domingo, 30 de março de 2008

Sata Air Açores - em ano de eleições regionais

Por favor, verifiquem (e já agora expliquem-me) a lógica desta sequência de acontecimentos! Eu tenho a certeza que qualquer empresa que queira ser organizada tem que primar pela coerência de procedimentos, não interessa onde esteja - aqui ou na China. Bom, adiante aos factos então:

Viagem Lisboa/Flores, com escala na Horta. Criança de 9 anos a viajar desacompanhada. Sem dramas, sem confusões. Tudo tratadíssimo, assinadíssimo, confirmadíssimo. E ele lá foi. Mochila às costas. Cartão ao pescoço. Funcionária ao lado extremamente prestável e clara nas explicações.

Viagem Flores/Lisboa, com escala em Ponta Delgada. Criança de 9 anos não foi autorizada a viajar desacompanhada. E este impedimento veio do balcão da Sata Air Açores em Santa Cruz das Flores. Portanto, naquela cabecinha do funcionário, é perfeitamente lógico recusar que uma criança regresse à origem da mesma forma que chegou ao destino: desacompanhada.

Explicam-me isto, por favor? Alguém tem alguma teoria para além da pura estupidez? Mas não há regras? Não há procedimentos que sejam iguais aqui ou lá? A gaita toda é que para podermos sair daquela ilha não temos outra companhia aérea e se queremos viajar de forma mais rápida e mais cómoda temos que comer e calar. Até porque eu já agora gostava que o meu filho regressasse, se não fosse muito incómodo. Mas para isso, teve que se gastar mais dinheiro, na compra desnecessária de mais um bilhete de avião, para que ele pudesse voltar (de outra forma não o deixariam embarcar), para que pudesse ser libertado desta espécie de uso indevido de poder/abuso de preferência por ausência de concorrência/sequestro estúpido e mal-parido. Porque foi isso que foi: um "ou queres assim, ou então não há"; se o queres de volta tens que pagar mais um bilhete de avião (coisa barata).

A justificação para não o terem deixado viajar desacompanhado foi esta: "se houver algum cancelamento de voos de ligação entra a origem (Flores) e o destino (Lisboa), a Sata não pode responsabilizar-se pelo menor. Ele teria que ter pessoas de contacto na ilha onde tivesse que pernoitar para que se responsabilizassem por ele." Muito bem. Genial esta resposta. Até percebo que a justificação faça algum sentido, mas nesse caso nunca teriam autorizado a saída dele daqui.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Assim vão as obras do novo Hotel... (I)

há aproximadamente um mês atrás havíamos mostrado: «Como vão "correndo" as obras de construção do Hotel do Boqueirão...».
Saudações florentinas!!

76 políticos em Tribunal

Por não terem entregue a declaração de rendimentos no prazo legal de 60 dias após o início de funções, como determina a Lei 25/95, e 30 dias depois de terem sido notificados pelo Tribunal Constitucional para entregarem aquele documento, 76 titulares de cargos políticos foram obrigados a ir a tribunal justificar o incumprimento do diploma que controla a riqueza dos titulares de cargos políticos.

Desse total, segundo apurou o «Correio da Manhã», nove autarcas já perderam o mandato, cerca de uma dezena de outros foi absolvida e os restantes processos podem ter também como destino a absolvição.

Para já, os dados da Procuradoria Geral da República (PGR) não deixam margem para dúvidas sobre o número de processos judiciais a que a não apresentação das declarações de rendimentos deu origem em 2007: “A PGR pode somente fornecer números relativos a 2007, ano em que foram recebidas pela PGR e oriundas do Tribunal Constitucional 71 certidões relativas a autarcas e cinco relativas a entidades da saúde [gestores públicos]. As certidões deram origem a processos que correram termos nos Tribunais Administrativos Fiscais competentes da área dos tribunais centrais Administrativos do Sul e Norte”.

Entre os titulares de cargos políticos que já perderam o mandato contam-se autarcas do PS e do PSD do Continente e da Madeira. Os autarcas e os gestores hospitalares não são os únicos a não apresentar a sua declaração de rendimentos e património: deputados, membros do Conselho Económico e Social (CES) e chefias dos três ramos das Forças Armadas também não cumpriram no prazo legal determinado.

CARGOS SALVOS POR ERRO

Os tribunais absolveram vários titulares de cargos políticos de “incumprimento culposo”, por não terem entregue a sua declaração de rendimentos no TC, pela simples razão de o TC ter enviado a notificação para a câmara e não para a residência do faltoso.

Um acórdão do Supremo Tribunal Administrativo explica a situação: “A notificação que deu origem à presente acção foi remetida para a Câmara Municipal e levantada por um funcionário, nada constando dos autos susceptível de induzir a convicção de que o réu teve efectivo conhecimento do respectivo objecto, nem sequer que a sede do Município constitui o seu local de trabalho. Logo, não ficou demonstrada a culpa do réu no incumprimento da obrigação legal de apresentação da declaração de rendimentos, património e cargos sociais”. Assim sendo, o réu foi absolvido.

SAIBA MAIS: 59 Dos 66 membros do Conselho Económico e Social (CES) foram notificados pelo TC, em 2007, para depositarem a respectiva declaração de rendimentos e património.

CONTEÚDO: os titulares de cargos políticos têm de declarar o rendimento anual, o valor das contas a prazo, os investimentos financeiros em acções e obrigações, o património imobiliário e os cargos sociais.

OBRIGAÇÃO: o TC já determinou que os membros da CES, assim como as chefias militares, têm de entregar as respectivas declarações de rendimentos.

Notícia: «Correio da Manhã».
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 26 de março de 2008

Tribunal condena médico por crime de homicídio negligente de um jovem

O Tribunal de Santa Cruz das Flores condenou um médico do Centro de Saúde da ilha pelo crime de homicídio por negligência de um jovem em 2005, revelou o advogado de acusação.

Francisco Abreu dos Santos adiantou à Agência Lusa que ficou provado em Tribunal que o médico José Sidónio aplicou uma "dosagem de medicamento que provocou a morte" do jovem César Pacheco, de 30 anos, que em Agosto de 2005 deu entrada nos serviços de urgência do Centro de Saúde das Flores com sinais de cólicas renais.

Segundo a mesma fonte, o Tribunal vai agora determinar o valor da indemnização por danos morais que o médico terá de pagar à família. Durante o julgamento, a acusação exigiu uma indemnização superior a 300 mil euros. A mãe do jovem falecido, Maria Nascimento Pacheco, entende que a sentença proferida terça-feira [ontem] pelo Tribunal de Santa Cruz das Flores vem "fazer justiça", apesar de nada trazer o filho de volta.

Notícia: «Açoriano Oriental», jornal «Público», «Portugal Diário» e Rádio Renascença.
Saudações florentinas!!

domingo, 23 de março de 2008

Aposta no golfe rústico pretende complementar a nossa oferta turística

Os praticantes da modalidade já podem jogar nas pastagens açorianas com relva baixa e sem gado. A vantagem é não ser necessário recorrer a campos preparados, o que torna mais barato a prática deste desporto.

Chama-se golfe rústico e pode ser jogado em pastagens com relva baixa e sem gado. Esta é a nova modalidade do desporto nos Açores. O objectivo é proporcionar uma actividade lúdica e educacional aos adeptos de golfe num contexto rural.

Esta nova actividade tem a vantagem de não necessitar de campos muito preparados. O conceito aplica-se a espaços de pasto que têm outras utilizações durante todo o ano e que acabam por ser uma espécie de “campos multiusos”. O encanto deste conceito açoriano reside na possibilidade de se praticar golfe em terrenos ocupados normalmente por animais domésticos, culturas agrícolas e outras zonas rurais.
O golfe rústico açoriano é uma forma de promover o desporto na Região e poderá vir a ser um novo elemento de animação turística, que vem complementar e diversificar a oferta turística dos Açores.

Esta nova modalidade pretende contribuir para o desenvolvimento do turismo no arquipélago, enquanto destino apelativo para a prática da modalidade. Trata-se de uma forma diferente de praticar golfe, sem afectar o ambiente.

Notícia: «Jornal Diário» e «Azores Digital»; algo relacionado com esta temática pode também ler-se o texto «Câmara das Lajes quer construir campo de golfe para potenciar o turismo».
Saudações florentinas!!

sábado, 22 de março de 2008

A (futura) nova frota de aviões da SATA

Os DASH da empresa canadiana Bombardier vão substituir os velhinhos ATP da SATA. A empresa vai adquirir seis novos aviões até ao início de 2010. Os seis aviões vão custar cerca de 70 milhões de euros.

A SATA vai adquirir dois DASH Q200, com capacidade para 37 passageiros, que deverão chegar aos Açores até final deste ano ou no princípio de 2009, enquanto as restantes quatro aeronaves (DASH Q400 de 70 lugares) deverão chegar em finais do próximo ano ou início de 2010.

Os seis aviões vão custar cerca de 70 milhões de euros e, segundo adiantou Carlos César, a escolha pelas aeronaves da Bombardier teve a ver como facto de serem mais avançadas tecnologicamente e melhor se adequarem à operação nos Açores. Para os Açores virão os primeiros aviões do género que a Bombardier vai fabricar. Os dois Q200 destinam-se às ligações para Corvo, Flores, Graciosa e São Jorge, enquanto os quatro Dash Q400 vão operar entre as maiores ilhas açorianas.

Para Carlos César, este investimento de 70 milhões de euros vai permitir maior segurança e rapidez e melhor adequação entre carga e passageiros. Além de os DASH serem aviões tecnologicamente mais avançados, podem apresentar várias configurações em termos de carga e passageiros, o que permite uma maior versatilidade operacional. Além disso, a escolha pelos aviões da Bombardier também teve a ver com o facto de os mesmos serem mais potentes e, sendo assim, mais velozes, como referiu o presidente do Governo [Regional].

O DASH Q400 é uma das mais modernas aeronaves actualmente existentes no mercado, estando preparada para voos de curta duração, como são os realizados inter-ilhas. A aeronave tem dois motores menos poluentes do que os dos ATP que, pelo menos até final do ano, ainda constituem a frota da SATA. Com esta aeronave, as viagens inter-ilhas tornar-se-ão mais curtas, uma vez que a velocidade de cruzeiro dos DASH é de 667 quilómetros por hora.

O DASH Q400 é um bimotor turbo-hélice de médio porte projectado especialmente para uso civil no transporte regional. O principal atractivo técnico desenvolvido pelo seu fabricante De Havilland Canadá (desde 1984) é a boa flexibilidade para aterrar e descolar em pistas curtas ou médias (este fabricante é uma divisão da corporação gigante canadiana Bombardier, proprietária também das marcas LearJet, CanadAir, SeaDoo, EvinRude). Desde os anos 80, e somando todas as versões da família De Havilland desenvolvidas pela Bombardier para transporte regional de passageiros, foram comercializadas mais de 570 unidades, apresentando-se esta aeronave como um dos maiores sucessos mundiais da aviação regional.

Para reforçar a característica técnica de flexibilidade operacional para aterrar e descolar em pistas curtas ou médias, o fabricante De Havilland implantou nos seus turbo-hélices regionais DASH um sistema de flaps, que ocupam quase todo o bordo de fuga das asas. A Bombardier incorporou nos seus aviões um sistema de supressão de ruído, o que os torna tão silenciosos como os jactos.

Outra das escolhas para renovar a frota da SATA Air Açores passava pelos ATR 72, que acabaram por ser preteridos. Desde 2004 que se anuncia a renovação da frota da SATA e, já na altura, os DASH se apresentavam como a melhor escolha para substituir os ATP e Dornier. Inicialmente, a renovação da frota da SATA estava prevista para 2006. Dois anos depois, a escolha está feita e, a partir de final deste ano, a transportadora aérea regional começa a renovar a sua frota como os aviões que são descritos pela Bombardier como uma geração completamente nova de turbo propulsores, devido ao seu revolucionário sistema de supressão de ruído e vibração, o designado NVS (Noise and Vibration Suppression). Um sistema que, segundo a empresa, reduz o ruído e a vibração a um nível nunca atingido num turbo propulsor, proporcionando um maior grau de conforto.

Os ATP foram adquiridos pela SATA em 1990 e garantiram sempre uma elevada fiabilidade. Só que, com o passar dos anos, a manutenção obrigatória foi-se tornando mais frequente, o que representou um acréscimo dos custos para a companhia aérea açoreana.

Notícia: «Correio dos Açores», «Jornal Diário», «Açores.Net» e «Diário dos Açores».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 20 de março de 2008

Jornal «As Flores»: em minhas mãos

Nem todos concebem a escrita como um acto lúdico de prazer, no entanto é escrevendo que se recupera o sentido etimológico de poesis, quer dizer, algo que se fabrica, que se cria, que se produz porque se tem uma certa técnica, um saber-fazer.

Partir da experiência da leitura de modelos existentes para passar ao estudo desses casos pode ser um começo e daí à produção escrita.

Sei que ao escrever, assim como todos os colaboradores deste jornal [«As Flores»], assumimos juízos críticos e sujeitamo-nos à discórdia de uns e de outros. Mas também damos sentido à criatividade que temos na produção dos textos, escrevendo com entusiasmo e determinação.

Tomo consciência da necessidade de planificar, reescrever e aperfeiçoar os textos, tornando-os perceptíveis a qualquer leitor.

Um jornal é património literário universal, divulgando factos, contando no fundo a História de um lugar.

Ciente de que a partir de agora eu tenho também uma palavra para a História, assumo essa responsabilidade entusiasmada na tentativa de dar o meu melhor.

Os leitores serão sempre alvo da minha dedicação.

O jornal “As Flores” ruma agora para uma nova etapa, mas mantendo o perfil sério, justo, livre e dinâmico que foi defendido ao longo de 35 anos por Renato Moura, que já havia sido igualmente defendido por seu pai Roque de Freitas Moura. Orgulho-me de ter merecido a confiança de receber em mãos um tesouro desta natureza.

A tarefa árdua a que me propus não é nada mais, nada menos que a concretização de um sonho.

Tornei-me assinante deste jornal [«As Flores»] aos 15 anos, nele publiquei na altura um ou dois poemas, graças à simpatia do director, mas nunca imaginei um dia poder assumir eu o comando deste “barco”. Conto com a minha família, amigos e com todos os leitores para que na concretização do meu sonho eu possa também contribuir para uma sociedade melhor.

Maria José Sousa

Este artigo de opinião é parte integrante do jornal «As Flores», edição de 28 de Fevereiro de 2008.

Jornal «As Flores»: passagem de testemunho no fim de uma longa etapa

Hoje acordei e senti-me mais leve, logo depois de perceber que, ao contrário de ontem, já não era director de jornal. Já não tinha esta sensação de desanuviamento há muito mais de trinta anos!

Foi muito tempo.

Ao longo destes muito milhares de dias [como director de jornal] procurei fazer tudo o que pude ao serviço desta terra em particular, em prol dos Açores, por uma comunicação social livre, interventiva, verdadeira e corajosa.

Sempre soube que havia os que não gostavam disto ou daquilo; e até os que não gostavam de mim e logo nem sequer de nada. Sempre houve uns responsáveis duma ou doutra causa pública, que agora ou logo se lamentavam amargamente de algumas coisas que apareciam à luz! E lá iam pregando que eram tolices, mentiras, politiquices... Mas se não usaram o direito de resposta, é porque não podiam explicar; se não recorreram aos tribunais, é porque não tinham razão.

Os que não percebem, não podem gostar. Aos que não sabem fazer melhor, só resta “botar abaixo”. Aos que não tiveram coragem de discordar, às claras, do que escrevi, do que assinei e de tudo o que era publicado e como director publicamente assumi, de peito aberto, sem me esconder atrás de nada, restou-lhes ficarem no anonimato... mordiscando. Ou mais modernamente, ainda que se gabem de capacidades de discursar de improviso, parece que até se escondem debaixo de “blogues”!

Nada me afectou. Meu pai ensinara-me que eles nunca dão pontapés em cão morto.

Porque nunca me pagaram para escrever, nem escrevi para receber, as compensações que arrecadei e guardarei, foram sempre os elogios dos muitos que sentiram que eu dizia por eles e assim prestava um serviço público pela comunidade.

Sinto e quero expressar que se mérito houve nestas décadas de jornalismo, ele em muito se deveu à competente e empenhada cooperação de muitos colaboradores, tantos dos quais infelizmente já partiram deste mundo, a quem quero aqui homenagear e aos que estão vivos e alguns no activo, agradecer, muito reconhecido, o seu trabalho competente e gratuito.

Sei que não fui perfeito, nem o Jornal, sob a minha direcção, terá sido quanto poderia, porque não basta querer. Nem fiz ou disse tudo, porque não basta programar e investigar. Só receava – como os meus amigos sabem – perder o fôlego, a coragem, ou a lucidez, antes do fim da etapa. Graças a Deus que assim não foi. Terminei as funções de co-proprietário e de director de jornal, porque achei que era tempo. Terminei para dar lugar a outros e oportunidade de fazerem diferente, mais e melhor.

O mais importante era a continuação do Jornal. A então SubDirectora Maria José Sousa, com o gosto pela escrita que demonstra, a coragem pela intervenção social e a força da juventude – qualidades que levaram a que a investíssemos no cargo há meses – quase de imediato, aceitou o desafio público que havia sido lançado e mostrou-se interessada em encontrar forma de dar continuidade ao Jornal e das longas conversações realizadas resultou, da parte do Grupo de Amigos do Jornal As Flores, a concessão de todas as possíveis e variadas facilidades, a começar pela cedência gratuita do título.

Ligado a este projecto desde a sua fundação, em 7 de Dezembro de 1973 e com funções expressas de Director desde Outubro de 1975, cessei ontem essas responsabilidades (ainda que sem poder disfarçar a emoção, ao terminar uma missão executada com muita paixão) e passei o testemunho, no fim desta longa etapa.

Quero também, em meu nome e no do Rui Miguel Moura, agradecer a cooperação de todos os que contribuíram, por qualquer forma, para a concretização e manutenção do projecto e a excelente aceitação por parte da generalidade dos assinantes e leitores; e particularmente agradecer a dinâmica e generosidade dos anunciantes, essenciais na manutenção de um jornal, entre os quais – e como sempre – a excepção só serviu para confirmar a regra.

Deixamos também o nosso muito obrigado aos empregados que ao longo dos anos aqui trabalharam, em especial à Fátima Avelar Correia, que da empresa vem cuidando melhor do que se de coisa sua, ao longo destes últimos 20 anos; e às empresas onde o Jornal tem sido composto e impresso, ultimamente com a qualidade demonstrada pela Ferreira & Soares Lda.

Dos muitos jornais que se publicaram nas Flores, a I Série do “As Flores” durou 26 anos. O actual “As Flores” está no 35º ano.

Nesta hora quero afirmar também publicamente que desejo para o Jornal “AS FLORES” uma longa vida e um futuro do maior sucesso, sabendo que assim, para além do mais, se está cumprindo o maior desejo de Roque de Freitas Moura, o principal responsável pelo reaparecimento da imprensa escrita nas Flores, depois de um silêncio de uma década e meia.

Procurarei ajudar, a partir de agora como um colaborador entre os demais, porque aceitei o pedido que para tanto me fez a nova Directora; a exemplo aliás do que há muitos anos venho fazendo com vários jornais dos Açores.

Sei que a Maria José Sousa sabe e pode fazer um bom Jornal. Mas ela assumiu um desafio trabalhoso, absorvente e complexo. Ela assume a maior responsabilidade de uma causa que não é só dela, mas das Flores e dos Açores.

Se cada qual assumir a sua parte, maior será o sucesso.

E que Deus a ajude.

Fajã Grande – Flores, 15.02.2008

Renato Moura


Este artigo de opinião é parte integrante do jornal «As Flores», edição de 28 de Fevereiro de 2008.

quarta-feira, 19 de março de 2008

O jornal «As Flores» no Fórum (VI)

Jornal «As Flores», edição de 28 de Fevereiro de 2008
(nº 622, II série, ano XXXVI) : : : : JÁ NAS BANCAS!!! : : : :
Editora: Maria José Sousa


Títulos e resumos da 1ª Página:

Jornal “As Flores” EM MINHAS MÃOS
A partir de agora a Direcção do Jornal mudou. É assumida com responsabilidade e entusiasmo, na tentativa de dar o melhor. Com a consciência de que assumimos juízos críticos e nos sujeitamos à discórdia de uns e de outros; mas também damos sentido à criatividade, escrevendo com determinação.


PARA GRANDES ESPERANÇAS, MAIORES ENGANOS: Santa Cruz transformada na “Vila dos Pequeninos”
Quem vive em Santa Cruz sente cada vez mais o stress de uma grande cidade. A Câmara Municipal transformou a circulação de viaturas em Santa Cruz num autêntico caos, onde a população sai prejudicada no seu dia a dia.

José Gabriel louva Lira Açoriana
A Lira Açoriana – uma escola de músicos
José Gabriel Eduardo defende que a Lira Açoriana deverá actuar nas ilhas do Grupo Ocidental, tal como o fez nas outras ilhas seguindo o lema “nove ilhas uma só música”. Realça o enriquecimento cultural que é ser músico e os valores que assim se cultivam.

PS "subverte" interesses dos Açores às "conveniências políticas"
O PSD, pela voz do deputado Pedro Gomes, na Assembleia Legislativa [Regional], tece duras críticas ao Partido Socialista e vai ao ponto de considerar que este [partido] subverte os interesses açorianos às conveniências políticas.

Na ilha das Flores CDS-PP critica obras e pede mais segurança
A Comissão Política de Ilha [do CDS-PP] das Flores critica o planeamento das obras em estradas na vila de Santa Cruz e a falta de aviso às populações. Anselmo Furtado, no comunicado distribuído, exige também mais e melhor segurança para a ilha.

Grupo Desportivo “Os Minhocas” comemorou 29º aniversário

Jornal “As Flores” PASSAGEM DE TESTEMUNHO NO FIM DE UMA LONGA ETAPA
Ao longo de 35 anos Renato Moura foi director do Jornal “As Flores”, despede-se com melancolia mas “mais leve”, certo de que procurou sempre fazer tudo o que podia ao serviço da nossa ilha e em prol dos Açores. Foi com certeza o filho pródigo que levou o sonho do seu pai a marcar a história da imprensa açoriana.


O CAOS DAS OBRAS DA VILA
Nesta edição várias são as peças que se referem às obras em curso nas estradas da vila, que têm causado muitos transtornos – alguns evitáveis – à população, como a foto [na edição em papel] documenta.

FARPAS FARPAS FARPAS
Uma das mais populares secções do Jornal “As Flores” vai manter-se. Assim, não vale a pena que se entusiasmem os que tinham a esperança de poder voltar ao silêncio e ao sossego que a causa pública não aconselham.

ALGUNS DOS OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE NESTA EDIÇÃO:

CTT ultrapassam objectivos de qualidade de serviço

NOVABASE adquire capital da GLOBALEDA

ALGUMAS DAS PEÇAS DE OPINIÃO:

Sonho ou Realidade? - por Manuel Inácio

Contradições... - por Dr. Caetano Tomás

Assim vai o meu País, continuam as “verdades” de Sócrates - por Lino F. Fraga

ALGUMAS DAS SECÇÕES:

Ambiente: Manter o nosso melhor - Centro de Valorização Orgânica por Compostagem e Centro de Processamento – por Marlene Nóia

O Cantinho da Saúde: o Tabagismo - pela enfermeira Ana Gil

Espaço Saúde: Actividade física e sistema nervoso central - pelo Dr. Rui Moura

Estórias que meu Avô nos contava: Lenda do Baleeiro (ilha do Pico) - por J. M. Soares de Barcelos

Tal Qual: Maiorias implantando poder Absoluto - por José Renato Medina Moura

Re-Pensando: Falta de Respeito - por filho de Roque de Freitas Moura

Farpas, Farpas, Farpas - por Renato Moura

terça-feira, 18 de março de 2008

Concurso Literário Roberto de Mesquita

Pode consultar-se o Regulamento deste Concurso Literário promovido pela Câmara Municipal de Santa Cruz.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 17 de março de 2008

«Preto no Branco» #13

Quanto vale a aposta? Um deputado!

Vem aí a Primavera e lá para o Outono teremos o início de mais um ciclo eleitoral, com as eleições Legislativas Regionais, já em 2008, e Europeias, Legislativas Nacionais e Autárquicas, sucessivamente, em 2009.

Nas Flores, destes quatro escrutínios, as “bregas” que mais aquecem os bastidores são as eleições dos 3 deputados do círculo [de ilha] à Assembleia Regional, já este ano, e dos autarcas, nos Municípios de Santa Cruz e das Lajes, para o ano que vem.

Por vários sinais que nos vão sendo dados, sem qualquer especulação ociosa, arriscamos uma previsão das movimentações das “peças no xadrez”.

Comecemos pelas eleições Regionais deste ano.

A grande questão está em saber se o PS conseguirá manter os dois deputados eleitos [na ilha das Flores]. Ao que tudo indica, a nível regional, Carlos César está a embalar para uma terceira maioria absoluta. Todavia, as Flores sempre foram pródigas em destoar das tendências e dos ciclos regionais, pelo que não seria de espantar que desta vez o PS não repetisse a inédita proeza de eleger dois deputados [na ilha das Flores], tal como aconteceu em 2004.

É sabido que Manuel Herberto Rosa tem hoje uma base eleitoral de apoio mais consistente que há uns anos, fruto, sobretudo, do merecido destaque que tem vindo a ganhar na bancada socialista do Parlamento [Regional] e de um trabalho “de sapa”, muito diligente, junto do eleitorado florentino, para mais quando a “máquina governativa rosa” ganhou tentáculos no aparelho público e privado da ilha que nada ficam a dever aos dos tempos do PSD de Mota Amaral.

Acontece que, ao invés desses tempos, hoje, os eleitores das Flores usam o seu voto, muito mais, numa lógica de “carta de alforria” - para satisfação de certos interesses particulares - do que com um sentido de gratidão ou protesto pelo resultado duma apreciação global dos programas e das obras executadas em benefício público.

Donde, começa a instalar-se a percepção que o PS/Flores terá dificuldade em satisfazer a pulverização de todos os “nichos eleitorais” e estes, cientes de que um punhado ou apenas um voto (como já aconteceu em eleições passadas) pode decidir da eleição de um deputado [na ilha das Flores], não estão dispostos a “vender a preço de saldo a sua cruzinha nas urnas”.

Por outro lado, se nas Lajes o PS parece ter perdido, ou pelo menos parece não ter acalentado, um certo élan recente, em Santa Cruz é notório o “divórcio” entre o Poder Municipal e a representação florentina regional, da mesma cor [rosa].

Ora, daqui resulta que os eleitores das Flores, intuindo a vitória de Carlos César, podem achar que “dar” dois deputados ao PS é uma “oferta” demasiado generosa face aos lucros alcançados. Um, e chega!

Pela ordem natural das coisas, através da rotatividade entre os dois maiores partidos, seria o PSD a aproveitar a perda de um deputado do PS. Porém, também aqui, a “ordem natural” não se aplica.

O PSD/Flores não existe. Existem, sim, dois ou três caciques, o Poder de uma Câmara Municipal (com menor “peso” ao nível da ilha) e duas ou três figuras que gravitam à volta destes suportes. O que quer dizer que o PSD não dispõe mais hoje de uma “figura de ilha” que mais possa ter como objectivo do que a sua própria eleição. A CPI está nas mãos do deputado em exercício (em substituição de João Lourenço [presidente do Executivo lajense]) e a CPC de Santa Cruz é liderada pelo vereador que mais oposição tem feito ao Executivo santacruzense.

Assim, é de prever refinada “luta de galos” entre um e outro. O primeiro, [António Maria Gonçalves] há-de apostar no "factor João Lourenço", nas boas graças do Grupo Parlamentar do PSD - a que Costa Neves não se importa de ser alheio - e ao facto de já lá estar. O segundo, alegadamente, [Carlos Silva] por ser quem melhor pode atrair o eleitorado perdido em Santa Cruz, na sua postura de dinâmico “homem da ilha” e, por fim, num marcar de posição interna para a era pós-Costa Neves, para o qual contará com as influências de Duarte Freitas, que tem vindo a assumir veladamente o apetite pela liderança dos social-democratas açorianos, num cenário de regresso do Parlamento Europeu e disputa das eleições [Regionais] em 2012.

Portanto, um ou outro será o cabeça de lista do PSD pelas Flores às Regionais, sendo previsível que, de entre a “guerrilha sem quartel”, não venha a resultar mais que a eleição de um deputado.

Onde irá parar, então, o terceiro deputado das Flores? Esta é a maior dúvida. Se, por um lado, a CDU, de Paulo Valadão, apresenta desgaste e algum “cisco debaixo do tapete”, por outro, depois de tempos promissores, o CDS/PP não conseguiu exorcizar algumas derrotas “à tangente” que sofreu, nem aparenta ter pacificado os desentendimentos que o têm fustigado em Santa Cruz, ou conseguido um mínimo razoável de implantação nas Lajes.

O já habitual bizarro “voto de protesto” dos florentinos poderá pender para uma destas duas forças, mas só se uma delas conseguir transfigurar-se, apresentando uma figura movida pela força do carisma que faça acreditar poder vir a ser a voz incómoda e destemida na Assembleia Regional, a tal “voz das Flores”, que, como tal, mereceria também a empatia da Região, pela sua singularidade. Para já, essa possibilidade real ainda não encontrou rosto...

Resta uma quarta hipótese, em caso ou apesar da “falência” da CDU e do CDS/PP:

Qualquer um dos outros partidos - que nunca tiveram assento parlamentar - pode tirar “um coelho da cartola” e, mais uma vez, não inédita mas peregrinamente, fazer história e (re)colocar a ilha das Flores no mapa político dos Açores...

Preto no Branco!


Ricardo Alves Gomes

domingo, 16 de março de 2008

«Turismo não se faz só com paisagem»

É necessário criar infraestruturas associadas ao lazer e entretenimento para desenvolver o sector [turístico na ilha das Flores], defende a empresária Telma Silva.

"As paisagens não chegam para ocupar os turistas que visitam a ilha das Flores". A afirmação é da empresária Telma Silva, proprietária do aldeamento hoteleiro que funciona nas antigas instalações da Rádio Naval. A empresária preconiza, por isso, a criação de espaços de lazer, de desporto e de diversão para as pessoas se ocuparem nos tempos livres. "Paisagem nós temos. Mas não é o suficiente para ocupar por mais tempo os nossos turistas", diz.

"Muito fraco". É desta forma que Telma Silva classifica o actual estado de desenvolvimento do turismo nas Flores. A empresária, considera, por outro lado, que o alojamento de habitação tem uma importância acentuada no contexto global do desenvolvimento turístico dos Açores, até porque "os estrangeiros preferem o turismo de habitação aos hotéis. O espaço rural começa a ser também muito apreciado pelos turistas nacionais".

Telma Silva, à semelhança de muitos outros florentinos, defende que a SATA deve voar aos domingos, nos meses de Inverno, para a ilha das Flores. Preconiza, ainda, o aumento das ligações aéreas no Verão. "Muitas pessoas queixam-se de que não conseguem voos, principalmente se os mesmos não forem reservados com antecedência. Além disso, as ligações [aéreas] inter-ilhas são extremamente caras."

Numa região ultraperiférica como os Açores, os transportes e as comunicações são essenciais para o desenvolvimento. Neste contexto, Telma Silva é de opinião que as ligações marítimas [para a ilha das Flores] deviam realizar-se com mais frequência, até porque "muitas pessoas não têm capacidade financeira e disponibilidade para permanecerem uma semana na ilha, visto que o barco chega e poucas horas depois está de partida".

Para fixar mais os jovens na ilha das Flores, Telma Silva sugere a criação de novas infraestruturas e postos de trabalho. Sobre as respostas que o Governo Regional dos Açores dá às aspirações dos florentinos, refere que "embora, nos últimos anos, se tenham vindo a realizar diversas obras, ainda há muito por fazer".

Telma Silva começou por ser proprietária de uma pequena hospedaria. Segundo diz, sempre adorou receber pessoas e fazer novos contactos. Mais tarde, através de concurso, candidatou-se à exploração da ex-estação de Rádio Naval, transformando-a num aldeamento turístico. "Achei um projecto aliciante e cá estamos para bem receber todos os que nos queiram visitar", afirma. Os apartamentos são todos tipo T3 e têm um total de 60 camas. A unidade assegura serviço de pequeno-almoço e de baby-sitter e lavandaria. Organiza jantares, passeios pedestres e de barco à volta da ilha das Flores, assim como ao Corvo.

"Entrevista" integrante da edição de 7 de Março do semanário regional «Expresso das Nove».
Saudações florentinas!!

sábado, 15 de março de 2008

Transgénicos fora dos Açores!!!

As autoridades regionais estão desafiadas: a FruTer [Associação de Produtores de frutos, produtos hortícolas e florícolas da ilha Terceira] apela à declaração dos Açores como região livre de transgénicos e amante dos produtos tradicionais, à semelhança do que já aconteceu na Madeira e nas Canárias.

Fernando Sieuve Meneses, líder da cooperativa da Terceira [FruTer], falava no encerramento do encontro que decorreu [anteontem e ontem] em Angra do Heroísmo e durante o qual foi feito o ponto da situação dos trabalhos desenvolvidos no âmbito do GermoBanco Agrícola da Macaronésia, uma iniciativa apoiada pela União Europeia.

Proteger e valorizar as produções locais, que poderão ser destruídas através da introdução de transgénicos, são os objectivos fundamentais da FruTer ao avançar com esta proposta de restrição. Sieuve Meneses convidou, por outro lado, o Governo Regional a participar na aplicação do selo das RUP (Regiões Ultraperiféricas da Europa) a produtos originários dos Açores, sendo que tal selo impõe como condição que um determinado produto incorpore 90 por cento de matéria-prima regional.
Notícia: «Correio dos Açores».

Adicionalmente pode também ser consultada variada (e muito útil) informação no "sítio" da «Transgénicos Fora! - Plataforma portuguesa por uma Agricultura Sustentável», salientamos o mapa das zonas em Portugal declaradas livres de transgénicos e como se pode ser um@ "detective OGM".
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 13 de março de 2008

A (des)igual distribuição de publicidade institucional pelo Governo Regional "rosinha" ou pelas Câmaras Municipais "laranjinhas"... tão iguaizinh@s!!!

Assunto: Pedido de apreciação dos critérios de distribuição da publicidade institucional pelo Governo Regional dos Açores.

Decisão: O Conselho Regulador da ERC [Entidade Reguladora para a Comunicação Social] deliberou concluir pela necessidade de sujeição da publicidade institucional a critérios de distribuição que assegurem, nomeadamente, a salvaguarda dos princípios da igualdade de tratamento e da não discriminação, evitando, simultaneamente, a disparidade de actuação entre a Administração Regional e a [Administração] Autárquica.


Fonte: deliberações aprovadas pelo Conselho Regulador da ERC a 30 de Janeiro de 2008.

Como facilmente se pode constatar pela leitura (na íntegra) da Deliberação do Conselho Regulador da ERC, o "rosinha" Governo Regional [por mero acaso, certamente!] tem uma substancialmente maior fatia de publicidade institucional inserida nos jornais que são tidos como "mais próximos" do Partido (dito) Socialista, enquanto as Câmaras Municipais "laranjinhas" [por mero coincidência, obviamente!] distribuem mais publicidade institucional nos jornais "mais amigos" do Partido (dito) Social Democrata... Depois degladiam-se ambos os partidos, acusando (sempre!) o outro de que é esse quem não dá tratamento de igualdade na distribuição da publicidade institucional e de que ele mesmo não pratica qualquer discriminação entre órgãos de comunicação social... Tão iguaizinhos que são!!, é como se fosse o roto a pregar ao nu!!

Por outro lado, o amplo sector da imprensa está a ficar bastante preocupado com a (eventual) criação de um portal na internet para reunir os anúncios públicos, como sejam os editais das Câmaras Municipais e os concursos públicos, bem como os editais dos Tribunais e dos Registos, até aqui (obrigatoriamente por lei) sempre publicados na imprensa [num jornal de âmbito nacional e também noutro jornal de âmbito regional].

quarta-feira, 12 de março de 2008

Tribunais "demitiram" oito vereador@s

Os titulares de cargos políticos têm sobejas razões para estar preocupados com as consequências de não apresentarem, como determina a Lei 25/95, as suas declarações de rendimentos no Tribunal Constitucional (TC): dos 80 autarcas em risco de perderem o mandato – por não terem entregue no prazo legal o documento no início de funções – oito já foram demitidos por ordem dos Tribunais Centrais Administrativos. O PSD perdeu quatro vereadores, o PS três e o CDS-PP um.

Os oito autarcas demitidos por ordem dos tribunais eram vereadores nas Câmaras Municipais de Mira (distrito de Coimbra), Sabrosa (distrito de Vila Real, Trás-os-Montes), Salvaterra de Magos (distrito de Santarém), Funchal, Câmara de Lobos, Calheta e Porto Moniz (Madeira). Na autarquia funchalense o PS já perdeu dois vereadores.

Os últimos casos de perda de mandato ocorreram em meados de Setembro [do ano transacto]: Maria João Bessa, vereadora do PSD na Câmara Municipal de Sabrosa, e Carlos Jardim Gouveia, autarca na Câmara Municipal da Calheta, foram demitidos pelos respectivos tribunais de comarca. Aos casos de demissão já registados acresce ainda o arquivamento do de Maria Cristina Oliveira e Castro, vereadora independente na Câmara Municipal de Gondomar.

A Lei 25/95 determina que os titulares de cargos políticos têm de depositar a sua declaração de rendimentos no TC no prazo de 60 dias após o início do exercício de funções. Com base neste princípio legal, os tribunais centrais administrativos têm considerado que “a não entrega culposa da declaração de rendimentos era, por si só, e independentemente da gravidade dessa culpa, razão suficiente para ser declarada a perda de mandato”, situação que passa a “culpa grave” por o documento continuar por entregar, no prazo de 30 dias, após solicitação.

Por isso, a entrega posterior da declaração [de rendimentos] não “sana”, segundo os tribunais, o cumprimento atempado da lei. Tudo porque, frisam, “visando-se o controlo da riqueza dos titulares de cargos políticos desde o início do mandato e até ao seu final, tal desiderato apenas se alcança com o conhecimento, nessas fases, dessa riqueza”.

AUTARCAS AFASTADOS: Maria de Lurdes Mesquita, vereadora do PSD na Câmara Municipal de Mira; António Bruno Coelho, vereador do PSD na Câmara Municipal de Câmara de Lobos (Madeira); Maria João Bessa, vereadora do PSD na Câmara Municipal de Sabrosa; Carlos Jardim Gouveia, vereador do CDS-PP na Câmara Municipal da Calheta (Madeira); Carlos Pereira e Luís Vilhena, vereadores do PS na Câmara Municipal do Funchal; Emanuel Câmara, vereador do PS na Câmara Municipal de Porto Moniz (Madeira); Carlos Marques, vereador do PSD na Câmara Municipal de Salvaterra de Magos.

SAIBA MAIS: 800 autarcas eleitos em 2005 não entregaram a sua declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional no prazo de 60 dias após a tomada de posse; 30 deputados foram notificados pelo Tribunal Constitucional em 2005 para entregarem a sua declaração de rendimentos e 15 governadores civis também falharam essa entrega.

CONTEÚDO: a declaração de rendimentos [dos titulares de cargos políticos] tem de ter a indicação total do rendimento bruto, património imobiliário, quotas ou acções em empresas, carros, contas bancárias.

ENTREGA: os políticos e gestores públicos têm de entregar uma declaração [dos seus rendimentos e património] no início de funções, actualizá-la todos os anos e apresentar outra [declaração] no final do seu mandato.

Notícia: «Correio da Manhã» [edição do dia 5 de Novembro de 2007]; em correlação com os textos «E como é nas Câmaras Municipais da ilha das Flores?? Os senhores presidentes e vereadores terão entregue ao TC (em tempo útil) os seus "papelitos"???» e «Património sujeito a controlo da opinião pública mas alguns políticos querem manter os seus rendimentos ocultos».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 11 de março de 2008

Assim vai a construção do Pavilhão Desportivo Municipal das Lajes... (II)

Há já algum tempo que no «Fórum ilha das Flores» não dávamos quaisquer novidades sobre o andamento das obras de construção do Pavilhão [Poli]Desportivo Municipal das Lajes, sendo a nossa anterior menção a este assunto uma notícia do jornal «As Flores»: "Está adiantada a construção do Pavilhão GimnoDesportivo das Lajes".
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 10 de março de 2008

«Preto no Branco» #12

Que sucesso?!

Na edição de 31 de Janeiro último, o jornal «O Monchique» noticia que está na forja a publicação de um livro, de José Arlindo Trigueiro [J.A.T.], sob o título “Fazenda das Flores, um século de sucesso” – que contará com o alto patrocínio da Junta de Freguesia.

É recorrente dizer-se que os povos sem memória redundam em comunidades sem identidade. Parece, assim, benquista esta iniciativa, resultado do aturado trabalho de pesquisa de J.A.T., da colaboração da Paróquia (por intermédio do riquíssimo acervo fotográfico do Reverendo Pe. José Alves Trigueiro) e do oportuno empenho do Executivo da Freguesia. Por certo, terão havido também variadíssimos subsídios individuais, de prestimosos fazendenses, generosamente empenhados em registar 100 anos de feitos, pessoas e êxitos, dignos de relevo e inscrição na História.

Esta publicação, pela sua natureza, está obrigada a uma tremenda responsabilidade editorial, pois a pretensão de retratar o século XX de uma comunidade é tarefa delicadíssima, (ou não fosse a empreitada solidariamente assumida por várias entidades) requerendo o maior do rigor, quanto aos factos, e o mais exímio dos escrúpulos, quanto às pessoas.

Esperamos, assim, que J.A.T., desta vez, consiga, (acreditamos nessa sua boa vontade), colocar-se num papel isento e que consiga polir os seus ímpetos doutrinários mais tendenciosos, “apaixonados” e enjoativamente pródigos nos encómios a si mesmo. Que J.A.T. tenha a humildade de deixar a opinião para quem não escreve História.

Se assim for, cá estaremos para lhe “tirar o chapéu”, num “século de sucesso” do qual J.A.T. também faz parte integrante e por mérito próprio.

Adiante.

Olhando para o título proposto [da referida obra], desde logo, duas notas:

A primeira, de apreço, por se deixar cair um costume sem sentido. A Fazenda é das Flores, enquanto freguesia. Por contraste com a outra Fazenda, a de Santa Cruz, que é um povoado ou lugar integrante da freguesia e vila, sede de concelho.

A segunda, quanto ao complemento – “de sucesso”. Percebe-se a ideia - assinalar os êxitos e uma certa “marca distintiva” que a freguesia terá logrado alcançar. É legítimo. Mas não será demasiado pretensioso, quando comparado com as outras comunidades locais, que ao longo dos últimos 100 anos também tiveram as suas “glórias e heróis”? Não parecerá demasiado soberbo o epíteto, como se o sucesso fosse um “exclusivo fazendense”, por contraposição sugerida diante dos outros, menos bem sucedidos?... Não será acalentar uma nostalgia vã, se nos ativermos na realidade presente?...

Ficam as interrogações, para as quais, provavelmente, não haverá uma só resposta. Por mim, preferiria dizer, com mais parcimónia: “Fazenda das Flores, o século XX”.

O “sucesso”, coisa tão discutível, esse, ficaria à consideração dos que nele se revissem e de todos aqueles que no-lo reconhecessem. Como é timbre do mais autêntico brio fazendense, que não é feito de pregões mas antes de justos merecimentos!

Preto no Branco.


Ricardo Alves Gomes

domingo, 9 de março de 2008

Esperando, esperando, esperando...

«Morto aguarda autópsia nas Flores há oito dias»

O corpo de um homem está guardado numa câmara frigorífica [no Centro de Saúde de Santa Cruz] há oito dias na ilha das Flores à espera de um médico para lhe fazer a autópsia.
Urbano Dias foi encontrado morto na costa a 28 de Fevereiro. A família considera incompreensível a demora para libertar o corpo. O homem de 53 anos de idade tinha ido à pesca na costa da freguesia de Ponta Delgada. Um familiar disse à RTP/Açores que as autoridades suspeitam que Urbano Dias foi empurrado.
Ao fim da tarde [da passada quinta-feira, dia 6], o Gabinete de Medicina Legal de Angra [do Heroísmo] informou que a autópsia foi dispensada pelo Ministério Público. Estava já programada a deslocação à ilha das Flores dum médico de Coimbra.

Notícia e vídeo: «RTP/Açores».

«Na ilha das Flores: Corpo aguarda autópsia desde 28 de Fevereiro»
O corpo de Urbano Dias, encontrado morto na freguesia de Ponta Delgada, nas Flores, a 28 de Fevereiro, está, desde essa altura, no Centro de Saúde de Santa Cruz, em câmara frigorífica, a aguardar a realização de autópsia.
Segundo fonte que acompanha o caso, “a justificação que o Centro de Saúde de Santa Cruz das Flores dá [para este impasse] é que tem estado a aguardar ordens do Tribunal [da Comarca] para se realizar a autópsia”.

Notícia: «Diário Insular» [exige o pagamento de subscrição para leitura integral].

Falta de médico para autópsia atrasa funeral sete dias, é a manchete [da edição de sexta-feira passada, dia 7] do «Açoriano Oriental» [imagem à direita deste texto].
Volvida uma semana após o falecimento de um florentino, o corpo estava ainda em câmara de frio [no Centro de Saúde] à espera de autópsia. Família está revoltada.

Notícia: sumário de imprensa regional, do «Açoriano Oriental»; para leitura integral desta notícia do «AO» é necessário ser subscritor@ da sua edição on-line.
Saudações florentinas!!

sábado, 8 de março de 2008

Cruzeiro percorrerá as 9 ilhas açorianas

«A Essência dos Açores» é o nome do cruzeiro que irá percorrer por duas vezes, entre Abril e Maio [próximos], as nove ilhas do arquipélago.

A Study Cruises Promoção de Eventos, a par com a Polar Star Expeditions, está a promover um cruzeiro por todas as [9] ilhas dos Açores. O navio utilizado dá pelo nome de Polar Star e é um quebra-gelos, com capacidade para 100 passageiros.

Segundo Manuela Mascarenhas, do departamento de marketing da Study Cruises, em declarações exclusivas ao «Jornal Diário», qualquer pessoa pode usufruir deste serviço, sendo que, para o efeito, terá de contactar o seu agente de viagens.
Quando questionada acerca da escolha dos meses de Abril e Maio para a realização destas viagens, Manuela Mascarenhas afirma que tal deve-se ao facto de já existir, no Verão, uma oferta com as mesmas características, mais concretamente o cruzeiro «Ilhas da Macaronésia». Uma vez que a procura pelos Açores é cada vez maior, a empresa decidiu promover um cruzeiro exclusivo para esta Região, aproveitando a mudança de rota do Polar Star, do Árctico para o nosso arquipélago.

Intitulado «A Essência dos Açores», o cruzeiro irá realizar-se de 19 a 26 de Abril e de 26 de Abril a 3 de Maio. O embarque será feito em Ponta Delgada; o barco prossegue para a Graciosa, Flores e Corvo, Faial, Pico, São Jorge, Terceira e Santa Maria, regressando a São Miguel. Os preços vão desde os 1.980 euros por cabina dupla com casa de banho partilhada, até 3.030 euros por suite.

Notícia: «Jornal Diário».
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 5 de março de 2008

Prossegue o julgamento por (alegada) negligência médica no Centro de Saúde

O julgamento do caso de César Pacheco, que morreu alegadamente por negligência de um médico do Centro de Saúde de Santa Cruz das Flores, começou [ante]ontem [segunda-feira, dia 3] no Tribunal da ilha das Flores.

A família de César Pacheco acusa um médico do Centro de Saúde de Santa Cruz de não ter dado a devida atenção ao problema clínico do filho, que na altura dos acontecimentos trabalhava a bordo do navio Ilha Azul. O jovem sentiu-se mal e foi transportado ao Centro de Saúde, onde acabou por falecer por excesso de medicação, segundo revela o relatório da autópsia.
O julgamento prossegue no Tribunal de Santa Cruz das Flores.

Notícia: «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 4 de março de 2008

Ilha das Flores pode vir a ter a Estação Astronómica e Geodésica dos Açores

O Governo Regional vai apostar numa nova Estação Astronómica e Geodésica para a ilha das Flores.

“A ilha das Flores reúne todas as condições para a instalação de uma Estação Astronómica e Geodésica”, afirmou o secretário regional da Habitação e Equipamentos no final de uma visita ao Centro Astronómico de Yebes [CAY], em Espanha.

Os requisitos necessários para o desenvolvimento de um projecto semelhante [ao CAY] nos Açores foram expressos a José Contente pelo presidente do Instituto Geográfico Nacional de Espanha. “O Governo [Regional] dos Açores vai, agora, analisar as vertentes técnicas e financeiras do projecto com o Instituto Geográfico Português, esperando-se que, até Junho, possa ser celebrado um acordo para a criação dessa estação nos Açores”, acrescentou. Tal representará “mais um passo importante na edificação de um cluster tecnológico que, todos os dias, deve ser construído com sentido de futuro e abertura a uma nova dimensão para a Região”, salientou o governante.

O secretário regional da Habitação e Equipamentos considerou, também, que o projecto em questão “tem uma amplitude mais vasta porquanto, poderá dar origem a um novo Instituto Atlântico de Ciências da Terra e do Universo”. Quando vier a ser construída nos Açores, com equipamento idêntico à de Yebes, a Estação [Astronómica e Geodésica] será operada por 12 técnicos em permanência, astrónomos, engenheiros e outro pessoal qualificado, que poderão ser recrutados, na Região, referiu José Contente.

Notícia: «Jornal Diário», «Correio dos Açores», GaCS [Gabinete (da Presidência do Governo Regional) de apoio à Comunicação Social] e «Mundo Geo».
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 3 de março de 2008

Concurso «1, 2, 3, Terra Alerta»

No âmbito das comemorações do Dia da Terra, a 22 de Abril, a Ecoteca das Flores promove o concurso «1, 2, 3, Terra Alerta» para todos os alunos do 3º ciclo da Escola Básica e Secundária das Flores. Neste concurso abordam-se temas como a biodiversidade, as alterações climáticas e os resíduos, no sentido de alertar os alunos para a sustentabilidade e para a importância de cada atitude que tomamos no nosso dia-a-dia.

De modo a chegar a um público mais vasto iremos publicar no «Fórum ilha das Flores» o/os trabalho/s melhor/es sobre o tema das alterações climáticas e na emissão da Rádio Atlântida–Flores irá passar o melhor trabalho sobre o tema dos resíduos.
Saudações florentinas!!