domingo, 29 de julho de 2012

Cana-roca pode tratar Alzheimer

A cana-roca é uma planta invasora muito comum nos Açores que dadas as suas características tem potencial no tratamento da doença de Alzheimer.

O óleo extraído da cana-roca tem potencial para poder ser usado no tratamento da doença de Alzheimer. Esta é uma das conclusões de um estudo realizado pelos investigadores Maria do Carmo Barreto e Miguel Arruda, do Departamento de Ciências Tecnológicas e Desenvolvimento da Universidade dos Açores, que foi publicado na revista científica «Molecules».

De acordo com os dados obtidos, o óleo de cana-roca inibe a acetilcolinesterase, uma enzima envolvida no funcionamento do sistema nervoso, permitindo melhorar os sintomas dos doentes com Alzheimer. Outra característica destes óleos é o seu elevado poder antioxidante, igual ou superior ao de muitos antioxidantes utilizados como aditivos alimentares. Refira-se que os antioxidantes ajudam a combater diversos cancros e muitas doenças degenerativas associadas à idade, entre as quais a doença de Alzheimer. Assim, refere Maria do Carmo Barreto "talvez daqui a uns anos o óleo essencial da cana-roca dos Açores possa ser usado para tratar a doença de Alzheimer, ou pelo menos como auxiliar terapêutico, contribuindo assim para o bem-estar de uma população cada vez mais envelhecida".

Uma outra aplicação dos óleos da cana-roca pode ser como insecticida biológico. Esta aplicação, caso tenha viabilidade, pode ter grande retorno económico dado o facto de a legislação a partir de 2013 impedir o uso de outro tipo de insecticidas.

A cana-roca é uma planta invasora nos Açores que ameaça seriamente a flora nativa. Ao descobrirem-se mais-valias dos seus óleos essenciais, refere a investigadora Maria do Carmo Barreto, poder-se-á encontrar uma forma de reduzir o seu impacto na flora nativa, ao dar-lhe uma aplicação que torne economicamente viável recolhê-la em larga escala e restringi-la a áreas de cultivo em locais bem controlados.

A observação da planta permitiu verificar que raramente apresenta sinais de predação por insetos ou caracóis. Este facto levou a investigadora da Universidade dos Açores a pensar que a planta possuía compostos de defesa, o que a levou a estudar as suas características químicas e as propriedades. O facto da cana-roca ser uma planta da família do gengibre, que é uma das plantas medicinais mais antigas e populares do mundo, foi outro dos motivos que levou ao estudo desta planta.


Notícia: «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu já sabia dissso.
o meei home dá cana roca ao gado e nenhum ainda teves esta doença.