sábado, 14 de março de 2015

O coelho-bravo e a Doença Hemorrágica

A Natureza é composta por uma diversidade tão grande de seres vivos que será quase impossível contabiliza-los. Desde animais, plantas, vertebrados, invertebrados, grandes, pequenos, muito pequenos, microscópicos e os humanos. Mas este pequeno e humilde artigo debruça-se sobre uma espécie que, desde que há memória, sempre existiu nos Açores, com abundância numas ilhas mais que noutras: o coelho-bravo.

Nos últimos tempos esta espécie sofreu um revés histórico, levando quase (senão mesmo) à sua extinção em muitas ilhas açorianas, devido a uma doença conhecida cientificamente por Doença Hemorrágica Viral (DHV).

Vamos dar uma espreitadela sobre a ”história do coelho”. Originário da Península Ibérica, outrora com densidades populacionais elevadas (até 40 coelhos por hectare), o coelho-bravo tem sofrido nos últimos anos grandes reduções quer em número quer em distribuição, estimando-se que actualmente exista somente 5 a 10% da população existente há 50 anos atrás! Estes dados não são aplicáveis aos Açores, tendo mesmo os coelhos sido considerados uma praga em algumas ilhas.

Mas o que é a Doença Hemorrágica Viral (DHV)? Também designada por septicemia vírica ou peste chinesa, a DHV foi detectada pela primeira vez na China em 1984, disseminando-se rapidamente na Europa a partir de 1988. Actualmente a DHV é considerada a principal responsável pela elevada mortalidade do coelho-bravo na Península Ibérica, contribuindo para o desequilíbrio do ecosistema mediterrânico, nomeadamente nas espécies predadoras do coelho-bravo.

É uma doença altamente contagiosa provocada por um vírus do género calicivírus, com taxas de mortalidade de 50 a 100%, afetando o coelho-bravo europeu e os coelhos domésticos que dele derivam. A lebre europeia e outras espécies de coelho não padecem desta doença.

A transmissão ocorre mediante contacto directo com coelhos infectados (via oral, conjuntival e respiratória) e também por transmissão indirecta, onde insectos, aves e mamíferos podem actuar como vectores importantes. O homem pode também desempenhar um papel involuntário importante na disseminação da doença, nomeadamente na realização de repovoamentos com animais infectados.

O sinal clínico mais evidente é a morte súbita e rápida (período de incubação de 24 a 48 horas) dos coelhos adultos e jovens adultos, não afectando coelhos com idade inferior a 2 meses.

Existem vacinas para este tipo de doença, mas quando se trata de animais no meio selvagem não são aplicáveis. Estas vacinas são ineficazes para o controle desta doença nas populações cinegéticas por razões óbvias. Como se compreende, este tipo de vacinas é inviável para vacinação da população silvestre, mas extremamente útil para os coelhos de repovoamentos.

Assim fica um pouco da realidade que afecta a população de coelhos em algumas ilhas do arquipélago açoriano. Já sinto saudades de os ver da minha janela a passearem no quintal, ou mesmo deitados em frente à porta da minha garagem.

Assim a Natureza trata de mais um caso que só para algumas pessoas tem explicação. Mais um alerta por parte da Mãe Natureza que algo não vai bem e, quiçá, este não será mais um aviso de que algo bem mais grave aí vem. Espero que em breve tenhamos a companhia deste amável e simpático ser; como curiosidade por cá é conhecido por “espertalhote”.

Esta informação foi fruto de pesquisa na Internet. Muito obrigado nomeadamente aos seus co-autores Diogo Fontes e Carla Azevedo (médicos veterinários).

Obrigado à Mãe Natureza, ao Cosmos e ao Universo, pela permanente manifestação de grandeza, pureza e perfeição.


José Agostinho Serpa

4 comentários:

Anónimo disse...

senhore jusé, quero dar-lhe os parabems pelo seu trabahho e esperu que continu.
o senhore precisa arranjar uma macuina de filmar pequenina para puder filmar os maus tratus que tá avendo na casa dos velhos das lajes.
sertas pessoas vão fazer visitas, fexam a porta e maltratam os pobres dos velhotes, até se ouvirem os gritos e os gemidos nos outros cuartos e pelo curredor adiante.
não sei escrever,, mas sei dezer a verdade. senhore padre mande descobrir e punha aquela senhora de la pra fora, senam ela mata amae e a irman.

Anónimo disse...

Ter uma filha e uma irmã á qual não lhe ligava nenhum nem sequer um tacho de sopa lhes ia levar e agora ainda se arma em "freira" e vai-lhes bater dentro de uma instituição ,o que é que é isto ,vamos lá por cobro a estas barbaridades , tanto esta como a outra e o irmão só estão a pensar na herança terras e mais terras lindo seria as terras ficarem todas para a instituição que lhes lava veste e dá-lhes de comer.

Anónimo disse...

Pois é assim, de freira e santa não tem nada, já no tempos do paidela qquando ele estava aleigado ela davalhe socos e o obrigava a acinar cheques em branco.

Anónimo disse...

Não é só nas lajes que se passam coisas.
mesmo aqui em santa cruz na escola é bonito de se ver...
os alunos muitas vezes não tem comida que chegue, mas depois é só ir espreitar as funcionárias da cuzinha quando se vão embora a carregar nos carros e a levar na mão muitas refeições para a sua família e não só.
ou então estar atento em alguns lugares onde as pessoas se encontram e houvir as conversas de gabarolice de que não precisam cuzinhar e as compras são muito menos. mas parece que a escola das lajeas também não fica atrás .
quem tivesse uma máquina de filmar para poder fazer um filme, para depois poder mostrar a verdade.
andamos nós a descontar e descansados quando os nossos filhos vão para a escola, para irem passar falta para as senhoras da cuzinha e refeitório andaram a alimentar quem querem.
é pena a secretaria ou a direção da educação não mandar investigar, secretamente estas coisas.
até compreendo, pois não ganhão bastante para isso, coitadus.