Resíduos urbanos mais caros do país
A produção média diária de resíduos urbanos em Portugal foi 1,2 quilogramas por habitante.
Em 2014 cerca de metade dos municípios do país gastaram em serviços municipais entre 25 e 49 euros por habitante com a gestão de resíduos urbanos. Realce para os municípios situados nas zonas turísticas do litoral do Continente e também Açores e Madeira como as regiões que mais gastam com os resíduos urbanos, situando-se no escalão mais elevado de custos. Na ilha das Flores, o concelho das Lajes situa-se no patamar intermédio (25 a 50 euros por habitante), enquanto que o concelho de Santa Cruz está no mais alto escalão de custos com a gestão de resíduos urbanos (superior a 75 euros por habitante).
Quanto à quantidade de resíduos urbanos recolhidos per capita em 2014, refira-se que variou entre 204 kg por habitante em Lajes das Flores (mínimo nacional) e 1.121 kg por habitante em Albufeira (máximo do país). A actividade turística e o impacto da população flutuante associada fizeram sentir-se em especial na região do Algarve, em que todos os municípios apresentaram valores acima da média nacional (1,2 quilogramas por habitante em cada dia). Nos Açores, os municípios de Angra do Heroísmo (652 kg anuais por habitante) e da Horta (600 kg anuais por habitante) foram aqueles que registaram maior quantidade de resíduos urbanos recolhidos em 2014.
No que toca à valorização dos resíduos de recolha indiferenciada, merece destaque o município de Lajes das Flores com uma proporção de 66,1% de resíduos encaminhados para valorização multimaterial.
Notícia: jornal «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!
3 comentários:
Se é importante reciclar, mais importante é tentar não produzir.
Deve-se dar preferência às embalagens grandes em detrimento das pequenas.
Deve-se valorizar uma embalagem rejeitando as desnecessárias.
Deve-se comprar sempre que possível a granel, evitando os embalados.
No continente paga-se atualmente 0,10 € por cada saco de plástico adquirido nas grandes superfícies. Aqui onde os plásticos já nos afogam, vão por as pessoas a pagar o ridículo de 0,04 €. Ou se assume que os plásticos não poluem, e continua-se o regabofe gratuito, ou então tenta-se dissuadir estipulando-se pelo menos o valor real. Assim é o faz que não faz, sem adiantar nada. E de coisas para inglês ver, andamos todos fartos.
Cada açoriano produz por dia 1,2 kg de resíduos, em casa, na rua, no trabalho. Quem o recolhe e trata gasta um balúrdio que os produtores reclamam sempre que tem de pagar. Em lugares civilizados é quem produz que directamente paga. Se produz 10 kg paga os 10 kg, se produz 1 m3 paga o m3, se ultrapassa o razoável, paga os excessos. Aqui, terra onde inteligência jorra e brilham os faróis do mundo, não queremos isso: preferimos o chão que é de todos, a rocha, as ribeiras e os cantos das canadas!
Para uma ilha Reserva da Biosfera esta noticia é um crime e um contra senso. Mas não há uma politica local de reciclagem. Basta ver o modo como foi iniciado o processo em cada um dos concelhos. Os resultados estão a vista de todos. Nas Lajes houve a preocupação de ensinar as pessoas durante um período com acompanhamento sistemático. Em Santa Cruz houve uma palestra e uma distribuição de uns sacos de separação doméstica (ridículos) feito porta a porta.
Há também a realçar os contentores comunitários adquiridos, que nada se adequam a uma terra que chove e faz vento. O do papel (mesmo com separação de qualidade) quando chove muito ou pouco não protege o conteúdo, inutilizando todo a trabalho de separação que os munícipes de Santa Cruz fazem.
Os políticos, antes de mandarem panfletos para casa a ameaçar com o pagamento de taxas devem assumir as suas responsabilidades e colocar ao serviço dos munícipes contentores que protejam o que se coloca neles.
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