Maior propagação de alforrecas deve-se à pesca excessiva de pequenos peixes
A pesca de arrasto de espécies de peixes pequenos leva à proliferação de alforrecas, segundo uma investigação feita por biólogos marinhos.
Os cientistas monitorizaram os ecossistemas em duas zonas dos oceanos separadas por 600 milhas, o que corresponde a milhares de quilómetros. Uma das zonas foi junto à Namíbia, onde a pesca não é regulamentada, e a outra ao largo da África do Sul, onde a pesca de sardinhas ou arenques é controlada de acordo com os stocks disponíveis.
"Nos anos 1960 das águas da Namíbia saiu uma produção de 10 milhões de toneladas de sardinhas por ano. Isto foi substituído por 12 milhões de toneladas de alforrecas", afirmou Philippe Cury, do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento francês. Segundo o investigador, houve uma má gestão dos stocks de sardinhas e anchovas, que foram sobre-exploradas e já quase desapareceram.
Já na África do Sul, a gestão foi muito cuidadosa e não houve qualquer surto de alforrecas ou medusas, segundo o estudo divulgado pelo jornal «Bulletin of Marine Science», da Universidade de Miami.
Peritos de todo o Mundo têm debatido o aumento das populações de alforrecas em muitas zonas dos oceanos, colocando a hipótese de se dever à eliminação dos peixes predadores que mantêm as medusas controladas ou ao aquecimento global. Segundo o autor do estudo agora divulgado, a investigação aponta para que, ao eliminar o peixe pequeno, as alforrecas fiquem sem concorrência para se alimentarem de plâncton e, assim, proliferam de forma descontrolada.
Notícia: RTP.Notícias.pt e SIC Notícias.
Saudações florentinas!!
3 comentários:
Não acredito.
Qual pesca excessiva....
As quantidades de pequenos peixes pescados nos Açores não varia muito de ano para ano. Como toda a gente constata, temos anos onde as águas vivas coalham o mar e outros sem nenhuma.
É melhor procurar outra razão.
Haja paciência para aturar esses especialistas ! direcção e duração do vento de determinado quadrante....
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