sexta-feira, 19 de abril de 2013

Muito difícil situação dos media locais

Representantes dos órgãos de comunicação social regionais e locais traçam o diagnóstico de um sector que presta serviço público, defendendo que em muitos casos é a sobrevivência que está ameaçada.

O presidente da Associação Portuguesa de Imprensa, João Palmeiro, apontou que um dos problemas da sobrevivência dos media locais e regionais foi a diminuição do investimento publicitário no sector, que só entre 2008 e 2012 foi de 46% devido ao fim da publicidade obrigatória do Estado, o que arrastou consigo outros anunciantes.

O professor universitário João Paulo Faustino juntou outros factores, como a escassez de recursos humanos qualificados e os elevados custos de edição e distribuição.

Outros intervenientes – como o presidente da Associação Portuguesa de Radiodifusão, José Faustino – mencionaram igualmente o afastamento dos grandes centros de decisão, a concorrência de outras plataformas e, inevitavelmente, a crise económica, que está a provocar uma retração do mercado, e, ainda, a questão da (in)dependência do poder local.

Outro dos problemas referidos foi a dificuldade de acesso às fontes de informação nacionais e internacionais. Em resposta, o presidente do conselho de administração da Agência Lusa, Afonso Camões, indicou estar disponível para negociar com os representantes dos media regionais e locais uma forma de receberem o serviço da agência de notícias nacional.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas, Alfredo Maia, perguntou pelo “pacote de 25 medidas que o Governo [da República] teria em preparação [sobre esta matéria] mas que está suspenso” e deixou como sugestões para o reforço do sector: “apoios do Estado à assinatura de publicações periódicas pelas escolas”, “iniciativas fiscais em sede de IRC como investimento em publicidade nos media locais” e “a contratação de jornalistas seniores, com preferência para desempregados, para rentabilizar o grande capital de conhecimento, experiência e memória”.

O director do jornal «A Comarca», Henrique Pires Teixeira, acusou o Estado de deslealdade nos apoios concedidos aos media regionais e locais, argumentando: “O país está a ficar povoado de silêncio, porque as regiões deixam de ter a sua voz, o seu posto de escrutínio, de opiniões... Estamos sempre na véspera da solução e a solução nunca amanhece”.


Notícia: jornal «Público».
Saudações florentinas!!

3 comentários:

Anónimo disse...

Esta coisa de viver à conta dos impostos das pessoas tem de acabar.

Os privados queixam-se, e cada vez mais estendem a mão aos contribuintes.
O governo, que gere os nossos impostos, dá.
Nestas coisas não há almoços grátis. Aquilo que recebe em troca não é difícil de adivinhar.
É por isso que certa gente e certos secretários nunca são atacados. Há inclusive certos média que não passam de instrumentos ao serviço da estratégia de certa gente.

Dos média públicos nem vale a pena falar. São redações atulhadas de jornalistas, gente que vive a magote dependurada nos nossos esmifrados impostos.

Vamos ficar por aqui.


Anónimo disse...

Fica-te por ai longe, seu liberal porco fascista!

Anónimo disse...

Fico-me por aqui. Para não falar da pouca vergonha que grassa em certa imprensa e da promiscuidade que se instalou entre políticos grunhos, sem escrúpulos, certos jornalistas que andam no público e no privado, fazendo render a mesma noticia, e certos comentadores que uma vez comentam, outra são políticos outra dedicam-se isotérices tolas.

É melhor parar.