Perigo de "privatização do [nosso] mar"
O dirigente do PCP/Madeira, Edgar Silva, disse [no passado dia 7] que o «Livro Verde» das Pescas, que a União Europeia se prepara para fazer, vai privatizar os mares portugueses.
Numa acção política junto dos pescadores do Caniçal [na ilha da Madeira], Edgar Silva alertou os pescadores para os perigos do relatório que o Parlamento Europeu vai aprovar no final de Fevereiro e que prevê um «Livro Verde» que, na opinião do dirigente comunista, “poderá tornar-se no «Livro Negro» das pescas na Região Autónoma da Madeira”. “A lógica do «Livro Verde» é a de permitir uma privatização dos nossos mares, é retirar-nos o poder de decidir do uso dos nossos mares para os pescadores da nossa Região”, sustentou. Para Edgar Silva, essa proposta europeia “retirará aos nossos pescadores o acesso exclusivo à nossa área marítima”, prejudicando “um sector económico e os interesses da Região”.
Notícia: «Açoriano Oriental», semanário «Sol» e «Diário Digital».
De salientar, ainda, uma outra notícia d' «A União»: "Comitiva de cerca de 50 pescadores e armadores portugueses deslocam-se dia 25 [amanhã] ao Parlamento Europeu, para assistir ao debate e votação do «Livro Verde» da Política Comum de Pesca".
Saudações florentinas!!
5 comentários:
Se o mar que nos rodeia vier a ser privatizado, desde já declaro que tenciono comprar toda a zona de costa até 3 milhas náuticas e que vai da Ribeira Barqueiros até ao Porto de Ponta Delgada.
O FDM já se prontificou para financiar essa OPV.
Das duas uma: ou estamos na União Europeia, com benesses e deveres, ou saímos, perdendo direitos e ficando sem compromissos, preservando os nossos mares.
Os nossos vizinhos atlanticos groenlandeses e das ilhas Faroé optaram por esta ultima opção.
O problema de alguns dirigentes é querem direitos e esquecerem deveres.
eu estou como o pardal compro desde o porto da lomba até ao lagedo.
Privatizado ou não sem fiscalização das traineiras o mar é deles.
Pequena adenda informativa, com duas notícias do «Açoriano Oriental»...
O Parlamento Europeu defende que o critério para a repartição das quotas de pesca deve incluir questões ambientais e sociais, deixando de ser apenas baseado no histórico de capturas. Por outro lado, a Federação de Pescas dos Açores defende a existência de paragens temporárias da actividade [piscatória], pagas pela União Europeia, como forma de defender as reservas piscícolas em regiões vulneráveis, como o mar dos Açores.
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