terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Governo Regional negoceia prospeção mineral do fundo do nosso mar açoriano

O Governo Regional está a negociar com a multinacional canadiana Nautilus os termos de um futuro contrato de prospeção mineral do fundo do mar no arquipélago.

Falando no Parlamento açoriano no final de um debate sobre 'Economia do Mar', o secretário regional dos Recursos Naturais, Luís Neto Viveiros disse que aguarda ainda por uma garantia da empresa, de que a actividade de prospeção marinha não irá provocar “qualquer malefício ambiental” no arquipélago.

“Começaram as negociações entre o Governo Regional e esta empresa, que neste momento ainda decorrem”, lembrou o governante, acrescentando que a Região está a aguardar a resposta da empresa no sentido de assegurar “a não execução de qualquer malefício ambiental” durante a actividade de prospeção marinha.

Luís Neto Viveiros disse também que a Região pretende definir, no âmbito deste contrato entre ambas as partes, quais os “benefícios” de que os Açores poderão “usufruir”, caso a Nautilus decida avançar para uma futura fase de exploração mineral nos mares açorianos.

As explicações do governante surgiram em resposta às preocupações levantadas pelo deputado regional do PCP, Aníbal Pires, que teme que esta actividade tenha impacto negativo em zonas “ecologicamente sensíveis”. O parlamentar comunista recordou que, em Julho do ano passado, o seu partido apresentou um requerimento exigindo esclarecimentos ao Governo Regional sobre esta matéria, acusando o Executivo de não ter dado resposta para poder “manter o silêncio” sobre este negócio.

Aníbal Pires recordou ainda que os ecossistemas das fontes hidrotermais são “extremamente frágeis” e ainda “mal conhecidos”, razão pela qual considera que “não é possível prever todos os impactos ambientais” desta actividade. O deputado regional do PCP advertiu que a tecnologia que a empresa Nautilus pretende empregar na sua mina submarina, na Papua Nova-Guiné, implica o “corte e escavação das fontes hidrotermais” e a consequente destruição de habitats, bem como a "deposição de lamas" resultantes da escavação no fundo marinho.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
A gestão dos mares dos Açores e das riquezas subaquáticas deve ser exclusivamente açoriana, defenderam hoje todos os partidos com assento na Assembleia Legislativa da Regional; Governo Regional e o Parlamento açoriano não abdicam da gestão partilhada das águas açorianas e contestam a alegada intenção do Governo da República de impor a gestão exclusiva dos mares em torno do arquipélago.

Saudações florentinas!!

2 comentários:

Anónimo disse...

Estas riquezas no fundo do mar são como comprar terras na lua.
Sabe-se lá o que por lá anda.

Anónimo disse...

isto sim são temas a debater na nossa assembleia.