Cada saco plástico irá custar 4 cêntimos nos Açores... mas só daqui por um ano
Cada saco plástico vendido nos Açores vai passar a custar 4 cêntimos, mas esta taxa "ambiental" só entrará em vigor dentro de um ano, revelou o secretário regional da Agricultura e Ambiente.
Luis Neto Viveiros adiantou que a regulamentação desta legislação regional, destinada a reduzir o consumo de sacos de plástico nas ilhas, já está concluída e será publicada dentro de "pouco dias".
Segundo explicou, além da fixação do valor da taxa aplicada sobre cada saco de plástico, o Governo Regional determinou também a "proibição da inserção de publicidade nos sacos", e criou um período de adaptação de um ano para as grandes superfícies comerciais e dois anos para o pequeno comércio.
"Esta iniciativa dá bem nota da forma acertada e responsável como o Governo Regional abordou esta questão, contrariamente ao mau exemplo que temos assistido com a implementação de medida similar no território continental", adiantou Neto Viveiros.
No entender do governante, estes mecanismos "não podem" no entanto ser encarados como "fontes de financiamento do Estado", mas antes como "instrumentos desincentivadores" de determinadas práticas. "O sucesso da medida será, pois, aferido em função da redução da base tributária e da diminuição da receita arrecadada", sublinhou o titular da pasta do Ambiente.
É necessário continuar a apostar na redução dos impactos ambientais negativos gerados pelos resíduos ao longo do seu ciclo de vida, desde o momento em que são produzidos até à sua eliminação, passando pela reciclagem.
Notícia: jornal «Público», semanário «Sol» e jornal «i».
Saudações florentinas!!
3 comentários:
0,04 € desincentiva porventura alguma coisa?
Em ilhas, onde a saída de plásticos para reciclagem custa bem mais do que no continente, das duas uma: ou incineramos, que é para onde esta medida parece apontar, ou, se queremos reduzir, os preços são iguais ou mais altos.
A medida é positiva.É pena é que tenha que existir.Se todos nós fossemos mais responsáveis,usando o plástico de forma mais racional (evitando trazer tantos sacos para casa,reutilizando e mais recentemente separando para a reciclagem),talvez não se tivesse chegado às proporções que justificam a medida.
Mesmo assim,a questão tem outro ângulo de apreciação;será que esta decisão, não vem tarde demais e até em contra-ciclo? É que,os elevados investimentos feitos em equipamentos de separação,recolha e reciclagem, são muito recentes,não tendo havido ainda o correspondente retorno do valor investido. E a riqueza produzida com a matéria prima resultante da reciclagem do plástico e respectivos postos de trabalho criados?
Será que alguém pensou nisto? A ver vamos o resultado.
A reciclagem de plásticos não é feita em Portugal.
O plástico vai enfardado para a India, onde é reciclado, porque os chineses, que antes compravam rejeitam agora este tipo de industria.
Ninguém vai deixar de trazer um saco por 0,04 €. Esta medida não desincentivando nada.
Das duas uma: ou pretende-se aproveitar o valor calórico dos plásticos, queimando-o, por quanto mais entrar melhor, ou isto não passa de um enfeite.
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