quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Governo Regional subscreve o relatório do LREC sobre riscos na Ponta da Fajã

O Governo [Regional] dos Açores “aceita e subscreve, como tecnicamente bom e claro naquilo que deve ser feito”, o relatório que o Laboratório Regional de Engenharia Civil (LREC) elaborou sobre o risco existente no lugar da Ponta, na freguesia da Fajã Grande, ilha das Flores.

A informação é do secretário do Ambiente e do Mar e foi avançada quarta-feira [ontem], na Assembleia Regional, durante a apresentação de um relatório com a avaliação actualizada dos condicionalismos que levaram à classificação da Ponta da Fajã como “zona de alto risco”. De resto, acrescentou Álamo Meneses, o Governo [Regional] “vê com agrado a forma como a maioria das forças políticas aqui presentes encarou os resultados” do parecer elaborado pela Comissão de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Trabalho.

Para o secretário regional [do Ambiente e do Mar], neste caso da Ponta da Fajã “há legislação que é preciso cumprir”, quer pelos cidadãos quer sobretudo pela Câmara Municipal das Lajes das Flores, entidade que tem a “obrigação de fiscalizar a construção e de gerir o licenciamento urbano”. O decreto de 1989 está em vigor, deve ser cumprido e é intenção do Governo Regional que ele seja cumprido, lembrou ainda Álamo Meneses.

O governante [regional] disse ainda estar consciente da existências de situações de risco em vários pontos do arquipélago, razão pela qual o Governo [Regional] já mandou elaborar a Carta de Risco da Região, a qual, a seu tempo, será tornada pública e objecto de discussão. Considerou ainda que através daquela Carta será possível ter “uma visão mais clara da totalidade do problema no arquipélago e dos diversos gradientes e cambiantes em relação ao risco”, já que o mesmo “não é igual em todos os lugares e nós não podemos equacionar todas as fajãs pela mesma métrica nem podemos generalizar aquilo que inerentemente diferente”.

Na sequência de uma grande derrocada ocorrida na Ponta da Fajã a 19 de Dezembro de 1987, a zona foi declarada de alto risco pelo DLR nº 23/89/A, de 20 de Novembro, o qual proibiu também a edificação de qualquer tipo de construção e a habitação nos imóveis já existentes no local. Já a 21 de Outubro de 2009, registou-se igualmente um movimento de massa na arriba da Ponta da Fajã Grande.

No relatório [ontem] apresentado, a Comissão [Parlamentar] de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Trabalho classifica o lugar da Ponta da Fajã Grande como “um dos locais de maior risco no arquipélago”, adiantando que as “hipóteses de soluções de intervenção directa sobre a falésia para minimizar os riscos são totalmente inviáveis atendendo à altura da escarpa”. A Comissão refere ainda que o local “é – e continuará a ser – uma área de elevado perigo e ocorrência de movimentos de massa, por corresponder a um escarpado imponente onde existem indícios de evolução acelerada”.


Notícia: "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional].
Anteriormente, havíamos já publicado duas notícias relativas a esta mesma temática: "PSD quer reavaliar a classificação da Ponta da Fajã como zona de alto risco" e "CDS/PP propõe que a Ponta da Fajã Grande não mais seja considerada zona de alto risco, passando-se então a poder construir e habitar na Ponta da Fajã".

Saudações florentinas!!

22 comentários:

Eu disse...

Nao foi ha muito tempo que houve uma derrocada no mesmo sitio!

Fórum ilha das Flores disse...

Duas notas em adenda informativa.

- Uma curta notícia foi [hoje] difundida por vários órgãos de comunicação social [«Jornal de Notícias», canal televisivo «SIC», semanário «Expresso», Rádio e Televisão de Portugal (RTP), «Diário Digital» e revista «Visão»]: "Seis famílias vivem na Ponta da Fajã Grande, um dos locais de maior risco no arquipélago"...

Um dos locais de maior risco de derrocada dos Açores é a Ponta da Fajã, na ilha das Flores, uma zona onde residem seis famílias a poucos metros daquele que é o ponto mais ocidental da Europa.

O Governo Regional reafirmou [hoje] a proibição da edificação de qualquer tipo de construção e a habitação nos imóveis existentes no local, mas a Câmara [Municipal] das Lajes das Flores considera que as seis famílias se encontram a distância suficiente da zona de maior perigo.

Em declarações à Agência Lusa, o vereador José Floriberto Lourenço, da Câmara Municipal das Lajes, confirmou que residem no local seis famílias, mas minimizou o risco já que as casas se encontram "a mais de 500 metros de distância" da zona onde aconteceu uma derrocada em 1987.


- Uma outra notícia (mais extensa) junta esta matéria (acima, neste comentário) com o conteúdo do texto noticioso publicado no «Fórum ilha das Flores»: disponível nas Notícias.Lusa.Sapo e na RTP/Antena 1 Açores.

Pato Bravo disse...

Sei que não se pode comparar,mas aqui vai...tanto a Ponta da Fajã como o Haiti deviam ser encerrados,não permitir que seres humanos lá vivam.
Quantas tragédias já aconteceram no Haiti?
e quantas mais aí virão?
Só não vê quem não quer.

Anónimo disse...

O entendido na matéria deputado Rosa será que se pronunciou ou, na sequencia da cambalhota recentemente dada, calou-se metendo o rabo entre as pernas?

Anónimo disse...

Aquela do Sr. Deputado do PP querer tornar a Ponta da Fajã "habitável" foi paradigmática.
Foi um exemplo para a deputação, que na ALRAA só sabe palrar, só sabe fazer teatro, só procura protagonismo, sem perceber às vezes patavina daquilo que está a falar.

O relatório é claro!
Será que o Sr. deputado, só porque arranjou por aí uns votos, sabe mais do que os especialistas?

Imaginem que toda a gente se cala.
Imaginem que o governo consente.
Imaginem que os deputados, na mira de uns votos, vão atras da cantiga.

E depois?

Imaginem que há uma derrocada e morre gente.
De quem é a responsabilidade?

Pato Bravo disse...

Anónimos das 19h05 e das 20h40

Pelo Santo Amor de Deus,o que o deputado do PP fez,os outros deputados todos já tinham feito.
Onde andavam vocês na altura?
Agora o homem é a ovelha ranhosa?
Cresçam, e informem-se antes de abrirem a boca para dizer asneira.
Ele pelo menos retirou a papelada depois dessa história toda.Fez como homem.
Não há mais nada para vocês comentarem?
Assuntos que vxas estejam por dentro,assim pelo menos não passam vergonhas a dizer essas asneiras.
Sejamos sérios e não cobardes.
Se não fosse o Bom Goveno Socialista esta terrinha estava virada ao avesso.
Já se esqueceram das estradas feitas?
Das obras de ampliação das Escolas?
Dos Edificios da Cooperativa União?
Do novo Hotel,que toda a gente critica,mas daqui a uns anos mudarão de ideias?
Por hoje acho que chega.
Boa noite a todos, em especial,aos adminstradores deste blogue, pela lisura com que abordam os temas desta linda Terra.

Anónimo disse...

Ao Pato Bravo

Ninguém criticou o governo.

O que se criticou foi a atitude politica irrefletida de um deputado, que, no lugar de consultar especialistas na matéria, se armou em sabe tudo, querendo tornar habitável a Ponta da Fajã.
O resultado está à vista. Dias depois a rocha caíu.

MILHAFRE disse...

Sem esperar pelo Relatório do LREC, o vosso amigo Dr.Pardal, sentado na Esplanada da Fajã Grande, já tinha feito o diagnóstico, ou seja, nunca permitir em circunstância alguma que a Ponta da Fajã venha a ser repovoada.

Se eu fosse Secretário do Ambiente, eu declarava a Ponta da Fajã reserva natural ou zona protegida, com acessos limitados e guiados.

Até tenho uma boa sugestão turistico-cinegética, e que consistiria na criação duma reserva de patos bravos....

Anónimo disse...

Ao Dr. Pardalão, uma versão rústica do defunto FDM.

Entre outras raridades cinegéticas, habitam na ponta da Fajã "o tal da cana roca", "o tal do moço" e ainda a "Pitoca", uma entendida na coisa, muito apreciada nas redondezas.

Qualquer autoridade, face a uma fauna destas, criava um parque natural, comandado por um Pardal.

MILHAFRE disse...

Caro Anónimo das 22:51:

Na verdade eu desconhecia que a fauna endémica da pitoresca Ponta da Fajã fosse tão rica e diversificada.

Por mim tudo bem. Até podem fazer um jardim zoológico.

A minha sugestão anterior para uma reserva de patos bravos parte do principío que é um projecto ambientalmente sustentável e sempre poderíamos diversificar a nossa oferta gastronómica, facultando à clientela forasteira o famoso prato «pato com laranja», polvilhado com cognac e servido com arroz branco. A acompanhar um bom vinho tinto.

De facto um excelente prato à medida do saudoso FDM.

Quanto a mim continuo a preferir a linguiça das Flores (do Braga, de preferência...) acompanhada pelos suculentos e saborosos inhames da Fajãzinha.

Bon appétit!

Pato Bravo disse...

Pronto,já estava à espera do Dr.Pardal vir com brincadeirinhas para me provocar.

Interessante a sua forma de dar uma no cravo e outra na ferradura.


Oh!Dr.Pardal fala do que sabes e assim estarias sempre ...calado!!!

Tem cuidado,porque"há muito incauto por aqui".Quem te avisa?!

Olhe,não vou perder mais tempo consigo,sabe porquê?

-É a mesma coisa que dar caviar a um gato... Ele não come. Está tão habituado a comer iscas... que rejeita o caviar!

MILHAFRE disse...

O Pato Bravo é um moço porreiro e inteligente.

Bem..., assim de repente é só o que me vem à cabeça....

Anónimo disse...

como alguem falou em inhames eu ontem estive a coser inhames e o meu almoço hoje será inhames com linguiça casei.

Pato Bravo disse...

Dr.Pardal,todos queremos que a ilha das Flores siga o seu rumo,por isso,há que deixarmos de brincar e passar ao essencial:

Alguém sabe a situação das "lixeiras a céu aberto"?
Há desenvolvimentos ou está tudo em aguas de bacalhau?

Anónimo disse...

então é destes PATOS Bravos que vão meter na ponte é chato é que ele já não tem tempo para escrever aqui tem que tomar conta dos patinhas que irão nascer.

MILHAFRE disse...

Ainda quanto ao pitoresco lugar da Ponta da Fajã, o Dr.Pardal, por recomendação expressa do seu amigo engenheiro Pereira, não passa para além da ponte...

Nem que me oferecessem o lugar de deputado!

Ou seja, nem morto!

Anónimo disse...

Extraordinárais as opiniões de que a Ponte da Fajã , á semelhança de outras paragens, nomeadamente o Haiti(1 sismo por seculo), o Faial(3 sismos por cada 100 anos)a Ribeira Seca(6 derrocadas a cada 600 meses, Occaido, Honshu....deveriam ser consideradas zonas non edificanti.

Anónimo disse...

Ao anónimo das 15h48 aqui fica:
o Haiti um sismo por século?
Em que mundo vxa anda?
Vai para a escola.Conselho de um tolo.

Anónimo disse...

se eu mandaçe mandava muita gente para la o 1 o jonas em 2 o lourenço pequenino variador e 3 meireles e a rocha que caia

Anónimo disse...

se a rocha cair chegará aquela casa que fica a caminho da p. da fajã que foi construida em zona proibida ou seja praticamente em cima do calhau(nem me recordo de quem será).

Fórum ilha das Flores disse...

Na passada quinta-feira (dia 21), o deputado florentino do CDS/PP, Paulo Rosa, proferiu uma declaração [no plenário da Assembleia Regional] sobre este tema: "Por causa da Ponta da Fajã, CDS-PP defende posição igual para casos idênticos na Região".

“O lugar da Ponta da Fajã é dos locais de maior risco do arquipélago. Contudo, existem situações em que o risco é idêntico e às quais deve ser aplicado o mesmo tratamento e não o inverso. Ou seja, não pode haver dois pesos e duas medidas relativamente a realidades idênticas. A Ponta da Fajã não é caso único nos Açores, nem deve ser tida como caso de excepção”. Foi desta forma que o deputado do CDS-PP/Açores eleito pela ilha das Flores, Paulo Rosa, analisou o relatório da Comissão Parlamentar de Ambiente e Trabalho, apresentado na sessão plenária do Parlamento [Regional] Açoriano, sobre a manutenção do estatuto de zona de alto risco à Ponta da Fajã, na freguesia da Fajã Grande, concelho das Lajes das Flores, o que levou à proibição de qualquer tipo de construção naquela área desde 1987.

Para o parlamentar [regional] popular, a Ponta da Fajã não deve ser uma excepção numa Região com elevados riscos geológicos. Por isso, Paulo Rosa alertou a tutela governamental [regional] para a [in]coerência: “Há outros locais similares e a não averiguação e aplicação de idênticas medidas cautelares configurará uma hipocrisia e irresponsabilidade e diminuirá o argumento político invocado”.

A bancada parlamentar centrista advertiu para o facto de [que] com esta decisão – de prorrogar a proibição de habitar ou construir na Ponta da Fajã – se abrirem duas vias políticas: “ou se abdica dos regimes de excepção e se consagra o direito à auto-responsabilização que vigora em toda a Região, em que se respeita a decisão das pessoas de residirem em zonas de risco, facultando-lhes informação sobre os potenciais perigos (e esta é a via que o CDS/PP defende), ou se estudam tecnicamente todas as zonas de risco reconhecidas pelo Laboratório Regional de Engenharia Civil e se tomam medidas de idêntico cariz à que se mantém para a zona da Ponta da Fajã (o que [segundo o CDS/PP] parece ser a via que resta ao PS)”.

Perante esta posição, Paulo Rosa questiona: “após este relatório, o que vai o Governo Regional fazer quanto à Ponta da Fajã? Manter tudo como está? Abdicar do actual regime de excepção? Expropriar e demolir o construído na zona após anos a assobiar para o lado? Encomendar estudos ao Laboratório Regional de Engenharia Civil para identificar zonas de potencial risco? Respeitar as conclusões técnicas desses estudos e pareceres e agir em conformidade com eles, nomeadamente criando outros regimes de excepção?”.

Anónimo disse...

senhor paulo rosa antes resolva problema da etar das flores no sitio dos vales e o pagamento do leite aos produtores de leite das flores,