"Novo fôlego" para o Museu das Flores
O diretor do Museu da ilha das Flores afirmou que a instituição vai ganhar em 2014 "novo fôlego" com a reabertura das exposições permanentes no Convento de São Boaventura e na Fábrica do Boqueirão.
“Quer a Fábrica, quer o Convento terão este ano de 2014 o ano de reabertura”, afirmou Luís Filipe Vieira, acrescentando que a atividade do Museu das Flores tem sido nos últimos dois a três anos “muito limitada”, uma vez que “a coleção de longa duração está a ser alvo de uma intervenção de requalificação”.
O Museu das Flores, atualmente sediado no Convento de São Boaventura (no concelho de Santa Cruz das Flores) teve a sua origem na Casa Pimentel de Mesquita, em 1977, tendo aberto ao público em 1986, após obras de restauro do imóvel seiscentista.
O acervo deste museu, dividido em dois núcleos e composto por uma equipa de sete elementos, é maioritariamente de cariz etnográfico, contendo várias peças ligadas à agricultura, pesca, navegação, cerâmica, entre outras: “As peças foram sempre tratadas e mantidas. Não tinham era a parte da museografia feita. Não tinham expositores, estrados e não havia materiais explicativos. É todo esse trabalho que temos estado a fazer”, explicou Luís Vieira, acrescentando que na ilha “já estão todos os materiais”, faltando apenas a chegada dos elementos da empresa continental que vêm fazer a montagem final.
Sem se comprometer com uma data concreta para as reaberturas, o diretor do Museu das Flores acredita que ainda este ano os florentinos e os turistas vão poder “ver as peças expostas de outras formas, com outros elementos adicionais explicativos e interpretativos, que não tinham antes”, o que permitirá mais facilmente perceber o passado “de uma comunidade instalada nesta ilha há mais de meio milénio”.
Presentemente, o Museu das Flores, que em 2013 recebeu cerca de mil visitantes, tem apenas ativa uma exposição temporária na Igreja do Convento de São Boaventura, um edifício datado do final do século XVII que foi restaurado entre 1990 e 1993 para receber a coleção etnográfica e de arte religiosa da instituição.
Depois de substituído o telhado, em 2010, e concluída a primeira fase da obra de conservação e restauro do teto da capela-mor da Igreja do Convento de São Boaventura, em 2012 seguiram-se outros trabalhos para que o imóvel recuperasse todo o seu esplendor, mas segundo Luís Filipe Vieira, “as próximas fases ainda não estão calendarizadas” pelo Governo Regional: “Seria eventualmente o levante do repinte, que foi feito nos anos 1950-1960 com tinta de pintar portas. Seria o levantamento dessa camada pictórica para ver o que está por baixo. Sabemos que houve pintura original por baixo dessa parte e depois, também, uma intervenção ao nível dos retábulos cujos douramentos já estão a ter destacamentos nalgumas zonas”, indicou.
Quanto à Fábrica da Baleia do Boqueirão, inaugurada em 2009 após obras de recuperação, Luís Filipe Vieira garantiu que estão em fase de conclusão os painéis explicativos e bilingues que permitirão aos visitantes compreender melhor a importância da atividade baleeira para a economia local. A Fábrica do Boqueirão, que entrou em atividade em 1944 para produzir óleo de baleia, está classificada como imóvel de interesse regional.
Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
De lembrar que (aquando da visita estatutária do Governo Regional à ilha das Flores) a tutela afirmou que “a Fábrica da Baleia do Boqueirão vai ser aberta ao público em breve”, estávamos em Maio de 2013.
Saudações florentinas!!
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