Queijaria Pico Redondo conjuga saber tradicional com turismo para rentabilizar exploração pecuária na ilha das Flores
A pequena queijaria tradicional Pico Redondo é ponto de paragem quase obrigatória para quem visita a ilha das Flores. Os turistas que chegam à queijaria são prontamente atendidos por Ilda Henriques que faz uma visita guiada às instalações e presta esclarecimentos sobre o processo de fabrico, armazenagem e cura. “Os turistas quando visitam a queijaria gostam de ver todo o processo” e no final “muitos levam queijos”.
A queijaria faz parte de um roteiro do INATEL para as Flores e os grupos que chegam à ilha através daquela instituição. “Os grupos grandes que vêm pelo INATEL passam sempre por aqui e gostam muito de ver e provar o nosso queijo”, admite Ilda Henriques. A aposta de aliar a queijaria tradicional ao turismo está aos poucos a ser ganha e a ilha das Flores fica assim com mais um motivo de interesse para quem visita o ponto mais ocidental da Europa.
Ilda Henriques é queijeira, distribui, vende e recebe os turistas que se deslocam à Queijaria Pico Redondo, na Fajãzinha. Com mãos sábias e experientes, que tanto ajudam o marido na exploração como embalam os dois tipos de queijo produzidos, Ilda Henriques explica que os turistas gostam muito de visitar a pequena queijaria e provar o produto final. O segredo para os seus queijos, que também já podem ser encontrados em São Miguel, é o facto de usar apenas leite da sua exploração.
Na Fajãzinha, a rua do Pico Redondo é também sinónimo de um dos melhores queijos que se faz na ilha das Flores. O casal Ilda e Francisco Henriques decidiram rentabilizar o leite que tiravam da exploração que têm naquela freguesia e começaram a fazer queijo fresco. Inicialmente era apenas para consumo próprio, mas depois o queijo fresco feito pelas mãos de Ilda Henriques começou a ganhar fama e começou a chegar a algumas casas na própria freguesia e pela ilha.
O casal decidiu apostar na qualidade e em 2006 abriu portas oficialmente como queijaria tradicional. Ilda Henriques, que se dedica à confecção, distribuição, venda e até de guia turística quando é necessário, conta que na altura foi complicado tratar de toda a papelada para conseguir abrir a queijaria com todos os requisitos legais para poder produzir o queijo fresco artesanal. No entanto, refere que “o Governo Regional ajudou-nos a fazer este projecto” apesar da burocracia necessária.
Durante dois anos a queijaria foi confeccionando apenas o queijo fresco, mas conta Ilda Henriques que em 2008 começaram a apostar também no queijo curado Pico Redondo. “É um queijo de pasta mole, que não é picante, é amanteigado, é o tipo de queijo tradicional de cá” e que não requer muito tempo de cura já que “leva geralmente entre 10 a 15 dias a curar”.
Notícia: jornal «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!
1 comentário:
“o Governo Regional ajudou-nos a fazer este projecto”???
Pelo que se ouviu na altura foi a Câmara das Lajes, presidida então pelo Sr. João Lourenço quem lhe ofereceu todo o Projecto de execução da Obra.
Àquela data a Sra Queijeira bem que se queixava de que o Governo Regional só lhe complicava a vida...
Pelo que vejo a memória é curta!...
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