PSD acusa Carlos César de ter tido envolvimento nas recusas à Comissão
O PSD/Açores acusou [ontem] o presidente do PS/Açores, Carlos César, de estar envolvido nas recusas do ex-secretário regional da Economia e do ex-presidente da AtlânticoLine prestarem declarações na Comissão Parlamentar de Inquérito à construção dos navios Atlântida e Anticiclone.
“Ninguém tem dúvidas que as recusas estão combinadas com o presidente do PS/Açores, Carlos César”, afirmou Jorge Macedo, porta-voz do PSD/Açores para as questões de transportes.
Em causa estão as recusas de Duarte Ponte, ex-secretário regional da Economia, e de Duarte Toste, ex-presidente da AtlânticoLine, em prestarem declarações na Comissão Parlamentar de Inquérito ao processo de construção dos dois navios encomendados pelo Governo Regional para o transporte de passageiros entre as ilhas dos Açores. “É inadmissível que se recusem a prestar contas do seu envolvimento neste processo nebuloso”, frisou António Marinho, líder parlamentar do PSD/Açores.
Para os social-democratas está em causa o esclarecimento de um “acordo de cavalheiros”, admitido por três altos responsáveis dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, que terá permitido aos estaleiros nortenhos baixar a proposta para a construção dos navios, alegadamente sob a promessa de posteriores alterações que recolocariam o preço nos valores iniciais. “Para um acordo de cavalheiros são necessárias duas partes. Uma (ENVC) já o assumiu categoricamente e sem meias palavras, caberia à Comissão [Parlamentar] de Inquérito apurar quem são os intervenientes da outra (AtlânticoLine e Governo Regional)”, afirmou António Marinho.
Para o líder parlamentar do PSD/Açores, “o PS/Açores e o Governo Regional optaram por esconder os protagonistas”, acrescentando que “com dinheiros públicos não pode haver acordo de cavalheiros”. “A recusa de Duarte Ponte e Duarte Toste em prestar declarações na Comissão [Parlamentar] de Inquérito convém ao Governo [Regional] e ao PS/Açores para manter a opacidade do negócio dos navios”, afirmou António Marinho.
Apesar destas recusas, Jorge Macedo assegurou que o PSD/Açores “levará até às últimas consequências o apuramento da verdade”, admitindo que “se o não conseguir na Comissão [Parlamentar] de Inquérito tem que recorrer a quem o consiga”, numa referência a um eventual recurso ao Ministério Público.
Notícia: «Açoriano Oriental».
Entretanto, Carlos César rejeitou as acusações do PSD/Açores sobre o [seu] alegado envolvimento na recusa de duas personalidades em prestar declarações na Comissão Parlamentar de Inquérito e o líder parlamentar do PS na Assembleia Legislativa [Regional] dos Açores, Hélder Silva, considerou serem "totalmente delirantes" as acusações feitas pelo PSD/Açores sobre os trabalhos da Comissão de Inquérito à construção dos dois navios.
Saudações florentinas!!
3 comentários:
viva o partido socialista tem cido o partido de todos os açoreanos o partido de fazer obras em todas as ilhas. viva o partido socialista como este ainda não passou pelos açores.
Pataca a mim pataca a ti..
O Presidente tem arte,
Vai dando a todos igual;
Mesmo a pegar numa parte
Não devemos falar mal...
DCA
Adenda informativa através de duas notícias com declarações [justificativas] do ex-secretário regional da Economia, Duarte Ponte... no «Açoriano Oriental» e no «Jornal Diário».
“A decisão de responder por escrito à Comissão [Parlamentar] de Inquérito resultou de uma ponderação exclusivamente minha e nunca foi encarada por mim como uma minimização ou desrespeito pelo papel de fiscalização governativa da Assembleia Legislativa [Regional] dos Açores”, refere Duarte Ponte numa nota enviada à Agência Lusa.
Na nota divulgada [na passada quarta-feira, dia 9], Duarte Ponte recorda que, segundo o Estatuto Político-Administrativo dos Açores, “apenas os membros do Governo Regional têm a obrigação de responder politicamente perante a Assembleia”, acrescentando que sempre o fez enquanto foi titular de um cargo no Executivo.
Duarte Ponte refere ainda que nunca se escusou a responder politicamente sobre o processo de construção dos dois navios enquanto teve responsabilidades governativas, mas acrescenta que se recusa a “estar sujeito a estratégias meramente partidárias há muito definidas e que vão muito para além da legítima vontade em apurar se o interesse regional foi salvaguardado neste processo”.
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