Apoios "nebulosos" a rádio florentina(?)
O Governo Regional atribuiu 110 mil euros a uma rádio e não 250 mil, como denunciou a oposição, negando ainda tê-lo feito contrariando um parecer da comissão que analisa as candidaturas aos apoios à comunicação social privada.
O esclarecimento está numa resposta do Governo Regional a um requerimento do grupo parlamentar do PSD na Assembleia Legislativa regional. Nesse documento, o PSD pedia esclarecimentos sobre a atribuição de um apoio de 250 mil euros a uma rádio das Flores e de São Jorge, ao abrigo do Programa de Apoio à Comunicação Social Privada (ProMedia), apesar do “parecer desfavorável por aparente irregularidade”, da comissão de análise das candidaturas.
No debate no plenário da Assembleia Regional, na terça-feira [anteontem], em torno da proposta do executivo açoriano para a criação do ProMedia III, PSD, BE, PPM e CDS/PP voltaram a denunciar o caso, exigindo esclarecimentos: “Cá estaremos para tentar esclarecer essa questão até ao fim, até porque não queremos acreditar que essa empresa seja, porventura, de um ex-assessor, de um ex-secretário [regional]. Esta questão tem de ficar absolutamente esclarecida”, afirmou José Andrade, que disse que o requerimento dos sociais-democratas ainda não tinha resposta do executivo.
Na resposta ao PSD, a vice-presidência do Governo Regional revela que os apoios atribuídos à empresa em causa foram de cerca de 110 mil euros em três anos (apesar de a candidatura pedir 2.590 mil euros).
O executivo nega ainda que houvesse então um parecer “expressamente desfavorável” da comissão que analisou a candidatura da Ecos das Flores de 2009. E cita o parecer em causa: “a comissão decidiu, antes de se pronunciar (...) solicitar à tutela uma apreciação técnica sobre os equipamentos destinados à modernização e uma investigação minuciosa sobre a faturação que parece indicar falta de rigor contabilístico”.
“O processo foi reponderado pela tutela”, em “conformidade” com o parecer, assegura o Governo Regional, dizendo que acabou por decidir conceder um apoio porque os valores relativos aos equipamentos eram “equiparáveis” aos de outras candidaturas similares e “porque não se encontrou qualquer dúvida substanciada em relação ao rigor contabilístico”.
O executivo lembra ainda que uma candidatura da mesma empresa apresentada em 2012 foi rejeitada, tendo o Governo Regional acatado e respeitado “integralmente” o parecer da comissão.
Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
A rádio Ecos das Flores foi criada pelo ex-deputado já aposentado Manuel Herberto Rosa, tendo agora(?) como seu gerente Mário Travanca da rede de rádios Canal FM sem qualquer emissão produzida localmente na ilha das Flores (na frequência 104.5 MHz em FM).
Saudações florentinas!!
7 comentários:
Há sempre o miserabilismo de quem pede, que para umas coisas é rico para outras é pobríssimo, e há magnanimidade de quem "dá" aquilo que não é seu.
Não me canso de dizer: os impostos custam cada vez mais a pagar.
Actualmente existe alguma rádio nas Flores?
110 000 euros!? Investidos em quê ??
Boa tarde a todos.
Hoje vou comentar os comentários dos que me antecederam, já que da questão em si, pouco sei ou conheço.Por isso, vou começar pelo do dia 21,repetindo a dúvida que o seu autor formula;existe de facto alguma rádio local nas Flores,pelo menos que aproveite à generalidade das pessoas?
Ou apenas algo que uma minoria conhece e aproveita? Era bom que isso fosse clarificado para que aproveitasse à população em geral e assim se justificasse o apoio.Caso contrário, fica a dúvida do comentador de 22.
Quanto ao comentário de 20,embora entenda as constatações que faz,acho-o inigmático quanto ao seu alcance.
Até mais ver.
Havia ai uns monços que tinham uma que emitia com gente de cá e para cá. Conseguiram acabar com ela.
Mesmo que existisse uma rádio nas Flores, faltaria justificar tal investimento.
...And the winner is....
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