há nos Açores, como há em toda a parte, boas e más oportunidades.
A apontada pelo empresário Açor-Canadiano, tendo em conta exemplos de outras regiões insulares como os Açores, tem pernas para andar.
Como em tudo na vida, há sempre velhos do Restelo.
Esse mamões é um deles.
É um mau açoriano, porque desencoraja investidores.
É um mau português, porque prefere produtos estrangeiros e envergonha-se do nosso passaporte.
É um péssimo democrata, porque degrine as nossas instituíções e não respeita quem de livre vontade escolhemos para nos gerir.
espero que esteja para breve sobre autorização do homem de são jorge que quer investir nos açores e em barcos de passageiros. se o homem mantiver os horários a 100% tenho a certeza que ele no fim do verão já teve muitos lucros da maneira em que já há muita gente que gosta de andar de barco e levar o seu carro é umas belas ferias e eu falo por mi.
o jl vai comprar um
Para mim se o homem quiser "investir" que o faça à vontade.
(Fogo à peça!)
Não o faça é com o dinheiro dos contribuintes, como a notícia descreve.
Esta história trágico-maritima dos transportes marítimos de passageiros já se transformou numa autêntica farsa e até dá para se especular sobre as propostas mais insólitas.
O que o Governo dos Açores deve fazer (e já o devia ter feito há muitos anos) é estabelecer as coordenadas do serviço público de passageiros e pôr a concurso público internacional a concessão desse serviço nas águas e portos açorianos, estabelecendo à partida as rotas, os meses de operação e as indemnizações compensatórias relativas aos "serviços públicos" tidos como indispensáveis.
(Não se deve entender como "serviço
público" transportar rapaziada a 1 euro ou bandos de excursionistas a meia dúzia de patacos.
Os cofres públicos estão exauridos e os contribuintes já não podem sustentar mais ilusões e diversões).
(Quanto à proposta do nosso amigo do Canadá é simplesmente lírica ( e talvez por isso é que o Governo nunca a considerou sériamente...
Eu com a minha experiência em negócios gostava de ver como acabaria essa aventura...)
Mas quem sabe, sabe, e pelos vistos o FDM é um incorrígível "empata-f****"...
Siga a dança, meus amigos, pois o "atlantic-titanic" ainda não bateu no iceberg...
Adenda informativa com notícias do «Açoriano Oriental»...
- Foram anuladas reservas e vendas de viagens no [navio] Viking: antes do prazo regulamentado foram vendidos bilhetes para viagens de barco com destino a Santa Maria [durante a Maré de Agosto] a portadores do Cartão InterJovem;
- Para suprir o problema acima referenciado, a AtlânticoLine informou que serão disponibilizados mais 125 lugares [no navio Viking] por viagem para e de Santa Maria durante a Maré de Agosto;
- Os tripulantes de hotelaria do [navio] Viking queixaram-se de terem acumulado 55 horas extraordinárias no curto período da operação do navio (iniciada a 5 de Agosto) e de que [esse] excesso de trabalho estaria mesmo a colocar em causa a capacidade de resposta da tripulação e a própria segurança da operação [de transporte marítimo de passageiros].
mas o viking já chegou eu não acredito ainda não o vi com os meus proprios olhos encostado no porto das lajes. assim que eu o vejo no porto das lajes assim já acredito que ele está nos açores.
estava tanto contente este ano pois tinha amealhado uns eurositos para umas férias na suiça mas a ouvir as noticias na rtp sobre 73 cidades mais caras e baratas do mundo sendo então a capital da suiça a mais cara e das mais barata lisboa. é com muita magoa mas vou ter que ficar por lisboa.
o JL vai comprar o atlantida
em resposta ao comentário do anónimo de Quarta-feira, 19 de Agosto de 2009 09H42m. Desengane-se lá de que vai ver o Viking atracado no porto das Lajes. Pro caso de V Exª não saber, esse mesmo barco só irá fazer viagens nos grupos Central e Oriental. Por isso, está-me cá a parecer que terá de continuar a ver o Express Santorini sem a porta lateral por mais uns dias.
Cumprimentos.
Que culpa tem a companhia dos barcos se não existem passageiros para as Flores?
tem muita culpa a companhia dos barcos e és o unico que não consegues ver um boi à distancia de um metro. então se vem pessoas da terceira de são miguel e de outras ilhas às flores e no regresso chegam ao faial a uma da manhã e são descarregados como bagás de prão sem direito alogamento pagando à sua custa até à próxima viagem, pois estas pessoas passam a palavra a outras das trapassas que esta companhia faz e não querem ir às flores como eu tambem se me acontece-se o mesmo não queria mas a cabeça do anónimo das 10,38 ainda não percebeu isto.
Mais uma pequena adenda informativa...
Na passada quarta-feira (dia 19), o navio "Express Santorini" voltou a transportar viaturas, após ter sido reparada e reinstalada a rampa de acesso para viaturas, tendo sido submetida a todos os testes necessários para comprovar a sua segurança (após o acidente, ocorrido na sexta-feira da semana anterior [dia 14], que danificou essa rampa de acesso das viaturas ao interior do navio).
O navio "Viking" sofreu domingo [ontem, dia 23], pelas 19h30, um pequeno incêndio numa das condutas de ventilação, junto às chaminés dos motores, quando atracava em Ponta Delgada [ilha de São Miguel] vindo de Santa Maria.
Nos Açores está a ser criado (com enorme sucesso, diga-se!) um novo e revolucionário conceito modular de transporte.
O passageiro ou o utente adquire uma passagem de barco e acaba por viajar de avião....
###Clickar no Nick FDM e visualizarão o novo Airbus da «Atlanticoline Air»#####
FDM tem razão.
Mas infelizmente a racionalidade é coisa que já não se aprende e se exercita, e por isso cada vez mais se ouvem preces para o apoio/subsídio do Estado/Região.
Não tardará que para coisar e fazer um filho, se peça apoio prévio do Governo, tipo candidatura ao SIDET ou sistema quejando, e com pontuação majorada para as ilhas da coesão.
O novo hotel é bem prova da razão do FDM. Amanhã seremos todos funcionários do Estado, com mangas de alpaca sempre a crescer...
Unless...
o GRANDE JL é k vai comprar esse barco e botar todos na linha. viva JL.
ja ganhaste
ó moços das lages, já á euros a rolar!! toca apostar, JL já tem 10000 contos pa dar!!so na ganha quem na quer, pena eu votar no outro conselho
o jl com este dinheiro compre umas arvores para plentar naquele jardim ao pé dos correios para ninguem torrar sentado nos bancos e dar uma nova imagem aquilo que chamam jardim.
dinheiro dinheiro viva o banqueiro do povo... viva! viva! viva!
Enviar um comentário