domingo, 11 de maio de 2014

Reduzirmos o uso de sacos plásticos

Os consumidores nos Açores vão passar a pagar uma "ecotaxa" por cada saco plástico que comprarem nas grandes superfícies comerciais e no comércio tradicional, segundo uma proposta do PCP aprovada no parlamento regional.

A medida aprovada na Assembleia Legislativa Regional determina que a taxa, destinada a fazer diminuir o consumo de sacos plásticos, pode chegar aos cinco cêntimos por saco.

"A distribuição gratuita de sacos de plástico nos estabelecimentos de comércio a retalho cria sérios problemas ambientais", justificou Aníbal Pires, deputado regional do PCP, que sublinhou que a "abundância" dos sacos provoca a contaminação dos solos e dos cursos de água.

Isabel Rodrigues, do grupo parlamentar do PS, que tem maioria na Assembleia Regional, lembrou que o valor [cinco cêntimos por saco plástico] definido na legislação agora aprovada não é obrigatório e pretende apenas ser um "teto máximo".

“Todos concordarão com o exagero que é o uso de sacos plásticos como meio de transporte de bens”, afirmou Luís Neto Viveiros, recordando que, na Europa, cada habitante utiliza, em média, 188 sacos por ano. Segundo o secretário regional dos Recursos Naturais, transpondo essa média para os Açores e contabilizando pelo número de habitantes, atingir-se-ia 50 milhões de sacos por ano, o que demonstra bem “a atenção que todos devemos prestar a este problema”.

Todos os anos, de acordo com dados da Comissão Europeia, mais de oito mil milhões de sacos de plástico terminam na lixeira, causando sérios problemas de gestão de resíduos devido à sua demorada degradação. As consequências ambientais agravam-se em regiões costeiras e insulares como os Açores, já que os sacos de plástico são considerados um dos maiores responsáveis pela insustentabilidade da vida marinha.

O Governo Regional terá agora 180 dias (seis meses) para regulamentar a ecotaxa a aplicar sobre os sacos plásticos no arquipélago. A medida só irá entrar em vigor um ano após a sua regulamentação, no caso das grandes superfícies, e dois anos no caso do comércio tradicional.


Notícia: «Açoriano Oriental», «Público» e «Correio da Manhã».
Saudações florentinas!!

1 comentário:

Anónimo disse...

Há muito que se aguardava a iniciatica,já em vigor em outras localidades.
E se por um lado devemos aceita-la de boa vontade,até porque se atingiu um exagero na sua utilização,(um único artigo,mesmo com embalagem própra,é entregue em outro saco,de plástico - eu , nessas condições,normalmente recuso-o -, por outro o problema já não é tão dramático como num passado recente,porque os plásticos já são reciclados,basta que os coloquemos no sítio certo, o que não custa nada. Eu confesso que sou fã da separação para a reciclagem!
Nada que já não tenhamos vistos noutros domínios, voltar às orígens.
Será interessante,ver novamente as cestas de vimes (cá já não as há)ou os sacos de tecido ou de ráfia, voltarem às compras.
Enfim! Sinais dos tempos. Progresso ou retocesso?