quinta-feira, 11 de abril de 2013

PCP propõe reforço de meios das Juntas na prevenção de cheias e derrocadas

A representação parlamentar comunista propôs o reforço de meios financeiros das Juntas de freguesia para prevenção de cheias e deslizamentos, alegando que "é mais barato prevenir do que remediar".

“O que temos vindo a assistir é a uma diminuição de verbas dos protocolos que o Governo Regional realiza com as Juntas de freguesia. Pensamos que esta diminuição acarreta custos para as populações”, afirmou o deputado comunista no Parlamento açoriano, Aníbal Pires.

No projecto de resolução, com carácter de urgência, que a representação parlamentar comunista entregou [no passado dia 4 de Março], propõe também a elaboração de um Plano Integrado para prevenir situações de catástrofe no próximo Inverno, que abranja toda a Região. “É mais barato prevenir do que remediar”, sustentou Aníbal Pires, que recordou os estragos causados pelo mau tempo que assolou o arquipélago.

Destacando o “trabalho meritório” feito pelas Juntas de freguesia, Aníbal Pires revelou que em 2012 os cortes de verbas foram da ordem dos 35%, o que limitou a capacidade destes órgãos de poder local de actuar e prevenir riscos: “É importante que haja uma boa articulação entre o Governo Regional e o poder local, pelo conhecimento profundo dos seus territórios e pelo trabalho eficaz que fazem”, sustentou.

Em 2012 o PCP tinha proposto, em sede de discussão do Plano e Orçamento para o mesmo ano, um reforço de verbas destinadas à monitorização de cheias e deslizamentos, mas a maioria socialista acabou por chumbar a iniciativa. Aníbal Pires recuperou este ano a iniciativa, voltando a apresentar durante a discussão do Plano e Orçamento para 2013 a mesma proposta para reforço de verbas para acções de prevenção e limpeza de ribeiras.

“Se o Governo Regional e se a maioria socialista não der a devida atenção à questão, daí resulta insensibilidade e visão redutora”, disse Aníbal Pires, acrescentando que a contenção de despesas “não pode ser feita à custa da segurança das populações”.


Notícia: «Açoriano Oriental», rádio Atlântida e jornal «O Baluarte».
O Partido Comunista já havia afirmado que os estragos do mau tempo [em Outubro de 2012] poderiam ter sido evitados. Entretanto, o secretário regional dos Recursos Naturais salientou que o transbordo de ribeiras [que danificou estradas e moradias na Região] não se deveu à "falta de limpeza" das ribeiras.

Saudações florentinas!!

3 comentários:

Anónimo disse...



Toda a vida houve invernos com chuva demais. Há pelo menos cinco séculos, desde que aqui vivemos.
Não é a politica nem os partidos, por muito que se empenhem, que alteram isso.

Toda a vida, desde que nos conhecemos nesta terra, as ribeiras transbordaram em anos de muita chuva. Não são os partidos que vão alterar isso, por muito que matem.

Desviar casas das ribeiras, não colocar lixo nas ribeiras, não entupir o leito das ribeiras, isso é outra coisa. É prevenir.
A prevenção passa naturalmente pela alteração do nosso comportamento colectivo.
Ora isso, como toda a gente sobejamente sabe, não se resolve com dinheiro.

Anónimo disse...

O Anónimo de 12/4,09h35, tem razão, até certo ponto.Tudo isso que diz no segundo período do seu post, faz parte das nossas obrigações de cidadãos e do bom senso das autoridades.
Porém, hoje há um dado novo;As margens das nossas ribeiras,que confrontam com as terras de muitos de nós,estão hoje cheias de vegetação.Cana roca,incensos e muito mais.Antigamente,além de ser cumprida a lei que obriga a limpar as testadas, tudo isso era apanhado para o gato comer nos palheiros, no Inverno. Hoje é erva seca,silagem e ração.
Por outro lado,embora as testadas das terras sejam da responsabilidade dos respectivos donos,sabemos que muitos deles estão ausentes,outros são idosos,não têm qualquer possibiliadde de manter limpas essas zonas, além de que, a generalidade desses prédios estão abandonados e quase não têm valor económico que suporte a despesa da sua manutenção.
Por tudo isto,se justificará uma intervenção das Autarquias,que acautele a segurança de pessoas e bens. Logo é correcta a preocupação do Deputado em apreço.Faz parte das suas obrigações.
Por fim, permita-me a crítica; Se viesse uma cheia e uma desgraça por via disso e ninguém tivesse feito ou denunciado nada,diria talvez, Vocemessê;os nossos representantes não fazem nada...
Pois é; A velha questão de ser preso por ter cão,e ser preso por não o ter.
Boa noite.

Anónimo disse...

As pessoas tem de ter consciência cívica e perceber que tem direitos mas também tem deveres.
Manter as ruas e as ribeiras limpas é uma obrigação que diz respeito a cada cidadão, individualmente.
Se essa obrigação se transferir para as autarquias, como ultimamente tem acontecido, abre até certo ponto caminho ao desleixo e à desobrigação das pessoas. O "posso sujar porque eles limpam" aparece e torna-se uma verdadeira praga.
Foi neste sentido que fiz o comentário e não de atacar o Sr. Deputado, por quem tenho muito respeito e consideração.

Outra questão que chateia é o facto de sempre que acontece uma calamidade, devido a circunstancias meteorológicas pontuais, se tentar procurar culpados. Toda a vida houve invernos com dias de chuvas excepcionais que faziam transbordar ribeiras e causavam derrocadas. Não é nada de novo.
Que se saiba os governos ainda não tem o telemóvel de S. Pedro.