quinta-feira, 30 de abril de 2015

Equipa florentina recebe menção honrosa

O primeiro concurso regional CanSat superou todas as expetativas, destacando-se o número de equipas participantes e a qualidade dos projetos apresentados. “O júri da competição considerou que os micro-satélites construídos pelos alunos apresentavam um grande nível de perfeição e de rigor”, afirmou o diretor regional da Ciência e Tecnologia.

As três equipas que vão representar os Açores no CanSat nacional, que decorre de 1 a 3 de Maio, em Torres Vedras, são as equipas da Escola de Novas Tecnologias, da Escola Secundária Antero de Quental e da Escola Básica e Secundária de Santa Maria.

Neste primeiro concurso CanSat regional foram ainda atribuídas menções honrosas à equipa Searching Infinity, da Escola Básica e Secundária das Flores e à equipa SunSat, da Escola Básica e Secundária de Santa Maria.

A equipa Searching Infinity foi composta pelos alunos Jacinta Mendonça, Henrique Freitas, Carolina Soares e Vítor Coelho.

O CanSat Açores, integrado no programa educativo da Agência Espacial Europeia, é um programa experimental destinado a alunos dos ensinos secundário e profissional que tem por objetivo a construção de um modelo funcional de um micro-satélite. A primeira competição regional do projeto CanSat, que decorreu nos dias 18 e 19 de Abril, contou com 16 equipas provenientes de 12 escolas de seis ilhas dos Açores, num total de 64 jovens.


Notícia: rádio Atlântida, «Jornal Diário» e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Agricultores desafiam República a resolver pagamentos à Segurança Social

O presidente da Associação Agrícola de São Miguel desafiou os ministros da Agricultura e da Segurança Social a resolverem a questão do aumento das contribuições para a Segurança Social dos agricultores.

“Desafio a senhora ministra junto com o ministro do Emprego e Segurança Social no sentido de salvaguardar essa situação”, afirmou Jorge Rita, num almoço com a ministra da Agricultura e do Mar, que juntou cerca de 300 agricultores.

Jorge Rita referiu que a partir de 2011 o pagamento da Segurança Social para alguns agricultores “tem sido dramático”, acrescentando que o atual regime de tributação passou dos 8% para os 28% de toda a receita bruta da exploração: “Para um jovem agricultor, e todos temos um discurso favorável aos jovens agricultores, obviamente que estamos a garrotá-los em termos financeiros”, disse o dirigente associativo e também presidente da Federação Agrícola nos Açores, recordando que para muitos isso poderá significar a “asfixia total”.

Sem se comprometer com uma alteração, a ministra da Agricultura disse apenas que iria abordar o assunto com o ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «Jornal Diário».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 28 de abril de 2015

Pescadores temem falências devido a drástico corte nas quotas europeias

O presidente da Federação das Pescas dos Açores disse recear a falência de armadores da Região num "futuro próximo", por causa dos cortes nas quotas de pesca para o arquipélago impostas pela União Europeia.

José António Fernandes sublinhou que a frota de pesca açoriana foi melhorada e bem equipada na última década com o recurso aos fundos europeus. No entanto, os armadores fizeram esses investimentos com base numa expetativa de negócio que, em alguns segmentos, não se está a concretizar devido às quotas cada vez mais reduzidas ou à proibição de pesca de determinadas espécies por parte da União Europeia. Há, por isso, pescadores a enfrentar problemas e há "receios" de que surjam "falências" num "futuro próximo", afirmou.

Segundo José António Fernandes, só com o "corte drástico" que foi imposto na quota do goraz (que em 2016 será metade da quota de 2013), haverá uma quebra de 1,7 milhões de euros na venda direta em lota deste peixe, o que é relevante para a dimensão do setor nos Açores.

A pesca representa 5% do emprego da população ativa açoriana e 20% das exportações dos Açores, lembrando que o volume de pescado no arquipélago varia muito a cada ano, dependendo da disponibilidade de recursos ou das condições do mar.

José António Fernandes lamentou que a União Europeia estabeleça quotas com base apenas no volume de pescado e não veja que, em certos casos, o seu aumento é sinal de abundância dos recursos.

A redução das quotas de pesca do goraz (em que se inclui o peixão) imposta pela União Europeia no âmbito das suas competências foi drástica, sobretudo a que está prevista para 2016. Ilhas como Graciosa, Flores e Corvo, onde as comunidades piscatórias são muito dependentes da pesca desta espécie, poderão sentir grandes dificuldades em 2016. É por isso que a União Europeia deve ter atenção especial aos pescadores dos Açores.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «Jornal Diário».
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Pró-Sucesso combate insucesso escolar

O Governo Regional vai implementar um programa de combate ao insucesso escolar com metas a 5 e 10 anos que prevê maior acompanhamento dos alunos que apresentem dificuldades de aprendizagem desde o primeiro ciclo.

"A promoção do sucesso escolar é um dos grandes desafios com que estamos confrontados e da parte do Governo Regional não só o encaramos de frente, sem subterfúgios, sem qualquer tipo de postura de tentar menorizar a dimensão desta tarefa, mas também fazemo-lo com determinação", salientou Vasco Cordeiro na apresentação do Plano Integrado para a Promoção do Sucesso Escolar: Pró-Sucesso.

O presidente do Governo Regional defendeu que o combate ao insucesso escolar é importante não só para a comunidade escolar, mas para o "futuro dos Açores" e da Autonomia, convocando a sociedade açoriana a assumi-lo como uma "prioridade de toda a Região".

Vasco Cordeiro alertou, no entanto, que este plano não tem "resultados instantâneos. Este é um trabalho que exige tempo, é um trabalho de persistência, é um trabalho de determinação, é um trabalho de coragem", frisou.

A taxa de abandono escolar precoce nos Açores situa-se atualmente nos 32,8%, sendo a mais elevada a nível nacional, prevendo a Estratégia europeia 2020 a sua erradicação. O Pró-Sucesso apresenta duas metas, uma para o ano letivo 2020-2021 que pretende dar resposta às exigências da União Europeia, e outra para 2025-2026.

O plano prevê ainda um aumento da taxa de frequência do pré-escolar para crianças com três e quatro anos de idade.

Para além de combater o abandono escolar precoce, o plano prevê que um maior número de alunos complete a sua formação em 12 anos de escolaridade, por isso vai arrancar já no próximo ano letivo o programa "Apoio mais, retenção zero".

O combate ao insucesso escolar vai focar-se sobretudo nos primeiros anos de estudo, por isso vão existir nas escolas "professores qualificados na resolução de dificuldades de aprendizagem", frisou a diretora regional da Educação.

Além da maior taxa de abandono escolar precoce do país, também os resultados dos alunos das escolas dos Açores nos exames nacionais são os mais baixos a nível nacional.


Notícia: «Açoriano Oriental», rádio Atlântida, «Diário dos Açores» e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

domingo, 26 de abril de 2015

Fazendense assegura manutenção

A equipa de ténis de mesa do Grupo Desportivo Fazendense terminou ontem a sua segunda participação na 2ª Divisão nacional de ténis de mesa, tranquilamente assegurando a manutenção com facilidade.

Na participação de estreia (na época passada) o GDF ficou em 7º lugar na classificação e precisou de jogar (e ganhar) um play-out para garantir a manutenção, mas este ano a participação do Fazendense foi de grande qualidade atingindo a terceira posição na classificação final da Segunda Divisão nacional.

Saudações florentinas!!

sábado, 25 de abril de 2015

Telemedicina reforça acesso à saúde

O Governo Regional espera ter a funcionar até ao final do próximo ano cerca de 14 projetos de telemedicina, tornando mais rápida a acessibilidade a cuidados de saúde.

"Alguns desses 14 projetos de telemedicina estão já em fase mais adiantada de implementação, como é o caso da dermatologia. Mas são tudo projetos que até final da legislatura vamos trabalhar para que fiquem concretizados o mais rapidamente possível", disse Vasco Cordeiro.

Os 14 projetos de telemedicina abrangem diversas áreas e especialidades médicas, estando já implementado um deles (suporte ao tratamento de feridas) em todas as Unidades de Saúde de Ilha. Segue-se agora a dermatologia, estando previstos projetos para áreas relacionadas com a reumatologia, a obstetrícia, a cardiologia, a endocrinologia ou o aconselhamento médico em casos de emergência e eventual necessidade de evacuação médica aérea.

Vasco Cordeiro afirmou que nas evacuações médicas aéreas, o Governo Regional está convencido de que o projeto de telemedicina "pode ajudar muito" à "forma, à comodidade, à segurança e à rapidez para uma tomada de decisão".

A aposta na telemedicina pretende justamente "tornar mais cómoda, mais rápida, no fundo mais fácil a acessibilidade [de quem reside nos Açores] aos cuidados médicos", enfatizou Vasco Cordeiro.

Vasco Cordeiro ressalvou que, "obviamente, a telemedicina não substitui todas as necessidades" e que o Governo Regional não está a fazer esta aposta para evitar a deslocação de médicos especialistas: "Apostamos na telemedicina porque isso é melhor para os açorianos. Não dispensa a deslocação de especialistas. Quando muito, permitirá maior eficácia e maior aproveitamento dessa deslocação", afirmou o presidente do Governo Regional.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Visita guiada ao Centro de Resíduos

A Humanidade tem vindo a evoluir ao longo dos séculos, em algumas sociedades mais que noutras, criando e acartando consigo uma série de consequências... É do conhecimento geral que quanto mais evoluída é uma determinada sociedade, maior é o consumo e o desperdício. É neste sentido que as grandes cidades, e por que não as pequenas, vem deparando-se com grandes e por vezes graves problemas com o lixo que é produzido em quantidades, para muitos de nós, incalculáveis.

Assim, a tecnologia, aliada a muitas boas vontades e conhecimento, tem vindo a criar algumas alternativas para dar um melhor destino ao lixo/resíduos domésticos, urbanos e industriais. Os Açores não são excepção e o lixo é produzido à escala proporcional da sua população. Existem algumas ilhas com tratamento de excelência para esse material e outras nem tanto...

Na ilha das Flores, desde 2 de Maio de 2012, existe o Centro de Processamento e Valorização Orgânica de Resíduos que tem como objectivo dar o melhor destino ao lixo/resíduos produzidos cá na ilha. Este foi o primeiro Centro de Resíduos a funcionar nos Açores e tem sido um bom exemplo de como é possível encontrar soluções, mesmo para grandes problemas, quando existe boa vontade e determinação entre várias entidades.

Segundo as imagens e os testemunhos dos intervenientes, este foi um dos maiores e melhores investimentos, sendo imprescindível na ilha das Flores, tornando-se uma mais-valia para a saúde do ambiente, dos animais e das populações.

Este é mais um trabalho da Costa Ocidental, com algumas relevâncias e particularidades... A produção chama a atenção de todos para que dediquem um pouco de atenção a certas partes deste trabalho, visto que testemunha o que outras pessoas têm que fazer para tratar do nosso lixo.

Na ilha das Flores existem todas as condições para que o dito lixo seja selecionado/separado com maior atenção, cuidado e dedicação desde o momento em que cada um de nós o produzimos, para que outras pessoas que tem como nobre profissão dar o encaminhamento devido e respeitoso aos nossos resíduos sendo que, muitas e muitas vezes, não é tarefa fácil devido à falta de cuidado e sensibilidade de muitos de nós.

A Terra/Natureza/Ilha agradecem a atenção dedicada e empenhada de cada um... onde quer que esteja/encontre.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Quinteto de Metais actuará nas Lajes

No próximo domingo (dia 26) o Quinteto de Metais da Filarmónica de Nossa Senhora dos Remédios (da Fajãzinha) irá actuar no Museu municipal das Lajes, pelas 21 horas.

Este concerto está inserido nas comemorações dos 500 anos do concelho de Lajes das Flores e da paróquia de Nossa Senhora do Rosário, sendo a entrada gratuita.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Lajes das Flores.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Nenhum município florentino ainda sequer iniciou o processo de revisão do seu respetivo Plano Diretor Municipal

Sete dos 19 concelhos dos Açores ainda não iniciaram a revisão dos respetivos Planos Diretores Municipais e outros sete concelhos têm a revisão em curso.

Angra do Heroísmo, Santa Cruz da Graciosa, Calheta, Madalena, Horta, Santa Cruz das Flores e Lajes das Flores são os sete concelhos que, segundo o Governo Regional, ainda não iniciaram os processos de revisão dos respetivos planos.

O Plano Diretor Municipal (PDM) é um instrumento para planeamento da política de ordenamento do território e urbanismo, através do qual é disciplinado o uso do solo na totalidade do território de cada concelho.

Nos dados que constam na nova plataforma eletrónica, os concelhos da Ribeira Grande, Povoação, Praia da Vitória, Velas, São Roque do Pico, Lajes do Pico e Corvo surgem como estando com as respetivas revisões do PDM em curso.

Com os respetivos PDM devidamente revistos, surgem apenas cinco concelhos açorianos: Vila do Porto, Ponta Delgada, Lagoa, Vila Franca do Campo e Nordeste.

A elaboração da alteração ou revisão do PDM é competência das Câmaras Municipais, sendo acompanhadas por uma comissão composta por entidades públicas e associações representativas dos interesses económicos, sociais, culturais e ambientais do concelho. Após um período de discussão pública, os PDM são aprovados pelas respetivas Assembleias Municipais e a entrada em vigor depende da publicação no Jornal Oficial da Região Autónoma.

A nova plataforma eletrónica criada para gerir o acompanhamento dos Planos Diretores Municipais contempla informação geográfica relativa a matérias dos organismos da vice-presidência do Governo Regional dos Açores.

Os PDM actualmente em vigor nos municípios florentinos foram aprovados pelas respetivas Assembleias Municipais em Abril de 2006 (nas Lajes) e Junho de 2006 (em Santa Cruz) mas desde então (quase uma década passada) nunca foram revistos.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 21 de abril de 2015

Açores: obra-prima da Natureza

Flores, a ilha rosa. Convoquem-se os poetas para a orgia dos sentidos. No ponto mais ocidental da Europa, a natureza quis despedir-se do continente em louvor de si mesma e criou um lugar onde o paraíso se desprendeu já da Terra, pairando acima de todas as coisas ordinárias.

Das falésias jorram 200 cascatas e há sete lagoas encantadas na caldeira de um vulcão extinto – uma Negra, outra Branca, uma Funda, outra Rasa, a da Lomba e a Comprida, e até uma Seca –, lugares de uma apaziguadora beleza, quase irreais. A superfície acidentada da ilha, escarpas, picos, falésias, morros e outros fenómenos geológicos, cobre-se de verde, pintalgada aqui e ali por paredes de hortênsias azuis e cor de rosa e por vacas pastando no meio de nuvens. Nas aldeias, fajãs e fajãzinhas desfilam vidas rurais e piscatórias, histórias de emigração e bailaricos de Verão, que este Portugal tem um pé na América, mas é genuíno, folclórico e velho de seis séculos.

Aterramos com piruetas artísticas no aeroporto de Santa Cruz das Flores e despachamo-nos a alugar um carro para aproveitar o Sol, “que o tempo vai mudar”, informa a rapariga da rent-a-car. De mapa na mão e corações ao alto, vamo-nos extasiando à medida que subimos em direção ao centro da ilha numa autêntica caça ao tesouro, que, neste caso, são as lagoas. As paisagens são de nos deixar sem pio, alongando-se até ao mar. A cada curva, a cada desvio, todo o cenário muda. De O Senhor dos Anéis para Uma Casa na Pradaria. De O Nascimento de Vénus, de Botticelli, para As Ninfas, de Claude Monet. O rumorejar da água, pequenas gargalhadas que se harmonizam com o canto dos pássaros e com o vento a bater nas copas da floresta laurissilva, serve de banda sonora.

A caminho da nossa próxima maravilha, as cascatas da Ribeira Grande, na Fajãzinha, paramos nos muitos miradouros e tentamos adivinhar a forma de um dos ex-líbris da ilha, a Rocha dos Bordões, mas uma nuvem teimosa encavalitou-se nos píncaros e nunca chegaremos a vê-la. E para quê lamentos quando, depois de uma caminhada de 20 minutos por um trilho para duendes, elfos e outras criaturas fantásticas, nos deparamos com o Éden tal como o imagináramos? Do alto de uma falésia forrada a musgo despenham-se várias quedas de água que entram na rocha e voltam a sair, diluindo-se num lago verde, quieto, onde um pássaro solitário em voo elíptico e a luz solar filtrada pelas árvores projetam sombras. Pedir ao tempo para parar. E ao dia para não acabar. Mas o sol já vai descendo e queremos vê-lo a ir-se embora da Europa no restaurante Pôr do Sol, que fica na pitoresca Fajãzinha. De preferência com o dente em deliciosos petiscos como as tortas de algas e as lapas grelhadas, a linguiça com inhame e a morcela com batata doce, o cozido de porco e o albacora no forno. Tudo regado com bom vinho branco dos Açores para uma despedida condigna ao astro-rei.


Dançar nas nuvens

Acordamos na patusca aldeia e turismo rural da Cuada, onde pernoitámos, e fazemo-nos à estrada determinados a conhecer a ilha toda, mas parece que D. Sebastião se perdeu e veio aqui parar. Não se vê um palmo à frente do nariz e a chuva rapidamente nos deixa molhados quando tentamos espreitar os miradouros, as pontas e as fajãs entre Santa Cruz e Lajes das Flores. As terriolas lá vão dando um ar da sua graça com as torres sineiras das igrejas repicando dolentemente as horas. E os campos abrem-se de repente para deixar passar um arco-íris inesperado, vacas insuspeitas em prados de flores ou alegres ribeiras em cânticos sibilinos.

Almoçamos numa tasca da Fajã Grande (beba Kima de ananás, refrigerante açoriano) depois de NÃO vermos sequer o fantasma de um ilhéu entre Lajedo e Mosteiro, e fazemos a pé o bonito percurso até à Poça do Bacalhau. Se já estávamos molhados, agora estamos encharcados. A chuva e o vento empurram a magnífica cascata na nossa direção e a poça, onde normalmente se está a banhos, ruge enlouquecida.

Fazemos check-in e mudamos de roupa no Hotel Flores, em Santa Cruz, decididos a abordar o norte da ilha entregues aos desígnios do astro. Que nos vai retribuindo a confiança. Ora rasgando as nuvens como pano fino, ora desaparecendo e deixando-as engolir das colinas vacas milagrosas, mas persistindo sempre até termos no horizonte, nitidamente, a ilha do Corvo, com a sua misteriosa aura negra.

É com um Sol tímido que visitamos o parque de merendas do ilhéu da Alagoa. Atravessando a ponte de pedra, percorremos a canada paralela à ribeira do Cascalho até encontrarmos, lá em baixo, a romântica praia de seixos em frente aos ilhéus. No topo, por cima da praia, um relvado florido e a Casa da Vigia, entre muros de pedra negra, compõem o parque onde também se pode acampar em condições rudimentares. De alma cheia, prosseguimos até Ponta Delgada, no extremo norte da ilha, visitando pelo caminho os miradouros dos Cedros, de Ponta Ruiva e da Pedrinha e deslumbrando-nos com as colinas e escarpas forradas de flores, com paredes de musgo matizadas de verdes que nunca pensámos existirem. E que mais dizer quando suspeitamos estar perante o que resta da criação do mundo? Apenas isto: acredite em nós!


Trilhos pedestres e grutas

Guarde tempo para fazer a pé os vários trilhos. É a única maneira de desfrutar plenamente deste revigorante banho de natureza. Tal como o Corvo, a ilha é um importante local para observação de pássaros, de vida marinha e de vegetação endémica. As furnas do Galo e dos Enxaréus também merecem visita. Há passeios de barco.

Reportagem da «UP Magazine» - a revista de bordo da TAP.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 20 de abril de 2015

GNR preocupada com crimes ambientais

Em 2014, a GNR instaurou nos Açores um total de 1.015 autos de contra-ordenação e 11 participações crime na área ambiental e está preocupada com o aumento de ilícitos desta natureza, tendo em conta a riqueza ambiental açoriana.

“A área do ambiente é sem dúvida aquela onde se tem verificado um amento da deteção de ilícitos e a que o Comando Territorial dos Açores está a dar importância muito grande, até pela biodiversidade que existe nas ilhas”, disse João Maia.

Segundo o chefe do Comando Territorial dos Açores da Guarda Nacional Republicana, "as equipas do ambiente da GNR fazem a fiscalização de uma panóplia de matérias", nomeadamente o registo animal, veículos em fim de vida, no domínio hídrico, em pedreiras, licenciamento de obras, transporte e proteção dos animais, detenção de animais perigosos, entre outras.

Para além de bastantes infrações à lei sobre as normas para animais perigosos e potencialmente perigosos, o comandante da GNR nos Açores apontou ainda como outras infrações detetadas na área do ambiente "a deposição de resíduos e lixos a céu aberto" e a questão dos "incêndios" florestais, embora esta última situação "em menor número".

No âmbito do controlo costeiro, em 2014 aportaram às nove ilhas açorianas 3.137 embarcações de recreio, provenientes da América do Sul e Europa. A ilha que teve mais aportagens foi o Faial, a que se seguiu Terceira e São Miguel, indicou João Maia.

Com 300 elementos na Região, a GNR tem um posto em cada uma das nove ilhas e três destacamentos, em Ponta Delgada (São Miguel), Angra do Heroísmo (Terceira) e Horta (Faial).

As competências exclusivas da GNR nos Açores são a vigilância da costa, a fiscalização das infrações tributárias e aduaneiras, bem como a proteção da natureza e ambiente. A GNR também colabora em ações de proteção e socorro das populações e tem competência para fiscalizar qualquer viatura para detetar infrações ao código de estrada.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e RTP Açores.
Saudações florentinas!!

domingo, 19 de abril de 2015

Peça de teatro infantil pel' A Jangada

A Jangada - Grupo de Teatro estreou hoje «Planeta dos Girassóis», a sua nova peça de teatro infantil.

«Planeta dos Girassóis» é uma história da autoria de Fernando Oliveira, com encenação de Joaquim Salvador, música de Fernando Manuel dos Santos e cenografia do Departamento de educação artística e tecnológica da Escola Básica e Secundária das Flores. O elenco desta peça de teatro infantil conta com as actuações de Alexandre Sousa, Cândida Almeida, Diana Reis, Selénio Freitas e Teresa Moreiras.
Saudações florentinas!!

sábado, 18 de abril de 2015

«Brumas e Escarpas» #87

A eira da Cuada

A Eira da Cuada era um dos mais interessantes e míticos lugares da Fajã Grande. Situava-se num planalto, junto ao mar, a sul da freguesia e, consequentemente, muito próximo da Fajãzinha. O acesso a este lugar, para quem morava na Fajã, fazia-se pelo antigo Caminho da Missa que tinha o seu início no cimo da Assomada, à direita de quem a subia. Os habitantes da Cuada, no entanto, podiam deslocar-se para os campos e propriedades que ali possuíam através duma estreita e sinuosa canada que ligava os dois lugares, conhecida pela Canada da Eira da Cuada. Quem vinha dos lados da Fajãzinha chegava à Eira da Cuada atravessando a Ribeira Grande e subindo a ladeira do Biscoito, que fazia fronteira a sul com aquele interessante lugar. Os restantes confrontos eram a Cuada a leste, o Caminho da Missa a norte e o Oceano Atlântico a oeste. O nome advinha-lhe, provavelmente, de em tempos idos ter existido ali uma eira onde os habitantes da Cuada debulhavam o seu trigo. Trata-se, no entanto, de uma mera hipótese, uma vez que na década de cinquenta do século passado já não existiam vestígios ou memórias de qualquer eira ali existente noutros tempos. Assim, o epíteto poder-lhe-á ter sido atribuído, simplesmente, pelo facto daquele lugar se situar sobre um amplo planalto, de tal maneira liso e circular, formando um grande eirado e que fazia lembrar uma espécie de eira gigante.

Mas o que mais caracterizava aquele lugar era o facto de apenas a parte leste do mesmo ser ocupada por terras de lavradio pertencentes, na maioria, aos habitantes da Cuada, enquanto a oeste e sobre uma enorme ravina lançada sobre o mar, existir uma espécie de largo, um espaço público ou de ninguém, relvado e povoado de variadíssimos calhaus. Entre estes existia um muito especial, designado por Pedra da Missa ou Calhau de Nossa Senhora. Acerca deste calhau, contava-se antigamente, quando a Fajã Grande ainda não era paróquia e, consequentemente, não tinha igreja nem pároco, que os seus habitantes deslocavam-se à Fajãzinha todos os domingos para assistirem à missa na igreja paroquial. Acontecia porém que a Ribeira Grande, que separa as duas localidades, como é bastante larga e com um caudal muito volumoso, não possuía ponte mas sim umas pequenas passadeiras ou alpondras que em dias de muita chuva ficavam submersas na água, o que, juntamente com a força do caudal, umas vezes dificultava e outras impedia por completo a sua travessia. Quando tal acontecia os fiéis, impossibilitados de atravessar a ribeira, ficavam do lado de cá, no alto da Eira da Cuada, olhando para a igreja da Fajãzinha, que dali de se avistava, rezando e cantando durante a celebração da missa e apenas se dispersando e voltando às suas casas quando viam as pessoas saírem da igreja, sinal de que a missa terminara. Além disso faziam-se sempre acompanhar duma pequenina imagem de Nossa Senhora que colocavam em cima daquela pedra, durante a missa, ao redor da qual ajoelhavam e rezavam. Em paga da sua grande devoção, a imagem de Nossa Senhora, que fora ali colocada tantas e tantas vezes pelos crentes, deixou, para sempre, bem gravadas naquele calhau as marcas dos seus pés. Na verdade na pedra existiam duas pequenas cavidades na parte superior, semelhantes às marcas de dois minúsculos pés. Também se contava que no regresso os fiéis vinham carregados com pedras destinadas à construção de uma ermida, o que de facto aconteceu antes da construção da atual igreja, na década de cinquenta do século XIX. Por esta razão o caminho que liga o povoado à Eira da Cuada se chama Caminho da Missa.

Acrescente-se que sendo o Caminho da Missa, outrora, via obrigatória para quem se quisesse deslocar da Fajã Grande à Fajãzinha ou a qualquer outra localidade da ilha, exceto a Ponta Delgada e aos Cedros, este lugar era muito movimentado, sobretudo em dias de vapor, ou seja nos dias em que o velhinho Carvalho Araújo demandava a ilha das Flores. Por ali passavam, nesses dias, dezenas de pessoas, não apenas os que haviam de embarcar ou desembarcar, mas também os familiares que os acompanhavam, a pé, até aos Terreiros ou até a Santa Cruz ou às Lajes, assim como os comerciantes e os carros de bois que acarretavam as mercadorias que a Fajã produzia, nomeadamente manteiga, também os animais que embarcavam, mas sobretudo os que traziam ou acarretavam os produtos importados e que o navio transportava, nomeadamente, farinha, açúcar, café, sabão, petróleo e algumas bebidas.

Era também à Eira da Cuada que muitas pessoas se deslocavam, nesses dias em que o Carvalho Araújo chegava, para irem esperar os parentes e familiares que chegavam à ilha, de modo muito especial os americanos. Eram sobretudo as crianças e os velhos, porquanto os jovens e os adultos, mais afeitos e expeditos, seguiam até aos Terreiros onde os carros de praça vindos de Santa Cruz terminavam o seu percurso.

Do alto da Eira da Cuada desfrutava-se de uma maravilhosa vista sobre o mar, a Fajãzinha, a fajã que a ladeava, a rocha cheia de verde e de cascatas, as rochas da Figueira e dos Bredos, onde, em meados da década de 1950, começava a desenhar-se a nova estrada que ligaria os Terreiros à Fajã Grande. Deslumbrante, este lugar!


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Alunos florentinos na "corrida" ao espaço

A primeira competição regional do projeto CanSat vai decorrer neste fim-de-semana em Santa Maria e contará com 16 concorrentes de 12 escolas de seis ilhas dos Açores, envolvendo cerca de 50 jovens que vão entrar numa 'corrida' espacial muito especial.

O CanSat Açores 2015, integrado no programa educativo da Agência Espacial Europeia, é orientado para alunos do ensino secundário e profissional numa primeira abordagem à tecnologia aeroespacial, tendo como objetivo a construção de um modelo funcional de um micro-satélite do tamanho de uma lata de refrigerante.

Técnicas aeroespaciais, tecnologia de paraquedas, mecânica de materiais, lançamento de foguetões, telemetria e antenas e soldadura em eletrónica são algumas das matérias de aprendizagem para a participação neste concurso.

Os alunos Jacinta Mendonça, Henrique Freitas, Carolina Soares e Vítor Coelho compõem a equipa CanSat Flores Searching Infinity, fazendo com que pela primeira vez a Escola Secundária das Flores participe no concurso CanSat Açores.


Notícia: «Açoriano Oriental» e jornal «Terra Nostra».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Apoia o CDEF em busca do bicampeonato

Neste fim-de-semana jogam-se, na ilha das Flores, os jogos da final do Torneio Regional para apuramento do campeão açoriano de voleibol no escalão de iniciados masculinos. Em confronto vão estar as equipas do CDEF (Clube Desportivo Escolar Flores) e do Clube Desportivo Os Marienses. Os jogos realizam-se no pavilhão da Escola Básica e Secundária das Flores, em Santa Cruz, na sexta-feira e no sábado, sempre às 19h30.

De lembrar que no ano passado a equipa do CDEF se sagrou campeã regional neste escalão etário. Agora vamos apoiar os jovens do CDEF a conquistarem o título de bicampeões regionais!

Saudações florentinas!!

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Ouvidoria celebra novo sacerdote

A chegada de um terceiro sacerdote à ilha das Flores - o recém ordenado padre Eurico Caetano - é vista localmente como “uma graça” que se junta às celebrações dos 500 anos da paróquia florentina das Lajes que estão a decorrer.

“Vivemos um ano de graça total e numa ilha tão particular como as Flores, com cada vez menos gente, temos de saber aproveitar todos os momentos para sedimentar a nossa ação pastoral”, disse o ouvidor eclesiástico, padre Davide Barcelos.

E o primeiro momento de celebração é já no próximo domingo (dia 19) na eucaristia de Ação de Graças pela ordenação do novo presbítero, que está na ilha das Flores desde Setembro de 2014 depois de ter sido ordenado diácono, e aí leciona na Escola Básica e Integrada de Santa Cruz a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica.

A celebração decorrerá na Igreja das Lajes, paróquia que este ano assinala 500 anos de evangelização, o que “constitui um momento propício para olhar o passado e refletir sobre a vivência e identidade cristã atual, bem como repensar o futuro, estabelecendo metas e desafios, tanto a nível paroquial como ao nível de Ouvidoria/ilha”, sublinha Davide Barcelos.

A Ouvidoria da ilha das Flores tem em curso várias obras entre as quais se destacam a obra na casa paroquial de Santa Cruz (que ficará com três residências independentes para os futuros sacerdotes que apenas partilharão os espaços sociais da casa) e as obras da ermida da Fajãzinha que começarão no mês de Maio.


Notícia: portal «Igreja Açores».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 14 de abril de 2015

Concelho das Lajes comemora 500 anos

O concelho de Lajes das Flores, na ponta mais ocidental da Europa, celebra 500 anos e vai pela primeira vez atribuir insígnias honoríficas, num momento em que enfrenta decréscimo populacional e falta de emprego.

“Infelizmente, o concelho tem perdido habitantes. Não é um fenómeno recente, pois começou provavelmente a partir de meados do século XIX. Houve momentos em que a sangria foi mais acelerada que noutros, mas o que é facto é que de uma forma consistente temos assistido à redução da população”, disse o presidente da Câmara Municipal de Lajes das Flores.

Luís Maciel afirmou que a área do emprego e a dificuldade em fixar população, nomeadamente as camadas mais jovens, são as principais dificuldades deste concelho da ilha das Flores: “Sabemos que não é exclusivo do município de Lajes das Flores, mas este fenómeno de situação de crise financeira que temos estado a atravessar também tem impactos negativos na nossa economia e tendo em conta que já somos um concelho com pouca população, é difícil fixar cá população”, frisando que a autarquia tenta, dentro das suas possibilidades, e em parceria com o Governo Regional, “fazer tudo para combater os efeitos da crise”, nomeadamente ao nível do emprego, recorrendo “ao máximo” a programas de fomento à empregabilidade.

O autarca adiantou que o município pretende arrancar “brevemente” com dois projetos, um deles um Centro de Acolhimento para “pessoas com problemas na área social, de inserção ou carências” e a construção de “uma incubadora de empresas para criar condições para a fixação de jovens” e potenciais investidores para dinamizarem a economia local.

“Também já estamos a regular nesta área para termos programas de apoio financeiro para quem queira investir no concelho”, acrescentou o presidente da edilidade, que pretende também recorrer ao novo quadro comunitário de apoio para “financiamento de alguns projetos”.

Luís Maciel revelou ainda que a situação financeira da Câmara Municipal das Lajes tem evoluído “favoravelmente”, indicando que o passivo “situa-se entre meio milhão e um milhão de euros, nomeadamente, dívidas a fornecedores e à banca, a curto e médio longo prazo”. Segundo referiu ainda, “desde o início do mandato”, em 2013, tem-se registado “uma progressiva redução do endividamento, dos pagamentos em atraso”, embora a autarquia “ainda não tenha atingido o equilíbrio financeiro”.

Para comemorar os 500 anos do concelho, o Município de Lajes das Flores preparou “um programa vasto e abrangente ao longo do ano” com várias atividades de âmbito cultural, como concertos e exposições de pintura, apresentações de livros e eventos que pretendem também valorizar as produções locais e “prestigiar os principais setores” lajenses.

A Câmara Municipal das Lajes pretende igualmente promover várias áreas económicas, através de exposições e colóquios sobre as principais atividades do concelho nas últimas décadas, que passaram pela caça à baleia, a apanha de sargaço e a agricultura.

Na área política, Luís Maciel disse que será feita homenagem às personalidades que mais contribuíram para o desenvolvimento do concelho, pelo que serão atribuídas, pela primeira vez, insígnias honoríficas municipais no feriado municipal.


Notícia: jornal «Açores 9» e «Diário de Notícias» da Madeira.
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segunda-feira, 13 de abril de 2015

AAiF organiza 9º Encontro Cultural

No próximo sábado (dia 18) a Associação Amigos da ilha das Flores (AAiF) promove o seu 9º Encontro Cultural, este ano subordinado à temática “Das fortificações militares ao geoturismo: património histórico, cultural e ambiental da ilha das Flores”.

O Encontro Cultural, que decorrerá na sede da AAiF em Ponta Delgada (São Miguel), é composto por intervenções de quatro oradores sobre diferentes aspectos da ilha das Flores.

A primeira intervenção, “A fortificação da Idade Moderna nos Açores: o caso da ilha das Flores”, será proferida por Sérgio Rezendes, professor e investigador, seguindo-se a exibição do filme de animação “História dos Açores”, de Tiago Rosas e Victor Descalzo, vencedor do ‘Prémio Regional do Público’ no II PanAzorean - Festival Internacional de Cinema.

“Flora e Vegetação da ilha das Flores” será a intervenção proferida por Luís Silva, docente do Departamento de Biologia da Universidade dos Açores, enquanto que “Património Geológico da ilha das Flores: valorização e usufruto” será a temática das intervenções de Eva Lima e Marisa Machado, da GeoParque Açores. Segue-se um tempo de debate a anteceder o encerramento com a entrega de prémios dos torneios de cartas da AAiF (sueca e king).

Recorde-se que em anos anteriores do Encontro Cultural da AAiF foram abordadas temáticas como a Saúde na ilha das Flores, a História da ilha e a dupla ultraperificidade, a economia e o futuro da ilha, a sustentabilidade energética da ilha das Flores, marinheiros do extremo ocidental da Europa e o património baleeiro, florentinos que se distinguiram ou a experiência associativa e migrante dentro do próprio arquipélago dos Açores.

Esta é a nona edição do Encontro Cultural da Associação Amigos da ilha das Flores, integrando este ano a programação do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios. A entrada é livre e aberta a toda comunidade e a todos os interessados.


Notícia: jornal «Correio dos Açores» e rádio Atlântida.
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domingo, 12 de abril de 2015

Ilha das Flores irá acolher Dia da Região

O concelho de Lajes das Flores vai receber pela primeira vez a sessão solene das comemorações do Dia da Região Autónoma dos Açores, a 25 de Maio.

O Dia da Região vai ocorrer pela primeira vez no concelho de Lajes das Flores. “É um motivo de orgulho e satisfação que vemos acontecer pela primeira vez no nosso concelho que está a celebrar 500 anos”, afirmou o autarca Luís Maciel.

Para o presidente da Câmara Municipal das Lajes, o facto de a sessão solene do Dia da Região ocorrer no concelho permite também prestigiar as comemorações dos 500 anos do concelho, assim como projetá-lo e promovê-lo no exterior.

As comemorações do Dia da Região são organizadas em conjunto pelo Governo Regional e pela Assembleia Legislativa e têm sido realizadas de forma rotativa em todas as ilhas e também na diáspora, no feriado regional da segunda-feira do Espírito Santo, que este ano se assinala a 25 de Maio.

O Dia da Região Autónoma dos Açores foi instituído em 1980 para comemorar a açorianidade e a autonomia regional e celebra-se sempre na ‘Segunda-feira do Espírito Santo’, data escolhida pela Assembleia Regional.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
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sábado, 11 de abril de 2015

Despovoamento é gritante e angustiante

Eurico Caetano foi hoje ordenado pelo bispo de Angra. A sua missa nova será amanhã na Igreja Matriz das Capelas, paróquia de nascimento do novo padre.

Eurico Caetano encontra-se a trabalhar na ilha das Flores, quer em paróquias quer na Escola Básica e Secundária das Flores, para onde voltará. Tem sido uma vivência diferente, numa realidade que era sua desconhecida e que foi descobrindo e ainda está a descobrir.

Em entrevista ao jornal «Correio dos Açores», Eurico Caetano diz que “na Igreja da Ouvidoria das Flores somos cinco clérigos. Eu com mais um diácono permanente e dois sacerdotes trabalhamos numa pastoral in solidum, que é uma vivência de conjunto, e também está o padre José Alves Trigueiro, que é pároco da Fazenda das Lajes, que também colabora connosco e nós com ele”.

Neste momento, a equipa in solidum, tem à sua responsabilidade dez comunidades. “Na sua maior parte são comunidades pequenas devido ao despovoamento da ilha das Flores, que é gritante. Não se investe em meios para fixar as pessoas, não há empregos e as pessoas partem à procura de melhores condições de vida. Os mais novos saindo para estudar e não regressam. Se continuar o êxodo da população dessas comunidades, provavelmente algumas deixarão de existir. Este é um dos problemas graves com que nos deparamos e que me angustia pessoalmente”, afirmou Eurico Caetano.

O novo padre referiu ainda que “socialmente é uma população envelhecida. No fundo, a ilha das Flores não é diferente do resto do país. Ali também se fazem sentir os problemas sociais do nosso país que ainda atravessa a dita crise”.


Notícia: jornal «Correio dos Açores».
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sexta-feira, 10 de abril de 2015

Transporte é obstáculo às exportações

Os transportes são o maior obstáculo ao aumento das exportações de produtos da agropecuária e das pescas dos Açores, consideraram representantes dos setores.

As "dificuldades e oportunidades" das exportações de produtos da agricultura e pescas açorianas para os Estados Unidos da América estiveram em debate no IV Fórum Franklin Roosevelt, organizado pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.

Os presidentes da Federação Agrícola dos Açores e da Federação das Pescas dos Açores foram unânimes em apontar a questão dos transportes como o grande 'handicap' para o aumento das exportações dos produtos regionais, considerando que atualmente há poucas garantias de um escoamento atempado e com regularidade, para além dos custos serem muito elevados.

Estes problemas estão associados ao mau tempo nas ilhas, que por vezes perturba as ligações aéreas e marítimas, mas também à indisponibilidade de carga nos aviões, disseram os responsáveis das duas federações, tendo apontado também as exigências sanitárias e a burocracia impostas pelos EUA como outro problema no que toca ao mercado norte-americano.


Notícia: «Açoriano Oriental», Antena 1 Açores e «Jornal Diário».
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quinta-feira, 9 de abril de 2015

Proteger e divulgar os falares açorianos

O deputado Paulo Estêvão (PPM) entregou, na Assembleia Legislativa Regional, um projeto de resolução que pretende proteger, dignificar e divulgar os falares açorianos.

Segundo o deputado Paulo Estêvão, “os diferentes falares das ilhas dos Açores integram o núcleo fundamental da identidade açoriana. A sua proteção, dignificação e divulgação é – no atual contexto de uniformização levada a cabo pelos novos meios de comunicação e pelo sistema educativo de massas associado à norma-padrão da língua portuguesa – uma prioridade e uma urgência”.

De acordo com o deputado corvino, após quase quarenta anos de Autonomia, os diversos falares açorianos continuam a não gozar da proteção institucional que se impõe. O deputado do PPM defende que “em norma, as variantes de dialetos dos Açores continuam a ser estigmatizadas do ponto de vista social e institucional. Para muitos, as pronúncias e o léxico específico das diferentes ilhas açorianas não são mais que uma língua portuguesa atrasada e mal falada”.

Em algumas ilhas, uma parte importante da grande e secular especificidade lexical dos falares açorianos é desconhecida pelas gerações mais novas. Em geral, o seu uso e conhecimento está em claro retrocesso. Assim, importa adoptar, com urgência, medidas que contribuam para a proteção, dignificação, conhecimento e uso descomplexado dos diversos falares açorianos.

Para Paulo Estevão, “trata-se de apostar forte na manutenção e fomento de um dos mais importantes elementos da identidade cultural do povo açoriano: a especificidade e a riqueza histórico-cultural dos seus diversos falares”.

Nesse sentido, o deputado do PPM quer que o Governo Regional planifique e execute as medidas necessárias para proteger, dignificar, valorizar e divulgar os falares açorianos, nomeadamente através da criação dos mecanismos adequados para promover o seu uso nos órgãos de comunicação social, nos diferentes âmbitos institucionais e no sistema educativo regional.


Notícia: rádio Atlântida e jornal «Diário da Lagoa».
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quarta-feira, 8 de abril de 2015

Formação em costura criativa: o fuxico

Englobado no projeto formativo Hora do Ofício, com organização do Centro Regional de Apoio ao Artesanato, o workshop de costura criativa decorreu durante a primeira quinzena de Setembro de 2014 nas Lajes, contando com a presença de quase duas dezenas de participantes.

Várias técnicas foram aprendidas nesta formação de costura criativa, mas tendo como base o “fuxico” (técnica artesanal que faz aproveitamento dos restos de tecido). Costa Ocidental marcou presença diária nos trabalhos e recolheu inúmeras imagens que podem ser vistas no presente vídeo.

Obrigado à professora Helena Pinela e todas as participantes/formandas por terem proporcionado a captação de imagens.
Obrigado especial à Luísa Silveira pela ajuda imprescindível.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
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terça-feira, 7 de abril de 2015

População florentina foi sensibilizada para não lançar plástico e lixo ao mar

A SurfRider Foundation está a promover diversas ações de limpeza costeira nos Açores, com o objetivo de alertar a população para a necessidade de reduzir o consumo de plásticos.

Na ilha das Flores, a recolha de resíduos realizou-se na baía da Alagoa (freguesia dos Cedros) no passado dia 22 de Março.


Notícia: «TeleJornal» da RTP Açores.
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segunda-feira, 6 de abril de 2015

Voo "low cost" para São Miguel permite bilhete gratuito para outra ilha açoriana

Os passageiros do Continente apenas têm de declarar que o destino final é outra ilha açoriana, pedir encaminhamento à SATA e não ficar mais de 24 horas em São Miguel.

As companhias aéreas de baixo custo ("low cost") chegaram na semana passada ao arquipélago dos Açores. O Governo Regional fala na «maior reforma de sempre» no acesso às ilhas que já promoveu, por exemplo, o aumento das reservas nos hotéis.

Mas os voos nestas companhias aéreas só irão para São Miguel. No futuro podem chegar à Terceira, mas o objetivo do Governo Regional é aumentar a concorrência e beneficiar, de igual forma, todas as ilhas dos Açores. Uma meta que levou o Governo Regional a permitir que os passageiros das "low cost" também recorram, de forma gratuita, ao chamado sistema de encaminhamento gratuito que já existia para quem voava na TAP e na SATA.

O secretário regional dos Transportes explicou à rádio TSF que há muito tempo que a ilha de destino não podia fazer variar o valor pago pelo turista ou pelo açoriano na viagem para o Continente. Vítor Fraga admite que a diferença é que antes o bilhete era único, vendido pela TAP ou pela SATA, ou seja, mal se notava.

Agora, com as "low cost", os preços devem descer e o sistema mantém-se para todos. Quem voar para São Miguel numa destas companhias aéreas de baixo custo pode pedir para ir até outra ilha de forma gratuita.

Vítor Fraga conta que basta ao passageiro declarar que a sua ilha de destino é outra, pedir o encaminhamento à SATA (que faz as ligações entre ilhas) e não ficar mais de 24 horas em São Miguel. Se não fosse assim, com os preços mais baixos praticados pelas "low cost", esse segundo voo podia ser mais caro do que a viagem para o Continente.

Uma «escolha livre» que segundo o Governo Regional leva as companhias a concorrerem mais umas com as outras, levando todas as ilhas do arquipélago a beneficiar da chegada aos Açores das companhias aéreas de baixo custo que apenas voam para São Miguel.

Este sistema de encaminhamentos gratuitos para outras ilhas irá custar aos cofres públicos entre 4 a 5 milhões de euros por ano, valor onde se inclui todo o tipo de viagens (residentes ou turistas). Dinheiro que vem do Orçamento do Estado para o Governo Regional que depois faz o pagamento à SATA.


Notícia: TSF - Rádio Notícias.
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domingo, 5 de abril de 2015

Açores tem potencial no estudo do clima

Investigador universitário afirma que os Açores têm estado subaproveitados ao nível do estudo mundial do clima, apesar das condições para se criar no arquipélago um "cluster das ciências atmosféricas".

"Os Açores têm estado subaproveitados, como é óbvio. Mas têm recuperado nos últimos anos muita da sua vocação", disse Eduardo Brito de Azevedo, acrescentando que "a ideia de um Centro de Estudos Meteorológicos no Atlântico" vem do século XIX.

Brito de Azevedo é coordenador do projeto CLIMAAT, surgido em 2004 e que visa o desenvolvimento de metodologias específicas para o estudo da meteorologia e clima nas regiões insulares atlânticas (Açores, Madeira e Canárias), bem como a cooperação científica internacional.

Para o docente na Universidade dos Açores, a tecnologia fez esquecer durante alguns anos a excelente posição dos Açores para os estudos do clima. No entanto, nos últimos anos o panorama mudou, com o surgimento de novos projetos científicos, o que denota que se voltou a perceber a importância da Região para o estudo mundial neste domínio.

"De certa forma, está a ser recuperada essa vocação do arquipélago e a capacidade no domínio das ciências atmosféricas claro que não estão dissociadas das ciências do mar. Enfim, julgo que se criou ou está a criar, e já temos infraestruturas que provam isso, aquilo que hoje em dia se chama um 'cluster' de interesse no domínio das ciências atmosféricas", referiu Brito de Azevedo.

Segundo disse o investigador, na sequência do projeto CLIMAAT, surgiram outros nos Açores, como a estação internacional com tecnologia de ponta na ilha Graciosa, para estudar o processo de geração de nuvens, ou outro no cimo da montanha do Pico, que mede a atmosfera a um nível diferente do que é medido ao nível do mar.

"A estação [na Graciosa] do programa ARM, do departamento de energia dos Estados Unidos da América, de certa forma decorre desta atividade que o grupo do projeto CLIMAAT tem vindo a desenvolver há alguns anos e que tem recuperado o que já se sabia: os Açores são um sítio de excelência para o estudo da meteorologia e climatologia no Atlântico", afirmou Eduardo Brito de Azevedo.

O professor universitário explicou que os Açores são excelentes para os estudos do clima ao nível mundial porque estão afastados de dois grande continentes (americano e europeu), que limitam as margens do Atlântico, o que permite estudar uma série de fenómenos relacionados com a interação com o oceano e a atmosfera de "uma forma mais limpa". Além disso, o arquipélago situa-se numa zona de confrontação de massas de ar de origem polar e tropical muito ativa, acrescentou.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «Diário de Notícias» da Madeira.
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sábado, 4 de abril de 2015

Raças autóctones portuguesas rejeitadas nos apoios governamentais da Região

Será que com as atuais medidas de apoio ao setor pecuário nos Açores se pretende atingir a qualidade necessária que tanto procuramos e desejamos?

Sendo eu um produtor na ilha das Flores, se quiser produzir animais bovinos de raças autóctones portuguesas, não tenho os apoios que teria caso queira ser produtor de animais de raças exóticas (por exemplo: charolesa, limousine, simmental-fleckvieh, aberdeen-angus) porque as leis da Região Autónoma dos Açores deixam de fora o apoio à importação das raças autóctones portuguesas, apoiando apenas as raças exóticas de grande corpulência. Igualmente não apoia a importação de fêmeas reprodutoras de fora da Região.

As regras regionais, nomeadamente o Regulamento de aplicação da intervenção Medidas Agro-Ambientais do Plano de Desenvolvimento Rural da Região Autónoma dos Açores, estabelecem que os apoios à manutenção das raças autóctones nos Açores só serão atribuídos a quem produza bovinos de raça “Ramo Grande”, estando vedada a qualquer outra raça nacional.

Ora, sendo verdade que esta raça está particularmente bem adaptada às condições existentes no nosso arquipélago, não é menos verdade que outras raças autóctones nacionais também têm características adequadas para a sua criação nos Açores e, como raças autóctones nacionais, deveriam ser protegidas.

Qualquer produtor nacional, no Continente, tem direito a decidir qual a raça autóctone que deseja produzir, independentemente do local em que o faz, podendo por isso candidatar-se aos apoios estabelecidos. No caso dos produtores açorianos, ao invés dos produtores do Continente que recebem apoios relativos à criação da raça “Ramo Grande”, estão logo à partida colocados em situação de evidente e óbvia desigualdade pois não têm direito a qualquer apoio se criarem raças autóctones de outras regiões do país.

Sucede que várias destas raças autóctones são já referência pela excelência dos produtos pecuários produzidos.

Mesmo a argumentação que tais medidas visam salvaguardar condições ambientais específicas, cai pela base, uma vez que nas ilhas dos Açores existem milhares de vacas das mais diversas origens e das mais diversas raças exóticas.

Estas medidas, na minha opinião, não só não beneficiam nem os agricultores da Região, nem as nossas condições edafoclimáticas, como são limitadoras do desenvolvimento do sector no sentido da evolução da qualidade e denotam uma falta de estratégia de desenvolvimento e de futuro que tão necessária é neste sector.

Estou em crer que a explicação será apenas essa: desconhecimento e falta de visão estratégica. Contudo, perante o óbvio, fica sempre a dúvida se tudo isto afinal tem explicação em negociata que desconhecemos e muito menos sabemos os contornos!...


João Paulo Valadão Corvelo

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Consultas de telemedicina... em espera

Estão ultrapassados os problemas técnicos que no final de Janeiro impediram o arranque das consultas por telemedicina na ilha das Flores.

A garantia é dada pela presidente da Unidade de Saúde de ilha, que explicou à Antena 1 Açores que já estão a decorrer testes com o equipamento que vai suportar as consultas de telemedicina.


Notícia: RDP Antena 1 Açores.
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quinta-feira, 2 de abril de 2015

Convite da Câmara das Lajes ao Grupo Folclórico Modas da Nossa Terra (USA)

Eu, Connie da Costa, presidente do Grupo Folclórico Etnográfico Modas da Nossa Terra (de Stoughton, USA) recebi um convite verbal da Gabriela Silva, natural das Lajes das Flores, para o Grupo actuar nos 500 anos da elevação das Lajes a vila, dizendo que a Câmara Municipal pagava as passagens, comida e cama aos elementos do grupo folclórico, dormindo nos apartamentos da Rádio Naval e comendo no Restaurante da Valentina, na Fazenda das Lajes.

No dia 9 de Dezembro de 2014 recebi um convite por escrito do senhor presidente Câmara das Lajes, Luís Carlos Martins Maciel, a fim de ir representar a vila de Stoughton na Festa do Emigrante 2105, visto Stoughton e Lajes das Flores serem geminadas. O mesmo foi dito a todos os elementos do meu grupo folclórico ao microfone da festa de Natal na Sociedade de São João, em Stoughton.

Até mesmo a Associação Cultural Lajense pediu apoio à Direcção Regional das Comunidades (DRC) para a deslocação no nosso grupo folclórico à ilha das Flores. Como a resposta estava a demorar, eu mesmo entrei em conctato com a DRC, vindo a saber que no dia 24 de Março haveria uma resposta dizendo qual seria o montante que a Direcção Regional das Comunidades iria ajudar ao nosso Grupo.

Entrei em contacto com o senhor presidente da Câmara das Lajes e para minha surpresa quando lhe perguntei se tínhamos alojamento e comida como fora prometido, o senhor respondeu que não sabia de nada e que a Câmara Municipal só pagava 10 euros por dia para as refeições durante os quatro dias da Festa do Emigrante. Que o alojamento e pagar as refeições, isso tudo tinha sido da cabeça da Gabriela. Visto ser esta a resposta de oferta do senhor presidente da Câmara das Lajes, automaticamente disse que o meu grupo folclórico não iria às Flores.

De seguida liguei para a Direcção Regional das Comunidades agradecendo pela ajuda mas que não enviassem o dinheiro para o apoio à nossa deslocação porque o nosso grupo folclórico não ia mais à ilha das Flores. Tínhamos passagens marcadas, muitos elementos tinham pedido férias sem serem pagas, passaportes tirados e não temos o privilégio de andar sempre a viajar à custa da SATA como algumas pessoas...

Lamento a falta de carácter do senhor presidente da Câmara das Lajes que deixa a Gabriela Silva e a vereadora senhora Vitorina andar a fazer convites a enganar a nossa comunidade, quando a Gabriela Silva nem é uma funcionária da Câmara das Lajes.

Então dada esta resposta eu pedi ao senhor presidente da Câmara para chamar a Gabriela e falar com ela sobre todo este problema que ela criou, o que o presidente não o fez. Por isso peço à Gabriela que ela deve uma desculpa pública a todos os elementos do Grupo Folclórico Etnográfico Modas da Nossa Terra, a quem ela prometeu Céus e Terra e agora como ela diz *** isto não é da minha conta não fui eu quem vos convidou, mesmo de verdade é preciso ter descaramento!!

Que ela não se esqueça de se comunicar com o senhor presidente da Câmara da vila de Stoughton a dizer o que se passou com o grupo, visto ela o ter convidado para nos acompanhar na nossa deslocação à ilha das Flores.

Cumprimentos para todos os amigos que tiraram tempo para ficarem a conhecer quem são os nossos ex-deputados e vereadora da Câmara das Lajes.

Segue uma cópia do convite feito pelo presidente da Câmara Municipal das Lajes, Luís Carlos Martins Maciel.


Connie da Costa

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Reembolsos das viagens de residentes ao Continente não estão ainda a ser pagos

Um passageiro que saiu da ilha Terceira tentou segunda-feira (dia 30) o reembolso numa estação de Correios em Lisboa, tal como prevê a lei e não conseguiu. Foi informado que o sistema informático ainda não está preparado e que os reembolsos só começarão a ser feitos pelos CTT dentro de um mês.

O pagamento do apoio a que os residentes nos Açores têm direito nas viagens ao Continente ainda não está a funcionar totalmente, estando os CTT a ultimar "ajustamentos informáticos" que deverão estar resolvidos a 13 de Abril.

Fonte oficial da Secretaria de Estado dos Transportes afirmou que esta foi a informação transmitida pelos Correios, depois da RTP Açores ter divulgado a denúncia de um açoriano que foi aos CTT pedir o pagamento do reembolso e ter sido informado de que o sistema ainda não estava a funcionar.

Com a entrada em vigor, no domingo passado (dia 29), das novas regras no transporte aéreo nos Açores, os residentes açorianos têm a garantia de que uma viagem ao Continente lhes custa, no máximo, 134 euros. Se as companhias aéreas lhe cobrarem mais do que isso, têm direito a ser reembolsados da diferença.

O Governo da Repúlica chegou a acordo com os CTT para que o pagamento desse apoio seja feito nos balcões desta entidade, tendo sido divulgado que os residentes açorianos poderiam começar a solicitar reembolsos das viagens na segunda-feira (dia 30).

Segundo a mesma fonte da Secretaria de Estado dos Transportes, o Governo da República só chegou a acordo com os CTT há poucas semanas, pelo que os Correios não conseguiram finalizar todos os ajustamentos informáticos necessários para operacionalizar os pagamentos em tempo útil, estimando que tudo esteja a funcionar a 100% a 13 de Abril.

A mesma fonte sublinha que os residentes nos Açores têm até 90 dias após a realização da viagem para pedir o reembolso dos valores acima dos 134 euros, considerando que "não são prejudicados" com este atraso no sistema de pagamentos dos CTT.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e «TeleJornal» da RTP Açores.
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