domingo, 14 de março de 2010

Igreja açoriana quer que os leigos façam algumas das tarefas dos padres

Bispo quer ver mais católicos a dirigir centros paroquiais e a acompanhar as obras para combater a crise de vocações.

O bispo de Angra e ilhas dos Açores quer que os leigos recebam formação para assumirem tarefas que até agora eram exclusivas dos padres, para que estes possam ter mais tempo para a sua missão eclesiástica e apoio às comunidades paroquiais. No entanto, a celebração de missas sem consagração por leigos, que já é feita em alguns distritos do Continente, está afastada.

D. António Braga deu ao «Diário de Notícias» vários exemplos do que pode ser uma nova forma de colaboração dos fiéis: o acompanhamento a obras e projectos da Igreja; a possibilidade de liderarem centros sociais e paroquiais; e a integração de movimentos ligados à acção sociocaritativa. "Há muita coisa que os leigos podem fazer e já fazem, mas têm de fazer mais. Os padres - a quem são atribuídas paróquias em acumulação, por já não serem muitos - têm de delegar (responsabilidades) e os leigos têm de se preparar", defendeu o bispo.

"A Igreja deve formar uma comunidade, em que não só os padres mas também os leigos têm de aprender a trabalhar em equipa e haver uma entreajuda entre as paróquias", admitiu D. António Braga. O padre, defende, deve estar mais liberto para desempenhar aquilo que é realmente a sua função nobre: celebrar a missa e confessar os fiéis. Uma missão que não deixa de realizar, mas, nos tempos que correm, com muito mais dificuldades.

A crise de vocações na Igreja tem também sido sentida nos Açores e feito baixar, ao longo dos últimos anos, o número de sacerdotes que saem do seminário de Angra do Heroísmo. O bispo açoriano explica o que acontece na prática. Os padres, existindo em "menor número", estão sobrecarregados, porque têm o seu trabalho repartido por mais de uma paróquia. Nalguns casos, nem tempo têm sequer para ouvir e conversar com calma com os paroquianos, para lhes transmitir conforto espiritual.

Ao contrário do que acontecia antigamente, hoje há várias paróquias sem padre residente, "mas com pároco". Isto é, "já não se pode fazer tudo aquilo que se fazia antes, quando havia um padre para cada paróquia". Por isso, "tem que haver outra maneira de actuar". O entendimento do bispo é claro: "O padre tem de se cingir àquilo que é específico do padre e os leigos têm de se assumir como gente empenhada e comprometida na comunidade."

Como a diocese de Angra pretende manter o número de paróquias, a solução terá mesmo de passar por "um maior trabalho em equipa a nível de ouvidoria, sobretudo quando estas são pequenas, ou a nível de zonas pastorais, que agrupam paróquias de uma mesma ouvidoria", conclui D. António Braga.


Notícia: «Diário de Notícias».
Saudações florentinas!!

14 comentários:

Anónimo disse...

Há uma coisa que falta dizer.
Na caridade cristã, a mão que dá não comunica à outra o que fez.
É desinteressada e humilde.
Não quer protagonismos pessoais e não tem objectivos politicos.

Alberto disse...

nao sei se vai ser boa ideia.

Manuel disse...

Para mim não é boa ideia.
Ja a muitos anos que não pratique,
mas se qualquér pessoa pode fazer
missa, não sei em que acreditar.
A anos quando deichei a minha
Terra, parecia-me que a Igreija éra
diferente de hoje; agora, diria
mais um negocio e o momento mais
importante durante uma missa
parésse-me quando dão a volta
com o recipiênte para a colheita
das moédas.

Manuel Melo.

Anónimo disse...

os padres deviam casar para não haver tantas desgraças como se ouve na televizão.

Anónimo disse...

Hardlink diz

Óh brother!..
Tenho raiva a tal palavra: leigo.

A padreca, ou melhor, o seu chefe, não encontrou outra palavra por exemplo: um sinónimo para LEIGO, a um --AJUDANTE-- da igreja, sem trazer à superficie tal palavra, que soa pior do que se lê e revela mais insulto do que ela legalmente indica?..

-Os jumentos se soubessem falar, decerto desobedeceriam quando fossem chamados: óh burro!..

Olhem!..encontrei uma para eles; como acima digo, sendo pouco elegante mas é legal como à do leigo: padreca!.. No dicionário, alcunhado por mim,(tira-teimas) ser leigo é:


-não tem ordens sacras/desconhece um assunto/laico/secular/ignorante etc. etc.

Muito bonito e atraente. Excelente convite para os que querem ser alcunhados por leigos.

Repito uma frase extraída dum verso do meu estrofe de poesia:

"Minha fé cada vez afrouxa mais"
Junqueiro e Antero tinham razão...

Denis Correia Almeida
Hamilton, Ont Canadá
hardlink@aol.com

Anónimo disse...

Ora cá está uma noticia que me apetecia divagar, criticar, ficar no bota-abaixo, mas ao invés disso deito-me confortávelmente e faço-me cócegas na barriga...

Anónimo disse...

o manel que deixou a sua terra esta admirado com os desejos do bispo em enlevecer o trabalho dos padres, eu penso que o que o bispo devia fazer primeiro era pensar em mandar casar os padres, e segundo, dar-lhe trabalho bastante para cima do lombo para eles não andarem a comer as criancinhas, são uma cambada de pedofilos , por causa do papa e dos bispos, que foram os primeiros pedófilos e foram passando a doença aos mais novos, quem algum dia pensou que os padres eram santos, só mesmo as biatas, porque debaixo das saias está um homem, como os outros, muitos se não tinham sido obrigados ao celibato, seriam bons homens de familia e não teriam nececidade de comer as crianças, sempre ouvi que os seminarios eram um viveiro de pedófilos, comem.-se uns aos outros, de tanta fome que passam, deviam enrabar os papas eos biscos, e com uma cavala, era bem feito.

Anónimo disse...

Hardlink

Pura Verdade!..

Leiam o nosso conterrâneo florentino Dr Caetano Valadão Serpa
no Portuguese Times, Edicão de 17 deste mês de Março, sob o título: Apontamento da Diáspora.

Tendo sido ele (parte do clero) ninguém o diz melhor...

É verdade!..Os padres deviam casar!.. e, ainda está em tempo!..
Doutra forma, a igreja católica com a influência do clericalismo, está mais devassa do que os sites do internete respeitante à pedofilia.

-Mais ainda: No Diário dos Açores, esta semana, foi entrevistado
um ex-padre (suponho micaelense) que renunciou o sacerdócio e não sei mais o quê...
-Segundo a notícia que li, ele não cometeu infrações sexuais,
ou pedofilia, mas abandonou a igreja e suas funções clericais porque tinha outras aspirações.
FEZ MUITO BEM!..
Sabem o que tem acontecido ao bondoso ex-sacerdote?..Vê-se muito só. Os paroquianos não lhe passam cartão. Todos os seus amigos, aqueles que ele ajudou tanto, ignoram-o. Enquanto era padre, ajudou a muitos. Agora nem bom-dia lhe dão! Porquê? Porque ele resolveu excluir-se do clero.

Este caso é suficiente para vermos a que ponto a cegueira dos fanáticos religiosos chega.
-O homem, já de certa idade,parece ser uma pessoa boa. Se não o fosse o Diário dos Açores, também não lhe dava notícia de primeira página.

Denis Correia Almeida
Hamilton, Ont. Canadá
Hardlink@aol.com

Anónimo disse...

Hardlink

Em S Miguel, por alturas das Festas do Espírito Santo, com peditórios pelas portas, para as igrejas,cantorias ao desafio, revertindo a favor das mesmas, fiz
tudo isso por muitos anos. Conheci muitos padres e muitas coisas...


Para clarificar o assunto, passei a ser apenas cristão; nada mais. Digo como há dias disse um padre recentemente resignado:
"sou cristão, somente"
Acredito que os padres não são todos iguais.
Há padres bons e respeitadores dos seus deveres.
No entanto, há tentações, e eles são humanos. Têm desejos e sentimentos como qualquer outra pessoa humana; e é normal e normal

O que não é admissível é: eles exercerem as funções dos seus desejos especialmente com crianças

Para isso, se quisessm ser padres deveriam ter a opção: Castrados ou Casados. Assim ficaria o caso arrumado
Denis Correia Almeida
Hamilton, Ont Canadá.
Hardlink@aol.com

Anónimo disse...

Vocês já viram os olhos deste papa ultimamente em fotografia? olha sempre como desconfiado

Ele não parece ser boa figura dá sinais de ter sido uma boa postura
pra lá vamos. Já leram a biografia
dele? Foi outro daqueles que consentia o pedofilia quando era e os peddofilas continuavam nos seus actos religiosos

Anónimo disse...

Jesus disse, "o que está inocente seja o primeiro a enviar a pedra" e um atraz do outro todos foram saíndo.

Anónimo disse...

essa pedra atirada à prostituta, agora vai servir de exemplo para ninguém atirar mais pedras? oh valha-te um burro aos coices.

isse meu amigo quem não quer ser pantera não lhe vista a pele.
pedra ou não pedra.

Anónimo disse...

Hardlink lembra-se;

O Manuel Caneta, do Raminho, terceirense e improvisador (mas já falecido) era muito repetido no que cantava. Por duas vezes fomos colegas. Certo dia sobre o palco, ele saiu-se com esta:

Padres de faces vermelhas,
A ver-vos todos se consolam;
Sois os pastores das ovelhas,
E os lobos que as degolam.

Nota: Não fui testemunda ocular desta. Apenas me a contaram.
DCA
Hardlink@aol.com

Anónimo disse...

Hardlink === Traduz

Respeitante ao mesmo assunto hoje, neste Domingo de Páscoa, tentarei traduzir e resumir em curto diálogo o que li em notícia recente:

Na homilia de Sexta-Feira Santa, ao público no Vaticano, o Rev. franciscano Catalamessa, assistente do Papa, em analogia aludindo ao escândalo dos pedófilos do clero disse em defeza do mesmo que: "os judeus sabiam o que era "sofrer acusações" referindo-se de maneira indirecta
ao Holocausto.
Isto, irritou os judeus de tal modo que, de facto, dizem: "não haver comparação alguma na mortandade de 6 milhões de judeus,homens, mulheres e crianças gaseados e queimados desumanamente no Holocausto, com a pedofilia clerical.
Para quem tem 'miolos' no último piso de sua estatura, vê logo o tremendo erro na analogia do padre franciscano.
Segundamente o papa, prior a esta homilia, teve conhecimento do que o franciscano iria proferir. Quando isso se deu (sua santidade) estava a seu lado e sabia o que iria ser dito.

Ora, estima-se que no Holocausto foram gaseados e queimados cerca de 6 milhões de judeus: homens mulheres e crianças.

Sabe-se que, a igreja católica nada teve a ver com isso, mas não deviam comparar a dor das vítimas do sofrimento e morte de seis milhões de inocentes queimados, à da pedofilia clerical.

Nesta época pascal, infelizmente, estamos a ver o 'chumbo' que as autoridades católicas, e os seus seguidores 'como eu...' estão a levar por razões óbvias.

Denis Correia Almeida
Hamilton,Ont. Canadá
Hardlink@aol.com