Gestão de resíduos nos Açores vai ter um portal interactivo para os cidadãos
Os açorianos vão poder aceder, dentro em breve, a uma plataforma on-line que lhes permitirá apresentar sugestões sobre a gestão de resíduos ou até mesmo denunciar o depósito ilegal de lixos no arquipélago.
Esta é uma das componentes do projecto SIGESTEIN – Sistema Tecnológico de Gestão Territorial de Expedientes de Infracções Territoriais, que [ontem] foi formalmente apresentado no Jardim Botânico do Faial.
De acordo com o director regional do Ambiente, o projecto visa criar um portal interactivo para o cidadão, empresas ou entidades públicas, disponibilizando diversas informações ambientais, nomeadamente as que estão relacionadas com os resíduos. Segundo explicou Frederico Cardigos, o Governo [Regional] quer saber o que é que o cidadão pensa dos serviços, por um lado, e, por outro, que o próprio cidadão “nos comunique algumas críticas e sugestões sobre o bom ou o mau funcionamento do serviço [regional] de gestão de resíduos”.
Frederico Cardigos lembrou, todavia, que o SIGESTEIN constitui somente uma das várias “peças políticas” da gestão de resíduos nos Açores. “Nós não nos podemos limitar apenas a esta componente do diálogo com o público, pois existe uma outra parte, extremamente importante, que tem a ver com a implementação de soluções para que os resíduos deixem de ser um problema no arquipélago”, observou.
Conforme [o director regional do Ambiente] referiu, essas soluções passam pela instalação de Centros [de processamento] de Resíduos, que já estão em construção nas Flores e na Graciosa e que serão igualmente construídos nas restantes “ilhas da coesão”, onde os lixos “terão um final adequado, pelo menos na perspectiva do utilizador, pois depois terão obviamente que seguir para outros destinos”. Adiantou ainda que, nos termos de uma portaria já em vigor, os produtores de resíduos devidamente licenciados podem beneficiar também do apoio do Governo [Regional] no transporte [marítimo] desses resíduos para um destino final, seja noutra ilha, seja no Continente.
“Temos também uma componente extraordinariamente importante na área do licenciamento das actividades de gestão dos resíduos e, até final do ano, quem quiser fazer o licenciamento da gestão de operações de resíduos não paga qualquer valor”, acrescentou Frederico Cardigos. Para o director regional [do Ambiente], é intenção do Governo [Regional] “dar um estímulo muito forte para que os privados entrem nesta temática e, mesmo não havendo um volume de resíduos por aí além, tornar aliciante a boa gestão dos resíduos no arquipélago”.
O projecto SIGESTEIN, que se desenvolve no âmbito do programa de cooperação transnacional MAC, terá uma duração de três anos e é uma parceria entre a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, através da Direcção Regional do Ambiente, e a Agencia de Protección del Medio Urbano y Natural das Canárias.
Notícia: «Jornal Diário», «A União» e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!
14 comentários:
Tirem primeiro o lixo das ribanceiras, das grotas e do calhau e depois «implementem» essas modernices cibernéticas, pois eu aqui, a partir do meu teclado, não consigo eliminar a lixeira a céu aberto da Ponta Ruiva.
Retirem, isso sim, o lixo que grassa em certas mentes....
Em vez de se resolverem os problemas existentes, lixeiras a céu aberto, saneamento básico, reciclagem... cria-se um projecto deste tipo? Emfim, é blábláblábá e os problemas que existem nesta ilha continuam por se resolver...só mesmo nesta ilha de nome Flores!!!
O sr.comentador das 10:19 tem toda a razão.
No lugar de resolverem os problemas concretos das pessoas concretas, os nossos governantes, altos funcionários e «responsáveis» duma forma geral, criam «realidades virtuais».
É como o computador magalhães.
Alguem acredita que os meninos e os jovens vão aprender melhor matemática, português e ciências com aquele brinquedo tecnológico?
Dr.Pardal,a lixeira situa-se em Ponta Delgada.
vxa não viu o debate dos candidatos à Autarquia de Santa cruz?
Cairam no mesmo erro,salvando-se apenas o candidato João Paulo que abriu os olhos a muita boa gente.
Portugal é dos poucos países do mundo, onde as crianças nas escolas aprendem informatica e dispõe do seu próprio computador.
Aquilo que devia ser motivo de orgulho de qualquer portugues, a aposta na formação dos mais novos, é motivo de critica sórdida, com o propósito de denegrir.
De facto a auto-estima de certos portugueses fica abaixo do papel higiénico.
Percebeu, Pardalão com propensões a mamão?
Há pessoas que nem com computador e internet à borla conseguem ver um boi à sua frente e até são capazes acreditarem nos signos astrológicos e noutras tretas.
Não me admiraria nada que o comentador anterior fosse um daqueles contemplados com um «barril d'amérca», anunciado telefonicamente por um tal «Pereira», no papel de despachante oficial...
Dizer que se aprende «informática» nas escolas com esse tal de «magalhães» é de partir o côco.
Raramente esses computadores são utilizados no ensino.
São oferecidos aos piores alunos e é utilizado para outra coisa senão para jogos.
Outra treta bem pregada à tuguíssima saloiada foi o «financiamento» desses «magalhães» que segundo os maiorais de Lisboa eram financiados pelas operadoras e afinal o carcanhol foi retirado da Acção Social Escolar.
É muito possível haver famílias com alunos equipados com azulíssimos «magalhães» mas sem pão para comerem.
Enfim, ainda há quem, com estoicismo e patriotismo, acredita no Pai Natal e na rena alentejana...
Algumas pequenas notas-extra de informação conexa:
- a recolha de resíduos sólidos nos concelhos da Ribeira Grande, Lagoa e Vila Franca do Campo (na ilha de São Miguel) passará a ser feita (a partir de Janeiro) por uma empresa privada;
- o Governo Regional dos Açores pretende criar uma sociedade de capitais públicos destinada à gestão ambiental e à conservação da natureza no arquipélago;
- as despesas dos municípios portugueses em gestão de resíduos absorveram 76% dos valores destinados à gestão e protecção do ambiente, em 2007.
O Pardalão, com evidentes propensões para Mamão, não vê um palmo à frente da testa.
Infelizmente este país sempre teve gente que no lugar de fazer alguma coisa válida e positiva pela sua terra, pelo seu país, e, que mais não seja pelo espirito cristão, pelos outros, só abre a bocarra para criticar.
Os computadores Magalhães que se saiba, foram distribuidos a todas as crianças. De forma gratuita às cujas familias tem ou tinham baixos rendiimentos.
Onde é que uma criança pobre, tem acesso à informática - a ferramenta do futuro -se não for assim?
Como é que fomentamos o gosto pela informática nas crianças, imprescindivel ao progresso, se não existir um estimulo?
Já pensou o Velho do Restelo de cima que se metade das crianças que receberam o utilizarem indevidamente, as mais valias que iremos todos ter no futuro com a outra metade que souberam aproveitarar?
Há gente neste país, nestes Açores e aqui ao nosso lado, na nossa ilha, que vive para deitar a baixo.
Com que propósito?
Oh, pardalão, pardalão, tu não estar farto de mamar, o que tu queres é mamar.
O meu objectivo não é «dizer mal» por dizer mal, mas sim exercitar o espírito crítico dos florentinos e bem assim dos leitores do Fórum, oriundos das restantes ilhas e da diáspora.
Uma sociedade sem sentido critico e impedida de questionar os seus dirigentes e as suas politicas, é uma sociedade doente, abúlica e decadente.
Ou alguém está interessado em voltar ao antigamente quando se vazia vénia com o boné e chapéu à passagem duma «autoridade», com temor e subserviência?
Quanto ao programa conhecido por «magalhães», embora a ideia subjacente a este seja louvável, a verdade é que o respectivo processo de execução é bastante obscuro e polémico.
Até agora esse programa já fez muito bem à empresa «assembladora», aliás motivo pelo qual a União Europeia já questionou o governo português sobre a atribuição dessa «empreitada» sem concurso público internacional.
Não obstante o apoio que essa empresa tem vindo a receber do Estado, inclusivé a profícua acção como director comercial do próprio autor da ideia, neste momento essa empresa já começa a despedir pessoal.
Como disse anteriormente, o financiamento através duma fundação privada, alimentada com dinheiros públicos, também tem sido muito questionável, quer do ponto de vista técnico (orçamental), quer do ponto vista politico (ética).
Quanto aos resultados não é expectável grandes resultados.
Para vosso conhecimento já começam a aparecer «magalhães» na «feira da ladra» e no «mercado negro» a 50,00.
Mas há quem goste de viver no mundo da fantasia e da rena alentejana.
O que é que se há-de fazer?
O meu apoio incondicional às duas últimas intervenções do Dr.Pardal.
O que efectivamente hoje se vive,em Portugal, (com as honrosas excepções), é um clima de subserviência, onde por vezes se abdica da vontade própria em troca daquilo de que se necessita e a que se tem direito, mas que pela via normal só alguns conseguem alcançar. É uma democracia pobre,redutora e até hipócrita.
Relativamente ao Magalhães, e independentemente do processo de aquisição, à partida é difícil não dizer que é bom. Claro que é! Agora que não é o remédio para todos os problemas do ensino, é um facto! Não seria também prioritário que os alunos aprendessem a ler e a escrever português correctamente e decorassem a tabuada, além das restantes disciplinas do ensino básico? Não será urgente um maior grau de exigência e de disciplina nas nossas Escolas ?
Na ilha das Flores deveriam viver muitas pessoas com a mentalidade do Dr. Pardal, felizmente ainda existe algumas pessoas com ideias proprias. Nesta terra o que faz falta é questionar os nossos politicos pois eles são pagos para isso e não para estarem a encher os bolsos e nada fazerem pelos interesses dos seus cidadãos. Esta terra tinha falta de uma desrratização a nivel polico, esta é a verdade nua e crua! E não me falem das autaquias pois estas são as instituições publicas que mais envergonham os Florentinos! Eu não me vendo e felizmente tenho opinião!
Pequena adenda informativa, com base numa notícia do jornal «A União»...
Ao todo, em 2008 a despesa em ambiente efectuada pela Administração Regional atingiu os 77 milhões de euros, mais 19% do que no ano anterior. [...] Mais de metade d[ess]a despesa da Região foi aplicada em “Despesas Correntes”, com realce para a “Aquisição de Bens e Serviços” e “Despesas com o Pessoal” com 30% e 19%, respectivamente.
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